A nova realidade que mudou o mundo – parte 80: Vida que segue
Bom, como a noite do banquete se estendeu até tarde, acabei por dormir até o Sol estar alto no céu, e Inácio, meu guia, já me avisou que apenas teremos um lugar para ir no final da tarde, então, tomei a liberdade de dar uma volta a pé pelas redondezas do hotel, apenas para ver como é o cotidiano daquela região.
Tomei meu banho, vesti uma roupa bem confortável, tomei meu café da manhã, e enquanto mordia meu pão, e tomava meu café, fiquei imaginando aquelas escravas tendo que comer uma mistura nada apetitosa, arrancada de dentro do corpo de outra desgraçada que não escolheu estar ali. Imaginei minha filha sendo forçada a fazer isso. Eu perguntei para a escrava que veio retirar um prato da minha mesa, se ela já comeu, ela me olhou com muita vergonha, e apenas acenou com a cabeça. Juro que não sei se ela me entendeu, ou apenas sentiu vergonha. Dei um tapa na sua bunda, tapa forte que marcou a minha mão, e ela saiu apressada para levar as louças sujas para a cozinha.
Fiquei um tempo olhando para o nada pensando nas safadezas que as mulheres do meu país nem imaginam e que acontecem aqui. Então resolvi sair do café, percebi uma pequena agitação na recepção do hotel, e me dei conta que dois guardas estão no saguão, e bem no momento em que eu cheguei, eles colocaram um grilhão nos tornozelos da mesma escrava que eu dei o tapa na bunda há poucos minutos atrás. Ela está em prantos, os seus olhos me procuram arregalados, mostrando um desespero que mesmo entre as escravas não é comum ver, e é como se ela me pedisse misericórdia ou ajuda. Em seguida um dos guardas deu um soco na sua barriga, que fez ela cair de joelhos, e então ele prendeu suas mãos com outra corrente, e botou uma mordaça de ferro na sua boca, para em seguida enfiar uma máscara de metal, parecendo um capacete na sua cabeça, cobrindo todo seu rosto.
Olhei para o lado, e todas as outras escravas do hotel, estão em choque, elas estão assustadas. A mais novinha delas, talvez tenha começado a viver como escrava de trabalho a pouco tempo, ela está tremendo de medo, e o pavor é tão grande, que ela se mijou toda, e está escorrendo por suas pernas pálidas e a mostra, com as últimas gotas pingando dos pelos longos de sua buceta carnuda a mostra. Ela sabe que isso não passará impune, mas coitada, não consegue controlar o medo. E eu, como bom homem, sinto muito tesão vendo uma jovem indefesa nessa situação. Tanto que eu chego do lado dela, e sem pedir permissão para ninguém, peço para ela abrir as pernas, e expor ainda mais sua condição vexatória, e mando a outra mocinha do seu lado se ajoelhar e limpar com a boca o chão. E ela faz sem questionar.
Os guardas levam a escrava preparada, e parece que a vida no hotel volta ao normal em um estalar de dedos. Eu espero a escrava lamber todo o chão, ordeno que ela limpe também a buceta peluda da sua colega, e depois mando elas continuarem trabalhando. Então, saio para a rua, como se nada tivesse acontecido.
Apenas um banco de praça.
Achei um banco desses de praça, embaixo de uma enorme seringueira, em pleno canteiro da avenida, onde me sentei, e como um personagem fora da história, resolvi ficar parado, apenas olhando o dia acontecer, vendo de longe tudo que acontece nesse lugar. O dia está com várias nuvens brancas, está fresco, não chega a ser um frio incômodo, mas para quem está pelado, com certeza deve incomodar, e ali, no meio do canteiro, com ruas largas me separando do caminhar das pessoas, sou quase um observador invisível.
Pude ver homens, que pelo fato de ter escravas para realizar seus trabalhos, estão passeando com suas novas aquisições, com jovens garotas em coleiras, que andam como um pet pela calçada, pude ver charretes puxadas por escravas carregando velhos e jovens, misturadas aos carros e caminhões, puxadas por todo o tipo de escravas. Inclusive, pude perceber que escravas com a boca costurada é um fetiche do Inácio, pois a maioria está com mordaças, ou com as bocas livres, quando passam arrastando o peso da carroça e dos homens sobre elas.
Não vi violência, não vi castigos, não vi sujeira, apenas homens civilizados, que tratam suas escravas particulares como animais de estimação, cuidados e tratados com todo respeito. Escravas que andam com seus donos, domesticadas, educadas, onde não tem gritos, não tem barulhos, não tem sujeira no chão. Me senti em Paris ou Monte Carlo, de tão agradável foi a vista daquele lugar.
O contraste entre a vida de uma escrava particular, destinada a servir um lar, a engravidar de seu dono e satisfazer seus desejos sórdidos, é muito diferente da situação infernal das escravas públicas, que existem como comodities e apenas servem para fazer aquilo que nenhum homem mais quer fazer. Enquanto as escravas particulares são valiosas, vendidas e trocadas como investimento, e tratadas como parte do patrimônio de seus donos e familiares, as escravas públicas são reproduzidas aos montes, descartadas como lixo quando não servem mais, tratadas apenas como um número, feitas para o esforço e para a dor, sem empatia por ninguém. Penso que até as escravas particulares consideram as públicas como sendo inferiores.
Fico até me pensando, se alguma já foi trocada de posição. Será que uma escrava pública já se tornou uma serva particular bem tratada? Ou pior, uma escrava que sempre foi bem cuidada, como reage se cair num daqueles galpões onde eu visitei?
Recapeamento de uma nova rua.
Saí do banco, caminho mais um pouco, entro em uma rua estreita, e vejo ao longe que tem uma obra. Como bom curioso, ando um pouco mais, e vejo que são mulheres trabalhando. Vou até lá, e o que eu vejo é surreal.
É o recapeamento de um trecho de rua, e a ligação de uma quadra, que ou não existia, ou era terra, sei lá. Um trabalho que no mundo todo, é feito por tratores e máquinas modernas, mas que aqui, como em uma utopia noir, está sendo realizada por um grande grupo de mulheres.
Elas estão nuas, todas acorrentadas pelos tornozelos, que permite andar, mas impede correr, elas arrastam bolas de ferro, dessas que vemos em filmes antigos ou desenhos animados. Elas têm mordaças de couro na boca, cabelos raspados, todas tem um plug anal de metal. Elas estão suadas, seus corpos são muito bronzeados, seus corpos são torneados, e se não fosse a sujeira da terra, e as manchas de piche na pele, junto com as marcas de chicote, marcas tão delineadas, que mostra a crueldade de quem vigia o trabalho, eu diria que são corpos de surfistas.
Umas cavam, arrastam terra, outras compactam o chão, logo atrás um grupo carrega nas costas sacos de brita, e onde já está tudo preparado, outro grupo joga o piche, quente e pegajoso, feito sem luvas, sem epi, descalças e nuas. Admito que o cheiro do piche toma o lugar, mas também se mistura com o cheiro de corpos sujos e suados, de escravas que certamente não tomam banho, não se limpam, que usam dessa condição para humilhar e incomodá-las.
Me pergunto quantos acidentes acontecem nesse lugar, pois ninguém tem nenhuma proteção. A pele de quem passa o dia todo ao Sol, sem protetor, está aos meus olhos, misturado com suor e fuligem. É nojento pensar que alguém pode ser tão suja assim.
Tiro minha câmera do bolso, faço várias fotos, e registro cada canto da obra. É algo que se não mostrar imagens, ninguém vai acreditar no documentário.
Bom, é hora de voltar ao hotel, quero almoçar e descansar para o final da tarde...
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Comentários (1)
Maldosa: Um capítulo que chegou a ser doce, perto dos anteriores
Responder↴ • uid:46kphpcdv9j