Estupro coletivo de refugiada palestina - PARTE 2
Oie, sou a Sofia, trazendo a continuação desse conto para vocês.
Quem tá aqui sem ler o primeiro provavelmente não vai entender muita coisa. Então recomendo lerem a parte um antes. E já vou avisando É UM TEXTO LONGO (pelo padrão de algumas pessoas por aqui é longo, eu não acho) OLHE O NÚMERO DE PALAVRAS. Se você pretende ler se masturbando... só se você for mulher kk.
Vamos começar.
Nas semanas que se seguiram, Khadija voltou a ajudar o pai e a mãe nas tarefas diárias. A jovem nunca contou a família a tentativa de abuso que tinha sofrido, e achava melhor assim. Ela ainda se lembrava da dor queimante dos tapas e a sensação de ser despida daquela forma violenta. Ainda lembrava dos risos de deboche dos dois pervertidos e do alívio de ver Muhammad e o pai chegando para resgata-la.
Muhammad... ela murmurou com um sorriso leve, enquanto preparava o banho das irmãs. Ela tinha visitado o rapaz algumas vezes desde aquele dia, e, aos poucos, uma aproximação natural se firmava entre os dois. Khadija sabia que, em breve, o pedido que tanto esperava viria. A vida em Gaza era dura, e ela não podia se dar ao luxo de esperar por alguém melhor. Muhammad era, sem dúvida, o melhor partido que ela poderia almejar, e talvez o único. Mesmo assim, a jovem ainda estava em dúvida. Não estou apressando muitos as coisas? E se eu tiver só interesse no que o pai dele tem? Se eu tiver só buscando uma saída? Eu não estaria me aproveitando do rapaz? Essas perguntas a atingiam como pancadas, deixando-a tonta. Até que uma ideia surgiu. Ela também tinha algo a oferecer, algo que muitos homens dariam muito para ter. Sim... ela pensou enquanto tocava levemente os seios, em um gesto impensado e rápido. É um bom negócio para ele também.
Khadija? A voz de Aiyra cortou o turbilhão de pensamentos que a envolviam. Aiyra, a segunda irmã mais velha, de apenas dez anos, entrou no quarto silenciosamente, sem que Khadija percebesse. Nosso pai está te chamando, ele já está indo buscar a refeição do dia.
Khadija ergueu os olhos, interrompida em sua reflexão. Aiyra pegou o caneco das mãos da irmã mais velha e, com um movimento rápido, despejou a água morna na grande bacia, já pronta para o banho das irmãs menores.
Eu cuido disso. Aiyra disse com um sorriso leve. E irmã, não esqueça. Falou apontando para o cabelo de Khadija que estava solto, e sem o hijab.
Obrigada irmã. Khadija agradeceu sorrindo, começando a arrumar o cabelo e a vestir o lenço, enquanto ia até a escada, onde o pai a esperava para irem juntos até as tendas.
Vamos, pai. Khadija disse, dirigindo-se ao homem que estava parado na porta, segurando uma grande panela de metal. Ele observava atentamente, os olhos fixos no horizonte, como se estivesse medindo algo. A jovem notou que ele estava olhando para cima, talvez antecipando a chuva que começava a se formar no céu.
Vem chuva, filha. O pai falou, sua voz grave, como sempre, mas com um toque sutil de preocupação. Ele olhou para ela de cima a baixo, avaliando se estava realmente pronta para enfrentar o clima. Não quer vestir algo mais para se proteger?
Khadija sorriu suavemente. Não, pai. É só uma chuva rápida. A jovem estava com pressa, queria ir logo e não tinha tempo para buscar alguma proteção.
Hassan suspirou. Não gostava da teimosia dela, mas sabia que ela tinha razão para insistir. Eles precisavam chegar rápido às tendas, antes que as filas se estivessem ainda mais longas. A chuva era a menor das preocupações.
Com isso, os dois começaram o trajeto. Khadija já o havia feito várias vezes desde o que a tinha acontecido, mas sempre que o percorria, o medo a envolvia novamente. A mesma sensação de apreensão, como se fosse um lembrete, do que ela não podia esquecer. O caminho, que antes parecia tão comum, agora estava carregado de imagens dolorosas que ela tentava afastar, mas que sempre voltavam a lembrança daqueles homens.
Quando no trajeto chegaram perto da construção onde Khadija foi arrastada, o corpo dela parou subitamente. Seus pés não conseguiam avançar, seu corpo tinha travado no lugar. O medo, tão familiar, a envolveu novamente. Seu corpo estava tenso, como se o chão sob seus pés tivesse se transformado em um campo minado.
Hassan percebeu imediatamente. Ele parou e olhou para ela, atento. Sabia que algo a incomodava, mas o que exatamente, ele não sabia dizer. Khadija? Ele chamou suavemente, a preocupação surgindo em seu tom.
A jovem não ouviu o pai. Estava vidrada, os olhos fixos na construção à frente, como se não conseguisse desviar o olhar. O tom da voz de Hassan aumentava, mas suas palavras não tocavam Khadija. Ela estava distante, completamente perdida, cada pedaço de memória, cada imagem daquele dia cruel vinha à tona, tomando conta de seus pensamentos.
O pai tentou mais uma vez, com mais força, mas nada parecia surtir efeito. Até que, de repente, o som de um veículo cortou o silêncio pesado. O barulho dos pneus sobre o a terra foi o suficiente para interromper o turbilhão em sua mente. Khadija piscou e finalmente olhou para o pai. Hassan fez menção de perguntar o que tinha acontecido, mas uma sirene desviou a atenção dos dois.
Liberem o caminho! Um homem gritou de uma ambulância, com a cabeça fora da janela, tentando ser ouvido por cima do barulho do motor.
Khadija, ainda com o corpo tenso, deu um passo para o lado, quase instintivamente. O som da ambulância e a urgência na voz do homem a despertaram. Ela sentiu uma onda de alívio, o medo ficou um pouco mais distante.
O que aconteceu, filha? Hassan perguntou, a preocupação estampada no rosto. Você parecia... distante. Ele hesitou, tentando encontrar as palavras certas, mas a expressão de Khadija foi o suficiente para fazê-lo perceber que algo a incomodava. Algo mais do que ela estava disposta a compartilhar naquele momento.
Khadija não respondeu de imediato. Seus olhos se afastaram brevemente, fixando-se em algum ponto distante, como se estivesse tentando escapar de uma memória dolorosa que ainda insistia em voltar. Ela sentiu a pressão do olhar de Hassan sobre ela, e a simples pergunta parecia pesar mais do que deveria.
Estou bem, pai. Sua voz saiu fraca, quase inaudível, como se as palavras tivessem peso demais para serem ditas. Ela não podia falar o que realmente havia acontecido, não para ele. O peso da vergonha que iria sentir, ao olhar para o rosto do pai, parecia ser mais difícil de carregar do que o próprio trauma. O silêncio entre eles se estendeu, mais pesado do que qualquer palavra que ela pudesse ter dito.
Vamos indo. A jovem disse, tentando forçar um tom animado, mas sua voz ainda soava tensa, como se as palavras fossem um esforço. Temos que chegar antes das mulheres com as crianças.
Hassan a observou por mais um momento, sem dizer nada. Ele sabia que ela não estava bem, mas, por agora, ele escolheria respeitar o silêncio dela. Sabia que, quando fosse a hora certa, ela falaria. Mas até lá, ele teria que esperar.
Vamos. Ele respondeu, com a voz grave, o tom um pouco mais baixo do que o habitual. Estamos perto das tendas, já consigo ouvir os murmúrios das crianças. Parece que a fila já começou.
Ao dobrarem a esquina, as tendas apareceram diante deles, seguidas pela multidão. Pessoas se empurravam contra as grades de proteção, lutando para garantir uma refeição, enquanto as panelas eram preenchidas de forma apressada e desordenada. O barulho da agitação era ensurdecedor, e as crianças, quase pisoteadas no meio da confusão, choravam alto, tentando se esquivar dos pés apressados.
Droga, está cheio. Hassan resmungou, olhando para a multidão com um olhar tenso. Vamos ter que nos meter ali no meio. Ele hesitou por um instante, antes de se voltar para a filha. Você vai ficar bem, filha?
A preocupação estava estampada no rosto de Hassan, mas ele sabia que não tinha outra escolha. A fila estava avançando rápido demais, e com duas panelas, teriam mais chance de conseguir alguma comida. Mas o medo o consumia. Ele não queria que Khadija se arriscasse, não naquele empurra empurra descontrolado, onde homens sem escrúpulos usavam o bagunça para se aproveitar das mulheres. No entanto, ele precisava da ajuda dela. A comida não duraria por muito mais tempo.
Eu vou ficar, pai. Khadija disse com a voz fraca, tentando esconder o medo. Ela sabia que era perigoso, e não queria outro trauma. O pensamento de reviver outra dor a aterrorizava, mas algo dentro dela a impedia de recuar.
Vamos então. Hassan disse, se juntando à multidão. Enquanto isso, a filha ficou paralisada, os olhos fixos na cena à sua frente, o coração acelerado. Cada movimento ao seu redor parecia amplificado, o barulho das pessoas se empurrando, a pressa das mãos tentando alcançar as panelas. Khadija sentia o peso do ambiente, um medo crescente, mas o dever com o pai era maior.
Antes de entrar voluntariamente na fila, Khadija foi empurrada com força pelas costas, sentindo seu corpo ser lançado para o meio da multidão furiosa. O choque a pegou de surpresa, e ela se viu no centro daquela massa desordenada, onde os gritos e o tumulto se misturavam à sensação de que a qualquer momento algo mais poderia acontecer.
O cheiro de suor invadiu suas narinas, misturado ao calor insuportável. Khadija tentava seguir em frente, em direção à comida, mas a pressão da multidão a empurrava incessantemente para trás e para os lados. Cada vez que ela se movia, era arremessada contra as barras de proteção da entrada da fila, como se fosse uma simples boneca.
De repente, e sem aviso, a chuva começou a cair. Uma chuva forte e constante, que desabou sobre a multidão com fúria. A terra seca sob seus pés rapidamente se transformou em lama escorregadia, tornando cada movimento mais difícil e instável.
Khadija sentiu a chuva lavar o suor de sua face. Um alívio breve na tensão que ela sentia. Mas logo ela percebeu que a chuva estava apenas tornando o ambiente mais desconfortável. Suas roupas, agora encharcadas, grudavam em seu corpo. O tecido fino da blusa se colava à sua pele, e ela sentiu o contorno do seu sutiã marcando levemente o tecido, algo que a deixava ainda mais vulnerável
Devia ter escutado meu pai. Ela pensou enquanto se agarrava às grades na entrada da fila, os dedos tremendo levemente, enquanto o empurra-empurra da multidão continuava a sua frente. O som dos gritos e os murmúrios desesperados, quase a fizeram correr em direção a casa, mas ela tinha que continuar.
Mais uma vez ela tentou chegar até a frente da fila, que não era mais que um amontoado de gente tentando andar em frente. Ela sentia cada empurrão, cada mão que a tocava sem permissão, e o medo de ser esmagada pela multidão ou de ter sua dignidade violada. Ela não conseguia avançar, então teve que fazer uma pausa. Ela tentou ficar parada em meio a multidão, que tentava de toda forma a tirar do caminho.
Foi quando ela sentiu o impacto. Um empurrão violento vindo de trás, mais brusco que todos os outros, fez seu corpo balançar. O chão se aproximou rapidamente, e ela perdeu o equilíbrio. Com um grito abafado, caiu de joelhos, espalhando lama por todo o lado. A dor de sua queda foi súbita, mas o pânico foi ainda mais devastador. Ela tentou se levantar, mas logo sentiu o impacto novamente, mais forte, mais cruel. Sua face foi lançada contra o solo encharcado, a lama a cobrindo.
A chuva caía mais forte e impiedosa, misturando-se à lama e tornando tudo mais escorregadio, mais perigoso. Cada movimento era uma tentativa frustrada de escapar. Seu corpo estava pesado, em meio a sujeira e a pressão da multidão que não a via, que a empurrava sem se importar. O medo de ser invisível, de ser reduzida a um objeto entre aqueles corpos, a fez se sentir ainda mais violada. Sua dignidade parecia estar sendo roubada ali, em meio à lama e aos gritos. Ela não era mais uma pessoa, era apenas uma boneca descartável, sendo pisoteada, empurrada, sem que ninguém a visse realmente.
Até que, de repente, uma mão firme a agarrou pelo braço. A sensação de ser puxada para fora daquela tempestade humana foi um alívio. Seus olhos estavam borrados pela chuva e pela lama, e o mundo ao seu redor estava turvo, mas ela sentiu, sem dúvida, que alguém a estava resgatando, mais uma vez.
Fique perto de mim. Disse a voz grave de seu pai. As palavras cortaram o tumulto da multidão. A urgência na voz dele fez com que Khadija se agarrasse a ele, sem forças para protestar. Agora, com seu pai ao seu lado, ela finalmente sentiu a segurança de estar longe da confusão. Mas a sensação de humilhação e medo ainda permanecia, pesada como o peso da chuva que continuava a cair sobre eles.
Quando finalmente chegaram a um lugar mais seguro, longe da pressão da multidão, Hassan a lançou um olhar de raiva. A tempestade parecia não só no céu, mas também dentro dele, e isso se refletia na fúria em sua voz.
Era para você ter mais cuidado! Hassan gritou, a raiva transbordando em sua voz rouca. Seu olhar era duro, impiedoso. A cada palavra que ele soltava, Khadija sentia o peso da reprovação, o medo crescendo dentro dela. Ele não se importava com o que ela havia enfrentado, com o medo que ela tinha sentido. Tudo o que importava agora era que ela tinha sido imprudente.
Se eu não tivesse lá, você teria sido pisoteada! A voz de Hassan estava carregada de raiva, mas também de uma preocupação crua, quase brutal. Ele estava tremendo de raiva, mas também de medo, medo de quase ter perdido a filha em meio àquela confusão
As palavras de seu pai atingiam Khadija com força, mais como um golpe do que uma repreensão. Ela estava acostumada com o olhar severo dele, mas agora ele estava furioso.
A chuva batia forte sobre eles, mas não trazia alívio, o calor da vergonha e do medo era mais forte. A pressão nos ombros era esmagadora, e ela sentia o peso das palavras de seu pai.
Onde está a sua panela? Hassan perguntou, ríspido. Ele não esperava uma resposta rápida, só uma resposta.
Khadija hesitou, o olhar desviando para o chão. Seu corpo ainda estava tenso pelo medo. Não só pela raiva do pai, mas pela humilhação que sentia. Ela tinha falhado. A culpa a corroía. Eu... eu não sei, pai. A voz dela saiu fraca, trêmula, quase inaudível.
Sua mente estava uma confusão. Como poderia ter sido tão descuidada? Ela não sabia quando ou como a panela tinha caído, mas sabia que não estava mais com ela. A luta pela comida, a agitação da multidão, tudo havia acontecido de forma tão rápida e desesperada que ela sequer percebeu o momento exato em que perdeu o recipiente. Agora, com a raiva do pai a consumindo, essa falha parecia ainda mais grave.
Hassan então percebeu o estado da filha. Os olhos dele, antes cheios de fúria, voltaram ao normal depois de a ver tão distante. Era como se a dureza de seus sentimentos fosse drenada ao reconhecer a fragilidade de Khadija. Ela não é um homem, afinal. Pensou o pai, lembrando do quanto a cobrava.
Ele fez um gesto brusco, quase automático, com a cabeça, sinalizando para que partissem dali.
Voltamos na próxima semana, filha. Sua voz estava mais baixa, mais controlada, mas ainda carregada com um tom de preocupação. Ele deu um meio sorriso, um esforço visível para amenizar o ambiente tenso. Por enquanto... vamos apertar os cintos.
Khadija o olhou, ainda sentindo a pressão do medo e da vergonha, mas algo no sorriso do pai a fez relaxar. Ela forçou um sorriso de volta, mais leve, mais sincero, como se ele também estivesse lhe oferecendo uma espécie de alívio. O gesto dele, a palavra simples, parecia devolver a segurança que ela tanto precisava.
Sim, pai. Vamos. Khadija respondeu, sua voz agora um pouco mais firme, mas ainda carregada de um cansaço profundo. O peso do dia, o medo, a vergonha, tudo ainda a consumia, mas a presença do pai, com sua postura firme e protetora, trazia um pouco de alívio.
Ela olhou para suas roupas encharcadas de lama, e uma leve risada escapou de seus lábios, embora fosse mais um suspiro do que uma verdadeira risada.
Eu tenho que me livrar dessa lama. Khadija disse. A chuva não está ajudando muito.
Você está imunda, filha. Hassan disse, com um sorriso que não escondia a preocupação, mas que trazia uma leveza ao momento. Vai ter que tomar um bom banho, e rápido.
Você tem razão. Ela respondeu com um sorriso cansado, mas sincero. Vamos logo para casa.
Enquanto iam pelo caminho já familiar, a chuva batendo em seus corpos e a sensação de cansaço pesado nos pés, Khadija notou algo que a fez parar por um breve instante. O carro do pai de Muhammad estava estacionado próximo ao prédio de armazenamento da ONG, onde mantimentos eram guardados e distribuídos.
Não é o carro do pai daquele seu amigo filha? Como era o nome deles mesmo... Samir e Muhammad, não é?
Sim... são eles mesmo. Khadija disse distraída, procurando o rapaz, vendo se ele estava junto do pai. Você está vendo Muhammad em algum lugar pai?
Não. Mas lá está o pai dele. Hassan disse apontando em direção a porta do armazém.
E então ela viu Samir. Ele carregava um saco pesado, provavelmente cheio de comida ou outro tipo de ajuda humanitária, e parecia estar fazendo uma entrega rápida, como se estivesse acostumado com aquela rotina
Ele é dono de um armazém não é? O pai da jovem a perguntou. Me lembro de ter conversado brevemente com ele... naquele dia.
Khadija sentiu o peso da memória das palavras do pai, que tinham sido enterradas sob o medo e a vergonha. É… aquele dia. Ela disse, a voz fraca. Eu… eu me demorei conversando com minha amiga. Como sou tonta… Ela tentou disfarçar a dor que começava a surgir, forçando um risinho nervoso, como se quisesse aliviar a tensão no ar.
Vamos lá falar com ele. Hassan puxou a filha pelo braço. Quero o agradecer mais uma vez por ter lhe abrigado.
Não! Khadija disse tentando se soltar. Eu estou imunda pai! Ela não conseguiu esconder que estava envergonhada
A lama escorria pelas pernas, a blusa colava nos seios como segunda pele, os mamilos duros aparecendo sem pudor. O hijab pingava, fios negros grudados no rosto. Mas Hassan já caminhava em direção ao armazém.
Só dois minutos, filha. Não seja mal-educada. O pai disse, ainda levando a filha a força.
Ela o seguiu, a lama fria entre os dedos dos pés, o tecido molhando a calcinha, o corpo inteiro ardendo de vergonha.
A porta do armazém estava entreaberta. O cheiro de farinha e óleo diesel inundavam o lugar. Samir estava trabalhando pesado, descarregando os sacos do veículo dele e jogando em uma pilha dentro do armazém, mas ela não via Muhammad em lugar algum.
Samir! O pai da jovem gritou, acenando para o homem que trabalhava duro. Sou Hassan, se lembra de mim e de minha filha?
A voz do pai cortou o ar pesado. Samir largou o saco com um baque surdo, virou-se devagar. Os olhos dele encontraram Khadija primeiro. Desceram da cara suja de lama, passaram pelo hijab encharcado, blusa colada que marcava os seios inteiros, os mamilos duros apontando sem vergonha, até as coxas trêmulas onde a saia pesada grudava na pele.
Ora, mas é claro que lembro! Mas essa não é a jovem que eu abriguei aquela noite! Disse rindo em tom divertido. Parece que foi atropelada por um elefante!
O tom era tão leve, tão de tio zoando sobrinha, que até Hassan acabou dando um grande sorriso. Khadija baixou a cabeça, as bochechas pegando fogo debaixo da sujeira. Sentia a roupa grudada, pesada, o hijab pingando nos ombros.
Ela teve um... um probleminha na fila. Hassan disse, ainda rindo e tentando limpar o rosto da filha em tom de brincadeira. Então, onde está aquele bom rapaz, o seu filho? Percebi que ele ficou um bom amigo da minha Khadija.
Muhammad? Samir deu uma risada curta, dando um tapão amigável no ombro de Hassan. Esse aí disse que viu um amigo sendo empurrado perto das grades e foi atrás pra ajudar… típico dele. Ele revirou os olhos com carinho de pai. Com o tanto de saco que tem pra descarregar aqui, eu não consigo correr atrás desse menino o dia todo.
Ora, então me deixa ajudar! Hassan deu um passo à frente, já arregaçando as mangas com vontade. Quando eu morava em Rafá, descarregava caminhão até de madrugada. Esses ombros ainda aguentam, irmão.
Samir abriu um sorriso largo, daqueles que iluminam o rosto cansado. Olha só quem fala a minha língua! Ele apertou a mão de Hassan com força, como quem sela acordo de homem pra homem. Então vem, vamos acabar com essa pilha antes que a chuva volte e transforme tudo em mingau.
Os dois já se viravam para os sacos, rindo e trocando histórias de caminhões antigos, quando Samir lembrou da jovem ali, pingando lama.
E você, menina. Disse por cima do ombro, num tom leve, quase paternal. Vai ali pros fundos, tem um tanque com água limpa, um pano pendurado e até uma cortina velha que serve de biombo. Tira essa lama toda antes que grude de vez. O pai do amigo apontava para uma salinha bruta, com algumas marcas de estilhaços de bombas que davam para o lado de fora do armazém.
A jovem resistiu, muito envergonhada, mas acabou por seguir o conselho, pelo menos limpar o rosto, não queria aparecer daquela forma na frente de Muhammad.
Ela se apressou em direção ao "banheiro" improvisado, e então que o desconforto cresceu.
A salinha era menor do que parecia de fora. Duas paredes de concreto bruto, cheias de buracos de estilhaços. Elas apenas separavam o armazém daquela sala e do lado de fora, mas onde deveria ter outra parede, havia uma cortina. A cortina (se é que aquilo merecia o nome) era só uma lona velha de caminhão, cor de poeira, pendurada num arame enferrujado.
A cortina tinha sido posta lá para tampar uma antiga porta que dava para os fundos do armazém, onde o banheiro improvisado foi feito, pensado para os homens que trabalhavam ali. Não cobria nada direito, embaixo sobrava muito espaço, do lado de fora se via tudo, tornozelos, joelhos, coxas… e, se abaixasse um pouco e colocasse a cabeça ali, com certeza veriam todo o corpinho da jovem palestina.
O tanque estava cheio até a borda, com água da chuva. Ao lado, um único pano de saco de farinha, quase limpo.
Ela ficou ali parada, sem saber o que fazer, lama pingando no chão, escorrendo pelo braço e se perdendo dentro da manga.
Não vou tirar nada. Repetiu baixinho, decidida. Não vou tirar nada… só a lama… só por cima… só por cima…
Molhou o pano, com certo receio. A água morna escorreu pelos pulsos, entrou pelas mangas, desceu pelo peito. Levou o pano ao rosto e começou a esfregar com força, pescoço, testa, bochechas. Depois desceu para os braços, para o decote. Cada passada fazia a blusa grudar ainda mais, marcando o sutiã preto, desenhando os mamilos que endureciam sem permissão.
O hijab estava pesado, grudado na cabeça, cheio de lama por baixo. Khadija hesitou um segundo, depois desamarrou o lenço com dedos nervosos. O pano molhado caiu no chão com um som abafado, perto da cortina. Os cabelos negros despencaram, pesados, encharcados, cheios de terra. Ela mergulhou o pano de novo, torceu, e começou a lavar os fios com cuidado, quase carinho, deixando a água correr pelo pescoço, pela nuca, escorrendo pelas costas até sumir dentro da saia.
A cada movimento, a blusa subia um pouco mais na cintura. A saia descia um pouco mais nos quadris. Os cabelos molhados colavam nos ombros, nas costas, pingavam gotas que deslizavam pela pele oliva e desapareciam dentro do decote.
Vou ter que tirar essa blusa… droga. Sussurrou baixo, tentando não chamar nenhuma atenção.
A blusa estava grudada, não dava para limpar, ela teria que tirar e lavar e aproveitar para se limpar melhor. Ela mordeu o canto da boca, nervosa, e aproximou o rosto de um dos buracos da cortina, espiando, ver se estava segura.
Do lado de fora, no terreno baldio atrás do armazém, só havia crianças. Uns sete, oito meninos, de uns seis a doze anos, brincando de guerra com pedaços de cano e tampas de garrafa. Gritavam, corriam, riam alto. Nenhum olhava para o armazém. Nenhum parecia nem saber que ali dentro tinha uma menina quase nua, desprotegida, uma bucetinha fácil.
São só criança… não são pervertidos. Ela tentou se convencer. E a lona ainda cobre um pouco. Só vou tirar a blusa. Só a blusa.
Com as mãos trêmulas, puxou para cima. O tecido molhado resistiu, colando na pele, subindo devagar, arranhando os seios. Quando passou pela cabeça, os cabelos molhados caíram de volta, grudando nas costas nuas. O tecido caiu perto do hijab, ela ficou só de sutiã preto e a saia pesada que descia nos quadris.
Ela olhou rápido para baixo. O sutiã marcava tudo, os mamilos durinhos aparecendo sem pudor algum.
Sutiã vagabundo. Ela sussurrou. O sutiã era de qualidade ruim, ela o tinha há algum tempo e usava todo dia, ele não conseguia mais proteger os mamilos da jovem de aparecer na roupa, o tecido estava fino como guardanapo.
Sem mais murmúrios, ela se entregou à tarefa.
Com o tronco nu agora, ela se limpava melhor. Se sentia livre da blusa cheia de lama. Usava o pano com vontade agora. Pescoço, clavícula, o vale entre os seios, as costelas, a barriga lisa. Cada esfregada tirava mais lama. Os mamilos, ainda durinhos, roçavam no braço de vez em quando e faziam um choque descer até o ventre, fazendo ela ficar menos a vontade ainda, com a calcinha encharcada junto da saia.
Essa saia está me deixando louca. Ela falou, em tom de reclamação. Não vou conseguir tirar essa lama... não sem tirar essa saia também.
Parou, o pano pingando na mão, a saia pendurada tão baixo que já mostrava a curva do osso do quadril e a borda da calcinha creme.
Com calma, foi até o buraco na cortina e colou o olho ali, cautelosa como uma ladra. Lembrou-se de repente de quando, anos atrás, pegou um primo espiando uma das irmãs menores se lavando. Mas agora ela espionava, para não acabar sendo espionada.
Lá fora, os mesmos meninos de antes, correndo atrás de uma bola improvisada. Nenhum olhava para o armazém. Um deles tropeçou, caiu, levantou rindo. Ninguém prestava atenção na lona.
Khadija mordeu o lábio até doer.
É só um segundo. Pensou. Só tiro a saia, lavo rápido, visto de novo. Ninguém vai ver.
Decidida, ela empurrou a saia com as duas mãos. O tecido pesado deslizou pelos quadris, passou pelos joelhos, caiu num monte molhado aos pés. Khadija deu um passo para o lado, saiu dele, e com a ponta do pé empurrou a saia para o canto junto da blusa e do hijab.
Estava seminua, praticamente em público. Para ela isso era quase tão nojento quanto o que ele havia sofrido.
A calcinha creme, já tão velha quanto o sutiã, estava encharcada e grudada. Marcava tudo, a curva da virilha, o pequeno volume do monte, até o contorno dos lábios que se desenhavam por baixo, a xaninha formava uma pata de camelo, suculenta, em meio a lama.
Ela pegou o pano de novo, molhou, torceu. Agora sim podia se lavar direito.
Passou o pano pelas coxas, por trás dos joelhos, subiu devagar pelas pernas, limpando cada faixa de lama. Quando chegou perto da calcinha, hesitou um segundo… depois deslizou o pano por cima do tecido, pressionando só um pouco, só o suficiente para tirar a sujeira e sentir o calor que vinha de dentro. Um suspiro curto, quase inaudível, escapou.
Assim… não tem como. A jovem admitiu para si mesma, quase sem voz.
A lama tinha entrado por baixo da borda da calcinha, grudava na pele. A bucetinha, encharcada de chuva e de outra coisa mais quente, latejava dentro do tecido frio e áspero. Cada vez que se mexia, a calcinha roçava no clitóris sensível e mandava um choque que subia pela barriga inteira. Khadija apertou as coxas uma contra a outra, tentando ignorar. Não adiantou. Olhou de novo para o buraco na cortina. Os meninos ainda brincavam lá fora, gritando, longe, ninguém parecia por perto.
A mão dela desceu sozinha, quase sem permissão. Dois dedos agarraram a cintura da calcinha.
Um segundo de silêncio absoluto. Depois ela puxou para baixo, rápido, como quem arranca um curativo. O tecido deslizou pelas coxas, passou pelos joelhos, caiu no chão com um ploft molhado.
Com a calcinha já no chão, o resto pareceu inevitável.
Khadija levou as mãos trêmulas às costas, encontrou o fecho gasto do sutiã e puxou. O elástico frouxo cedeu de uma vez. Ela deslizou as alças pelos ombros, deixou o tecido cair. O alívio foi imediato, quase físico, os seios pequenos, finalmente livres, revelaram os belos mamilos marrons, durinhos.
Ela se sentia nojenta, ela estava se exibindo, ela achava isso, era uma vagabunda mesmo, deveria ter esperado para se lavar em casa, mas a vergonha de um rapaz a fez se rebaixar a aquilo.
A vergonha subiu quente pelas bochechas, pelo peito, desceu queimando até o ventre. Os mamilos, ficaram mais rígidos, ela sentia o grelinho inchando de tesão, a bucetinha de lábios marrons brincava com a mesma cor dos mamilos e com a pele cor de oliva da palestina, ela ficou envergonhada, sabia que não deveria sentir aquelas coisas, mas não tinha controle, ela tinha certeza que estava se exibindo, isso não a tornava melhor que uma cadela no cio, que ficava levantando o rabo para qualquer cachorro.
Basta. Ordenou a si mesma, com a voz firme que usava quando cuidava das irmãs menores. Termina logo e sai daqui!
Pegou o pano mais uma vez, molhou até ficar pesado, e começou com vontade, sem olhar para trás, sem pensar demais.
Primeiro os seios. Ela disse baixinho, para ela mesma.
Passou o pano por baixo de cada um, levantando-os com cuidado, limpando a pele sensível onde a lama tinha se agarrado. Os mamilos, ainda durinhos, roçaram no tecido áspero e ela mordeu o lábio para não soltar som. Esfregou em círculos lentos, depois mais rápido, até a pele ficar vermelha, limpa.
Depois a barriguinha. Ela decidiu, indo com as mãos para baixo.
Desceu o pano devagar, contornando o umbigo, sentindo a pele macia tremer sob o toque. A água escorreu em filetes quentes, passou pelo monte escuro dos pelinhos, parou bem na beira da bucetinha.
Agora... aqui. Olhou para a virilha, peludinha, o barro preso aos pelinhos.
Abriu um pouco as pernas, só o necessário.
Passou o pano entre as coxas primeiro, limpando a parte interna, onde a lama tinha entrado mais fundo. Depois, com a mão tremendo, dobrou o pano e deslizou por cima dos lábios. Devagar. De cima para baixo. Sentiu o clitóris inchar de leve com o toque, e odiou o corpo por reagir. Limpou com cuidado, abrindo um pouco os lábios com dois dedos, passando o pano por dentro, tirando cada restinho de sujeira. A água escorreu quente, e ela apertou os olhos com força.
Virou-se de lado, dobrou um pouco o corpo.
Levou o pano para trás, entre as nádegas. Limpou o cuzinho com cuidado, quase medo, sentindo o buraquinho se contrair com o toque morno do pano. Passou duas, três vezes, até ter certeza que estava limpo. A sensação era estranha.
Quando terminou, estava ofegante.
Jogou o pano dentro do tanque como se queimasse. A água ficando barrenta na hora.
A pele ardia. O corpo inteiro parecia novo, limpo, mas também exposto demais, como se tivesse sido tocado por alguém que não era ela.
Khadija já estava agachada, pegando a pilha de roupas molhadas e sujas no colo, quando um som veio. Pareciam palmadas, o som de algo batendo. Ela se assustou e jogou as roupas no chão mais um vez e começou a procurar o som. Procurando em desespero, ela viu que vinha de trás da cortina surrada, ela tremeu, e ficou observando, parada, sem conseguir se mexer.
A lona balançou de leve, só um centímetro, mas o suficiente para revelar dois pares de tênis surrados no chão. A jovem gritou, o braço voou para os seios, os apertando firmemente, tentando os esconder. a outra mão desceu rápido, cobrindo a buceta com a palma aberta, os dedos tremendo. O corpo inteiro virou de lado, tentando esconder o que já não tinha mais volta.
Quando girou para correr para a porta, ela se assustou mais ainda. Pelos buracos de estilhaços na parede, quatro, cinco, seis rostinhos curiosos a encaravam. Os meninos que brincavam lá fora. Olhos arregalados, bocas abertas, alguns rindo nervosos, outros sem entender direito o que viam, mas sabendo que era proibido.
No segundo em que ela percebeu, os meninos perceberam que tinham sido vistos. Um deles gritou e todos saíram correndo, tropeçando uns nos outros, sumindo entre os escombros e a chuva.
Khadija deu um passo desesperado em direção à pilha de roupas, o coração na boca, querendo só vestir qualquer coisa e sumir. Mas em um momento, a lona foi empurrada com força de fora para dentro.
Um dos meninos maiores, uns doze, treze anos no máximo, mas já com cara de quem entende demais, entrou de uma vez, o rosto vermelho de excitação e medo. A cortina voou para o lado e bateu na parede.
Khadija virou-se num reflexo, gritando de novo. O braço ainda cobria os seios, a mão ainda tapava a bucetinha, mas o movimento brusco deixou as costas inteiras expostas.
O menino parou, os olhos arregalados fixos no rabinho pequeno e redondo dela, suculento, molhado, brilhando com as últimas gotas da água. A curva perfeita das nádegas, a linha escura entre elas, o jeito que tremiam de susto… tudo ali, oferecido sem querer.
Khadija sentiu o olhar queimar as costas como se fosse um tapa.
Pervertido! Ela gritou, a voz assustando o rapaz, que deu um pulo para trás, tropeçou na própria perna e caindo em cima da roupa molhada da jovem.
Sem excitação, o rapaz agarrou a calcinha de Khadija na mão e saiu correndo, a lona balançando loucamente atrás dele.
Khadija ficou ali, nua, tremendo, sem reação, vendo através do balançar da cortina o grupo de meninos se juntando no terreno baldio. O maior, o que tinha corrido com a calcinha na mão, ergueu ela como se fosse um premio. Os outros se aproximaram, curiosos, rindo nervosos. Um deles deu um tapa nas costas do “vencedor”. Outro fez um gesto grosseiro com a mão no meio das pernas.
Então o menino levou a calcinha ao rosto.
Primeiro cheirou, o nariz enterrado no tecido, os olhos fechados como se estivesse sentindo algo proibido. Depois, sem vergonha nenhuma, lambeu o centro, onde a marca do corpo dela ainda estava quente. As risadas explodiram mais altas, alguns gritando palavras que Khadija já tinha ouvido nas ruas, palavras que queimavam.
Ela ficou ali, nua, tremendo, o braço apertando os seios até doer, a outra mão cobrindo a bucetinha como se ainda pudesse proteger alguma coisa.
Então, o pedaço de arame improvisado quebrou. A cortina cedeu, e os rapazes viram a jovem ainda nua parada ali, olhando com espanto e nojo para eles.
Um deles apontou. Outro fez um gesto de língua.
Khadija recuou até encostar na parede, o corpo inteiro encolhido, o choro finalmente vindo, silencioso, quente, escorrendo pelo rosto limpo e caindo entre os seios nus.
Entre um soluço abafado e outro, a jovem ouviu o som de uma voz, baixa, meio rouca de vergonha, atravessando o concreto, vindo direto do armazém. A voz era bem familiar para ela, só poderia ser dele.
Muhammad... Khadija disse para si mesma. Ele tinha chegado e estava falando com Samir e Hassan. Ela tinha um tempo para se arrumar e se secar, o melhor que desse naquela situação.
Num salto, ela se pôs de pé, os pés descalços na água suja. Ainda completamente nua, correu até a lona, os seios pequenos balançando livres, os mamilos queimando de medo. Com as duas mãos tentou esticar a cortina caída, puxando o tecido pesado para baixo, para os lados, qualquer coisa que escondesse aquele corpo trêmulo
Pela fenda mínima que conseguiu fechar, viu os meninos se dispersarem como baratas assustadas. Pernas magrelas correndo, risinhos nervosos morrendo na poeira. Um deles ainda segurava a calcinha creme que tinha roubado, antes de sumir entre os escombros.
Khadija ficou ali, colada na lona, os cabelos negros grudados no rosto e escorrendo gotas entre os seios. O corpo inteiro ardia de humilhação… e, pior, de um calor traiçoeiro que subia da barriga e latejava bem no meio das coxas nuas. Muhammad estava ali, a poucos metros. E ela, pelada, marcada, exposta. Ela tinha que se vestir.
Rapidamente, Khadija se abaixou num movimento brusco, os seios balançando livres enquanto juntava a roupa embolada no chão. Blusa, saia, hijab, tudo encharcado e pesado de lama. Num gesto quase raivoso, jogou tudo dentro do tanque. A água escura engoliu o tecido com um som abafado, a sujeira se desfazendo e sumindo.
Nua, inteiramente nua, Khadija girava pelo cubículo como um animalzinho encurralado. Cada movimento fazia as coxas se roçarem, o atrito quente e escorregadio entre elas, e um calor traiçoeiro se espalhava, subindo, subindo, até pulsar bem no meio do ventre. A pele inteira estava em brasa, os mamilos tão duros que doíam.
Ela mergulhou as mãos trêmulas no tanque outra vez, puxou a blusa encharcada, torceu com força. A água escorreu pelos antebraços, desceu pelos seios, traçou caminhos brilhantes sobre a barriga lisa e foi se perder entre os pelinhos escuros da virilha. A saia veio em seguida, pesada, encharcada. Ela a esticou como pôde sobre o fio de arame enferrujado, depois o hijab, deixando tudo pingando ali, exposto, como se as próprias roupas estivessem nuas junto com ela.
Ficou ali, os pés nus na poça suja. A pele oliva brilhava e pingava, cada gota deslizando devagar demais. Do pescoço, entre os seios, pela curva da cintura, descendo pela bucetinha e pingando no chão.
Vou me secar… murmurou, quase um pedido de desculpa ao próprio corpo.
Achou outro pano de saco, menor, mais áspero, mas seco. Começou pelo rosto, esfregando com força demais, como se pudesse apagar o que acabara de acontecer. Desceu pelo pescoço, pelos ombros. Quando o tecido roçou o primeiro mamilo, o choque foi tão forte que ela arqueou as costas sem querer, um suspiro rouco escapando entre os lábios entreabertos. Continuou, teimosa. Clavícula, o vale entre os seios, a barriga lisa.
O pano descia mais devagar agora. Passou pela curva do quadril, pela parte interna das coxas. Ali ela hesitou, o tecido parado bem na beira da virilha, sentindo o calor que saía dali como vapor. Um segundo depois, quase sem querer, deslizou o pano por cima dos lábios, só uma vez, só para “secar”. O tecido áspero arranhou o clitóris inchado e as pernas quase cederam. Um gemido baixinho, quase infantil, escapou antes que ela pudesse morder o lábio.
Seca e limpa a medida do possível. Khadija pegou a saia com as mãos que não paravam de tremer. O tecido estava pesado de água, mas já não pingava tanto. Ao abrir a cintura para vestir, ela percebeu o problema.
Minha calcinha… a voz saiu num fio, quase inaudível.
A saia subiu pelos quadris, colou na pele, mas sem nada por baixo. O tecido grosso roçava direto nos lábios sensíveis, no clitóris ainda inchado, a cada movimento mínimo.
Pelo menos vai até os pés... sussurrou para si em agradecimento. Se fosse uma daquelas saias curtas que apareciam nas novelas turcas proibidas, ela morreria ali mesmo.
O sutiã veio em seguida. Ainda úmido nas alças, mas o tecido já não era tão fino. Ao menos esconderia os mamilos que teimavam em ficar duros, redondos, escuros, pedindo para serem vistos. Ela encaixou os seios pequenos com cuidado, como quem esconde um segredo, e prendeu o fecho nas costas com dedos nervosos.
A blusa desceu por último, colando no tronco, marcando a curva delicada dos seios sob o sutiã. Ela ajeitou com calma, puxando a barra para dentro da saia, sentindo o tecido roçar na barriga nua e descer até se perder na cintura. Quando deu um passo, a saia balançou pesada e o pano grosso roçou de novo ali embaixo, arrancando um arrepio que subiu até a nuca.
Por fim, o hijab. Os cabelos ainda úmidos escorreram negros pelas costas enquanto ela prendia o lenço com dedos trêmulos, cobrindo cada fio, cada centímetro de pele que pudesse. Deu um nó firme, puxou a ponta para frente, cobrindo o peito como um escudo.
No reflexo da água viu-se. Rosto limpo, hijab perfeito, roupas no lugar. Parecia a mesma Khadija de sempre. Só um pouco molhada, sem calcinha e se sentindo nojenta.
Ela tomou coragem e saiu do banheiro. Ela viu a figura frágil Muhammad segurando um recipiente de metal. Minha panela! Ela exclamou para si mesma.
Ai está filha. Ele encontrou sua panela em meio a confusão. Hassan disse, em tom agradecido ao menino. Ele se meteu lá no meio depois que te viu cair, menino de coragem!
Hassan deu um tapa carinhoso no ombro magro de Muhammad, forte demais para o corpo franzino. O rapaz cambaleou um passo, corou até as orelhas, mas não tirou os olhos de Khadija.
Muhammad então estendeu a panela com as duas mãos, e devolveu o item para Khadija, envergonhado.
Eu… limpei direitinho. Murmurou, tão baixo que só ela ouviu. A voz tremia um pouco, talvez do esforço, talvez de outra coisa. Não queria que você chegasse em casa sem ela.
Obrigada. sussurrou Khadija, e o som saiu mais rouco do que pretendia. A saia roçou de novo ali embaixo, a lembrando de como estava nua por baixo, como uma vadia de rua.
A chuva caia forte do lado de fora. Dentro do armazém, o barulho abafava as vozes dos dois homens que descarregavam sacos, riam alto, trocavam histórias antigas de caminhão e de fome, enquanto os filhos conversavam baixinho, sentados em cima dos sacos de farinha.
Eu te vi lá no meio e foi correndo te ajudar. Muhammad disse com um sorriso. Mas seu pai chegou antes.
Pelo menos você conseguiu recuperar isso. Khadija disse, mostrando a panela em seu colo, sem perceber o olhar do rapaz para a região da virilha dela.
Eu… vi você cair. Disse ele, quase sem som, os dedos apertando o próprio joelho. Não pensei. Só corri.
Igual aquele dia? Khadija disse, mesmo que fosse dolorido, ela gostava de lembrar da coragem do rapaz e do pai dele.
Sim... Muhammad disse baixinho. Igual aquele dia. Ele então olhou para o pai trabalhando e se voltou para a jovem. Meu pai me disse uma coisa... ele me permitiu te... me permitiu... se seu pai... e você... você... O rapaz não conseguia terminar a frase e foi cortado pela voz de Samir.
Vamos crianças! Vou dar uma carona para você e seu pai Khadija. Não vão querer se molhar mais uma vez! O homem disse rindo, e chamando os dois com um gesto apressado. Não quero pegar algum ponto de controle na estrada, não sabemos como estão as coisas hoje!
Muhammad fechou os olhos um segundo, como se a algo tivesse doído, depois os abriu e disparou em direção ao pai, ombros encolhidos, passos rápidos demais. Desapareceu entre os sacos de farinha sem olhar para trás.
Khadija ficou ali, parada, a panela no colo, perdida, mas entendendo muito bem o que o pequeno rapaz pretendia dizer.
Bom... ele tentou. A jovem pensou, sorridente. Ele é só um homenzinho envergonhado, sei que ele vai conseguir... e então, finalmente vamos conseguir nos livrar... ela olhou com desdém para a fila do lado de fora do armazém que estava se espalhando, com as pessoas indo para casa. Vamos nos livrar, disso.
Então ela levantou desajeitada. Arrumando a longa saia preta e tirando ela do meio do rabinho redondo e dos lábios da buceta que pareciam querer mastigar o tecido. Era estranho como ela se sentia menos nojenta sobre tudo aquilo conversando com o pequeno rapaz. Talvez fosse a constituição pequena dele (era a mesma do que todos os meninos de Gaza, mas ele era ainda mais fraco), talvez como se ele fosse uma das irmazinhas dela? Ou outra menina mais nova, quem ela poderia facilmente se opor fisicamente. Ela sentia como se tivesse, pela primeira vez, um domínio sobre um homem. E ela gostava.
Depois dessa ideia, ela endireitou o hijab, pegou a panela e caminhou em direção ao carro com um passo firme. A saia balançava pesada, roçando a xotinha nua a cada passo, mas agora aquela sensação não era mais humilhação.
No carro, a viagem silenciosa. A não ser por breves comentários dos dois homens, que pareciam ter ficados muito amigos.
O carro parou em frente ao prédio onde a jovem e a família moravam, e Khadija abriu a porta, o hijab escorrendo água, a saia pesada grudada nas coxas.
Obrigada! Gritou por cima do ombro, sem olhar para trás, a voz misturada com a chuva. Um aceno rápido, quase infantil, e saiu correndo. A panela batia contra o quadril a cada passo, a saia balançava e roçava sem piedade ali embaixo, lembrando-a do vazio quente entre as pernas. Que agora ardia incontrolavelmente, em uma sensação estranha e dolorida.
Hassan desceu logo atrás, apertou a mão de Samir com força, um “amanhã nos vemos, irmão” apressado, e já corria também. Pai e filha subiram os lances de escada e entraram rapidamente em casa, loucos para se secarem melhor.
Vou direto me secar, pai, se você não se importa. Disse Khadija, a voz baixa, como quem pede licença sabendo que já foi concedida.
Claro, filha. Disse o homem olhando para as próprias roupas, também encharcadas. Vou avisar sua mãe pra diminuir a comida pela manhã… afinal, a panela voltou vazia.
A frase caiu como uma pedra no meio da sala.
Sim, pai… Khadija respondeu, tão baixo que quase não saiu.
Ele nem percebeu. Já virava as costas, chamando Amira na cozinha, e gritando para ela lhe trazer uma toalha seca.
Khadija ficou parada um segundo. A culpa, a fome das irmãs, a lembrança da fila, dos moleques, de tudo… tudo voltou de uma vez.
Um dia. Ela começou sussurrando para si mesma, os dedos já soltando o hijab e indo em direção a quarto. Um dia essa panela vai voltar cheia... e ninguém mais vai precisar diminuir nada.
Ela atravessou o corredor curto, empurrou a porta do quarto e entrou, a fechando atrás de si.
O quartinho estava escuro. As irmãs menores dormiam juntas no colchão do canto, alheias a tudo. Khadija ficou ali um segundo, encostada na porta, olhando para elas, até resolver que já era hora de se secar melhor.
Com um gesto rápido, quase raivoso, o hijab voou das mãos e caiu no chão de concreto, pesado e encharcado. Os cabelos negros despencaram, molhados, grudando nos ombros e nas costas.
Em seguida a blusa. Agarrou a barra com as duas mãos e puxou para cima, o tecido colado resistindo um segundo antes de ceder, roçando os mamilos com força demais e arrancando um arrepio que ela nem tentou esconder. Jogou-a por cima do hijab sem olhar onde caía.
O sutiã veio logo depois. Os dedos trêmulos encontraram o fecho nas costas, soltaram de uma vez. As alças deslizaram pelos ombros, o tecido fino escorregou e caiu. Os seios pequenos saltaram livres, os mamilos escuros e duros apontando para a frente.
Khadija virou-se de costas, devagar, como quem respeita o sono das irmãs e, ao mesmo tempo, respeita a si mesma.
Com as mãos na cintura, desceu a saia longa em um único movimento silencioso. O tecido pesado deslizou pelos quadris, roçando de leve a pele ainda quente, passou pelas coxas e caiu aos pés com um som abafado.
Khadija sentou-se no chão, as costas encostadas na parede, as pernas dobradas e entreabertas só o suficiente para ver o estado da xaninha, depois daquele dia sem calcinha, com uma saia de tecido grosso que roçava muito nela.
Os lábios estavam vermelhos, inchados, quase brilhando de tanto roçar na saia úmida o dia inteiro. A pele fina, que nunca ficara sem a proteção da calcinha velha, parecia queimada. Ardia de verdade, uma dor quente. Quando ela passou a ponta dos dedos de leve, só para conferir, o toque doeu e, ao mesmo tempo, fez um choque subir pela barriga inteira.
Eu preciso de algo para isso. Ela pensou, aflita. Então, ela teve uma ideia. Levando os dedos a boca, ela os melou com a saliva gentilmente, e descendo a mão com cuidado, os tocou na pele queimada da buceta, com movimentos gentis circulares.
A saliva aliviava. Cada movimento tirava um pouco do fogo e colocava outro, mais fundo, tesão puro. Os lábios ardidos se acalmavam sob o toque, mas o clitóris, respondia inchando de novo, pedindo mais. Khadija mordeu o lábio inferior com força, os dedos perto da entradinha da buceta, o hímen pedindo para ser aberto ali mesmo.
Os dedos já estavam ali, na beira, prontos para deslizar para dentro, quando o ronco baixo de um motor cortou a chuva como uma faca.
Khadija congelou.
O som era familiar demais. O velho carro de Samir, engasgando na lama da rua. Parou bem em frente ao prédio. Portas batendo. Vozes abafadas pela água.
Ela tirou a mão de entre as coxas num estalo, e com um pulo rápido, começou a recolher a roupa pelo quarto.
A blusa molhada estava jogada num canto. Ela a agarrou, sacudiu uma vez, passou pela cabeça de qualquer jeito, o tecido frio colando nos seios e nos mamilos ainda duros. O sutiã ficou onde estava, não havia tempo. A saia veio em seguida. Enfiou os pés, puxou para cima com as duas mãos, o pano úmido grudando de novo na pele sensível, marcando tudo outra vez, mas agora não importava.
Hijab. Onde estava o hijab? A jovem começou a procurar por todo o quarto, até que o viu no chão. Ela o pegou, passou pelos cabelos negros e prendeu de qualquer jeito, só para cobrir. Um nó rápido, a ponta solta caindo no ombro.
Ela ouviu o pai falando para a mãe ir a chamar. Khadija sabia que para o rapaz vir a ver essa hora, só poderia ser uma coisa... ela tinha conseguido.
Amira entrou sem bater, sem avisar, o rosto já carregando a mistura de curiosidade e preocupação que toda mãe tem quando estranhos voltam à noite.
Khadija estava de pé no meio do quarto, o hijab ainda torto, a blusa colada demais nos seios, a saia úmida marcando cada curva. Os olhos da mãe percorreram a filha em um segundo.
Eles voltaram. Samir e o menino. Querem falar com você e seu pai… agora. Amira disse, ajeitando o hijab da filha e a guiando até a porta, com cuidado para não acordar as meninas.
Enquanto saiam, Amira viu o sutiã preto jogado perto da porta, ela sabia que a filha só tinha aquele e isso significava só uma coisa.
Sem uma palavra, a mão dela disparou, agarrou o braço de Khadija com força de mãe que já viu demais, e num puxão rápido jogou a filha de costas no colchão. As irmãs menores nem se mexeram.
Khadija caiu com um som abafado, os olhos arregalados de susto.
Antes que pudesse reagir, Amira já estava sobre ela, os joelhos prendendo as coxas da filha, a mão livre subindo a blusa com violência. O tecido molhado subiu rápido, passou pelo ventre, pelos seios, os revelando nus, os mamilos escuros e duros apontando para o teto, ainda sensíveis do toque de minutos antes.
Você acha que eu não sei o que está acontecendo com você esses dias? A mãe disse em tom duro, firme. É bom que esse rapaz esteja aqui por um bom motivo, e que seu pai aceite qualquer oferta daquele homem, você já está descontrolada como uma cadela no cio!
Khadija sentiu o rosto queimar. A mãe falava como se ela fosse uma qualquer, coisa que depois daquele dia, a própria jovem sentia. Ela precisava mesmo de um marido.
Levanta. Põe o sutiã. Agora. A mãe continuou no tom firme, a filha torcendo para ela não querer olhar em baixo da saia. Coloca esse sutiã logo! Ela subiu o tom, mas ainda tentando não acordar as meninas.
Khadija obedeceu sem dizer uma palavra. Sentada na beirada do colchão, pegou o sutiã preto com as mãos ainda tremendo um pouco. O tecido fino, gasto de tanto uso, deslizou pelos braços e envolveu os seios. Ela prendeu o fecho nas costas com dificuldade, os dedos escorregavam, mas conseguiu.
Amira estendeu a blusa molhada sem olhar diretamente para a filha. Khadija a vestiu de uma vez, puxando para baixo com força, sentindo o pano grudar de novo na pele quente do peito e da barriga. A mãe observava em silêncio, parada, como se julgasse cada movimento da filha.
Pronto, mãe. Khadija disse em tom baixo, sem olhar diretamente para a mãe.
Amira ajeitou o hijab de Khadija com dois movimentos rápidos e precisos, puxando a ponta solta para dentro, cobrindo bem o pescoço. Um toque maternal, quase militar.
Ambas então saíram do quarto juntas e foram em direção a sala, onde os homens esperavam.
Hassan e Samir estavam nas cadeiras velhas, rindo de algo que só eles entendiam. Muhammad calado entre os dois, com um medo no rosto, olhando para o corredor.
Quando a mãe e a filha apareceram, o rapaz pulou da cadeira, assustando o pai, que fez menção para ele sentar e olhou diretamente para Khadija e depois para Hassan.
Bom… Samir começou, a voz cheia de malícia boa. Vocês devem ter percebido que esses dois aí andaram trocando muita conversinha esses dias. Mesmo eles achando que nós não percebíamos.
Ele apontou o queixo para Khadija e Muhammad. Os dois baixaram a cabeça ao mesmo tempo, calados. Hassan explodiu numa gargalhada rouca, batendo na própria coxa.
Eu sou cego, é? Hassan disse, os olhos marejados de tanto rir. Minha filha achando que não ia perceber ela desviando o caminho para ir até o armazém falar com esse bom rapaz? O homem então olhou Muhammad e riu alto.
Samir deu um tapa forte no ombro de Hassan, os dois rindo como se fossem garotos, Amira os acompanhava com uma risadinha educada, os filhos, constrangidos.
Então, irmão… Samir disse, agora sério, a voz firme de homem que sabe o peso do que vai falar. Vim aqui, com meu filho do lado, pedir licença a você, Hassan, pai de Khadija... o homem fez uma pausa curta, e olhou para Muhammad. Pedir sua permissão pra juntar esses dois de uma vez. Pra fazer deles marido e mulher, como as famílias decentes fazem.
O silêncio caiu pesado na sala.
Hassan parou de rir. Olhou para Samir. Olhou para Muhammad. Olhou para Khadija. Então estendeu a mão para Samir. O homem puxou Hassan num abraço rápido, de ombro, batendo nas costas um do outro com vontade.
Feito, irmão! Disse Samir, a voz embargada de emoção. Nossas famílias agora são uma só!
Hassan virou-se para Muhammad. E deu um tapa firme no ombro do rapaz. Vem cá, meu genro falou, rindo baixo. Agora você é da casa.
Samir então fez uma breve declaração, se desculpando pela esposa não ter ido junto do filho e dele, mas garantiu que ela também estava de acordo. O homem chamou Hassan para um canto, para eles discutirem o dote e a festa.
Amira, muito tradicional, não deixou Muhammad se aproximar da filha, nem conversar e a mandou para o quarto. O rapaz não veria a jovem até o dia em que os pais permitissem.
A jovem atravessou o corredor. Tinha conseguido. O pai ia conseguir um bom dote. Quando entrou no quarto e olhou as irmãs, dormindo, tranquilas, ela deu um sorriso. Eu consegui. Disse baixinho, antes de se deitar.
Do outro lado da casa vinham as vozes dos homens, risadas, planos, as vezes a voz firme da mãe, planejando uma bela festa. Khadija sabia que eles fariam o melhor por ela.
Algumas semanas se passaram. Khadija não tinha mais saído de casa. Ela não tinha mais ido ao armazém ou ajudar o pai, os únicos que vinha até ali era Samir, e as vezes a esposa, para planejar a festa. Foi assim até o dia planejado.
No seu pequeno quarto, Khadija se arrumava. Ela tinha tomado um bom banho, e a mãe tinha conseguido lhe arranjar uma bela roupa tradicional árabe, um vestido laranja cheio de detalhes, com um delicado pano dourado lhe cobrindo o cabelo. As irmãs pulavam ao seu redor, com Aiyra sendo a mais animada. Na rua, o barulho começou. Buzinas, tambores, zagharit das mulheres no telhado, risadas altas. Muhammad tinha chegado com os convidados. Carros velhos enfeitados, amigos cantando e batendo palmas.
Na porta, Hassan esperava, os olhos vermelhos de emoção contida. Pegou a mão da filha, apertou forte, e desceu com ela os lances de escada. Lá embaixo, Muhammad esperava, de thobe impecável, tinha conseguido um bom carro para os levar.
Hassan colocou a mão no ombro do rapaz, em um gesto simples, sorrindo.
Cuide bem dela, meu filho. Disse apenas, a voz embargada, entregando a mão da filha.
Muhammad assentiu, sem conseguir falar.
O caminho até a festa foi sem nenhuma palavra, ambos só ficarem ali, parados, até chegarem ao armazém de Samir, onde já se ouvia as músicas tradicionais. Ambos saíram do carro, com a multidão agitada gritando e comemorando. Lá dentro, ambos se separaram, para a festa em gêneros separados, homens em um lado e mulher em outro.
Depois de uma tarde de festa, a multidão já estava cansada. Os convidados começavam a ir embora, e as famílias de Khadija e Muhammad os chamaram para irem para casa. Ambos iam ter a primeira noite.
Hassan chamou a filha para perto, e começou a conversar gentilmente com ela. Khadija, o quarto de vocês está preparado em casa, sua mãe fez um bom trabalho. É modesto, mas... vai servir para essa noite antes de você morar com Muhammad na casa do pai. Então o homem colocou a mão no rosto da filha, e como uma despedida, deu um beijo em sua testa. A casa é de vocês essa noite. Vamos ficar na sua tia. Com isso, Hassan se afastou, deixando a filha com Muhammad, que já a guiava em direção ao carro, onde um motorista, amigo do rapaz, os esperavam.
Mais uma vez o caminho foi sem palavras. Quando chegaram, o rapaz deixou Khadija entrar primeiro. Ela foi direto para o quarto, preparado de forma simples, mas tinha uma boa cama. Ciente das obrigações da noite, a jovem fez o que tinha que fazer. Usando um belo vestido, ela apenas retirou o lenço dourado da cabeça e jogou em um canto. Com cuidado, abaixou a calcinha, a mesma cor de creme, e se deitou, com o vestido erguido e a bunda redonda exposta, as bucetinha de fácil acesso para o marido.
Muhammad entrou e fechou a porta atrás de si. No escuro, só o contorno dele. A túnica branca caindo no chão com um som suave, peça por peça, até restar apenas o silêncio e o calor do corpo dele. Khadija não virou o rosto. Ficou deitada de lado, o vestido ainda erguido na cintura, a bunda redonda exposta, as coxas entreabertas. Sentiu quando ele se aproximou, a bucetinha, já molhada desde o carro, pulsava aberta, os lábios inchados e brilhando na penumbra. Pela primeira vez na vida, aquilo não era vergonha, não era sujeira, não era algo que tinham tentado arrancar dela à força.
Então ela sentiu o pau do marido, roçando gentilmente na entrada da buceta, era estranho, mole, não era igual daquele estrangeiro que a tinha tentado abusar. Em um momento, ela sentiu entrar um pouco, não muito, não doia, não sentia nada. Ela sentiu o marido fazer movimento de vai e vem com o corpo, uma, duas, quatro, cinco vezes, e pronto. Ele parou, ela apenas sentiu um pouquinho de líquido invadir a entradinha da buceta, nem um pouco fundo, escorreu imediatamente no colchão, a buceta dela, estava seca, ela não entendeu nada, e ficou ainda mais sem entender quando perceber que o marido estava dormindo já.
Foi… só isso? Ela se perguntou, ainda virada, sem olhar o marido. Ela não sentiu raiva. Sentiu pena, um pouco, pelo menos.
Khadija puxou o vestido devagar para baixo, cobrindo-se. O líquido dele já secava no lençol, uma manchinha pequena, quase nada. Não foi por isso que eu o queria mesmo... a jovem pensou, e então sorriu, ela ia ter que aprender a controlar o tesão de outra forma, mas pelo menos, a comida das irmãs estava garantida.
No dia seguinte, ela pulou da cama antes do marido. E chegou a roupa de cama. Nenhuma mancha de sangue... o pintinho do rapaz era tão inútil que nem tinha a tirado a virgindade. Ela riu, depois ficou com pena, mas resolveu apenas seguir em frente, ela poderia trabalhar nisso mais tarde. Agora ela teria que arrumar as coisas para ir morar com o marido.
Ela acordou Muhammad, e ambos e prepararam e desceram até a rua, onde os familiares esperavam. Depois de despedidas, e das irmãs a pedindo para ficar, ambos entrar no carro até a casa de Samir.
Lá ela se acomodou bem. Semanas ajudando na casa, e lidando com a "fraqueza" do marido. Ela visitava a família, e via que estavam bem. Ela ficou animada com isso, isso a ajuda a enfrentar o tesão absurdo, que ela não tinha achado como resolver ainda.
Um dia, na cozinha da antiga casa, Khadija percebeu a mãe mexendo o chá com mais força que o normal, o olhar perdido, a boca apertada.
Mãe… o que houve? A filha perguntou, curiosa.
Amira pousou a colher com um estalo seco. Esse rapaz ainda não conseguiu te dar um filho, menina?
A frase caiu como um tapa, Khadija sentiu o rosto queimar.
Mãe… calma. Faz só cinco meses. A jovem envergonhada, evitava olhar para a mãe.
Amira bufou, virou-se para a filha, o tom baixo mas firme.
Cinco meses, Khadija. Cinco. Quando eu casei com teu pai, no terceiro mês eu já sentia você chutando aqui dentro. Bateu na própria barriga. E olha que teu pai não era nenhum touro… mas sabia o que tinha que fazer.
Khadija baixou os olhos para o copo de chá, as mãos apertando o vidro quente.
Ele… ele tenta, mãe. É só… ele é muito nervoso ainda. Khadija ainda não conseguia olhar para a mãe, ainda mais após aquele comentário.
Amira aproximou-se, segurou o queixo da filha com dois dedos e levantou o rosto dela.
O dote, filha. Teu pai aceitou um valor bom, mas Samir deixou claro, parte dele era porque você ia dar um neto homem ainda esse ano. Foi dito na frente de todo mundo, na khitba. Os homens apertaram a mão em cima disso. Amira disse firme, sabendo que a quebra do dote significava a vergonha para a família e uma compensação financeira gigante para os pais do rapaz.
Mãe… cinco meses… e ele mal… A voz de Khadija saiu baixa, quase um sussurro. Mal consegue ficar dentro de mim por mais de dez segundos.
Amira ficou quieta um segundo. Depois aproximou-se, sentou-se ao lado da filha e segurou as mãos dela com força.
Você vai ter que tentar algo desesperado filha. Eu... eu vou lhe apoiar em qualquer coisa, já que é para o bem das meninas, saiba que... eu vou lhe ajudar. A mãe confortou a filha, que já começava a pensar em algo, desesperada.
Khadija beijou a mãe na testa, saiu do prédio mais calma, mas ainda tentando entender o que fazer.
Enquanto descia a escada, a frase da mãe ecoava: “dar um neto esse ano”.
O pau de Muhammad era pequeno demais, mole demais, rápido demais. Mesmo que ela o ensinasse a durar mais, mesmo que o fizesse gozar dez vezes por noite… não ia chegar fundo o suficiente para engravidar rápido. Não do jeito que Samir queria. Não do jeito que o dote exigia.
É muito pequeno… pensou. Não vai chegar lá no fundo. Eu… eu vou ter que achar um maior.
A ideia surgiu tão clara, tão quente, que ela parou no meio da escada.
Um homem maior. Mais grosso. Mais fundo. Só uma vez. Só até o ventre dela ficar cheio de verdade.
A calcinha de renda preta (presente novo da mãe, fina, cara, que ela usava pela primeira vez) ficou encharcada de repente. Um filete quente escorreu pela coxa interna, tão forte que ela teve que apertar as pernas para não gemer ali mesmo no corredor.
Respirou fundo, endireitou o hijab, continuou descendo.
O sol queimava o asfalto rachado. Gaza cheirava a farinha quente, diesel queimado e poeira que nunca assentava.
Khadija caminhou sem pressa, mas também sem parar. Passou pelo mercado, pelas crianças jogando bola com lata, pelas mulheres carregando sacos de arroz nas cabeças. Virou na rua das tendas de ajuda humanitária e, sem pensar duas vezes, seguiu em direção ao único prédio de dois andares que ainda tinha pintura branca, o centro da ONU.
Os seguranças palestinos na porta a conheciam de vista. Cumprimentaram com a cabeça e a deixaram passar. Dentro, cheirava a desinfetante e café ruim. Havia filas de mulheres esperando atendimento médico, crianças chorando, voluntários estrangeiros, altos, fortes, talvez ex militares de nações que ela só ouvia falar, de colete azul correndo de um lado para o outro.
Ela desviou das filas, ignorou os olhares curiosos, e seguiu direto para o corredor dos fundos, nos banheiros.
A placa estava lá, em árabe e inglês, mas dizia a mesma coisa nas duas línguas. Homens. Bom, é isso o que eu procuro. Khadija disse, já entrando, sem pudor.
O cheiro bateu forte. Urina velha, desinfetante barato, um resto de cigarro que alguém fumou escondido. Os mictórios brancos manchados, os boxes de metal enferrujado, os chuveiros com apenas uma pequena separação. Um silêncio quebrado só pelo gotejar de uma torneira.
Khadija escolheu o último box, o mais escondido. Entrou, fechou a tranca com um clique seco. E então, sem pressa, começou a se despir.
O hijab primeiro. Desamarrou, deixou cair no chão sujo. Os cabelos negros caíram pesados sobre os ombros nus.
A blusa, depois. Puxou por cima da cabeça, os seios pequenos saltaram livres, os mamilos já duros de frio e de vontade.
A saia longa: abriu o zíper lateral, deixou deslizar pelas coxas até os tornozelos. A calcinha de renda preta (o presente da mãe, agora encharcada) foi a última. Desceu devagar, sentindo o tecido se desgrudar dos lábios inchados, e chutou para o canto.
Nua. Completamente nua dentro do box de um banheiro masculino de uma ONG estrangeira. A pele oliva arrepiada, a bucetinha latejando tão forte que ela teve que apoiar uma mão na parede.
A memória da construção abandonada explodiu na cabeça. Os tapas, os risos, as mãos arrancando a roupa, a sensação de ser nada. O cheiro de urina e desinfetante virou o mesmo cheiro de medo.
O que eu tô fazendo, droga! Gritou alto demais, a voz ecoando nas paredes de metal.
Correu nua até a pia, abriu a torneira com força, jogou água no rosto, no pescoço, nos seios. Tentava apagar o fogo entre as pernas, apagar a ideia louca que tinha trazido ela até ali. A água escorria pelo corpo, pingava no chão, mas o tesão teimava em ficar, misturado agora com nojo e vergonha.
Voltou correndo para o boxe, os pés descalços na água, queria pegar as roupas se vestir e ir embora para casa, para Muhammad.
A porta não abria. Tinha emperrado. Tentou com mais força, travada.
Não… não… sussurrou, em desespero.
Empurrou com o ombro, bateu com o punho, tentou forçar com toda a força. Nada. A porta não cedia um centímetro.
A única porta que se abriu foi a da entrada no banheiro.
Cinco vozes masculinas, risadas, inglês misturado com sotaques de lugares que ela não conhecia. Toalhas nos ombros, camisetas já sendo tiradas, cintos desabotoando. Eles entraram como se o lugar fosse deles (e era mesmo).
Khadija encolheu-se contra a parede do boxe, nua. A tranca continuava emperrada. O coração batia tão forte que parecia que eles iam ouvir.
Um deles jogou a camiseta no banco e abriu o primeiro boxe. Outro foi direto para o mictório, já baixando o zíper.
Os outros três continuaram falando alto, rindo de alguma coisa que aconteceu no campo de futebol improvisado. Um deles começou a cantar uma música idiota, desafinado.
Khadija ficou paralisada contra a parede, os olhos arregalados, incapaz de desviar o olhar. Eles tiravam as camisas sem pressa, rindo alto, falando em línguas que ela mal entendia. Corpos diferentes. Ombros largos, pelos no peito, músculos que não vinham da fome. Não eram como os homens de Gaza, magros e marcados pelo bloqueio. Eram grandes, fortes, sem vergonha de mostrar.
Um deles baixou a calça e a cueca de uma vez, como se fosse a coisa mais natural do mundo. O pau balançou pesado, semi-duro, enorme. O triplo, talvez mais, do que Muhammad tinha. Grosso, com veias marcadas, a cabeça rosada brilhando um pouco.
Khadija levou a mão à boca antes que o gemido escapasse. O som saiu mesmo assim, baixo, rouco, quase animal.
O homem virou a cabeça na direção do boxe. Os outros pararam de rir. Cinco pares de olhos se voltaram para a porta entreaberta, para a fresta por onde um pedaço do corpo nu dela aparecia.
Um deles se assustou. Quem está ai! Ele disse em tom de ordem, em uma tentativa de falar árabe meio atravessada por um sotaque forte. Se mostre agora. Sem resposta, o homem foi na direção da jovem com andar firme, e quando viu a palestina ali encolhida e nua ele tomou outro susto.
O que você está fazendo aqui? Se explique! O homem a agarrou pelo braço e a jogou no meio do banheiro. Os olhares perigosos não era para o corpo dela, estava mais para um interrogatório.
Terrorista? Um deles perguntou em inglês. Os outros não sabiam, deram o ombro. Talvez esteja nos espionando!
Por que nua? Outro perguntou em inglês, Khadija sem entender nada. Pode ser que tenha uma bomba?
Se explique. O homem que falava um pouco da língua dela perguntou, em tom de ordem.
Ela ergueu as mãos, trêmulas, tentando cobrir o corpo e ao mesmo tempo implorar. Não! Não! Eu sou casada! Falou rápido, a voz quebrando. Faz cinco meses… mas meu marido… meu marido não consegue…
Fez um gesto desesperado com as mãos, abrindo e fechando, indicando tamanho pequeno, depois apontou para a própria barriga, depois para a virilha, as lágrimas já escorrendo.
Eu preciso de um filho! Preciso engravidar! Samir, o pai dele… o dote… preciso agora!
Os cinco se entreolharam. O silêncio era tão pesado que dava para ouvir a torneira pingando. O homem que parecia o lider a encarou longamente, depois baixou o olhar para a bucetinha dela molhada, aberta, tremendo e soltou um riso curto, quase incrédulo.
Ela não é terrorista. Explicou para os companheiros, em inglês, sotaque pesado. Ela... ela... quer uma criança, para um dote se entendi.
Ela veio roubar uma criança? Um dos homens disse, com um tom de raiva, como se ela fosse uma criminosa.
Não! O mais experiente disse. Com um gesto para o companheiro parar. Ela veio aqui fazer um filho...
As gargalhadas começaram, até o tradutor perguntar sério. Você ainda quer? E depois soltou outra risada, mais forte. Quem se voluntária? Perguntou para os companheiros, todo riam.
Já chega mocinha. O homem cansou da brincadeira. Onde está suas roupas? Você está presa por tentativa de invasão a um prédio das...
Eu preciso mesmo! Khadija gritou. O único homem a entender, fechou os olhos devagar. Olhando para os outros, ele viu os sorrisinhos de malícia, e então olhou para a palestina. Cinco está bom?
Mesmo assustada ela assentiu. O tesão tinha vencido, e ela estava convencida que seria melhor ter um filho logo, a família dependia dela, e ele lembrou da mãe dizendo que a apoiaria.
O tradutor foi o primeiro. Sem cerimônia, a agarrou pela cintura, virou-a de costas e a colou contra a parede do banheiro. O pau dele era o maior que ela já tinha visto na vida, grosso, pesado, a cabeça vermelha brilhando. Entrou de uma vez, sem aviso, até o fundo. Khadija gritou, as unhas arranhando a parede, o corpo se curvando inteiro com o impacto. Doía. Doía gostoso.
Ele começou a bombar forte, rápido, sem piedade. Cada estocada batia no fundo do útero, a fazendo ver estrelas. Os outros quatro já estavam ao redor, punhetando devagar, esperando a vez.
O segundo segurou o rosto dela e enfiou o pau na boca. Khadija engasgou, saliva escorrendo, os olhos lacrimejando, mas não recuou. Chupou com vontade, engolindo até onde conseguia, a garganta apertando, os gemidos abafados virando sons molhados.
Dois deles a levantaram n como se ela não pesasse nada. Um debaixo, metendo na bucetinha, outro por trás, forçando o cuzinho virgem com cuspe e paciência zero. Khadija gritou alto demais (alguém tapou a boca dela com a mão), depois só gemidos abafados, o corpo tremendo inteiro entre os dois paus que a preenchiam ao mesmo tempo.
Ela gozou pela primeira vez ali, de pé, os dois dentro dela, o corpo convulsionando, um jato quente escorrendo pelas coxas (squirt forte, molhando o chão). Eles riram, animados, e trocaram de posição.
Um deitou no chão imundo, a puxou para sentar no colo, pau inteiro na buceta. Outro meteu no cu. Dois na boca, revezando. O quinto filmava com o celular, luz do flash piscando. Khadija perdeu a conta de quantas vezes gozou. Perdeu a conta de quantos creampies recebeu.
Quando acabaram, ela estava de joelhos no chão, o corpo coberto de porra, a buceta e o cu escorrendo grosso, a boca inchada, o cabelo grudado no rosto. Um pouco de sangue, o hímen tinha se rompido de forma violenta.
O tradutor se abaixou, limpou o canto da boca dela com o polegar e disse, quase gentil.
Vai dar um menino forte. Pode ir pra casa.
Ela se levantou devagar, as pernas tremendo, e pegou a roupa do boxe aberto por eles. Se vestiu e saiu cambaleando do banheiro. Dentro dela, cinco cargas quentes disputavam espaço.
E pela primeira vez em muito tempo, Khadija sorriu, porque o dote estava pago.
Uns dois meses depois, Khadija já sabia que estava grávida. Sentia os seios sensíveis e todos os sintomas que a mãe falava. Não tinha contado para ninguém como tinha resolvido o problema, mas Muhammad está muito animado.
Um dia, eles andavam juntos na rua, quando se ouviu gritos. Samir, que estava junto, perguntou o que tinha acontecido a um homem na rua, e a resposta foi dura.
Os ataques voltaram. Quando o homem terminou a frase um míssil surgiu e caiu no chão com os estrondo, varrendo uma mesquita do mapa. De onde estavam, eles viram a torre da mesquita cair, com outro estrondo.
Corram! Samir gritou, todos correndo em direção ao carro, entrando rapidamente e dirigindo até a casa. Lá Khadija correu até a casa dos pais, e viu que estava tudo bem. Depois de uma reunião breve com a família, a jovem voltou para a casa do marido, onde o Samir e ele discutiam algo, o homem jogando alguns documentos na mesa, e um tanto de dinheiro.
O que é isso? Khadija perguntou assustada. Olhando uma pilha de notas verdes se formando na mesa... dólares.
Muhammad, sentado, olhou para ela com um sorriso. Meu pai quer nos fora de Gaza, eu acho um exagero!
Você vai sim menino! Samir gritou nervoso. E vai tirar meu neto daqui! Aqui Khadija, pegue todos esses documentos dessa lista e apareça lá em Rafá! De entrada em um pedido de refugio se conseguir entrar no Egito, para qualquer país que der!
O que? Eu não posso abandonar minha família! Khadija se negou, mas Samir sabia o que estava fazendo.
Aqui tem dinheiro. Samir começou a falar. Dinheiro para tirar pelo menos sua mãe, você, Muhammad e uma irmã daqui!
Pai, não tem motivo, os ataques já vão... Muhammad ia falando quando outro estrondo surgiu. Droga! O rapaz gritou, assustado.
Pegue o carro e dirija até Rafá Muhammad! Eu e sua mãe vamos ficar aqui cuidando do armazém, fique tranquilo. Samir colocou a mão no ombro do rapaz e o fez entender a seriedade da questão.
Muhammad agarrou Khadija, e a jogou dentro do carro. Dirigiu sobre o protesto da esposa até a casa dos pais dela. Lá ele pulou do carro sozinho e entrou no apartamento, com a jovem indo atrás aos gritos.
Hassan abriu a porta, assustado. O que é isso? Ele agarrou o rapaz e olhou diretamente para ele, esperando uma resposta.
Vamos sair de Gaza! Muhammad gritou para o homem, viemos buscar Amira e uma das meninas, é o que podemos levar agora!
Mas... Hassan ia falar, quando outro míssil apareceu sob eles, atingindo um prédio próximo, mais gritos. Droga! O homem gritou, e agarrou Amira que estava junto de Aiyra, as puxando escada a baixo, sobre os gritos de Khadija.
Já no carro, ele jogou a experiente mulher e as duas filhas lá dentro, Muhammad no volante, trancou as portas e acenou para Hassan, que se despediu da família rapidamente. O carro acelerou em direção a Rafá. Os mísseis agora caiam aos montes, um ataque pesado.
Dentro do carro, as mulheres estavam aos gritos com o motorista, que dirigia agressivamente em direção a fronteira. Ao chegar lá, mandou as mulheres se cobrirem sob um pedaço de lona. Khadija conseguiu convencer a mãe e a irmã a fazer isso, enquanto o carro se aproximava lentamente de um soldado do Egito, que controlava o fluxo de veículos.
O senhor está sozinho? O militar perguntou, olhando de forma firme para Muhammad.
Sim... o rapaz disse, no mesmo tom fraco e baixo. Só... só alguns... algumas... é é é é... frutas. Foi o suficiente para o militar desconfiar.
Abra as portas e saia por gentileza. O homem ordenou. Muhammad sabia que agora ia perder os dólares, ia ser preso, sabe mais o que. Seria melhor falar de uma vez a tentativa de entrar no Egito sem serem vistos.
Olha... Muhammad começou a falar, quando um carro acelerou violentamente contra uma barreira de proteção, quase acertando um soldado. O militar que interrogava Muhammad correu em ajuda aos colegas que iam cercando o carro. Aproveitando, o rapaz acelerou e conseguiu chegar até o Egito, deixando a Faixa de Gaza para trás.
Dirigiram até chegar no campo de refugiados que se formava a algum tempo por ali. Lá ficaram até um grupo da ONU os cadastrar para um visto de refugiados para o Brasil. Em quatro meses, o visto foi concedido, e eles foram levados para o aeroporto em Cairo. Muhammad deixando o carro do pai por lá mesmo.
Quando desembargaram em São Paulo, o consulado os deu uma quantia em dinheiro, já que os dólares eles tinham usados para ficarem no campo de refugiados. Além do dinheiro, ficaram com o primeiro aluguel de uma casa simples, mas completa.
Se instalaram rápido. Khadija com a barriga já grande, ficava em casa junto da mãe e da irmã, enquanto Muhammad tinha conseguido um emprego terrível nas fábricas de roupas clandestinas da cidade de São Paulo. O dinheiro ia rápido, e eles não tinham ideia se iam conseguir trazer o resto da família para o Brasil.
Um mês depois de chegarem, Khadija já estava quase parindo. O dinheiro estava curto, Muhammad mal ficava em casa, e a mãe e a irmã estavam claramente chegando no limite. Khadija já pensava em achar um emprego, e uma coisa meio que a obrigou a fazer isso.
Khadija estava deitada no quarto, quase nua, com a barriga grande. A mãe tomava banho e a irmã via algo na sala. A porta bateu, Khadija ouviu a irmã ir até a porta.
Como vai menininha? Khadija reconheceu a voz do senhorio, um senhor que parecia ser um baita pervertido. Onde está sua mãe? Tenho um assunto para falar com ela.
A menina não entendeu, estava aprendendo o português, mas ainda não entendia quase nada. Inocentemente ela fez um gesto para a porta do banheiro e disse "mãe" e depois "banho". E disse para o homem esperar sentado.
O senhorio com malícia, entrou sem nenhuma vergonha. Sua mãe está no banho é? Vou esperar então. Ele se sentou, e ficou ali, olhando com cara de safado para a menina, que estava distraída.
A mãe então apareceu, no corredor, sem toalha, não sabendo da homem que estava na sala. Filha você ouviu algo... O que é isso? A mulher gritou, tentando tapar os seios.
O homem levantou-se devagar, o sorriso largo, sem tirar os olhos do corpo dela.
Calma, dona Amira… eu só vim cobrar o aluguel atrasado. Entende? Aluguel, atrasado. Ele fez, gestos tentando explicar.
Pervertido. Amira gritou em árabe. E correu para o quarto, deixando o senhorio ali parado.
Ele não saiu dali, esperou, esperou, até que a mulher saiu do quarto, vestida sem deixar nenhuma parte do corpo a mostra.
Então. Vai pagar? O senhorio apontou para a mão, a fazendo entender.
Não tenho dinheiro. Amira improvisou o português. Volta daqui alguns dias.
Nem fodendo sua cadela. Amira não entendeu as palavras, mas a fúria que o homem falou as deixaram claras. Quero o dinheiro agora, ou é isso ou é rua!
A mulher entendeu. E sabia da seriedade daquilo. Se a filha parisse na rua seria pior do que o que ela estava prestes a fazer.
Aiyra. Ela chamou a menina. Vai lá com sua irmã. Ela obedeceu e correu até Khadija, que a acolheu entre as pernas.
Khadija foi até a porta para espionar a sala, e o que a viu a fez ir atrás de algo para ganhar dinheiro de uma vez.
Amira estava de joelhos no chão da sala, nua, o cabelo molhado grudado nas costas. O senhorio segurava a cabeça dela com as duas mãos, empurrando o pau até o fundo da garganta. A mãe engasgava, saliva escorrendo pelo queixo, os olhos fechados de humilhação, mas continuava, rápido, obediente.
O homem gemia alto, sem vergonha.
Isso, sua puta árabe… engole tudo… depois eu desconto do aluguel.
Khadija voltou para o quarto, abraçou a irmã e deitou, decidida a conseguir algo para ajudar a mãe, mais uma vez.
No outro dia, a grávida andou por toda a cidade. Mesmo estando com a barriga grande, ela se forçou ao máximo. Mas ninguém queria contratar uma árabe grávida de quinze anos que mal falava português. Ela só parou, quando encontrou um mercado, que contratava imigrantes. Lá ela viu uma boa vaga de atendente de caixa, e conseguiu facilmente a vaga.
No dia seguinte lá estava ela, com uma das funcionárias mais experientes, e fluente na língua dela, explicando tudo direitinho.
Você pode manter o hijab. A mulher falou olhando para o cabelo de Khadija. Mas tem que vestir isso. Ela então deu para a jovem um uniforme verde surrado, que mal caberia a barriga de grávida.
Mas... é pequeno. Khadija disse, observando o tamanho apertado do tecido.
É o que tem. Quando você conseguir, pode pedir um pro RH. Mas por enquanto... tenta usar esse. A mulher então apontou para uma pequena área escura. Se vista ali.
Obrigada. Khadija agradeceu a mulher que já voltava ao trabalho. Bom... vamos tentar. A jovem tirou a blusa e tentou descer o uniforme verde. Depois de algumas tentativas, o uniforme serviu, mas deixava os peitos da grávida apertados, causando uma dor que ela teria que suportar pelo bem da família.
O trabalho era fácil. Khadija sabia muito bem o que estava fazendo e tentava se esforçar ao máximo. Depois de alguns dias ela já era intima dos funcionários e começava a falar um português melhor.
O mercado promoveu uma pequena festa para os funcionários, por conta do aniversário de inauguração. Todos apareceram no sala do RH, em dia de folga, e comeram e beberam a vontade. Khadija não tocou nas bebidas, mas comeu muito bem. Conversando com as amigas que ia fazendo, não percebeu os olhares de um grupo de rapazes que trabalhavam lá. Eles olhavam para a jovem e faziam todo tipo de comentário, e até estavam disputando quem a levaria para casa.
Um dos mais safados, pulou na frente. No final da festa, abordou Khadija e perguntou se ela queria carona. Ela conhecia o rapaz, então aceitou. Chegando em casa, eles conversaram dentro do carro, e ela contou que morava praticamente só ela, a mãe e a irmã e como Muhammad não parava em casa, agora trabalhando de entregador com uma moto alugada.
O rapaz ouviu atentamente cada detalhe, e já planejava uma maneira de comer aquela putinha árabe grávida.
Vou entrar e tomar banho. Khadija disse em um bom português. Obrigado pela carona! Você é quem mesmo?
Kleber! Me chamo Kleber. Nos vemos no trabalho! Até logo Khadija. O rapaz ligou o carro e foi pela rua.
Quando chegou perto da porta, a jovem viu o senhorio saindo, abotoando a camisa com uma cara de quem tinha gozado horrores. Ele deu um sorriso de deboche pra grávida, e fui embora. Lá dentro, ela foi direto para o quarto, e viu a mãe deitada, com a vagina escorrendo um líquido branco, a irmã ao lado, dormindo. Ela tinha pagado outro aluguel, e aquele safado não se importava em comer a mulher perto da filha.
Khadija sentiu a raiva subir tão quente que quase gritou. Mas outra contração veio, forte, a dobrando ao meio. Teve que se apoiar na parede para não cair.
Droga... vou logo para o banho. A jovem tirou a toda a roupa, deixando ela cair no chão do banheiro. Ela ligou o chuveiro começou a se lavar.
Lá fora, Kleber tinha voltado, e trazido mais quatro amigos. Eles chegaram e bateram na porta, acordando a pequena irmã de Khadija, que os foi atender.
Oi menininha. Kleber disse. Onde está sua irmã? O tom delicado, quase debochado.
Aiyra entendeu a palavra irmã, e ouvindo o barulho vindo do chuveiro apontou para lá. Os homens entraram imediatamente. Fica aqui na sala tá bom menininha. Kleber disse, a deixando ali, paradinha.
Khadija estava debaixo do chuveiro, a água quente escorrendo pelo corpo pesado de nove meses, tentando lavar a raiva, o nojo, o medo. A contração ainda latejava na barriga quando ouviu a porta da sala bater.
Depois vozes. Muitas. Masculinas. Ela desligou o chuveiro num estalo.
Aiyra? Chamou, a voz tremendo.
Nenhuma resposta da irmã.
Só risadas baixas, passos pesados no corredor. Quando ia pegar a toalha, a porta do banheiro se escancarou com um chute.
Khadija estava nua, pingando, a água ainda escorrendo pelo corpo pesado. O braço tentou cobrir os seios inchados, a mão desceu rápido para a buceta, mas não cobria tudo. Os lábios grossos, escuros, inchados de gravidez, apareciam pelas laterais dos dedos. A barriga enorme, redonda, brilhando de água, era o centro de tudo.
Kleber entrou primeiro, seguido pelos quatro. Cinco pares de olhos famintos.
Caralho… olha o tamanho dessa barriga. Um deles murmurou, já abrindo o zíper.
Grávida de nove meses e ainda querendo pica. Outro riu, tirando a camiseta.
Khadija recuou até bater na parede. O braço tremia nos seios, a mão na buceta, mas o corpo traía. Os mamilos duríssimos, a pele arrepiada, a respiração curta de medo e de algo que ela odiava admitir.
Kleber chegou perto, o cheiro de suor. Agarrou o pulso dela e afastou a mão da buceta com facilidade.
Não precisa esconder, puta. A gente já viu tudo que tem pra ver.
Os outros se aproximaram, cercando-a.
Um pegou nos seios, apertou forte, leite pingou.
Outro passou a mão na barriga, desceu até a buceta aberta, enfiou dois dedos sem pedir licença.
Khadija gritou, mas o som saiu abafado quando Kleber tapou a boca dela com a mão.
Quieta, grávida. Se gritar, a gente começa pela sua irmãzinha lá na sala.
Kleber agarrou-a pelos cabelos, jogou-a de joelhos no chão molhado. O primeiro pau já estava na cara dela, grosso. Ela tentou virar o rosto, ele segurou firme e enfiou até a garganta. Khadija engasgou, lágrimas escorrendo, saliva pingando no peito.
Dois a levantaram pelos braços, como se ela não pesasse nada com aquela barriga enorme. Um terceiro meteu os dedos na buceta sem aviso, três de uma vez, abrindo-a com força. Ela gritou contra o pau na boca, o som saiu abafado, quase um gemido.
Levaram-na para o quarto arrastando, a toalha já no chão.
Amira estava lá, deitada de lado, nua, o corpo ainda marcado do senhorio. Abriu os olhos assustada quando viu a filha ser jogada na cama ao lado.
Khadija! Amira gritou, com a buceta ainda pingando na cama.
Um dos homens tapou a boca da mãe com a mão, outro segurou os pulsos dela contra a cabeceira.
Kleber e outro viraram Khadija de bruços, a barriga enorme espremida contra o colchão. Um cuspiu na mão, passou no cu dela, forçou a entrada sem esperar. Ela gritou alto. O outro já estava na buceta, metendo fundo, os dois ao mesmo tempo, sem ritmo, só força bruta.
Os outros três revezavam. Um na boca da mãe, os outros punhetando esperando vez. Quando um gozava dentro da buceta ou do cu de Khadija, outro entrava logo, sem parar. Porra escorria pelas coxas dela, misturava com o sangue leve que começava a sair.
Trocaram de posição. Khadija de costas agora, pernas abertas ao máximo, barriga tremendo a cada estocada. Um no cu, outro na buceta, o terceiro segurando os braços dela abertos enquanto o quarto metia na boca até ela engasgar.
Quando o último gozou dentro dela, deixaram-na cair de lado na cama, o corpo suado, cheio de porra, a buceta e o cu abertos, escorrendo.
Amira também, gozada ao lado, e cheia de marcas de tapa no rosto.
Kleber se vestiu, deu um tapa na bunda de Khadija como despedida, e jogou algumas notas de dinheiro em cima delas. Saíram rindo, batendo a porta.
Quando conseguiu se mexer, Khadija riu. A buceta ardia, o cuzinho estava arregaçado, mas ela ainda gozava, a buceta uma fonte esguichando.
Amira também, olhou para a filha e sentiu um tesão incontrolável. Ela então ousou abrir a boca e falar. Acho que achamos nosso emprego filha. Elas riram, as duas ficaram ali mais um pouco, aproveitando aquele orgasmo longo, até que se levantaram juntos e tomaram banho. Depois contaram as notas, e se sentaram na sala junto da pequena irmã.
Muhammad chegou mais tarde do serviço de motoboy. Olhou para as mulheres ali, com uma pilha de notas na mesa. O que é isso? Indagou, curioso, sem ver as marcas vermelhas em ambas as mulheres.
Meu salário do mês marido! Logo vamos poder trazer o resto da família para cá! Ela olhou para a mãe, com um olhar de puro tesão e malícia.
Que bom. O rapaz riu alto, contando as notas. Acho que esse emprego é bom, não tem uma vaga para mim? Ele perguntou, ainda rindo.
Não... Amira respondeu, maliciosa. Só para mulheres. Todos riram na sala.
Alguns dias depois, Khadija teve o filho. Não parecia nada com o pai, mas ninguém ligou. Após um ano trabalhando escondidas de prostitutas, fazendo todo tipo de fetiche, ambas conseguiram dinheiro suficiente para trazer o resto da família. Mas a quantidade de dinheiro foi tão boa, que eles resolveram deixar o Brasil e ir para o Egito. Lá Muhammad conseguiu um bom emprego na área de programação, após completar os estudos e ir para a faculdade. Khadija também terminou os estudos e largou a carreira de puta no Egito. A mãe ficou constrangida quando voltou para Hassan, mas ela não teve muito opção, então ambas resolveram, apenas deixar isso no Brasil.
É isso, espero que gostem e comentem <3.
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Comentários (4)
Jluiz: Tive a sorte de pegar duas bolivianas diziam ser irmãs não p
Responder↴ • uid:on91e33hrjtarado MBAMM: que delicia de conto me fez gozar
Responder↴ • uid:1d2ljs64fpexGamer881A: Delicia de conto
Responder↴ • uid:8d5s3ygxijCASADACUIABA: Que delicia amiga! To com a calcinha no chão já.
Responder↴ • uid:8oya80d008z