Rosália, a professora cavalona que ama dar aulas práticas para seus aluninhos – 03
> Rosália recebe seu aluno em casa para aulas práticas, alguém está prestes a aparecer — e, da casa ao lado, olhos observavam em silêncio. <
(((— Esta é uma história ambientada no APÓCRIFOVERSO, o universo compartilhado que criei para entrelaçar minhas narrativas —)))
A chuva batia forte nas janelas, cada gota um pequeno soco no vidro. O ar da sala estava quente, denso do cheiro de sexo e adrenalina, quando Lusmar apareceu, parado sob o vão da porta da sala, o rosto meio à sombra, cabelos úmidos e olhos que pareciam escuros demais para aquele fim de tarde. Ele não disse nada de imediato. Apenas ficou ali, respirando. O som dos sapatos molhados marcava o piso.
Dani congelou, o corpo rígido, mãos cobrindo o sexo numa tentativa patética de se proteger. O rosto dele estava branco, os olhos arregalados, a boca aberta em busca de ar. Meu próprio coração disparou, mas não de culpa, era mais como ser surpreendida no palco, nua, sabendo que o público era alguém que conhecia cada segredo meu.
Lusmar olhou primeiro para mim, depois para Dani. Seu olhar demorou, subiu devagar pelo meu corpo, parando onde os corpos se encontravam, depois se arrastando até o rosto do garoto. Ele sorriu, mas não era um sorriso de deboche nem de aprovação. Havia desejo ali, um brilho de ciúme, talvez orgulho, talvez medo. A mão dele tremeu quando repousou no batente da porta.
"Rosália, amor, interrompi alguma coisa?" A voz saiu baixa, quase educada, mas havia tensão nas palavras, uma voz presa na garganta.
Envolvidos em nosso frenesi carnal, não tínhamos ouvido o carro entrar na garagem, talvez a tempestade ou nossos próprios gemidos tivessem mascarado o ronco do motor e o rangido metálico do portão eletrônico. O corpo do meu amante adolescente tremia como uma folha ao vento enquanto tentava, em vão, cobrir a ereção ainda pulsante com as mãos.
Eu respirei fundo, buscando a cumplicidade antiga que sempre nos salvava. Sorri de leve, tentando transmitir calma ao meu garotinho.
"Chegou mais cedo, amor", respondi com voz suave e um sorriso insinuante. "Estava só… ajudando o Dani com a matéria, como combinamos."
Lusmar soltou um riso curto, meio nascido de nervosismo, meio de prazer pelo que via. Ele passou a mão nos cabelos, desviou o olhar, depois encarou Dani como quem não tem certeza do próprio papel naquele teatro.
Dani se encolheu ainda mais, os joelhos quase se tocando, olhando de relance para mim, como quem pede socorro.
Meu esposo caminhou alguns passos, vagaroso, parando a uma distância segura. Os ombros dele relaxaram um pouco, mas ainda havia alerta em cada fibra do corpo. "Relaxa, rapaz. Não vou fazer nada com você. Não sou desses", disse, num tom quase gentil, mas que não dava espaço para brincadeiras. "A Rosália sabe o que quer."
Eu me levantei, cruzei o olhar com Lusmar e me aproximei, tocando de leve seu braço, compartilhando com ele um segredo mudo, um acordo antigo.
"Está tudo bem, Dani", falei, calma. "Lusmar é só... curioso. Ele gosta de assistir às aulas especiais às vezes."
"Lusmar sorriu de novo, mais aberto desta vez. Mas a aceitação não era completa: a ansiedade transparecia em seus olhos, indeciso entre pedir para participar, apenas observar, ou ir embora de vez. Ele sentou na poltrona à frente, o olhar fixo em mim."
"Não vão parar só porque eu cheguei, certo?" disse, tentando um humor suave, a voz um pouco rouca. "Só me deixem ver. Sou plateia, por agora."
"O silêncio se estendeu por um momento, carregado de promessas e dúvidas. Senti Dani estremecer, mas vi em seu olhar um lampejo de fascínio, ainda que misturado ao medo.
Sorri primeiro para Lusmar e em seguida para Dani."
"Olha pra mim, minha criança", segurei o rosto dele entre as mãos. Ele ainda tremia, os olhos arregalados, mas finalmente focaram nos meus. "Ele gosta de ver. Entende? Quando chego em casa e conto... ele enlouquece. E agora…" mordi o lábio inferior, sentindo o sangue correr mais rápido, "ele chegou na melhor parte."
Dani piscou, o peito subindo e descendo. "Eu... eu não..." A voz falhou, entre medo e tesão.
Beijei sua testa, suada. O gosto salgado ficou na minha boca. "Isso aqui é só nosso. Nosso segredinho. Confia. Ele só quer ver você me fazer feliz."
"Lusmar se inclinou na poltrona, apoiando os braços no encosto. O silêncio pareceu eterno. Ele me olhou, desviou o olhar para Dani, e sorriu. 'Só continuem. Quero ver vocês juntos. Rosália, você quer ele de novo, não quer?”
Desviei o olhar para Dani. Nos olhos dele, convite e insegurança. "E então, aluninho? Vai deixar o medo vencer... ou vai continuar sendo meu aluno dedicado?" Me acomodei no sofá, abrindo as pernas, mostrando o quanto eu o queria de volta.
O silêncio foi pesado, quase cruel. Dani baixou as mãos, revelando o pau à mostra. O rosto queimava, mas algo ali mudou. A vergonha foi dando lugar à determinação. Ele se posicionou de novo entre minhas pernas, nervoso, mas querendo.
Segurei seu pau jovem perto da minha buceta, ajudei a guiar. Movi a mão, devagar, até sentir ele ficar duro. "Assim... isso... Entra devagar!" gemi, sentindo ele me preencher de novo. "Quero você. Dentro de mim."
Quando ele enterrou o pinto na minha xoxota, olhou para Lusmar. Meu marido, sentado, só observava, olhos escuros brilhando, mas sem dizer nada, só assistindo, excitado, manso e cúmplice ao mesmo tempo.
"Viu só, amor?" Sorri, provocando. "Meu aluninho não desiste fácil. Continue, Dani", murmurei, a voz rouca de desejo. "Faz tudo que tem vontade. Hoje, ninguém vai te impedir."
O pau dele tremeu dentro de mim, mas ele não recuou. Cada estocada, mais urgente, mais funda. O cheiro de sexo invadiu a sala, com o som da chuva e o couro do sofá rangendo.
Lusmar relaxou na poltrona, soltou a gravata, desabotoou o colarinho. A mão dele pousou sobre a virilha, apertando, mas não avançou. Ficou ali, assistindo, respirando fundo. "Vai, Rosália," sua voz falhou, "fala pra ele te chamar de… " engoliu em seco, "… safada." Fechou os olhos por um segundo, depois os abriu, mais escuros. "De puta safada," sussurrou, como se as palavras fossem tanto prazer quanto punição.
Me debrucei, mordisquei a orelha do garoto. "Diz o que ele quer ouvir", sussurrei. "Fala pra mim, e pode gozar dentro..."
A garganta de Dani se mexeu, engolindo seco. "Pu-puta safada..." A voz saiu trêmula, quase um gemido, e aí a vergonha foi evaporando, dando lugar ao puro instinto juvenil.
Os quadris de Dani avançavam com força. Cada estocada me abria, me enchia, me rasgava por dentro do jeito que eu mais queria. Senti seu gozo subindo, quente, os músculos tensos como cordas de violino, as mãos marcando coxas, deixando crescentes vermelhas. Meus seios batiam no peito liso dele, os mamilos duros, quase doloridos. Soltei um gemido grave, nervoso, rindo de puro choque. Olhei para Lusmar. Ele, pernas abertas, agora se masturbava com lentidão, a cabeça do pau brilhando sob a luz do abajur, olhos famintos. Ele nos devorava, sabia que vivia seu melhor prazer ali, vendo a esposa fodida pelo garoto que secretamente me idolatrava.
"Chupa… chupa meus peitos…" implorei. Arqueei as costas, esmagando meus seios contra o rosto de Dani. Ele hesitou, só um segundo, depois mordeu, lambeu, sugou meu mamilo com fome, a língua rodando preguiçosa, quase infantil, mas a força de quem nunca quer soltar. A outra mão apertava o outro seio, torcendo, e a cada toque um espasmo me atravessava o clitóris.
As estocadas não pararam, só aceleraram. Cada investida esmagava meu clitóris contra o osso dele, pequenas explosões subindo pela minha pélvis. Gemi alto, sem pudor, o som dos nossos corpos – molhado, animalesco – ampliado pela casa quieta e pela chuva. Por um instante, achei que acordaria o bairro inteiro. Mas só existíamos nós: Dani, Lusmar, eu, no fio invisível da luxúria.
Olhei de novo para Lusmar. Ele sorria de lado, olhos semicerrados, punheta lenta, como quem saboreia até o último segundo. Senti um orgulho perverso, não era um marido traído, era maestro, voyeur, rei do nosso império secreto. Isso me deixava mais louca.
Dani vacilava entre o êxtase e o pânico. Olhava rápido para Lusmar, como pedindo permissão, mas logo voltava para mim, boca molhada, rosto vermelho. Cada enfiada dele parecia querer atravessar uma fronteira, buscar o segredo da vida dentro de mim. Suor escorria da têmpora, gotas geladas pingando no meu peito, misturando-se ao meu suor.
"Porra…" ele gemeu. Não era mais "Rosália", "professora", nem respeito. Só desejo. "Eu vou… não vou aguentar…"
"Pode gozar, amor", puxei-o com força, a barriga contraindo, as pernas dormentes de prazer. "Pode gozar. Quero tudo. Quero sentir você gozar dentro de mim."
Era tudo o que ele precisava. O rosto dele se distorceu, começou a me foder sem ritmo, sem elegância, só força bruta. Uma explosão dentro de mim, o calor se espalhou da buceta para o corpo todo. Gozei em ondas, espasmos me sacudindo, a visão turva como se eu saísse de mim mesma.
Nesse momento senti Dani explodir. Ele enterrou o pau até o fundo, o corpo duro, jatos quentes enchendo meu útero. Apertei forte, unhas cortando as costas dele, querendo guardar aquela sensação pra sempre.
O silêncio que se seguiu foi absoluto, só a chuva martelando nas janelas e o som pesado da respiração de Lusmar, sua mão acelerando no pau, olhos colados na nossa mistura de corpos. Dani desabou sobre mim, ofegante, o rosto enterrado no meu pescoço, a boca aberta, como se tentasse me absorver por inteiro.
Ficamos assim: grudados, suados, respirando juntos. Senti o pau dele escorregar, trazendo com ele um fio quente de gozo, escorrendo entre minhas coxas. Gemi de novo, sentindo o vazio. Dani tentou pedir desculpa, mas cortei seu sussurro com um beijo, calando qualquer palavra.
Lusmar não descolava os olhos, a mão movendo mais rápido, rosto contorcido em prazer quase devoto. Sorri. Aquilo era nosso segredo visível, nossa marca.
Acariciei o cabelo de Dani, dedos quentes em sua nuca. Ele parecia anestesiado, entre o choque e o êxtase. Eu o abracei como se fosse tudo para mim. Lancei um sorriso para Lusmar, levantando as sobrancelhas.
"Tá gostando, amor?" Minha voz saiu rouca, baixa.
Ele assentiu com o queixo, apertando ainda mais o pau, a respiração rouca, selvagem.
Permaneci saboreando o calor jovem dentro de mim, o gozo escorrendo devagar. Meu corpo tremia, ainda atravessado de prazer e suor. Fechei os olhos, só ouvindo os dois homens respirando pesado. Uma onda de euforia me atravessou: esposa, professora, amante, deusa, tudo ao mesmo tempo, e os olhos deles sobre mim, famintos.
Quando finalmente deslizei para o lado, sentindo o corpo de Dani mole, pesado. Olhei pra ele, bochechas vermelhas, olhos perdidos. Ao lado, Lusmar na poltrona, mão subindo e descendo veloz, a glande brilhando. Seus olhos em puro deleite. Era minha vez de atiçar. Saí de baixo de Dani, rebolando de propósito. Senti o pau dele escorregar completamente, o resto do nosso gozo quente descendo entre minhas coxas. Beijei Dani no pescoço, ternura e malícia misturadas.
"Agora olha pra mim, e aprende direito, meu bebê." Ele levantou o rosto, ainda trêmulo, e seguiu meu olhar para Lusmar.
Levantei, corpo pesado, e deixei os joelhos cederem, engatinhando até o trono do meu marido. Rebolei, sabendo o efeito. Ouvi Dani prender a respiração atrás de mim; nem precisei olhar pra saber o quanto aquilo excitava.
"Olha como sua professora é safada, Dani." Senti o desejo dele como uma corrente me puxando.
Parei entre as pernas de Lusmar, apoiando as mãos na poltrona, bunda empinada, seios balançando. Olhei nos olhos do meu esposo, ali não havia submissão, só desejo e gratidão. "Obrigada, meu amor." Ele sorriu, cúmplice, se recostando, o pau se oferecendo para mim.
Desci a boca até a glande, sentindo o calor, o gosto de pré-gozo. Não usei as mãos. Queria que Dani visse cada detalhe: minha boca, os lábios deslizando, a língua girando, Lusmar arfando. Senti a mão dele na minha nuca, firme, mas me deixando comandar. Fui engolindo lentamente seu pau de 13 cm até ele sumir em minha boca.
De vez em quando, lançava um olhar de esguelha para Dani, e sorria ao ver seus olhos arregalados, o pau já querendo acordar. Era tudo o que eu queria: que ele aprendesse, que nunca esquecesse esse dia.
De joelhos entre as pernas, o cheiro de suor e sexo ainda espesso no ar. Chupava com fome, alternando sucções profundas com lambidas circulares no topo da glande, meus olhos verdes fitando meu marido com cumplicidade e promessa. Lusmar jogou a cabeça pra trás, a mão cravada em minha nuca, arfando cada vez mais alto. Quando senti os quadris dele começarem a se mover, acelerei, alternando sucções suaves e chupadas profundas, até ouvir o primeiro “Ah…” dele ecoar pela sala.
O corpo dele estremeceu quando o gozo subiu. “Porra… Rosália…” foi tudo o que ele conseguiu dizer antes de jorrar quente e abundante dentro da minha boca. Sorri, com a boca cheia de porra, engoliu tudo com lentidão deliberada, limpei a última gota da glande com a língua, saboreando.
Dani, imóvel no sofá, assistia a tudo sem piscar, fascinado, o pau semi-ereto entre as pernas, como num sonho pornô tornado realidade; carne, suor e cheiro.
Lusmar respirou fundo, a testa brilhando de suor, e recostou-se, satisfeito, um sorriso brilhando no canto dos lábios. Eu ainda lambia a base do pau, caprichando no ritual, até o limpar por completo. Só então, ele guardou o membro úmido na cueca, fechou o zíper devagar, como se saboreasse o fim do espetáculo.
Me levantei, sentindo as pernas bambas, e atravessei a sala nua, sem pressa, indo até onde tinha deixado meu robe. Dani, percebendo-se ainda completamente nu, corou e, num pulo, puxou a cueca e a calça, lutando com o zíper, o rosto vermelho e o olhar perdido, um tanto assustado, um tanto maravilhado com tudo que vira e sentira.
Vesti o robe com calma, ainda sentindo o gosto do meu marido na boca, e lancei um olhar para Dani, que me observava com olhos arregalados, cheios de perguntas que ele ainda não sabia como fazer. Lusmar ajeitou a camisa sobre o peito, pigarreou e cruzou as pernas, já voltando ao modo “adulto”, mas ainda com um brilho malicioso nos olhos.
Amarrei a faixa do robe caminhando até a cozinha. “Vou preparar mais chocolate quente pra gente”, disse, a voz leve, quase maternal, como se o sexo escandaloso de instantes atrás tivesse sido apenas uma travessura de fim de tarde. A chuva continuava batendo nas janelas, preenchendo o silêncio da casa com um ritmo de espera.
Na cozinha, acendi o fogão, despejando o leite na panela, e coloquei o chocolate em pó, mexendo devagar, o aroma doce subindo, misturando-se ao cheiro de sexo que ainda pairava no ar. Ouvi, da sala, os passos incertos de Dani e o som da poltrona sob Lusmar.
Lusmar tentou quebrar o silêncio, a voz ainda rouca do pós-gozo. “E aí, Dani, está tudo bem?” O garoto hesitou, puxou a barra da camiseta, o rosto corado, os olhos fixos no chão à sua frente.
“Sim, senhor”, respondeu, quase num sussurro.
Lusmar sorriu, tentando parecer casual. “Primeira vez a gente nunca esquece, não é?” Olhou de soslaio para mim, que sorri de volta, cúmplice, mexendo o chocolate no fogo.
Dani não respondeu, encarou o tampo da mesa de centro como se procurasse ali as respostas para todas as perguntas que se atropelavam em sua mente.
Peguei três xícaras, despejei o chocolate quente, o vapor subindo, cheio de promessas de conforto. Coloquei as xícaras na mesa de centro, sentei ao lado de Dani. Encarei Lusmar, e o silêncio entre nós foi cheio de coisas não ditas e a certeza de que Dani agora fazia parte de um segredo nosso, e a sensação de que, depois daquela tarde, nada mais seria igual para aquele menino tão inocente. Lá fora, a tempestade seguia, lavando o mundo.
Tomei um longo gole do chocolate quente, meu olhar pousando suavemente sobre Dani.
"Isso tudo que aconteceu hoje... é um segredo, tá bem? Entre nós. Ninguém precisa saber de nada." Falei baixo, quase num sussurro, mas com um sorriso tranquilo, maternal e cúmplice.
Lusmar girou a xícara entre as mãos e completou, com um tom leve: "E se você guardar esse segredo direitinho, Dani, pode acabar tendo mais aulas especiais com sua professora preferida."
Dani arregalou os olhos, corando de leve. "Eu... não vou contar nada. Prometo!"
Sorri, passando a mão nos cabelos. "A gente confia em você, lindinho. E, se ficou confuso, pode perguntar qualquer coisa. Não tem certo e errado aqui."
Ele hesitou, olhando pra gente, os dedos apertando a caneca. "Mas... vocês são casados, né? O senhor... não fica bravo?"
Lusmar sorriu de canto. "Rosália e eu gostamos de dividir alguns prazeres. A gente se ama, mas cada um tem suas vontades... e às vezes, gostamos de brincar juntos ou ver o outro se divertir. Não é traição. É parte do nosso combinado."
Assenti, tocando de leve o braço do Daniel. "A gente conversa sobre tudo. Ninguém faz nada que não queira."
O menino encarou o vapor subindo da xícara. "Eu achei que... que ia apanhar. Ou que o senhor ia brigar, sabe?"
"Entendo, Dani," disse Lusmar, cordial. "É estranho pra muita gente. Mas aqui, a gente é aberto. O importante é todo mundo querer, ninguém se machuca."
Inclinei um pouco para frente, os olhos suaves. "E você, Dani? Ficou assustado?"
Dani balançou a cabeça, tímido. "No começo... mas depois eu... gostei. Muito."
"Fico feliz, meu bem", sorri, cúmplice. "Aqui é pra sentir prazer, aprender, sem medo. Se surgir qualquer dúvida, é só perguntar. Para isso serve sua professora, além de outras coisas." Completei piscando pra ele.
Houve um silêncio confortável, quebrado apenas pelo som da chuva perdendo força. Dani respirou fundo, ganhando coragem.
"Posso... posso mesmo vir aqui de novo? E... fazer de novo?"
Lusmar riu baixo. "Pode, sim, garoto. Só não esquece que é segredo."
Sorri para Dani, levantando a caneca. "Nosso segredo. E, quem sabe, amanhã tem outra lição." Ele sorriu, relaxando, os olhos brilhando de expectativa e curiosidade.
Ele baixou o olhar, girando a xícara. Os olhos disparavam do chocolate para mim e meu esposo, sem fixar o foco. Abriu a boca, fechou, respirou fundo. Lusmar percebeu.
"Pode falar, Dani. Aqui ninguém te julga", disse, a voz suave, quase paternal.
Dani mordeu o lábio, o rosto corado de novo. "Professora... Por que você me escolheu?" O olhar dele vacilou, mas a dúvida escorria na voz. "Tem... tem outros alunos que fazem isso com a senhora? Ou só eu?"
Sorri, paciente e calma, como quem já esperava essa pergunta surgir. "Só os melhores, Dani. Só aqueles que eu confio de verdade. Não é pra qualquer um, entende?" Apoiei a mão no sofá, os dedos próximos aos dele. "Eu gosto de ensinar, mas só compartilho esses segredos com quem merece. Sempre quando eu permito. E o Lusmar sempre sabe, sempre combinamos antes. A nossa relação é assim: aberta, mas cheia de confiança."
Dani pareceu absorver cada palavra. O olhar dele correu para Lusmar, quase como se pedisse permissão, ou aprovação, para continuar fazendo parte daquele mundo novo. Meu esposo deu um sorriso breve, afirmativo, o tipo de sorriso que tranquiliza e inclui.
"Você é muito especial para a Rosália, Dani. E agora, para mim também. Se ela te escolheu, é porque viu algo em você."
Estendi a mão pedindo o celular dele. "Vou salvar meu zap no seu contato. Assim pode falar comigo quando quiser, pra tirar dúvidas ou só conversar. Mas lembre: tudo na hora certa. E se quiser me visitar, só combinar antes, tá?" Digitei rapidamente, entreguei o aparelho para Dani. Os dedos dele roçaram os meus, ainda trêmulos. Ele sorriu, tímido.
"Obrigado, professora. Obrigado, senhor Lusmar", disse, olhando de um para o outro.
"Você merece, Dani. Só não esquece: segredo absoluto. Aqui é o nosso clube. Nosso pacto."
Lusmar assentiu, erguendo a caneca num brinde silencioso. "Bem-vindo, Dani."
O garoto, pela primeira vez, sorriu largo. O som da tempestade lá fora tinha passado. Lusmar subiu para tomar banho.
Acompanhei Dani até a porta, o piso ainda frio sob meus pés, a casa mergulhada num silêncio novo, quase solene. Dani ajeitou a mochila nas costas, as mãos nervosas apertando as alças.
Me aproximei, puxou-o para um abraço apertado, maternal e, ao mesmo tempo, cúmplice. Dani sentiu o meu perfume, o calor do corpo, e retribuiu, os braços envoltos na minha cintura fina. Senti seu coração disparar, o rosto queimando tanto quanto o desejo tímido que insistia em despertar, pulsando nas calças. Afaguei os cabelos do garoto, sussurrando:
"Te vejo em breve, Dani. E lembra: qualquer coisa, é só me mandar mensagem."
Ele assentiu, ainda meio sem voz, e saiu para a rua úmida, sentindo o corpo leve e a cabeça cheia de perguntas e expectativas. Fiquei parada no batente, observando até que ele virasse a esquina, antes de fechar a porta devagar, o sorriso ainda brincando nos lábios.
LÁ FORA, NA CASA DO VIZINHO
Dois pares de olhos espreitavam pelas frestas da cortina, atentos à porta da casa da professora Rosália. O ar estava parado, tenso demais para o fim de uma tarde comum.
“Eu te falei, tem alguma coisa errada”, sussurrou Tuco, largado na cama, olhos no teto.
Helinho ainda vigiava, o coração disparado, o portão acabando de se fechar. Sem olhar para Tuco, murmurou, tentando acreditar. “Ela só devia estar ajudando ele com o dever… ou esperando a chuva passar…” Mas a frase ficou suspensa, engolida pelo receio.
Tuco bufou, um sorriso torto. “Acorda, cara. Sua mãe tá dando mais do que aula praquele moleque. A galera tá comentando. Até o Oliver confirmou. Aquele nerd esquisito sabe de tudo na escola.”
Helinho fechou os punhos, o rosto queimando. “Não fala assim da minha mãe. O Oliver nunca falou nada pra mim, só pra você.” A voz saiu falha. Ele baixou os olhos. “E meu pai chegou… Se tivesse acontecendo alguma coisa, ele teria visto.”
Giromba, o cachorro do Tuco, ergueu a cabeça, farejando o ar, depois voltou a se deitar, os olhos atentos.
Tuco sentou na cama, passou a mão na cabeça do cão. “Talvez tenham visto ele chegar. Mas mesmo se não for nada, a gente precisa saber antes que se espalhe. E é melhor descobrirmos do que virar motivo de piada.”
O silêncio cresceu, pesado. Helinho mordeu o lábio, um nó de raiva e medo apertando o peito. As palavras de Tuco e a lembrança da mãe abraçando o garoto giravam em sua cabeça, como uma ameaça.
Tuco quebrou o silêncio. “E o nosso acordo? Se for verdade, quero minha parte. E você sabe qual é.” Disse com um meio sorriso. “Se não, te ajudo a fuder a Camilinha.”
Helinho olhou o amigo, os olhos ardendo. “Vai se fuder, Tuco! A Camilinha não é como as outras meninas.”
Por um momento, pensou em desistir. Mas precisava saber. Precisava proteger a mãe ou a si mesmo. Apertou a mão de Tuco, selando o pacto.
Naquele instante, Helinho entendeu: eles estavam prestes a cruzar uma linha da qual talvez não pudessem voltar.
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Comentários (3)
Helenn: Amo contos assim do ponto de vista de uma mulher
Responder↴ • uid:6oefrj7d9iEdu15: Muito bem escrito e o final deixa um mistério. Será que Helinho vai descobrir e o que vai fazer?
Responder↴ • uid:6oefrj7d9iSafado: Concordo, conto maravilhoso e o final deixou com vontade de ler mais
• uid:6oefrj7d9i