#Lésbica #Virgem

Amor proibido, patroa e empregada

993 palavras | 4 | 3.67 | 👁️
mami tomoe safica(kyo)

Tudo é inventando, qualquer nome de pessoa e apenas coincidência

Eu, Angel Montenegro. Me achava hetero até chegar essa mulher na minha frente, eu simplesmente não aguentei, seus longos cabelos loiros caindo como cascata. Sempre me achei hetero, talvez. Mas essa mulher sempre estava lá, me dando flores, um pouco do salário modesto dela, eu simplesmente não consegui não me apaixonar! E eu vou te contar como eu tive que aprender a viver com a minha esposa!

Tudo começou em um daqueles jantares intermináveis que meu pai insistia em realizar. A mansão estava cheia de pessoas "importantes", com seus ternos caros e sorrisos falsos. Eu, com meu vestido negro que custava mais que o carro de algumas daquelas pessoas, me sentia como um fantasma perambulando por entre os salões de mármore. Era tudo tão previsível, tão árido. Até que eu a vi.

Ela estava no jardim de inverno, tentando alcançar um copo que um convidado bêbado havia derrubado no alto de uma estante. Pequena, quase desaparecendo atrás dos vasos de orquídeas raras. Quando ela se esticou, uma cortina daqueles cabelos loiro-morango iluminou-se sob a luz do candelabro, como uma cascata de fogo suave. Algo dentro de mim estremeceu.

Não foi um terremoto, foi um sussurro. Um "ah, então é você".

Seu nome era Luna. Luna, um nome para quem guia mesmo na escuridão mais profunda. Ela era nova na equipe de serviço, contratada há poucas semanas. Meus olhos, treinados para detectar falsidade a um quilômetro de distância, não encontravam nada naqueles olhos azul-esverdeados além de uma gentileza tranquila, uma pureza que não existia no meu mundo de cifrões e contratos.

A obsessão, se é que posso chamar assim, começou pequena. Eu arrumava desculpas para passar pela cozinha. Para "precisar de um chá". Para "sentir frio" e pedir que ela fechasse uma janela que eu mesma poderia ter fechado. Ela sempre me tratava com um respeito profissional, mas havia um brilho de curiosidade no seu olhar quando me via, a herdeira pálida e séria, inventando motivos para estar perto da zona de serviço.

A primeira vez que ela me deu uma flor, eu quase desmaiei. Foi uma margarida branca, simples, provavelmente colhida do jardim dos funcionários. Ela a estendeu para mim, os dedos levemente encardidos de terra.

"Para alegrar o quarto da senhorita Angel", ela disse, e sua voz era um acalento.

Eu, que recebia joias de diamantes e obras de arte, senti meu rosto corar como o de uma adolescente. Aquela margarida insignificante pesava mais que todos os tesouros da família Montenegro. Coloquei-a em um copo de água na minha mesa de cabeceira e a observei murchar por dias, com um sentimento de perda absurdo.

As flores continuaram. Sempre flores do campo, modestas e cheias de vida. E com elas, começaram os pequenos gestos. Ela deixava um livro de poesia esquecido na biblioteca, aberto em uma página que falava de amor proibido. Ela trocava minhas toalhas perfumadas por outras com cheiro de lavanda, que ela sabia que eu amava. Era um flerte silencioso, um jogo de olhares e piscadelas que ninguém mais no mundo parecia notar.

Eu, que sempre tive tudo, estava sendo conquistada pelo nada. Por um nada que, para mim, valia tudo.

A gota d'água foi quando a vi, no final de um dia chuvoso, contando suas moedas perto da parada de ônibus. O salário modesto dela, e eu sabia que ela usava parte dele para comprar os pequenos mimos que me deixavam louca. Algo em meu peito estalou. O orgulho, a arrogância, a "heterossexualidade" que eu tanto gritava para mim mesma... tudo desmoronou como um castelo de areia.

Abri a porta do carro. "Entre", disse, minha voz mais firme do que eu esperava.

Ela entrou, molhada, cheirando a chuva e a jasmim. O carro ficou em silêncio, apenas o som da chuva batendo no teto.

"Luna", comecei, minhas mãos trêmulas no volante. "Por que você faz isso? Por que me dá flores?"

Ela me olhou, e na penumbra do carro, seus olhos pareciam o mar. "Porque a senhorita Angel tem tudo, menos coisas verdadeiras. Eu quero dar algo verdadeiro para você."

Foi quando eu me rendi. Foi quando a beijei, ali, na chuva, dentro do meu carro blindado, com o mundo lá fora sendo um borrão. Era tudo ao contrário: eu, a bilionária, me sentindo a pessoa mais pobre do mundo diante da riqueza que era aquele beijo.

E agora, anos depois, eu tenho que aprender a viver com a minha esposa.

Aprender a viver com Luna é acordar e encontrar seus longos cabelos loiro-morango sobre o meu travesseiro negro. É aprender que o café da manhã não precisa ser servido em porcelana inglesa para ser a melhor refeição do mundo, especialmente quando é feito por suas mãos. É ter que me abaixar para beijá-la, porque ela é baixinha e eu sou alta, e ela sempre sobe na ponta dos pés para me alcançar.

É deixar para trás a solidão dourada da mansão Montenegro e construir um lar em um apartamento que cheira a ela. É aprender que o amor não se compra com heranças bilionárias, mas se constrói com flores do campo, com poesia e com a coragem de uma empregada que ousou amar a patroa.

E toda noite, quando a deito em nossa cama e vejo aqueles olhos gentis me olhando como se eu fosse o maior tesouro do mundo, eu rio da minha antiga certeza. Eu, Angel Montenegro, não era hetero. Eu era apenas cega, esperando pela luz certa para enxergar. E essa luz tinha nome de Lua e cabelos de fogo suave.

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Comentários (4)

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  • Nathalia (NATY): Esse é o amor , bem vinda ao mundo que é regido pelo mais puro dos sentimentos !!! Clarinha , que saudades de você ... meu único e eterno amor !!!

    Responder↴ • uid:830xy01pv1
  • @osmarbitecourt: Nosssa o tesão foi a mil

    Responder↴ • uid:469c1j5boib
  • @osmarbitecourt: Delícia

    Responder↴ • uid:469c1j5boib
  • Alex018: Sensacional seu relato

    Responder↴ • uid:1ehpsykh6pfd