A tarde que o tempo parou
Rafael nutria paixão secreta pela colega Rosane, acasada e melancólica. Um encontro casual levou a um beijo intenso, desabafando anos de atração.
Esta é a história adaptada, trocando "marketing" por "área jurídica" e "colegas de trabalho" por "ex-colegas de escritório":
A Tarde Suspensa (Na Voz de Rafael)
Por quase três anos, Rosane e eu fomos apenas Rafael e Rosane, a dupla da área jurídica que funcionava com a precisão de um relógio suíço. Éramos ex-colegas de escritório, cúmplices de projetos e de longas reuniões, mas havia sempre algo mais. Eu via a linha tênue de melancolia em seus olhos, a maneira como ela disfarçava a falta de atenção que recebia em casa com uma dedicação fervorosa ao trabalho, entregando petições e pareceres impecáveis. Ela era casada, sim, mas a solidão dela era palpável para mim, o ouvinte silencioso que entendia as complexidades do nosso meio. Eu a amava em segredo, e cada xícara de café que eu lhe estendia, mesmo após termos deixado o mesmo escritório, era uma declaração de carinho contida.
O destino nos deu um presente numa quinta-feira qualquer. Eu estava na rua, apressado, voltando de uma audiência, quando a vi parada em frente a uma galeria. Rosane estava imersa em pensamentos, e a ausência da sua "armadura de advogada" a deixava incrivelmente vulnerável.
— Rosane? O que faz por aqui? — Minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia, rouca.
Ela se virou, e o sorriso que me deu naquele momento... não era o sorriso de "ex-colega", mas de uma mulher que estava finalmente me vendo de verdade.
— Fugindo um pouco. Precisava de ar — ela respondeu, e o contato visual foi um choque de realidade. Ali, na rua, a atração que havíamos camuflado por tanto tempo, sob a formalidade dos corredores do escritório de advocacia, se tornou inegável.
A conversa que se seguiu não importava; o que importava era a urgência que crescia entre nós, o desejo de desfazer a distância.
— Quer subir? É aqui perto. Não tem... não tem ninguém — a voz dela era um sussurro hesitante, mas seus olhos gritavam o convite.
Eu não pensei. Apenas a segui. A porta do apartamento dela se fechou atrás de mim, e o barulho da cidade se apagou, dando lugar a um silêncio carregado de promessa.
O primeiro beijo não foi tímido; foi o desabafo de anos de contenção. Eu a beijei com a paixão de quem finalmente tem permissão para ser sincero. Beijamo-nos longamente, uma mistura de ternura e urgência, explorando a boca um do outro como se fosse a primeira e a última vez. Rosane se entregou a mim com uma intensidade que me deixou sem ar. Eu sentia a paixão dela reacender, uma força da natureza que havia sido ignorada.
Naquela tarde, o tempo perdeu o sentido. Fomos para o quarto dela, e eu a amei com toda a devoção que guardava. Sua reação ao meu toque era uma confissão, um corpo que se movia e gemia de prazer, se contorcendo em uma entrega que era nova para nós dois. Eu me dediquei a ela, a beijei profundamente, carinhosamente, e a vi florescer. Era a libertação de uma mulher que finalmente se sentia vista e desejada. A conexão física era apenas a manifestação de uma conexão de almas que existia desde o primeiro dia de trabalho.
Quando o sol se deitava, lançando sombras alaranjadas no quarto, deitamos exaustos, mas em paz. Eu a segurava perto de mim. O silêncio agora não era mais a ausência, mas a plenitude. Eu não era mais o ex-colega de escritório, e ela não era mais apenas a mulher casada e melancólica.
Nós éramos Rafael e Rosane, ligados por um segredo e por uma paixão que havia quebrado todas as regras. O mundo lá fora voltaria em breve, mas naquela tarde suspensa, havíamos encontrado um refúgio que era inteiramente nosso. E a partir daquele dia, eu sabia: o nosso trabalho, o nosso dia a dia na área jurídica nunca mais seriam os mesmos.
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