#Teen

O padre e eu, final feliz.

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A mulher do padre

Sexo é uma escolha. O Amor… pura sorte. Sexo antes. Amor depois.

Quando paro pra pensar, não sei dizer em palavras o que mais me atrai em nosso relacionamento.

Se é o proibido entre padre e mulher, a nossa diferença de idade, o cuidado de pai e filha ou as nossas diferenças físicas, já que sou pequena e magra e ele alto e forte.

Talvez seja tudo isso.

Talvez seja o fato de que ele me faz sentir a mulher mais especial do mundo. A escolhida.

Porque naqueles dois meses em que ficamos longe, eu tentei fazer uma lista de coisas ruins sobre ele, mas falhei miseravelmente.

Padre Renato era perfeito em tantos sentidos que eu realmente seria estupida se não reconhecesse tudo que ele faz por mim. Por amor ou tesão.

_ Há quanto tempo está aqui?

Pós almoço, padre Augusto - substituto de Renato - e eu conversávamos com a moça da limpeza e a cozinheira da casa paroquial ainda na mesa da cozinha.

O assunto era o padre Renato, claro, e como eu havia ido parar ali.

_ Em breve fará dois anos que estou morando aqui - Respondo pensativa, pois não sabia se continuaria lá depois que Renato retornasse.

_ Ela chegou aqui tão deprimida, coitada. Magra, magra…

A cozinheira contou toda a minha história, com riqueza de detalhes, sem que eu precisasse falar nada e isso me encheu de tranquilidade, pois era nítida a sua admiração pela situação em que o padre me acolheu e me ajudou.

_ Seu padrinho é um homem bom. Todos que o conhecem, sabem - Padre Augusto comentou e todas concordaram.

Sirvo-me de mais suco pq prefiro manter a minha boca ocupada do que acabar falando algo que não devo.

_ Soube que vão fazer uma festa de boas vindas pra ele.

_ Sim, Padre. Quem está organizando é uma das secretárias da igreja. E não se preocupe que vai ter a sua despedida também. O que mais o povo gosta é de festa.

Padre Augusto era velho. Já tinha sofrido dois AVCs e no momento servia a igreja como um padre substituto ou sei lá qual é o nome que se dá pra situação dele.

O fato importante é que até aqui na história, posso vos dizer com certeza que meu relacionamento estava a salvo dos olhares e línguas dos outros.

***

_ Seja bem vindo, padre!!! - Alguém explodiu um bastão de confetes

Muita alegria, abraços, sorrisos e comemorações na volta do Padre Renato.

Com tido mundo em cima dele, fui abraçada e deixada de lado rapidamente.

Renato tinha muito o que contar. Muito o que ouvir também.

Trocamos olhares pouquíssimas vezes, mas foram tão poucas vezes que ele me ligou que eu já não estava mais tão obcecada.

Eu havia usado o tempo longe para me aproximar mais de mim.

Quando saí da casa de minha mãe, eu assumi a personalidade de menina vulnerável, dependente… mas internamente me sentia a própria primeira dama daquela igreja.

Por meses eu pensei que nada pudesse me afetar porque padre Renato tinha sexo, amor e cuidados estando comigo. Aquilo que toda mulher quer justificar: Se ele tem em casa, não precisa procurar fora.

O fato é que padre Renato não podia ter aquilo dentro ou fora de casa. E sua viagem a Roma era muito mais propensa a fazê-lo desistir de mim do que da batina.

A recepção a ele durou a tarde inteira e depois que ele celebrou a missa ao lado de padre Augusto a noite, as pessoas ainda voltaram para a casa paroquial e se foram muito mais tarde do que eu gostaria.

Me recolhi em meu quarto após me despedir de todos.

Pedi a benção de meu padrinho e ele só me respondeu. Nada de gestos de carinho ou insinuações secretas.

Naquela primeira noite, acho que dormi rapidinho porque meu corpo estava implorando por descanso.

Então veio o final de semana.

Os dias mais cheios na agenda de um padre.

Nós não nos vimos muito. Pouco nos falamos e nem sequer nos tocamos por mais três dias.

Na segunda-feira, folguei no trabalho da secretaria e fui mais cedo pra faculdade. Eu tinha coisas a fazer por lá e só voltaria pra casa à noite quando as última aulas noturnas terminassem.

Para minha surpresa, a casa já estava fechada e isso me indicava que não havia ninguém além do padre Renato, que estava sentado no sofá da sala, quase completamente no escuro, se não fosse pela tv ligada em um canal religioso e a cena me disse que ele me esperava, já que nunca o via vendo televisão.

_ Chegou tarde.

_ Estive na faculdade o dia inteiro.

A explicação saiu tão automática que eu nem consegui pensar primeiro.

Então ele desligou a tv. Levantou do sofá e acendeu a luz.

Renato usava uma calça social escura e sua camisa social branca estava com as mangas dobradas até os cotovelos e com alguns botões abertos no peito.

Era a minha visão favorita. Ele largado como um homem normal.

_ Precisamos conversar.

Sim, eu imaginava que ele começaria com essa frase quando fosse terminar tudo comigo.

_ Eu posso tomar um banho primeiro? Estou exausta.

_ Você está me evitando… Há dias!

Ele me acusa, mas eu não achava que estava o evitando. Para mim, as coisas até ali tinha sido só desencontros.

_ Eu vou tomar banho. Se quiser conversar, será depois do meu banho!

Lhe dou as costas e sigo para o meu quarto. Pego minha toalha e um pijama qualquer. A última coisa que pensava era que iríamos transar, então não estava muito preocupada em parecer atraente.

Quando retornei a sala, ele estava novamente no sofá. Os braços abertos e a cabeça inclinada para o encosto, como se o cansaço não fosse apenas físico.

Tossi levemente e ele rapidamente se endireitou.

Me sentei do outro lado da sala, numa poltrona confortável e sou tão pequena que a cadeira praticamente me engoliu.

_ Você esta bem?

Seus olhos me encaram profundamente.

Acho que tinha esquecido o quanto ele gostava de me encarar quando estamos a sós, já que com outras pessoas por perto ele nem me olha.

_ Estou e você?

_ Como está a faculdade?

_ Bem e como foi a viagem?

_ Você parece diferente.

Ele não respondia nenhuma das minhas perguntas. Só me encarava como se tivesse uma lista enorme de coisas para dizer, antes de realmente dizer o que queria.

_ Eu me confessei.

Padre Renato já havia se confessado em outras oportunidades. Eu não sabia o que ele confessava, é claro, mas aquilo me fez pensar que pela primeira vez ele tivesse falado sobre nós.

_ Então você se confessou, se arrependeu, foi perdoado e agora nós podemos ser apenas padrinho e afilhada ou eu também vou ter que me mudar daqui?

_ Eu não posso ser perdoado pelo que não me arrependo!

Sua voz grave ecoou dentro de mim como um trovão.

Ele não se arrependia?

_ Me confessei na esperança de que me arrependesse, sim, mas não me arrependo.

Todos os pelos do meu corpo se arrepiam, mesmo que naquele instante tenha me subido um calor inesperado.

_ Me confessei na esperança de que a minha confissão viesse à tona e eu pudesse vir te buscar para longe, mas… sou tão hipocrita a ponto de continuar sendo padre e amando você ao mesmo tempo a minha vida inteira.

Havia um nó em minha garganta impedindo que a minha voz saísse, mesmo que eu não soubesse o que dizer.

_ Você esperava o pior de mim, dessa viagem… e acho que no fundo eu também. Nunca vou deixar a batina, disso tenho certeza, mas se eu deixar você…

Eu tinha me preparado para ser mandada embora de sua vida, mas ele estava ali… se declarando. Quando ele passou a mão pelos cabelos, senti vontade de correr até ele e o abraçar.

_ Não estou pronto para deixar você. Não sei o que você pensou quando esteve sozinha, se conheceu alguém, se percebeu que não temos futuro, mas eu voltei decidido. Não vou abrir mão de nenhum dos dois.

Quando ele se levanta e vem até mim, meu coração acelera de um jeito quase dolorido. Renato se senta a minha frente, na mesinha de centro e minhas pernas ficam no meio das suas.

Ele toca os meus joelhos e depois suas mãos se encaixam nas laterais das minhas coxas.

_ Ser padre é quem eu sou, você entende?

Confirmo que entendo porque no que diz respeito a servir a igreja, ele é um padre excelente. Seu único erro é falhar no celibato, mas disso só eu sabia.

_ Mas você e eu… Deus sabe que tentei, mas não consigo te tirar de mim. Estamos nessa há quase dois anos, menina, quando vai parar de esperar o pior de mim?

Quando suas mãos sobem até o meu pescoço e me puxam para um beijo, eu retribuo sem pensar duas vezes.

É um beijo faminto. Desses que nunca pensei que ele pudesse ser capaz, já que era sempre tão cuidadoso e carinhoso comigo.

Mas estou sendo devorada. Quase como se ele não quisesse que eu tivesse tempo para recuar, porque suas mãos se livram da minha blusa e apalpam os meus seios que ficam excitados, demonstrando o quanto o quero.

Eu fico sem fôlego, sem saber onde enfiar as mãos ou que fazer, então só me agarro a ele da forma que posso.

Não demora para que eu esteja sentada em cima dele, no sofá, completamente nua.

Meus cabelos estão soltos, num emaranhado que ele agarra com firmeza e depois morde e chupa o meu pescoço.

Tento tirar a camisa dele que já está quase completamente aberta e ele me ajuda com o cinto. Não preciso puxar muito a calça, que fica presa em seus joelhos.

Padre Renato segura em minha cintura e eu me posiciono no seu pau extremamente duro.

O tempo para.

A sensação é de que estou nos vendo em câmera lenta, mesmo que o meu coração pareça estar correndo uma maratona.

Meus olhos estão marejados e eu não sei se é de felicidade ou puro êxtase. Ou os dois.

Me apoio em seu peito enquanto desço até encostar a minha buceta nele e sua testa está grudada a minha.

Eu amo como as mãos me ajudam a manter o ritmo quicando na velocidade certa.

O pau dele também parece ter o tamanho certo para me satisfazer. Sem tirar e nem por.

Por um momento, ele parece estar sem acreditar no que estamos fazendo, por que me olha como se eu não fosse real. Como se tivesse se convencido de que eu não o queria mais em segredo.

Uma de suas mãos sai da minha cintura e desliza pela minha pele até chegar em minha buceta inchada. Ele me estimula e seus dedos logo ficam molhados. Quando ele os chupa, eu acho que estremeço.

Mais um beijo na boca e agora ele voltou a me beijar como antes. Como se saboreasse o meu gosto. Lento e profundo.

É de se esperar que ele comande o beijo. Sua boca é maior, sua língua é maior. Mesmo calmo, ele me devora.

Nos braços dele eu me sinto protegida, sem nenhuma vergonha ou arrependimentos.

As vezes penso que tenho sorte por ele gostar de fazer amor assim, caso contrário, ele me quebraria ao meio com um sexo selvagem.

Eu não tenho pressa em gozar ou fazê-lo gozar. O acaricio na nuca, nas costas, no cabelo macio e recebo os beijos dele que parecem não ter mais fim.

Trocamos de posição algumas vezes e estamos exaustos quando o orgasmo vem.

Meu corpo está leve, suado, com marcas de amor e prazer.

Renato está só de cueca agora, sentado no sofá, me olhando com um sorriso discreto no rosto. Eu estou deitada com sua camisa abotoada no melhor dos clichês. Me sinto linda. A mulher mais bonita e gostosa do mundo por um homem como ele me desejar.

_ Quando vai parar de ser tão teimosa?

Tento esconder o sorriso, mas estou tão feliz e nas nuvens.

_ Não pode me culpar por ter medo.

_ Você pode parar de ter medo agora? Estou aqui, não estou?

_ Acho que posso tentar.

Vejo ele se mover procurando algo no bolso da calça e ele retira uma pequena caixa.

_ Eu trouxe um presente pra você. Sei que ainda faltam alguns anos para você se formar, mas queria te dar algo.

Quando ele abre a caixa, há um anel tão bonito que me em meus maiores sonhos imaginaria tê-lo.

_ É para a sua formatura, claro, mas quero que pense em nós quando usá-lo. No compromisso que temos.

_ Como um noivado?

Ele dá risada porque sabe que estou brincando. Pego o anel e o coloco no dedo. Coube perfeitamente.

_ Você pode nos casar?

_ Infelizmente não.

Lhe dou um beijo em agradecimento e depois ele beija a minha mão. A que está com o anel.

_ Tenho mesmo que esperar a formatura para usá-lo? Isso vai levar uns dois anos.

_ Infelizmente sim, ou alguém vai desconfiar e muito, não acha? Quero que guarde bem e diga que você mesma o comprou. E isso significa, mocinha, que estaremos juntos até lá e que pereceremos juntos depois, você entendeu?

Ele toca o meu nariz como se eu fosse criança e eu confirmo como uma.

_ Consegue ligar com a vida que temos?

Sua pergunta é uma súplica que eu sabia bem a resposta.

_ É a vida que quero ter.

Naquela noite, dormimos abraçados pelo tempo que ele pode ficar ao meu lado e eu guardei o meu anel em lugar seguro, já que a mulher responsável pela limpeza podia encontrá-lo.

Eu já disse e repito que fazer faculdade e ter grandes sonhos não era a minha realidade antes de conhecer o padre Renato. Tudo de bom que tive veio a partir dele e com ele, então não me sinto limitada por aceitar viver esse romance secreto e cheio de cargas emocionais.

Há pessoas que aceitam ser amantes a vida toda. Homens com duas famílias, mulheres que até preferem ser amantes e pessoas que vivem romances proibidos de todos os tipos.

O meu é com um padre.

E eu sou feliz assim, hoje aos 24 anos e Renato aos 43.

Ainda não quero ter filhos. Não preciso de ninguém que viva sob minha responsabilidade. Já tive uma amostra grátis com os meus irmãos e foi o suficiente. Então mesmo que eu diga que teria filhos com Renato, não quer dizer que esteja interessada.

Preciso dizer também que o tempo na minha cidade chegou ao fim. Renato cumpriu cinco anos na nossa paróquia e a proposta de mudança veio. Seria numa cidade que fica a umas 8 horas de distância e eu fiquei por uns meses até terminar a faculdade. Na casa paroquial mesmo. Com um novo padre que nada me interessava ou prestava atenção em mim.

Não foi difícil.

Nos víamos uma vez no mês quando eu passava um final de semana em sua nova casa e agora eu não tenho mais dúvidas sobre nós.

Fui apresentada como sua afilhada e omitimos apenas alguns fatos. Todos me amam.

Terminei a faculdade, me mudei de vez com ele e consegui um emprego na minha área.

Eu sou a afilhada do padre. Da família. Uma mulher de confiança. Respeitada.

No meu dedo, carrego o anel que não me deixa esquecer que tenho alguém comigo, mesmo que não possa escancarar para todos que durmo com um padre.

Que sou a mulher do padre.

E é isso, pessoal. Espero que encontrem um amor profundo e tão verdadeiro como o meu.

Que o sexo seja só um complemento do que realmente importa.

Amar e ser amado.

Mesmo que isso seja proibido.

Finalizo aqui a minha história e deixo para a imaginação de vocês todas as vezes em que fizemos amor.

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Comentários (3)

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  • Amante de contos: Não acredito que já acabou. Eu amei a sua escrita, seria muito legal a ver a versão da história contada pelo padre.

    Responder↴ • uid:aye0c44
  • Renatinha: Perfeito. Godtaria de ver a história na versão do padre

    Responder↴ • uid:2ql0e0gd1
    • Hulk: Muito safada 😈

      • uid:1daiccevql