Amor de Filha (Parte 11)
Relatos de como desenvolvi meu relacionamento com meu pai, parte 11.
ESTE RELATO É UMA CONTINUAÇÃO!
Dormimos de cansaço, com a TV baixa ligada. Meu pai dormiu com a mão dentro da minha blusa de pijama com a mão aberta em cima de um peitinho meu. Estávamos tortos, quando me mexi acabei acordando ele. Ele puxou a mão, tentou se ajeitar devagar e eu me aninhei direito. Peguei meu celular e ele pegou o dele, quando ele deu “play” no primeiro aúdio da Sara, eu cheguei a me assustar.
“Você não pode estar fazendo isso comigo! Eu estou precisando de ajuda, estou com dor e acabei de colocar no mundo um filho teu, e você desligou o telefone seu desgraçado?!”
Ela parecia estar gritando, o que me fez olhar pra cima e levantar as sobrancelhas.
— Ela consegue gritar no hospital?
— Ela grita o dia inteiro. — Ele virou a tela, e mostrou a sequência de áudios. — Tem dia que eu não ouço nenhum. É o tempo todo assim. Não sei como ela consegue.
— Eu aqui, apaixonada e o senhor se envolveu com ela… — resmunguei um pouco triste.
— Foi um problema antigo, neném. As coisas não estavam certas e eu não imaginava que a gente ia se acertar assim. Agora tem toda essa burocracia… — Eu mexi no meu celular, ele não viu a tela, mas tocou no assunto. — E o tal namorado?
— Dispensei ele, eu disse. Falei que voltei com meu namorado, mas ele não deu muita atenção. — Eu me virei, olhei pra ele e resolvi contar. — Ele é mais velho. Acho que gosto de caras mais velhos.
— Velho… — Ele suspirou meio cuidadoso. — Se toda vez que você ficar com raiva, se atracar com um velho, eu tô fudido. Ele ainda tá tentando? — Eu concordei.
— O senhor vai largar da Sara? — Ele suspirou.
— Priscila, meu problema com a Sara é diferente. Meu problema com esses seus namoros, é que às vezes eu esqueço que tô comendo minha filha. — Eu dei um sorrisinho malicioso. — Vai chegar num momento que você vai ter idade, e vai ser estranho não namorar. As pessoas esperam que você aja com normalidade. Eu não gosto de pensar em ninguém te fudendo, mas vai chegar numa hora que se isso não acontecer, algo vai estar errado. Como é que uma moça bonita dessa cresce trancada numa casa só com o pai?
Eu fiquei pensativa… Então era isso. Meu pai não queria me ver namorando, mas isso não era só uma questão dele querer. Por um lado, eu gostei de saber que meu pai me queria só pra ele, mas por outro, fiquei pensando em como seria isso mais pra frente. No fim, naquele momento, decidi apenas gostar de saber que meu pai me queria só pra ele.
— Entendi… — Eu suspirei meio triste, mas me afundei nele e beijei seu pescoço, abraçando ele quentinho. — A gente acordou muito cedo, e eu nem tenho escola hoje.
Ele me beijou rapidinho, mas foi direto pro meu pescoço, passando a mão da minha cintura pra cima, subindo a camisola e achando um peito. Eu fui abrindo as pernas, ele se encaixou, ele só enfiou o braço entre nós, ajeitou o pau dele pra fora do short e no meu meio . Devagarzinho ele começou a fazer.
Abracei ele, ele respirou fundo no meu pescoço e eu subi as pernas abraçando a cintura dele. Eu não sei como as pessoas fazem na sua intimidade, mas eu adorava aquilo. No calor do sono, só cheirar um ao outro e transar devagarzinho.
— Gostosa… — Ele gemeu baixinho, respirando forte.
Fiquei quietinha, respirei profundamente e meu pai gostosamente metendo. Rapidinho ele forçou mais fundo, segurou a metida e eu fechei os olhos quando senti ele gozando.
— Queria que a Sara demorasse mais pra voltar, pai. — Contei sussurrando, ainda com a respiração fora de controle. Abraçadinha.
Ele levantou a cabeça, passou a mão no meu cabelo e viu meu rostinho vermelho. Mesmo com toda aquela intimidade, eu avermelhava quando fazia sexo.
— Confia no pai, tá? Eu vou dar um jeito nisso. — Eu concordei de novo, ele se mexeu e gemeu quando saiu. — Vou me arrumar, que daqui a pouco já vou ir pra buscar ela. Só vou esperar ela ligar pra avisar da Alta.
— Tá bom.
Eu ainda fiquei no sofá um tempo. Fiquei pensando, sentindo e computando o que acabou de acontecer. Meu pai tinha acabado de me explicar mais um problema sobre a nossa relação. Ele não queria que eu namorasse, mas uma hora teria que acontecer. Isso me fez perceber que, de alguma forma, meus desejos de viver somente com meu pai podiam ser impossíveis. Pela “aparência”, seria normal ele ter uma mulher em casa e eu um namorado. Quando eu percebi isso, eu odiei ainda mais a Sara. Não era só dinheiro o problema dele com ela… Imediatamente eu engoli a vontade de chorar. Enfim…
Deu tempo dele se arrumar, a gente tomou café juntos e a “tia” da limpeza chegou. Eu ajudei em poucas coisas, porque ela fazia o serviço em partes. A casa era grande, não fazia uma limpeza só. Meu pai ainda ia demorar, e havia um monte de mensagens do Luiz no meu telefone. Resolvi entrar no quarto e responder as mensagens.
Luiz era legal. Ele não forçava nada, mas falava o que queria. Ele me perguntava sobre tudo, e me falava sobre tudo. Naquele dia, ele estava mais comportado, estava com problemas com a ex-esposa e com algumas questões na transportadora. E no meio das mensagens, meu pai me ligou.
— Pai? — Atendi o telefone, deitada na cama.
— O que tá aprontando?
— Nada. A tia Liz já foi embora, aí vim deitar um pouco. Vou fazer a janta mais tarde. O senhor vai demorar?
— Um pouco. A Sara já está de alta. Tô esperando a burocracia do Felipe. — Felipe era o meu mais novo irmão, e eu tentei não me incomodar com aquilo. — Eu não consigo tirar aquilo da cabeça, neném. — Eu fiquei quietinha, engoli devagar e percebi a voz dele ficar mais pesada. — Você pedindo pro pai… Eu tô ficando maluco.
— O senhor vai desistir, não é? Agora já tem o Felipe.
— Não vou gatinha. Você é minha vida, princesa. Tudo o que você quiser nessa vida, neném, o pai vai fazer pra você. — Eu senti uma coisa tão boa com aquilo. — O pai te ama, princesa. Eu te amo tanto, que não tô conseguindo tirar isso da cabeça.
Fiquei em silêncio, mas então respondi com muita felicidade no peito.
— Eu também te amo, pai. Eu te amo muito.
Ele desligou, eu fiquei olhando pro telefone e quase chorei de felicidade. Era um momento único. Uma promessa, uma declaração… Eu estava ansiosa. Eu queria que o tempo passasse e corresse, para ir direto pro exato momento e que ele se resolvesse com a Sara e ficasse só eu, ele e o bebê que ele ia me dar. Mas a realidade chegou rápido demais e jogou um balde de água fria na minha fantasia.
A Sara chegou, o bebê, a irmã dela e meu pai. Sara estava inchada ainda, a irmã dela ajudava ela a andar e o neném dormia no bebê conforto. Eu cheguei pertinho, vi ele dormindo e sorri fraca pro meu pai.
— Nossa, não vai pegar seu irmão no colo? — A irmã da Sara tentou alfinetar.
— Ele tá dormindo. — Meu pai interrompeu a irmã maluca, num tom mais alto.
— Já fiz a janta. — Comuniquei no meio do problema, porque aquela mulher conseguiu a antipatia do meu pai e nem percebeu.
— Leva um prato pra Sara no quarto dela. — Ela nem percebeu o tom autoritário.
— Não mesmo. Se meu pai quiser, ele leva. Não sou empregada dela, e quem comeu ela não fui eu. — As duas arregalaram os olhos, eu bufei pro meu pai e saí andando com ódio.
— Cê ouviu isso? — Sara ficou indignada.
Eu não fiquei para ouvir a discussão. Fui fazer coisas legais para ocupar a minha cabeça. Mexi no meu computador, troquei mensagem com as minhas amigas e não participei da janta. Infelizmente a rotina tinha me afetado bastante, e sem comer de novo, senti a pressão só indo embora. E lá fui eu pro hospital, no primeiro dia do Felipe em casa. É claro que a Sara aproveitou aquilo pra soltar o veneno. Ela precisando do meu pai e me acusando de fazer drama.
Minha pressão estava lá no chão. Eu emagreci. Naquele fim de semana sem a Sara em casa, eu tinha comido melhor, mas tinha passado os últimos tempos com birra e raiva. Meu pai ficou assustado, sabe? Não sei se era só preocupação comum, de pai ou de amor. Ele ficou assustado de me ver apagar. E ficou lá, até o efeito do remédio melhorar, me deu comida e escutou o médico. Pra ajudar, tinha um monte de coisas faltando no meu sangue, eu tinha que comer direito.
O pior nem foi isso, sabe? Não demorou muito pra irmã da Sara ligar, desesperada que ela estava sem saber o que fazer e que a Sara estava passando mal. Ela precisava ajudar o bebê, ou a Sara. Comecei a sentir pena do meu pai. Era muita mulher tentando pegar a atenção dele. E mesmo com aquele inferno no celular, ele ficou lá comigo.
Quando chegamos em casa, tarde da noite, foi outra discussão. Sara só sabia acusar meu pai de abandono, a irmã dela choramingou que ficou desesperada e o bebê chorando. Era um caos!
Naquele dia, mesmo ainda com gosto de remédio na língua, remédio na veia e vontade de dormir, eu fui pegar o Felipe. O povo se acabando em briga, e eu peguei meu irmão e levei ele pro quarto. Felipe estava chorando, e foi só o barulho acabar que ele parou de chorar. Eu fechei a porta, meio desajeitada fui pra cama, me encostei na parede e fiquei com ele nas minhas pernas.
Era um bebê bonito. Era filho do meu pai.
— Acho que consigo gostar de você. — Ele mexeu as mãos e tentou virar o rosto com a boca aberta. Ele resmungou e tentou de novo. Eu demorei pra perceber que ele estava com fome.
Meu pai abriu a porta, as duas malucas estavam atrás e ele não deu espaço. Fechou a porta e trancou, pra ter certeza que elas não iam entrar.
— Acho que ele está com fome.
Meu pai ficou olhando, suspirou cansado e colocou as mãos na cintura. Ele me viu mexendo com ele e com os olhos cheios de água, e devagarzinho chegou e sentou do meu lado.
— A Sara tá dizendo que o peito está doendo.
— Nem discute. Ela é maluca. Compra o leite dele, que ele vai chorar daqui a pouco. — Ele viu eu engolir o choro, olhou pro Felipe e depois pra mim. — Não vamos dar certo… — Resolvi desabafar, engolindo duro. — Eu e ela não vamos dar certo.
— Tem que ter paciência, neném… — Ele passou a mão no meu joelho. — Você prometeu pra mim que ia ter paciência, mas fez isso esse fim de semana. Preciso de tempo. Tempo mesmo. — Eu só concordei. — Quer vir comigo?
Eu concordei. Ele pegou o bebê e eu saí da cama. As duas malucas estavam gemendo na cozinha, inventando dor e fome.
— Porque se trancou com meu filho no seu quarto? — A Sara não sabia nem o que falar para dar trabalho.
— Ainda bem que eu fiz isso. Se depender da mãe, o coitado vive de grito e morre de fome.
— Escuta aqui, eu sou a mãe dele! A mãe! enquanto eu estou tentando ser mãe, você fica aí desmaiando e fingindo. Seu pai é trouxa, mas eu você não engana não. Se já tivesse ido morar com a sua mãe…
— Já chega, Sara! — Meu pai gritou, eu peguei o Felipe dos braços dele e a irmã dela assustou com meu pai bravo. Eu peguei o bebê conforto, e fui me afastando devagar, cheia de medo de derrubar o Felipe.
Eu não ouvi o que ele falou não, só tirei o Felipe de lá. Fui no carro, entrei no banco de trás, deixei o bebê conforto de lado e fiquei com ele nos braços. Eu só conseguia olhar pra ele e deixar uma lágrima escapar. Meu pai entrou no carro, tentou ficar mais calmo e saiu dirigindo. Fomos a farmácia, a mulher me explicou como fazia as dosagens e Felipe já começou a chorar. Ela foi legal, foi nos fundos da farmácia e usou o microondas para fazer a mama dele, eu nem acreditei que tratei dele eu mesma.
Voltamos, Sara estava acordada na cozinha e reclamou da demora assim que chegou. A irmã dele veio pegar ele de mim e eu fui logo falando.
— Ele já mamou. Tá sem fome, só precisa trocar.
Pelo menos dessa vez a irmã maluca não tentou me falar nada, mas saiu com o Felipe e eu fui pro meu quarto, e lá foi a Sara discutir com meu pai de novo. Eu fechei a porta, me deitei na cama e chorei igual criança. Era muita coisa pra minha cabeça. Eu não sabia o que fazer, o que sentir e o que pensar. Só chorei. Chorei de doer a cabeça, doer o olho e soluçar quietinha.
VOU CORTAR POR AQUI PARA NÃO FICAR MUITO GRANDE.
❤️ Contos Eróticos Ilustrados e Coloridos ❤️👉🏽 Quadrinhos Eroticos 👈🏽
Comentários (1)
Futchamp: Delícia de conto rsrs
Responder↴ • uid:1dai1nuqrc