#Outros

O Tejo e a Lezíria - 1

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Lex75

Um rio que separa Portugal em dois, separa por vezes famílias...amantes...leva na fúria das suas águas vidas de homens e animais...Tejo. Mas que pode unir...

Rio Tejo...divide Portugal ao meio, atravessa o país de uma ponta a outra, a ele se deve o nome de duas regiões portuguesas...o Ribatejo, que significa acima do Tejo, e o Alentejo, ou seja além do Tejo.
Talvez o conheçam por quase na sua foz, estar Lisboa , a capital de Portugal, se estar banhando nas suas águas já salgadas, ou pelos fados que se são dedicados, ou pelas pontes lisboetas que unem a s suas margens norte e sul...mas mais para montante o Tejo é mais belo, outras cidades cresceram nas suas margens como Montijo, Vila Franca de Xira, Santarém a capital do Ribatejo...e não é muito longe de Vila Franca de Xira, onde o Tejo corre as suas águas, quase como pedindo licença para passar durante quase o ano inteiro que a nossa história de amor ocorre.
Recuemos porem a 1967, uma tragédia de grande proporção na madrugada de 25 para 26 de novembro de 1967, que resultou em cheias devastadoras no Tejo e nos seus afluentes na região de Lisboa. Milhares de desalojados e centenas de mortos foram contabilizados devido a chuvas torrenciais, desabamentos de terra e inundações que atingiram principalmente concelhos como Loures, Lisboa, Vila Franca de Xira e Odivelas.
Carmo havia se casado havia apenas 10 dias com Venâncio, o amor da sua vida desde os 12 anos quando se conheceram numa festa do Colete Encarnado no principio de Julho .
Foi numa espera de toiros bravos, ela estava na varanda esperando a vinda dos campinos e dos maiorais, que percorriam as ruas com seus cavalos corajosos a galope, levando a manada de touros bravos entre os cabrestos, para a praça Palha Blanco para a corrida dessa tarde.

- MADRINHA...MADRINHA...JÁ ESTÁ NA HORA??? perguntava ela quase de minuto a minuto.
- NÃO CARMINHO...SÓ QUANDO OUVIRES O FOGUETE...
- MAS O MEU PAPÁ VEM COM OS TOUROS???
- SIM CARMINHO...
- OS TOUROS ESTE ANO SÃO NOSSOS, MADRINHA...E SÃO MUITO GRANDES E BRAVOS...
- LOL...ESTÁ BEM CARMINHO...

De repente houve-se o foguete, as ruas cheias de homens corajosos olhavam ansiosos para o fundo da rua, os toiros haveriam de vir daquele lado. Homens saltavam pequenos saltos de nervosismo, outros esfregavam as mãos, nas bancadas aa esposas, namoras e mesmo as amantes rezavam para que os toiros passassem depressa, sem nenhum ficar para trás...pois seriam esses os perigosos pois os homens não hesitariam em desafia-los a corpo limpo, tentando enganar a morte que morava nas pontas aguçadas dos cornos dos touros bravos.
Carmo olhava para o fim da rua, e de repente vê o seu pai cavalgando a toda a força, atrás do seu cavalo 8 enormes touros negros, com enormes cornos afiados corriam que nem loucos nos meio dos outros cavaleiros, num galope tão acelerado que parecia que fugiam do fim do mundo.
Os toiros passaram a alta velocidade pela varanda onde ela estava, ela agora via eles lá cada vez mais longe, quando como sempre vinham alguns campinos atrás, mais devagar para recolherem algum touros que ficasse para trás...e foi quando o olhar dele se cruzou com o olhar de Venâncio...ele alto, magro, vestido de andaluz, os cabelos negros...ele por acaso olha para a quela varanda e vê uma jovem de cabelos castanhos ondulados, também vestida de andaluza, com roupas bem justas ao seu corpo ainda em formação de mulher, mas ele fica é fascinado com o rosto dela, os lábios...os olhos...
Nessa noite durante a madrugada da Sardinha assada, onde as pessoas dos bairros, coletividades organizavam bailes, e assavam sardinhas que ofereciam uns aos outros, acompanhados de um bom vinho.
Ela estava numa dessas festas, já tinha ido a mais 3 ou 4 e ainda ia a muitas mais, pois o seu pai é um famoso agricultor, e criador de touros bravos, e todos o convidam para as festas...ela está com ele e a sua mãe, Maria, e numa dessas festas o jovem que tinha visto Carmo na varanda, avança decidido pelo meio dos pares que estavam bailando.
Chega perto dos pais de Carmo, e educadamente retira o chapéu da cabeça, e faz uma vénia á senhora Maria, e diz:

- SENHOR CARLOS, É UMA HONRA ESTAR NA NOSSA FESTA ACOMPANHADO PELA SUA ESPOSA, E...
- OLÁ VENANCIO...MARIA, diz ele á esposa, LEMBRAS-TE DO FILHO DO MEU AMIGO MIGUEL...QUE FOI ESTUDAR FORA...
- SIM MAS ELE ABALOU DAQUI PEQUENO...
- OH MEU AMOR...OS ANOS PASSAM, LOL...O PEQUENO VENANCIO CRESCEU....
- AH JÁ NEM TE CONHECIA RAPAZ...E LEMBRAS-TE DA CARMO??? DA MINHA FILHA...
- ELA ERA AINDA BEM PEQUENA QUANDO EU PARTI...É ESSA BELA RAPARIGA QUE ESTÁ CONSIGO???

Carmo ficou com a cara corada com vergonha...

- ELA MESMO...A MNHA CARMINHO...

Ele segura a mão dela, e olhando-a nos olhos diz:

- ÉS MUITO BONITA, CARMO...COM TODO O RESPEITO, SENHOR CARLOS E SENHORA MARIA, GOSTARIA DE CONVIDAR A SUA FILHA PARA DANÇAR UM POUCO...
- DEPOIS, VENANCIO...AGORA A MINHA CARMO, VAI CANTAR UM FADO...ELA TODOS OS ANOS CANTA AQUI NESTA COLETIVIDADE.

Carmo sempre se sentia nervosa por cantar á frente de tanta gente, mas naquele dia até tinha sentido alívio...é que coração parecia querer saltar do peito ao pé do Venâncio, a sua voz calma e suave fazia as pernas dela tremerem...ela não sabia que se passava com ela.
No improvisado palco um homem diz:

- SENHORAS E SENHORES, ACABOU DE CHEGAR A NOSSA CARMINHO...E COMO TODOS OS ANOS ELA VAI CANTAR PARA NÓS...MENINA CARMINHO, O PALCO É SEU.

Começaram a aplaudir, e depois quando ela sobe ao palco, fez-se silêncio...começou a soar a guitarra portuguesa tocada eximiamente pelo seu pai, Carlos, e a viola era tocada por o homem que anunciou que ela iria cantar.
Segundos depois ela começa a cantar... era sobre os campinos, os touros bravos...pessoas mais idosas começaram a chorar baixinho, é que a voz dela, doce mas ao mesmo tempo poderosa, enchia a alma das pessoas... reinava o silêncio, apenas se ouvia a voz dela e o som das guitarras...e quando ela acaba, irrompe uma enorme ovação, aplaudiam de pé a Carminho, ela estava envergonhada agradecendo a todos.
Venâncio estava fascinado...7 anos depois estavam os dois saindo da igreja, casados, dia 19 de Novembro de 1967... a festa de casamento foi enorme, quase o Ribatejo inteiro foi convidado, muitos espanhóis amigos do seu pai também foram convidados, bailava-se fandango, cantava-se em português e em espanhol...e nessa noite ela soube o que era ter um homem entre as suas belas pernas...entrando dentro do seu corpo com um membro rijo e grosso, causando-lhe dor...e ao mesmo tempo um calor pelo seu corpo, pois ele Venâncio, foi carinhoso...compreensivo...ele esperou 7 longos anos por aquela noite de amor com Carminho a menina crescera, o seu corpo tomou formas bem voluptuosas que deixavam o seu membro rijo que nem aço...esperando por aquela noite...Carmo gemia sem conseguir conter os gritinhos...aquele membro dentro da sua buceta que lhe causava dor e prazer ia bem dentro dela, a sua buceta estava bastante esticada para aguentar a grossura dele...e no fim recebeu dele o seu leite que foi depositado dentro das entranhas dela...os corpos suados dela e de Venâncio, a respiração ofegante de ambos... na noite seguinte mal poderem esperar pelo fim do jantar na enorme mansão dos pais de Carmo, eles ficaram morando lá até a sua casa ser terminada.
Mal acabaram de jantar subiram para o quarto, os seus corpos precisavam de estar nus, frente a frente, recebendo os toques, beijos, carícias...ela desejava ter ele novamente entre as suas pernas abertas, e ele desejava estar entre as pernas abertas de Carmo e enterrar seu membro todo dentro dela...aquele calor...humidade...as perdes da buceta dela apertando o seu pau...foram poucos dias de paixão avassaladora na cama...na noite de 25 para 26 de Novembro tudo acabou...o Tejo saiu do seu leito, inundou a Lezíria, a vasta planície que se torna fértil quando o Tejo galga as sua margens e a invade durante o inverno, especialmente...mas naquela noite o diabo andava á solta, e o Tejo subiu as suas águas mias de 4 metros em alguns locais...centenas de vidas foram reclamadas pelo Tejo, milhares de animais morreram...e nessa madrugada, tentando salvar o maior número de animais possível da herdade de Carmo, Venâncio, Rodrigo e Auroro perderam a vida afogados pelas águas do Tejo-
Rodrigo e Aurora trabalhavam para o pai de Carmo, ele um valente campino, ela, trabalhava na casa de Carmo, eram quase da mesma idade, porém Aurora tinha um pequeno filho, Carlos, tinha o nome do seu padrinho, o pai de Carmo, e nessa noite ele perdeu os pais...e ele só sobrevive porque apesar de ter apenas 4 anos, ele já subia ás enormes árvores, sem medo e nessa noite, o seu pai o mandou subir a uma o mais que ele pudesse, que depois ele o chamaria...nunca mais o viu com vida.
Quando o dia nasceu a Lezíria estava devastada... animais mortos por todo o lado, touros bravos, cavalos, ovelhas, cabras, cães, pássaros...afogados.
Alguns corpos de pessoas também estavam entre a lama, entre esses corpos estavam o de Venâncio e o dos pais de Carlos.
Quando a meio da manhã o encontraram agarrado ao tronco do enorme sobreiro, foram precisos 3 homens subirem ao sobreiro para o tirarem de lá, o pavor que ele tinha no olhar, ele estava em choque, só ouvia os relâmpagos, os gritos das pessoas desesperadas, os animais gritando desesperados também...a custo o tiraram da árvore...o senhor Carlos deu ordem para o levarem para a sua casa.
Quando ele lá chegou a Carmo chorava copiosamente a morte do seu marido, a jovem viúva estava desolada, quer e deseja a morte, a sua mãe não a consegue consolar...e o pequenino Carlos, descalço, com as roupas ainda molhadas e rotas...não sabe por que o faz, mas corre para ela e agarra-se a ela a chorar...não sabe se por ver uma pessoa sofrer como ele sofria naquela manhã...ela se agarra a ela...e ela o recebe, abraçando-o...não se largaram o dia inteiro...apenas choravam agarrados.
Carlos foi como que adoptado por Carmo...ele cresceu e transformou-se num belo homem, alto, pele bronzeada, um exímio cavaleiro, ele tomava conta da herdade de Carmo, praticamente sozinho, por todos é respeitado. Ele sente-se como sendo um filho de Carmo, ela trata-o por filho, e ele chama-a de madrinha.
Ele trabalha no campo, entre os touros bravos, onde se sente bem...ele cuida deles com carinho e esmero, todos os dia ele com o seu cavalo Jeco, um poderoso lusitano cor de carvão, criado e desbastado por Carlos, são inseparáveis, parece que só com o olhar eles se entendiam, formavam um centauro os dois cavalgando entre os touros bravos.
Carmo, agora já quarentona, nunca mais esteve com nenhum homem na sua vida...sem ser o Carlos.
O seu corpo pedia o toque de um homem, e por vezes ela não conseguia resistir, e o Carlos nos seus 25 anos deseja o toque e o calor do corpo de uma mulher...e os dois de quando em vez saciam os desejos dos seus corpos, envolvendo-se em fogosos encontros, em que ela se deixa montar pelo corpo jovem e viril de Carlos, e ele a possui com força, cavalga-a satisfazendo os desejos de femea dela.
Ela quer e deseja ser possuída de vez em quando, nunca desejou nenhum homem, mas a entregar-se só poderia ser o Carlos... ele recorda-lhe o seu Venâncio...
Mas cada homem é um homem, e Carlos penetra-a na buceta e no cu...ela descobriu o prazer do sexo anal quando Carlos não resiste e enterra o seu pau no cuzão dela...arrancando-lhe gemidos e gritos que ecoam pela lezíria, quando fazem sexo no meio do campo, por vezes entre as manadas de touros bravos, uma mulher e um homem completamente nus, se fodem como se não houvesse amanhã, devorando-se um ao outro...eles não se amam, eles não querem fazer vida de casal...eles apenas querem saciar seus desejos carnais mais ousados...mais íntimos.
De resto eles têm uma forte amizade, ela sabe que ele a defenderá sempre em que circunstância for, e ela o mesmo em relação a ele...juntos superaram as mortes dos seres que mais amavam...a sua relação foi unida pelo desespero e por a necessidade de estarem com alguém que também tivesse perdido alguém, pois só essa pessoa poderia sabe o que cada um perdeu naquela maldita madrugada, mesmo sendo uma jovem de 19 anos recém casada e um garoto de 4 anos.
Carlos nunca teve uma relação séria com uma mulher...quando não afogava seus desejos no corpo de Carmo, ele procurava as casas de fama duvidosa...as putas...ele era conhecido por quase todas elas naquela região...havia mesmo uma que o ama...não lhe cobra dinheiro...aos outros sim mas a ele não...é puta desde nova, e gosta de o ser, é dona de uma casa de jogo ilegal, e prostituição...todos sabem que se passa naquela casa, mas ninguém estorva o seu funcionamento...os homens porque vão lá foder as putas como as suas mulheres não os deixam foder em casa...alguns vão lá por isso, outros vão apenas pelo prazer de ter o seu pau atolado numa jovem puta, pois são demasiado idosos para seduzir as mulheres mais jovens...ali eles pagam, para ter momentos em que se sentem de novo jovens, entre as pernas das jovens putas, entre os gemidos delas, entre as mamas delas...
Carlos frequenta aquelas casas, pois quando está entre as pernas das putas não pensa naquela noite, enquanto as faz gemer com os eu pau enorme e grosso ele se esquece do mundo...ele sente-se incapaz de amar alguma mulher...ele sente que não tem carinho ou amor para dar...apenas tesão e prazer carnal.
Carmo sabe que ele frequenta essas casas, mas não o censura...ela pensa se fosse home lá andava também pagando por momentos de luxúria entre as pernas de uma puta qualquer...
Mas tudo pode mudar de um dia para o outro, e um dia chega á herdade, uma jovem engenheira, filha de uma amiga de Carmo, uma jovem que veio mudar para sempre a vida de um jovem que morou sempre na Lezíria, cavalgando entre touros bravos, pescando no Tejo, ou trabalhando nos campos semeados de arroz, ou milho ou tomate...a bela Alice estava chegando, longe de imaginar que seu desgosto a levou para ali, e que ela ia transformar o mundo de um homem para sempre mal os olhos castanho claros dela se cruzaram com os olhos dele...bastou aquele olhar...e tudo mudou.

Continua

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Lex75 #Outros

Comentários (3)

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  • TugaLx: Interessante, é real ou ficção?

    Responder↴ • uid:8ihimnxmg3a
    • Lex75: Tem um pouco de ambos. As cheias ocorreram mesmo, o Carlos, a Carmo e a Alice existem sim, embora com outros nomes,pois eu protegi as verdadeiras identidades deles, o conto é isso mesmo...um conto que eu construí baseado em conversas que tenho com eles. Pedi para escrever sobre a vida deles, sou amiga deles á muito tempo, e eles conhecem a minha maneira de escrever, sabem que seria um conto erótico. Eu não estava lá para ver eles fazer sexo, apenas imagino como seria, baseando- me nas personalidades deles. Mostrei a eles o conto já completo, que divido em alguns capítulos senão ficaria enorme e aborrece ler de seguida. Espero ter esclarecido a tua dúvida. Beijinhos grandes da Lex.

      • uid:bqlg01kv4
    • TugaLx: Obgdo pela resposta, vou ler o resto;)

      • uid:8ihimnxmg3a