A pescadora e o vaqueiro

Uma pescadora vai de férias para o sertão, onde conhece o melhor vaqueiro do mundo... e o resto é amor.

Olá, hoje vou escrever um conto bastante comprido. É baseado em factos reais, na vida de duas pessoas, um homem e uma mulher.
A seguir vou terminar as muitas histórias que eu comecei, e já são bastantes sem ter ainda a conclusão escrita, peço desculpas por isso.
Mas hoje... vou escrever a pensar naquele que eu desejo ter, mas não posso ter, mas que sei que um dia nos vamos encontrar, e vou estar nos braços dele outra vez. É inspirada nele, ue eu vou escrever este conto. E resolvi homenagear as pessoas do Brasil, com a personagem masculina do meu conto. Ah, e também fui inspirada numa das minhas canções favoritas, para mim a melhor canção de amor, que fala do amor, No Rancho Fundo Chitãozinho & Xororó , e cada vez que a ouço choro...o meu moreno.

O VAQUEIRO E A PESCADORA.

Ana do Mar, assim todos sabem quem é ela...morena, cabelos negros, olhos verdes, lábios grossos e sensuais, mamas grandes, ancas largas, cintura fina, pernas simplesmente perfeitas, tem 24 anos, do alto da falésia espera o nascer do sol, olhando o mar, que está sereno, a lua pinta de prata o mar...ela está com um vestido branco, que o vento molda ao seu corpo, faz os seus cabelos esvoaçar livre.
O velho capitão da Princesa dos Mares, sabe que ela está lá na falésia, esperando ver o barco, que esteve 3 semanas ausente lá nos mares do norte, pescando o tão apreciado bacalhau, uma das comidas favoritas dos portugueses.
Ele sorri, quando vê a sua filha, Ana do Mar, pelos seus potentes binóculos, e agarra telemóvel, liga a ela, ela atende e ele diz:

- OLÁ, MINHA PRINCESA.
- OLÁ PAI...QUE ALEGRIA SABER QUE ESTÁ TUDO BEM...
- SIM ESTÁ, SUA TONTA...O TEU PAI É UM VELHO LOBO DO MAR...
- MAIS VELHO É O MAR PAI...E POR VEZES BEM RUIM...
- SIM É VERDADE...SABES SENTI A TUA FALTA NA PESCA...FAZ-ME FALTA A MINHA IMEDIATA, LOL.
- ORA PAPAI...SABES BEM QUE EU AGORA FAÇO AQUILO QUE EU AMO...E SABES QUE TU AMAS O MAR, EU APENAS GOSTO DELE.
- EU SEI...MAS OLHA VAI PARA O PORTO, TENS LÁ TRABALHO A FAZER.
- SIM , EU VOU JÁ...TE AMO, UM BEIJO.
- NÃO ME AMAS MAIS DO QUE EU A TI, FILHA, UM BEIJO.

E Ana do Mar, guarda o telemóvel, e sai caminhando da falésia, depois de ver o Princesa dos Mares a passar pela falésia.
Ela coloca seu capacete na cabeça, se senta na sua moto e vai para o porto, onde o Princesa dos Mares, está acabando de chegar.
Mal ele atraca, ela corre pela rampa acima, e vai cumprimentando uma a um a tripulação do Princesa dos Mares, ela praticamente foi criada por eles, pergunta se eles estão bem, se a viajem foi boa, e depois vai á ponte onde o seu pai, o capitão Jorge a espera, e quando se encontram eles dão um abraço bem forte, e ele diz:

- COMO É BOM CHEGAR E RECEBER ESTE ABRAÇO.
- AINDA BEM QUE TUDO ESTÁ BEM, PAI.

Depois de ter ajudado a descarregar o barco, ter tratado da papelada legal, pai e filha vão abraçados pelas ruas, caminhando para sua casa, falando sobre a viajem.
Lá em casa, o velho capitão, como faz sempre que chega de viajem, se ajoelha perante o altar de Nossa Senhora, e reza agradecendo ter regressado bem da viajem, e depois vai ajudar a filha a fazer o almoço.
Eles moram sozinhos há 10 anos, quando a mãe de Ana e esposa do capitão, faleceu, e Ana desde essa altura é ela quem cuida do pai.
Durante o almoço, Ana diz:

- SABES QUEM ME PERGUNTAVA TODOS OS DIAS POR TI, PAI???
- ANA...OUTRA VEZ ESSA HISTÓRIA...
- ORA PAI...ELA TE AMA...E ACHO QUE ESTÁ NA HORA DE TU ARRANJARES OUTRA MULHER...E TU GOSTAS DELA, DA DOUTORA JÚLIANA.
- ANA...MESMO QUE ...VÁ ADMITAMOS QUE EU GOSTO DELA, UMA DOUTORA VAI LÁ QUERER UM PESCADOR...
- ESTÁS A SER INJUSTO PAI...A DOUTORA JULIANA NÃO LIGA PARA ISSO...ELA GOSTA DE SI, SEU VELHO CASMURRO.
- FILHA...QUE QUANDO EM CASEI COIM SUA MÃE, QUE DEUS A TENHA AO SEU LADO, NO ALTAR EU JUREI FIDELIDADE A ELA...E NÃO É POR ELA TER MORRIDO QUE EU VOU ARRANJAR OU ME APAIXONAR POR OUTRA MULHER.
- PAI... ISSO É DESCULPA, E TU SABES DISSO. SABES BEM QUE SE AMÃE TE PUDESSE FALAR ELA TE DIRIA PARA DEIXARES DE SER CASMURRO E FOSSES FELIZ.
- ANA, PREFERIA ESTAR SEMPRE NO MAR...LOL...MAS ESTÁ BEM...EU VOU CONVIDAR A DOUTORA JULIANA PARA IRMOS JANTAR FORA.
- DIZES SEMPRE E NUNCA FAZES ISSO...
- EU, AGORA QUANDO ACABAR DE ALMOÇAR, VOU CONVIDAR ELA PARA JANTAR.

Passados 10 meses o capitão estava se casando com a doutora, e estava feliz e Ana do Mar estava radiante de alegria.
Passados dias estava num avião, mas a sua grande amiga Duda, ou Eduarda, para o Brasil.

- EU NEM SEI COMO ME DEIXEI CONVENCER, DUDA...
- ORA AMIGA...É MEU CHARME...
- É MAS É SUA TEIMOSIA, LOL.
- VAIS ADORAR, ANA...3 SEMANAS, NO SERTÃO, NOS DIVERTINDO, NA FAZENDA.
- MAS EU NEM SEI ANDAR A CAVALO.
- O MEU AMIGO DANIEL TE ENSINA...E ELE É UM GATO...ALTO, MAGRO, BEM TORRADINHO PELO SOL, UNS OLHOS QUE NOS VÊM A ALMA... A VOZ DELE GROSSA, E TEM UM PINTO DE RESPEITO, LOL....
- DUDA...
- VAI NA VOLTA AINDA TE ENSINA A CAVALGAR NO PINTO DELE, AHAHAHAHAH.
- ESTÁS A VER, É POR CAUSA DESSAS COISAS QUE POR VEZES VOCÊ ME IRRITA, LOL.
- AH...VAI QUE ME ENGANA ANA...TU NÃO GOSTA DE PINTO GRANDE???HOMEM COM PINTO GRANDE???
- BEM...QUER DIZER...
- POIS SE FAÇA DE SONSA...OLHA EU QUANDO CASAR MEU MARIDO TEM QUE TER PINTO GRANDE, SENÃO EU VOU PROCURAR QUEM TENHA, AHAHAHAHAH.
- ÉS LOUCA...MAS EU TE ADORO.
- E EU A ATI, AMIGA. TU ME AJUDOU TANTO QUANDO FUI ESTUDAR LÁ EM PORTUGAL. ME LEVOU PARA SUA CASA, AGORA EU TE CHAMO DE IRMÃ, POIS PARA MIM ÉS MINHA IRMÃ.
- ESTÁ BEM, ESTÁ BEM, MANINHA... SÓ FIZ ISSO PORQUE TU ATÉ NÃO ÉS MÁ RAPARIGA, LOL.

Depois de uma longa viajem, finalmente vão ambas no carro de seu Claudio, o pai de Duda, um homem de poucas falas, mas simpático, a Ana gostou dele mal o viu, fazia-lhe lembrar o seu pai, que por vezes tinha dias em que estava assim, mal falava, preso nos seus pensamentos.
Chegaram á fazenda, ao rancho, e lá a mãe de Duda as recebeu, uma mulher muito bonita, morena como a filha, olhos castanhos, gordita, e uma simpatia que a todos cativava, e sempre com um sorriso nos lábios, a
Ana adorou logo ela.
Depois de terem descansado, as duas foram passear pela fazenda, onde haviam flores lindas, verde a perder de vista, cabeças de gado espalhadas por cercados enormes.
E num desses cercados, um homem alto, musculado, pele queimada pelo sol, um chapéu de cowboy cobrindo a sua cabeça, conduz com maestria uma manada de gado, e a Duda diz:

- É O DANIEL, O MELHOR VAQUEIRO DO MUNDO.

Ela acena para ele e gritando o nome dele, ele quando ouve ela chamar acena com a mão e diz:

- EU JÁ VOU, PRATOINHA...VOU SÓ FECHAR ESTE GADO NO CERCADO AO LADO.

E ele demorou ainda uns minutos, mas depois meteu o seu belo cavalo, um garanhão ainda inteiro, castanho, a galope e chegou perto das duas mulheres, e quando ele parou o cavalo e desceu da sela, os olhos de Ana e os dele se cruzaram pela primeira vez... e um arrepio de frio percorreu a espinha do vaqueiro, e outro percorreu a espinha da pescadora...foi breves instantes, mas sabem há momentos que nos marcam a vida, para o bem e para o mal...podemos passar dias...anos na rotina da vida, mas por vezes acontecem coisas num segundo que mudam a sua vida para sempre, e esse foi um desses momentos, embora ambos estivessem longe de o saber.
Daniel baixa do cavalo, e a Duda salta para cima dele e o abraça, e ele a agarra, abraçando ela num abraço apertado e diz:

- QUE SAUDADES DA MINHA PATROINHA...
-E EU DO MEULHOR VAQUEIRO DO MUNDO...MAS AGORA ME LARGA, QUERO-TE TE APRESENTAR A MINHA IRMÃ PORTUGUESA...ANA É O MEU AMIGO DANIEL, OU DANI, DANI É A ANA.

Eles se cumprimentaram com um simples beijo na cara...mas ele sente o perfume dela, o toque dos lábios dela na cara dele, e ela o cheiro dele, o toque dos lábios dele na cara dela...e ficaram os dois meio estranhos.
A Duda conversava com um e com o outro, e eles mal se falavam, mal se olhavam, mas quando seus olhos se cruzavam olhando um no outro, não conseguiam desviar o olhar, ainda sem saberem porquê.
Nessa noite, houve festa na fazenda, o pai de Duda, mandou matar 2 bois, convidou o pessoal todo da fazenda e fazendas próximas para irem comemorar o regresso da sua filha, e houve churrasco, muita alegria, e quando a lua já ia alta, muita música e muita dança, a Ana se divertia muito, mas não sabia dançar aquelas músicas, e numa delas, quando a Duda dançava com o Dani, a Duda quando estava próxima de Ana, ela para de dançar e diz:

- DANI, DANÇE COM A ANA...EU PRECISO IR NO BANHEIRO...
- DUDA EU...ainda tentou responder a Ana.

Mas quando deu por si estava nos braços fortes e másculos de Dani, e ela diz:

- DESCULPA, DANIEL...MAS EU NÃO SEI DANÇAR...ESTA MÚSICAS.
- E DEPOIS??' EU TE ENSINO...É FACIL...BASTA DEIXAR O RITMO ENTRAR NO SEU CORPO...FECHE OS OLHOS, DEIXE SEU CORPO SE RELAXAR...

E Ana fecha os olhos, e quando os abre novamente está dançando com o Daniel, e diz:

- QUE VERGONHA...DANÇO TÃO MAL...
- DANÇA NADA...ESTÁ MUITO BEM...BASTA ME SEGUIR.

Depois daquela canção ainda dançaram outra já ela estava mais descontraída, e quando a música acaba, um dos músicos diz:

- MEU POVO, OBRIGADO...É UMA ALEGRIA TOCAR PARA VOCÈS, MAS QUE TAL AGORA, O NOSSO DANIEL, O NOSSO VAQUEIRO VIR CANTAR PARA NÓS???

Começou todo o mundo chamando pelo nome dele, e ele diz:

- ME DESCULPE, ANA, MAS SE EU NÃO FOR CANTAR, ESSE POVO NÃO SE CALA...

E ele foi para o palco, a Duda se coloca ao lado de Ana, e diz-lhe:

- SE PREPARA ANA, VAIS OUVIR UMA CANÇÃO LINDA...BEM ROMANTICA.
- ROMANTICA???
- SIM, O DANIEL CANTA UMA CANÇÃO DE FAZER AS PEDRAS DA CALÇADA CHORAREM...É LINDA, E TRISTE, FALA DE UM AMOR QUASE IMPOSSÍVEL.

Todos se calaram quando o Daniel se senta numa cadeira, e ajeita o microfone, e começa a música segundos depois:

No Rancho Fundo,
Bem pra lá do fim do mundo,
onde a dor e a saudade,
contam coisas da cidade.

O pai de Duda abraça a sua esposa, outros casais se abraçam, ou dão as mãos, á medida que ele vai cantando com emoção.
Era um silêncio brutal, só se ouvia os acordes da guitarra e o Daniel cantando, e Ana deu por si se emocionando, a ficar com os olhos rasos de água, como diz na canção...Duda abraça a amiga e diz:

- É LINDO NÃO É???
- É EMOCIONANTE...
- SABES AQUELA CANÇÃO ELE CANTA ELA COM A ALMA DELE, ELE SENTE CADA LETRA DA CANÇÃO, SABES ANA, OS VAQUEIROS SÃO OS NOSSO MARINHEIROS, O SERTÃO O NOSSO MAR...PASSAM MUITAS VEZES SEMANAS JUNTO DO GADO, SOZINHOS, APENAS COM SEU CAVALO, E A LUA E AS ESTRELAS POR COMPANHIA, E PENSAM MUITO NA VIDA COMO OS MARINHEIROS PESCANDO LA SOZINHOS NO MAR.
SABES ELES SÃO DURÕES, COM A VIDA DIFICIL, SENTADOS NO LOMBO DE SEU AMIGO O CAVALO, O SOL QUEIMANDO A PELE, TRATANDO DO GADO, E Á NOITE DEBAIXO DAS ESTRELAS ELES AGARRAM NUMA VIOLA E CANTAM AS SUAS MÁGOAS E SAUDADES DE QUEM ESTÁ EM CASA LHES ESPERANDO. EU ADMIRO MUITO ESTES HOMENS, SEI QUE ELES PASSAM, POR VEZES COM DORES, MAS SEGUINDO EM FRENTE, NUNCA MOSTRANDO FRAQUEZA, POIS O SERTÃO É IMPLACÁVEL A QUEM É FRACO, DESTROI ESSA PESSOA. ELES NUNCA CHORAM NA FRENTE DE OUTRO VAQUEIRO, A MENOS QUE ALGUM MORRA.
EU SÓ VI MEU PAI CHORANDO TRES VEZES, QUANDO OS PAIS DELE MORRERAM E QUANDO A MINHA IRMÃ FALECEU COM CANCRO...AI VI ELE DESESPERADO TENTANDO AJUDAR ELA, E SÓ PODE ABRAÇAR ELA E DEIXAR ELA PARTIR. E O DANIEL CANTA ASSIM, PORQUE ELE ERA O NOIVO DELA, A MORENA DA CANÇÃO É A MINHA IRMÃ VANDA.

O Daniel acaba de cantar, e se ausenta do palco, ele quase que corre para o escuro da noite e a Duda diz:

- POBRE DANIEL...VAI CHORAR A SUA MORENA.

No outro dia, logo pela manhãzinha, Duda e Ana se dirigiam aos estábulos, ambas vestidas de cowgirls, calças de ganga, botas de vaqueiro, camisas de flanela aos quadrados e um chapéus de vaqueiro na cabeça, a Duda emprestou um dela á Ana.
Caminhavam alegremente falando até aos estábulos e lá, o Dani esperava elas, já com os cavalos arreados, e a Duda diz:

- BOM DIA, DANI...PENSEI QUE TE IA ACORDAR MAS TU ACORDAS SEMPRE PRIMEIRO...
- BOM DIA PATROINHA...SENHORITA ANA...É UM PEÃO ACORDA ANTES DO SOL, LOL.
- É VERDADE...E QUE SAUDADES EU TINHA DE VOCÊ, TROVÃO, diz a Duda fazendo festas no cavalo dela.
- ELE ESTAVA TE ACAHNDO EM FALTA, DUDA...SABE O FEITIO DELE, SÓ ME DEIXAVA A MIM MONTAR ELE.
- CLARO...ELE SABE QUEM É A DONA, LOL. E O CAVALO DA ANA?
- É O BONECO, É MANSINHO...
- EU NUNCA MONTEI A CAVALO, DANI...ESTOU UM POUCO ASSUSTADA.
- TAMBÉM NUNCA DANÇOU SERTANEJO, E ONTEM APRENDEU, NÃO APRENDEU??? ESQUEÇA O MEDO, O CAVALO SABE QUE VOÇÊ ESTÁ NERVOSA ELE FICA NERVOSO...RELAXA...LÁ EM PORTGAL, NÃO SABEM SER CALMOS???

Ana e Duda desataram a rir com a observação do Dani, e quando ele ajuda a Ana a se montar no cavalo, ele segura numa das coxas dela, para a ajudar a se ajeitar na sela, e ela sente o toque dele e sorri para ele, e ele fica embaraçado, mas não fala nada, e vai montar o seu cavalo, e começam o passeio pela fazenda, e a Ana aos poucos vai-se libertando do medo.
A certa altura passam perto de uma queda de água, linda, com uma lagoa no fim dela e a Duda diz:

- A MINHA IRMÃ, VANDA, VINHA AQUI TODOS OS DIAS NADAR NUA...E O DANIEL VINHA ESPIAR, LOL.
- NÃO VINHA NADA... diz ele um pouco zangado.
- DANI...DANI...TU VINHA SIM...A VANDA VIA TUA SOMBRA BEM ALI POR CIMA DAQUELAS ROCHAS...
- SE EU ESTAVA TRABALHANDO...
- ATÉ QUE UM DIA ELA O CONVIDOU A IR NADAR COM ELE..
- CHEGA DUDA...ASSIM QUE A ANA VAI PENSAR DE MIM??? QUE SOU UM TARADO???
- UI...UI...É ASSIM TÃO IMPORTANTE A ANA FICAR PENSANDO BEM DE VOCÊ, SEU MIRONE???
- ORA DUDA...CHEGA...

E ele começa a galopar, e a Duda rindo muito e diz:

- FICOU ZANGADO, LOL...
- TAMBÉM ABUSASTE DELE...COITADINHO...
- UI DONA ANA, DEFENDENDO O DANI...MUITO BEM...
- ORA NÃO O ESTOU DEFENDENDO, SÓ ESTOU CONSTATANDO UMA COISA...
- OK...LOL.ME ENGANA QUE EU GOSTO...APOSTO QUE ONTEM NOS BRAÇOS DELE, ESTAVAS BEM CONTENTINHA.
- DUDA...ÉS TERRÍVEL...MAS SIM GOSTEI DE DANÇAR COM ELE.
- EU BEM VIA...AINDA ACABAS AQUI A MORAR NO SERTÃO...COM O DANI...
- ORA, ÉS BEM CHATINHA, DUDA...

E elas foram ter com o Dani, que estava esperando elas já desmontado do cavalo, perto da lagoa, e quando vai ajudar a Ana a descer do cavalo ela a segura, mas ela escorrega e ele sem querer agarra as mamas enormes dela, para evitar que ela caia no chão, e mantem as mãos em cima das mamas dela, para a ajudar a equilibrar...e só depois dá conta do que estava a fazer e rapidamente tira as mãos das mamas dela, e diz:

- DESCULPE, ANA...NÃO ERA MINHA INTENÇÃO...ele estava com a cara bem vermelha.
- EU...IA CAINDO O DANIEL ME AJUDOU A NÃO CAIR...NÃO FAZ MAL...ACONTECE..diz ela com a cara igualmente bem vermelha de vergonha.

A Duda viu tudo mas não comentou nada, apenas sorriu.
Depois se sentaram numas rochas perto da lagoa, e a Ana pergunta ao Dani:

- ENTÃO SEMPRE FOSTE VAQUEIRO?
- APRENDI A ANDAR A CAVALO, ANTES DE SABER ANDAR, LOL.
- EU SOU PROFESSORA, MAS TAMBÉM SOU PESCADORA, O MEU PAI TEM UM BARCO E IA COM ELE PARA O MAR.
- E NÃO TINHAS MEDO DE ESTAR NO MEIO DE TANTA ÁGUA???
- LOL...SIM TINHA, MAS TINHA UM TRABALHO A FAZER.
- ENTÃO E PORQUE DEIXOU DE SER PESCADORA???
- PORQUE EU APENAS GOSTO DO MAR...NÃO O AMO, O MEU PAI AMA O MAR, ELE É O MELHOR PESCADOR QUE EU CONHEÇO...EU AMO ESTAR COM CRIANÇAS, MAIS DO QUE GOSTO DO MAR, E ENSINAR ELAS PAAR MIM É MEU SONHO. SE NÃO CONSEGUISSE SER PROFESSORA, POIS SERIA PESCADORA, MAS SÓ PORQUE NÃO TINHA CONSEGUIDO SEGUIR O MEU SONHO.
- É UMA MULHER DE PAIXÕES, PORTANTO...
- SIM...PODE-SE DIZER QUE SIM...

Eles nem deram por Duda sair de perto deles, ir atrás de umas moitas e se despir toda, e só deram por ela quando ouviram um grande SSSSPPPLLLLAAAAAASSSHHHH, na água, a Duda tinha mergulhado.
A Ana assustou-se com o barulho e deu um salto e ficou quase no colo do Dani, que voltou a segurar nas mamas enormes dela, e a Dani grita, depois de ter retornado á superfície:

- VENHAM...A ÁGUA ESTÁ OTIMA...DANI LARGA AS MAMAS DA ANA E VENHAM...

Quando ele se apercebe que tinha agarrado as mamas dela novamente, ele as deixa ainda mais atrapalhado do que ficou na primeira vez...é que ela se tinha sentado também em cima de seu pau e ele estava a crescer a olhos visto, fazendo um alto na suas calças e a Ana sentia isso mesmo, nas suas nádegas.
Ela sai de cima dele e diz:

- A..A...DUDA...ASSUSTOU-ME...
- POIS...ELA É LOUCA...
- VENHAM...DISPAM AS ROUPAS E VENHAM...

Ana diz então ao Daniel:

- QUE FAZEMOS???
- BEM ESTÁ UM DIA A FICAR QUENTE...
- OK...MENINAS PRA DIREITA E MENINO PARA A ESQUERDA?
- LOL...OK.

Ana despe-se toda atrás das moitas onde a Duda se despiu e corre para a água nua e mergulha, ela é uma excelente nadadora, ela faz mergulho em apneia, apanha peixes caçando eles com um arpão, pelo que nadar naquela lagoa era tranquilo. Pouco depois o Daniel, depois de pedir a elas para olharem para outro lado, mergulha ele nas águas da lagoa, e ficam lá um bom bocado, sempre mantendo muita distância entre ele e elas.
Depois quando foram sair, ele sai primeiro, elas olhando par outro lado, mas a Ana, se vira e vê ele saindo da lagoa...e diz:

- AI MEU DEUS, AQUILO É ENORME...

Duda desata a rir e diz:

- SUA CURIOSA...MAS É ENORME NÃO É??' QUERIAS VER ELE...
- EU...EU JÁ PENSAVA QUE ELE TINHA SAIDO...
- MENTIROSA...AHAHAHAH...QUERIAS ERA VER A ROLA DELE...
- ORA PARA COM ISSO, DUDA...

E Ana vai sair da lagoa, não sabe é que o Dani, já vestido ia caminhando para a lagoa, pensando que elas haviam saído e vê ela toda nua ao longe...e para olhando o corpo dela, a pele bronzeada, os cabelos chegando na bundona dela, a buceta rapadinha, e as mamas balançando, enormes...a rola dele quase que rasga as calças, de tão dura e grande estava.
Na volta para casa da fazenda, ele mal falou...encabulado.
Nessa noite, ele partiu por 4 dias para levar uma manada de gado para um cercado longe da casa da fazenda. Mas durante esses 4 dias só pensava na Ana a nua...pensava na voz doce da Ana, no sorriso dela, de como ela ficava vermelhuda na cara quando estava envergonhada, lembra-se de mexer nas mamas enormes dela, dela se ter sentado ao colo dele, e seu pau ter ficado bem duro e desejando entrar na buceta dela.
Nesses mesmos 4 dias, Ana pensava no Dani...sonhava que fazia amor com ele, sonhava com corpo dele, musculado, pele morena, aqueles olhos que a faziam sentir a sua alma observada...no sorriso dele, da voz dele cantando...da vara dele enorme, daquelas mãos enormes segurando as mamas dela.
Falava dia e noite del, perguntando coisas á Duda e a Duda ria e respondia.

- CALMA, ANA, AMANHÃ ELE REGRESSA...
- OH SIM, ESTÁ BEM...EU...SÓ PERGUNTEI POR PERGUNTAR.
- ANA... EU TE CONHEÇO, MULHER...TU ESTÁ CAIDINHA POR ELE, AMIGA.
- DEVES ESTAR LOUCA, ALGUMA VEZ EU...
- ANA...ELE É COMO SE FOSSE MEU IRMÃO, FUI CRIADA COM ELE...VI ELE E A VANDA TEREM UM RIMANCE LINDO E VI COMO ACABOU...NUNCA VI UM HOMEM TÃO DESESPERADO COMO ELE...DEPOIS DO FUNERAL ELE FOI EMBORA QUASE UM ANO, NÃO SEI ONDE ESTEVE, NEM LHE PREGUNTAREI ISSO NUNCA NA VIDA, MAS SE CONHEÇO MEU AMIGO, ANDOU POR ESSE MUNDO, SEM RUMO.
- E PORQUE EM CONTAS ISSO???
- PORQUE EU SÓ VI ELE OLHANDO PARA UMA MULHER ANTES DE ELE OLHAR DA MESMA MANEIRA PARA TI, ANA...E FOI PARA A VANDA. ELE GOSTA DE TI.
- IMPRESSÃO TUA.
- NÃO, EU POSSO SER DESPISTADA, ANDAR SEMPRE NA BRINCADEIRA, MAS CONHEÇO O DANI...ELE MAL TE VIU FICOU INTERESSADO EM TI. E TU NELE, ENÃO FAÇA ESSA CARA DE ESPANTADA, SABE QUE É VERDADE ANA. E SÓ DIGO MAIS ISTO...FORAM FEITOS UM PARA O OUTRO, E AGORA VOU DORMIR.
- VAIS NADA...LARGAS ESSA BOMBA E VAI EMBORA???
- SIM VOU...PENSA NO QUE EU TE FALEI.

A tarde já ia longa quando o Dani chega. Se antes Ana ia para a falésia ver o Princesa dos Mares chegar, agora ela ia para o cimo da colina olhar o horizonte esperando ver um vaqueiro a chegar.
Ela não admitia nada disso, mas naquele dia sobe a colina com a Duda, inventando uma desculpa, para ela lhe indicar de onde o Dani viria. Duda sabia muito bem que se passava mas resolveu não abusar da amiga, mas viu o sorriso na cara de Ana quando o viu lá bem ao longe e no suspiro de alívio que ela deu.
Dani chega como sempre vai ao escritório do pai de Duda descrever como foi a viajem, e só depois vai para sua casa, e vai despir as roupas suadas, dar um banho de água fria e depois ia jantar com seu patrão, ele o convidou.
Ia ele para casa ainda vestindo as roupas suadas, quando a Ana aparece...ele não sabe é que ela estava só esperando ele se aproximar para falar com ele.

- OLÁ, DANI, FEZ BOA VIAJEM?
- OLÁ ANA...SIM CORREU TUDO BEM, GRAÇAS A DEUS.
- AINDA BEM...EU...
- SIM...
- EU...FIQUEI...

E ela sai correndo, e o Dani olhando para ela sem entender que se estava passando.
Durante o jantar, ela mal olha para ele, mas ele olhava-a naquele vestido justo ao corpo, de algodão, com um decote bem grande, ele via na quase totalidade as mamas dela, e pau dele ficou teso durante o jantar todo...ele agradeceu a Deus, elas, Duda e Ana terem saído primeiro da mesa e terem ido ver uma coisa na tv, assim seu pau amansou um pouco senão antes passaria vergonha.
Quando estava sozinha com o patrão, ele diz a Dani:

- BELA MOÇA, ESSA HEIN...BONITA, SIMPÁTICA...INTELIGENTE...
- A ANA?
- DANI...SOU CASADO, MAS NÃO ESTOU MORTO NÉ??? AQUELAS MAMAS E AQUELE CORPO SÃO UMA TENTAÇÃO DOS INFERNOS, LOL. APOSTO QUE TU JÁ REPAROU NELA.
- BEM...CLARO QUE EU A ACHO UM MULHERÃO...MAS...
- DANIEL...HÁ QUANTOS ANOS TU MORA AQUI NA FAZENDA?
- DESDE QUE NASCI...HÁ 26 ANOS...O SENHOR SABE DISSO.
- TU BRINCOU COM AS MINHAS FILHAS, TU SE APAIXONOU PELA MINHA PRINCESA QUE ESTÁ AO LADO DE DEUS... PARA MIM TU É COMO SE FOSSE MEU FILHO, COM TODO RESPEITO PELOS TEUS PAIS, EU TE CONHEÇO, DANI. TU SABE QUE O CASÓRIO DE TU E DA VANDA ERA A MINHA AMIOR ALEGRIA, MAS ELA NÃO ESTÁ CÁ MAIS, E TU TEM QUE VIVER SUA VIDA...E NÃO PODE SER SÓ ANDAR A CAVALO TOMANDO CONTA DE GADO, MEU FILHO.
- MAS SENHOR...EU...ME CUSTA TANTO AINDA...
- EU SOU PAI DELA, DANIEL...EU NÃO SOU HOME DE CHORAR E CHOREI QUANDO A PEGUEI NO COLO QUANDO ELA NASCEU, MEU FILHO. E PARTE DE MIM MORRE QUANDO EU NÃO CONSEGUI SALVAR ELA.
MAS TENHO DE VIVER, MEU FILHO, E TU TAMBÉM. EU TE CONHEÇO, TU OLHA PARA ESSA MOÇA, COMO UM HOMEM OLHA DESEJANDO ESTAR COM UMA MULHER.

Daniel se levanta da mesa, e vai par junto de uma janela, o seu patrão, se levanta também, e se aproxima dele e diz:

- NÃO DEIXE ELA IR EMBORA SEM SABER QUE TU GOSTA DELA.
- EU RESPEITO MUITO O SENHOR, MAS NÃO SEI...
- EU AGRADEÇO TEU RESPEITO, MEU FILHO, SEI QUE É SENTIDO...MAS ESQUEÇE QUE SOU QUEM EU SOU...TU SABE QUE SOU TEU AMIGO, E TE DIGO...ESSA MOÇA, NÃO EXISTE MUITA IGUAL...E TU TEM O PRIVILÉGIO DE ELA TE OLHAR COM DESEJO...E NÃO TE DIGO MAIS NADA...VAMO LÁ FORA TER COM AS MULHERES.
- OBRIGADO PELAS PALAVRAS, SENHOR.

Na rua a mãe de Duda falava a sós com a Ana, e falavam, rindo. A Duda tinha ido passear um pouco sozinha.

- ANA , LÁ EM PORTUGAL, VOCÊ TEM ALGUM NAMORADO, MINHA FILHA? diz a mãe da Duda.
- NÃO SENHORA.
- MAS TUDO O MUNDO É LÁ CEGO??? UMA MENINA TÃO BONITA...
- LOL...EU É QUE ENXOTAVA ELES, LOL.
- AH BOM...MAS PORQUÊ?
- ORA...SEMPRE FUI MUITO INDEPENDENTE, E ESTUDAR, TRABALHAR NO BARCO, CUIDAR DO MEU PAI.
- ISSO É MUITO BOM, ANA,MAS ESTÁ NA ALTURA, MINHA FILHA, DE VOCÊ SE CUIDAR DE SI MESMA, SENÃO UM DIA MAIS TARDE NÃO TERÁ QUEM CUIDE DE TI. EU DEI ESSE CONSELHO PRAS MINHAS FILHAS, E TE CONHEÇO NEM HÁ UMA SEMANA MAS TU CUIDOU DA DUDA LÁ EM PORTUGAL E CONHEÇO A MINHA FILHA, E SE ELA NÃO CONFIA-SE EM TI, ELA NÃO SERIA TUA AMIGA, E SE ELA CONFIA EM TU ISSO ME BASTA PARA CONFIAR TAMBÉM.
- OBRIGADO DONA ...ESSAS PALAVRAS SIGNIFICAM MUITO PARA MIM.
- AGORA VOU SER UM POUCO MAZINHA...QUE TU PENSA DO MEU DANIEL??? E DIGO MEU PORQUE QUERO AQUELE HOMÃO, COMO MEU FILHO.
- ELE ...BEM...ELE...QUER DIZER...
- XXIIII...NÃO DIGA MAIS NADA...ISSO ESTÁ JÁ ASSIM??
- A...ASSIM COMO???
- GOSTANDO DELE...ANA TU ESTÁ SE APAIXONANDO PELO DANI...
- TODOS ME DIZEM ISSO...A DUDA ENTÃO NÃO PARA DE ME DAR INDIRETAS... DESCUPE, SENHORA MAS ESTOU A SENTIR-ME PRESSIONADA A GOSTAR DELE...
- LOL...CALMA, ANA...DESCULPE SE ESTOU A SER CHATA COM ESSEASSUNTO. APENAS EU ADORO AQUELE MENINO E VEJO QUE ELE A OLHA DAQUELE MODO, VOCÊ SABE...COM TESÃO. QUANDO UM HOMEM OLHA ASSIM PARA UMA MULHER, É COMPLICADO AS OUTRAS MULHERES NÃO NOTAR ISSO...SÓ QUE QUEM SEMPRE A ÚLTIMA DELAS A REPARAR É AQUELA PRA QUEM ELE OLHA.
- QUE QUER QUE LHE DIGA SENHORA?
- A MIM NADA, ANA. A ELE...DEPENDE DE VOCÊ. NÃO A PROVOCO MAIS, ME DESCULPE.

Elas se calaram quando o Daniel e o patrão se aproximam, e eles se sentam noutro banco perto delas...e Ana e Dani embora conversando, se olham cada vez mais...e a certa altura a Duda chega, e se senta no ao colo do pai dela e o abraça. E diz:

- PAPAIZINHO...
- XXIII LÁ VEM COISA...QUE QUER A MINHA FILHINHA??? diz ele sorrindo.
- ORA...PORQUE TENHO SEMPRE DE QUERER ALGUMA COISA CADA VEZ QUE O CHAMO DE PAPAIZINHO???
- OK...DESCULPE, MINHA FILHA...
- MAS POR ACASO E APENAS POR ISSO...
- AHHAAHAH...EU SABIA...E ATÉ JÁ SEI QUE TU VAI PEDIR...E SIM PODE.
- SIM POSSO O QUÊ??? AINDA NEM PEDI...
- VOCÊ VAI PEDIR PARA IR NUMA VIAJEM PRO SERTÃO...A CAVALO, COM O DANIEL E SUA AMIGA, E EU ESTOU DIZENDO QUE SIM, PODE...MAS EU E SUA MÃE TAMBÉM VAMOS.
- TU ME CONHECE BEM DEMAIS, OUVIU PAPAIZINHO...

Todos eles começaram a rir, e passados dois dias, numa viajem que levaria uma semana, partiram os 5 com algumas centenas de cabeças de gado, desta vez iam levar elas para uma ferrovia, para embarcarem o gado num trem de mercadorias e levar o gado ao matadouro.
A viajem ia num ritmo lento, o Daniel o patrão e a Duda eram quem conduzia o gado, e a Ana comenta com a mãe de Duda:

- A DUDA TAMBÉM É UM ABOA VAQUEIRA.
- ESSA MENINA ACOMPANHA O PAI DESDE QUE ERA MENININHA...E O DANI TAMBÉM SEMPRE A AJUDOU.
- ELA E DANI SE DÃO BASTANTE BEM.
- FORAM CRIADOS JUNTOS, SABE SEMPRE PENSEI QUE ELA E ELE ACABARIAM SE ENTENDENDO, MAS FOI COM A VANDA QUE ELE SE ENVOLVEU. A VANDA ERA O OPOSTO DA DUDA...ELA ADORAVA CUIDAR DA CASA, MUITO TÍMIDA, APESAR DE SER MAIS VELHA, SÓ UM ANO, É VERDADE. MAS NO TEMPERAMENTO PARECIAM SER DIFERENTES MAS ERAM IGUAIS, SÓ QUE MOSTRAVAM INTERESSES DIFERENTES.
- DEVE TER SIDO MUITO DURO PARA VOCÊS TER PERDIDO ELA.
- NÃO FOI, ANA...AINDA É E VAI SER SEMPRE.
- EU ENTENDO...QUANDO PERDI A MINHA MÃE, FIQUEI PERDIDA...E DEPIIS O MEU PAI ANDAVA SEMPRE NO MAR PESCANDO, LONGE DE CASA...BEM A CULPA TAMBÉM ERA MINHA, POIS EU DESDE PEQUENA IA COM ELE NO BARCO. MAS QUANDO A MINHA MÃE MORRE, PERDI O AMOR DO MAR...SABE EU PASSAVA MUITO TEMPO FORA DE CASA, E ME CULPO POR NÃO A TER ACOMPANHADO MAIS NAQUELA FASE.
DEPOIS OLHE, TOMEI CONTA DO MEU PAI, ATÉ ELE TER CASADO A 3 MESES ATRÁS.
- SEMPRE CUIDANDO DELE, MINHA FILHA, NO MAR E DEPOIS DE SUA MÃE TER FALECIDO...TU AMA SEU PAI DE VERDADE.
- SE AMO...AQUELE CAITÃO CASMURRO, DURO, MAS COM UM CORAÇÃO MAIOR QUE O MAR, LOL.
- ANA, PORQUE NÃO VAI TER COM MEU MARIDO PARA ELE TE ENSINAR A CONDUZIR O GADO???
- AH NÃO SEI SE CONSIGO...
- ENTÃO??? UMA MENINA QUE PASSA A VIDA NO MEIO DO MAR, VAI TER MEDO DE GADO???

Ana sorri, e vai ter com pai de Duda, que começa a ensinar ela, e assim ela começa a ganhar gosto naquilo, ao longe Dani sorri ao ver ela, gritando com alguma cabeça de gado, ou galopando para que o gado continue junto no caminho.
Acampam junto a um lago, e depois de tratarem dos cavalos, e aí ela já tinha aprendido com o Dani, foram jantar, e depois, apenas com uma fogueira acesa, a luz da Lua cheia e as estrelas no céu, o som do gado de vez em quando mugindo, e algum piado de algum pássaro, Dani agarra na sua guitarra e começa a cantar, umas vezes acompanhado pela Duda , pelo pai e pela mãe dela, a Ana não conhecia as letras delas, apenas ouvia deliciada.
E diz:

- DANI...POSSO?
- SABES TOCAR???
- SIM...POR FAVOR, POSSO...

Ele lhe entrega a viola, ela afina as cordas um pouco, e diz:

- ESTA É UMA CANÇÃO SOBRE OS MARINHEIROS E PESCADORES.

E começa a tocar os acordes da música e depois começa a cantar, uma canção que fala da ida dos pescadores para o mar, deixando as sua esposas em terra...e eles ouviam, em silêncio a bela voz de Ana cantando, eno fim aplaudiram bastante.

- ANA...NÃO SABiA QUE CANTAVAS ASSIM TÃO BEM... diz a Duda.
- EU QUANDO ERA PEQUENA CANTAVA O DIA TODO, MAIS A MINHA MÃE...ELA ANTES DE SE CASAR COM MEU PAI ERA CANTORA, FADISTA...CANTAVA O FADO, E EU APRENDI COM ELA. DEPOIS DE ELA...PARTIR, SÓ CANTEI NO ENTERRO DELA, E JUREI QUE NUNCA MAIS CANTAVA NA MINHA VIDA. MAS HOJE NÃO RESISTI...OBRIGADO A TODOS.

Eles se calaram, o pai de Duda, disse finalmente:

- POXA ANA...AGORA TU ME EMOCIONOU, MENINA...OLHE É UM PRIVILÉGIO, OUVIU, UM PRIVILÉGIO SABER QUE TU HOJE QUEBROU SUA PROMESSA...E NOS DEIXOU OUVIR SUA VOZ...DESCULPE, COMO SE CHAMA SUA MÃE?
- MARIA, SENHOR.

Ele então tira o chapéu da cabeça, olha para o céu estrelado e diz:

- DONA MARIA...SUA ANA HOJE CANTOU...E DE CERTEZA QUE A SENHORA OUVIU...QUE DESCANSE NA PAZ DO SENHOR, DONA MARIA.

Ana se emociona, se levanta do chão onde estava sentada e dá um beijo na cara do pai de Duda e ele a abraça.
Depois foram todos se deitar.
A meio da madrugada, Ana acorda, ela não tem mais sono,
Decide ir ao lago, olha e vê todos dormindo, se afasta um pouco deles, e escondida atrás de umas árvores se despe toda e nua vai nadar no lago.
Daniel, sempre atento ao menor ruído, ele acorda, quando a Ana já está deixando o acampamento, e vê ela se afastando, e vê ela ir para trás de umas árvores, já um pouco afastadas do acampamento, ele está escondido atrás de umas rochas, e depois vê ela nua, entrando devagar na água, e observa o corpo dela...apele delicada, morena queimada pelo sol, os cabelos dela roçando as nádegas dela, aquelas mamas enormes balançando á medida que ela caminha, ou ficando penduradas para baixo quando ela molha a mão na água e depois espalha a água pelo corpo...ele vê a água escorrendo pelo corpo dela, pelas mamas dela, pingando pelos bicos grandes e tesos das mamas dela...a buceta dela rapadinha...observa ela abrindo as pernas, sentada numa rocha baixinha, na beira do lago, e lavando a buceta docemente...aquele momento de intimidade dela estava sendo violado pelo jovem vaqueiro que pensa estar a olhar um anjo que veio á terra...tanta beleza numa mulher...depois vê ela lavando os pés devagar, e finalmente ela entra na água e começa a nadar, e mergulha, e volta algum tempo depois á superfície, sacudindo os cabelos...e as mamas balançando á medida que ela sacode a cabeça.
A sua rola está estourando nas suas calças de vaqueiro, e quando ela sai da água, e se seca devagar na camisa dela...cuidadosamente secando as mamas enormes dela, a buceta...as nádegas, e depois os cabelos...e ela se veste coma camisa e volta ao acampamento, e segundos antes o Daniel chega ao acampamento e se deita onde estava antes, e finge dormir.
Na manhã seguinte, eles acordam, comem o pequeno almoço, e Daniel bem tenta, mas seus olhos só procuram uma pessoa...Ana.
Recomeçam a caminhar, levando o gado, e a Duda vai acompanhando o Daniel, pois a Ana quase que foi adoptada pelo seu pai, ele vai ensinando ela, por exemplo a usar o laço, e ela diz ao Dani:

- ENTÃO MEU AMIGO...ESTÁS SEMPRE CALADO, MAS HOJE ESTÁS MUDO...LOL.
- IMPRESSÃO SUA, PATROINHA.
- EM QUE PENSAS , DANI???
- EM NADA, PATROINHA...ESTOU TRANQUILO. SÓ LEVANDO O GADO, MAIS NADA.
- DANI...TE CONHEÇO...HOJE TU NÃO PARAVA DE OLHAR NA ANA...
- ELA ESTAV EM FRENTE DE MIM...SE NÃO OLHA-SE ERA CEGO, NÃO É???
- LOL...CALMA, MEU AMIGO...NÃO ESQUENTA...
- NÃO ESTOU ZANGADO, PATROINHA.
- EU SEI...ACABA EM ADO MAS NÃO É ZANGADO É...A-P-A-I-X-O-N-A-D-O...
- OUTRA VEZ DUDA??? ESSA CONVERSA???
- SIM OUTRA VEZ...E VOU FALAR AS VEZES QUE FOREM PRECISAS PARA VOCÊ E ELA DEIXAREM DE SER BESTAS E SE ACERTEM DE VEZ, PORRA. ATÉ O GADO SE PERCEBE QUE TU E ELA SE ATRAEM.
- CHEGA DUDA...ASSIM AINDA ME ZANGO CONTIGO.
- ENTÃO, SE TU OLHAR NA MINHA CARA, E OLHANDO NOS MEUS OLHOS ME DISSER: DUDA EU NÃO ESTOU INTERESSADO NA ANA, EU ACREDITO EM TI, E NÃO VENHO COM ESSE PAPO PARA VOCÊ NEM QUE A VACA TUSSA, JURO PELA MINHA SAÚDE.

Daniel, inspira fundo, para o cavalo, a Duda para o dela ao lado dele, ele olha na cara dela, e diz:

- DUDA, EU NÃO ESTOU....

E observa Ana ao longe rindo muito, ela está a aprender a usar o laço e ela se prendeu a ela própria, e ele fica parado olhando ela rir daquela maneira, e olha novamente para Duda e depois mete seu cavalo a galope e vai embora dali.
Na sua cabeça, ele ouve a sua voz: COMO ELA VAI QUERER UM VAQUEIRO, UMA PESACADORA E PROFESSORA, EU SOU UM IGNORANTE, UM BRUTO...ELA É BEM DE LONGE DAQUI, DO OUTRO LADO DO MAR...NUNCA NA VIDA VAI QUERER UM HOMEM COMO EU.
MAS É TÃO BONITA...SIMPÁTICA, AMOROSA...GENTIL, DOCE...FORTE...CORAJOSA E TAMBÉM TEIMOSA...VOU ESQUERCER ELA...TAMBÉM ELA VAI EMBORA DAQUI A UNS DIAS...
Nessa noite, junto da fogueira, ele tocava sua viola, e cantava e aquela canção a Ana conhecia, Um dia de Domingo, Gal Costa e Tim Maia, e quando ele começa a cantar ela toma o lugar dele, e canta a parte de Gal Costa, e o Daniel, apenas tocando a melodia na sua viola, escutando ela de olhos fechados, até que chega a parte do Tim Maia e ele canta de olhos fechados, e quando os abre só era os olhos dela que ele procura e seu olhar é devolvido por ela, e eles dois acabam a canção se olhando bem nos olhos. Só quem é cego e que não nota que eles se querem.
Bom depois foram se deitar, pois ainda antes do sol nascer tinham de estar conduzindo o gado.
A meio da manhã o pai de Duda diz a Ana:

- ANA, POR FAVOR, VÁ PARA A FRENTE DO MANADA, E JUNTO COM O DANIEL, CONDUZAM O GADO.

A mãe de Ana olha o marido e sorri, quando a Ana se afasta, ela diz:

- HOJE ACORDOU CASAMENTEIRO, MEU AMOR?
- SABE, MINHA FLOR, ESTOU JÁ EJOANDO ESSE CHOVE MAS NÃO MOLHA... ELES SE GOSTAM E SÃO DOIS CASMURROS OU BURROS QUE NÃO FALAM NADA, PORRA.
- LOL...PARECE UM CERTO RAPAZ QUE CONHECI E QUE PASSOU ANOS ATRÁS DE MIM, SEM FALAR NADA... ATÉ QUE EU TOMEI AS RÉDEAS DA SITUAÇÃO.
- ORA, MULHER...TEU PAI TINHA UM PISTOLÃO GUARDADO NA CINTURA...LOL.
- LOL...

Ana chega á frente da manada, e diz ao Daniel:

- OLÁ...O PAI DA DUDA ME MANDOU PARA A FRENTE DA MANADA...MAS EU NÃO SEI QUE FAZER...PODES AJUDAR-ME DANIEL?
- CLARO, BASTA TU ME OLHAR...É COMO DANÇAR, LOL.
- OK...

E cavalgaram juntos o dia inteiro, falando, e rindo, Daniel ensinando o que Ana deveria fazer.
No fim do dia, já junto da fogueira, o pai de Duda diz:

- ENTÃO DANI...A ANA FOI BEM???
- SIM PATRÃO... ELA APRENDE FÁCIL, DAQUI APOUCO CONDUZ UMA MANADA SOZINHA.
- ORA QUE EXAGERO... diz Ana sorrindo e com a cara bem vermelhuda.
- NÃO É EXAGERO, MINHA FILHA...OLHA QUE O DANI NÃO É DE ELOGIO FÁCIL... E EU CONCORDO COM ELE, ESTÁS APRENDENDO DEPRESSA.
- BONDADE VOSSA...
- OLHA ATÉ ESTÁ APRENDENDO O SOTAQUE DO SERTÃO, AHAHAHAH diz a Duda.

Acamparam junto a um rio, e depois do jantar, a Ana diz:

- É SEGURO ME LAVAR NESSE RIO???
- NESSE??? NÃO É MUITO SEGURO...PODE TER SUCURI...É PERIGOSO, POIS É PANTANOSO. MAS SE FOR ACOMPANHADA, EMBORA TENDO CUIDADO, É MENOS PERIGOSO.
- ENTÃO VAMOS TODAS, diz a mãe de Duda. EU TAMBÉM ESTOU PRECISANDO DE LAVAR OS PÉS, SENÃO MEU HOMEM COMEÇA A DORMIR LONGE DE MIM, LOL.

E foram as três ao rio, mesmo em frente do acampamento, os homens ficaram conversando.

- AMANHÃ CHEGAMOS, NÃO É PATRÃO?
- SE DEUS QUISER SIM. E DEPOIS TEMOS DE REGRESSAR. E DEPOIS A ANA VAI EMBORA, É PENA, EU GOSTO MUITO DELA.
- É...É UMA BOA MULHER, TRABALHADORA, SEMPRE RINDO...
- BONITA, AQUELA PELE SEDOSA, AQUELES LÁBIOS A PEDIREM QUE HAJA UM HOMEM QUE A BEIJE...AQUELAS MAMAS ENORMES, AQUELE RABO DELECIOSO...
- ENTÃO PATRÃO??? diz o Daniel olhando ele espantado.
- QUE FOI DANI??? SOU CASADO MAS NÃO SOU CEGO NEM CAPADO... O NO TELHADO JÁ ESTA NEVANDO, MAS NO FORNO AINDA ESTA QUENTE, LOL. E A ANA É UMA TENTAÇÃO...FELIZ DO CABRA QUE ELA AMAR, SÓ DIGO ISSO. E DANI...TU É PARVO, MEU FILHO.
- PATRÃO???
- ESSA MOÇA SÓ FALTA SE METER DE JOELHOS E DIZER QUE TE AMA...EU ESTOU FARTO DISTO, SE NÃO FALO REBENTO, PORRA...ELA GOSTA DE TI, TU GOSTA DELA, QUAL É O PROBLEMA???

Daniel inspira fundo e diz:

- QUER SABER MESMO...POSSO SER FRANCO???
- CLARO, DANI...DESEMBUCHA.
- ELA ME DÁ MEDO...OK...TENHO MEDO DELA...ELA É PERFEITA PARA MIM, TEM UM CORPÃO DE SONHO, E É INTELIGENTE, SIMPÁTICA, AMOROSA, DOCE, TEIMOSA, TRABALHADORA, TEM AQUELA VOZ DE ANJO...E ME DÁ MEDO GOSTAR DELA, POIS SE POR ALGUM ACASO FIICAMOS JUNTOS E ELA MORRE COMO A VANDA??' NÃO CONSIGO SUPORTAR TUDO OUTRA VEZ, SENHOR...

E Daniel se levanta e sai andando para seu cavalo, mas o seu patrão vai atrás dele, e o chama e ele para de andar e se volta para ele e diz:

- DIGA, PATRÃO.
- E VAI DEIXAR DE STENTAR SER FELIZ, POR MEDO???
- SIM E DEPOIS??? EU QUANDO A VANDA MORRE QUIS MORRER JUNTO...
- EU TAMBÉM, DANIEL. MAS A VIDA CONTINUA...É DURO MAS CONTINUA... OLHA A ANA...OLHA ELA...ESTÁ VENDO??? SEU FUTURO PODE SER ELA...
- ELA É MOÇA COM ESTUDOS...EU UM VAQUEIRO...ELA É DE LONGE...
- DANIEL, PARA DE INVENTAR DESCULPA ESFARRAPADA...SIM ELA É PROFESSORA E TU POUCO MAIS TEM QUE A 4ª CLASSE, TU É UM VAQUEIRO E DEPOIS??? EU ERA VAQUEIRO E A MINHA ESPOSA MÉDICA, COMO TU SABE, E ELA FICOU COMIGO...A ANA É DE LONGE...E DEPOIS SE TU PARA SER FELIZ TIVER DE VIVER LONGE COM ELA, QUE ISSO IMPORTA, SEU CABRA??' ABRE OS OLHOS...DEIXA DE SER MEDROSO MEU FILHO, ME CUSTA VER TU DESPERDIÇAR A TUA FELECIDADE DESSA MANEIRA. AGORA TE VOU DEIXAR SOZINHO, E PENSA BEM NO QUE EU TE FALEI.

No resto dos dias da viagem Daniel se isola, mal fala com todos, e os dias vão passando, e chega a última noite de Ana no sertão.
Durante o jantar, as conversas são já de despedida.

- AI AMIGA...FICA MAIS UNS DIAS...
- NÃO POSO DUDA...TENHO TRABALHO A FAZER E AS AULAS COMEÇAM DAQUI A UM MÊS TENHO DE IR COMEÇAR A PREPARAR AS AULAS, ESSAS COISAS.
- MAS REGRESSE SEMPRE QUE QUISER, OUVIU ANA...GOSTO DE VOCÊ, OUVIU? diz o pai de Duda.
- E EU GOSTO MUITO DO SENHOR, SABE O SNHOR E MEU PAI HAVERIAM DE SER BONS COMPANHEIROS.
- TRAGA ELE E SUA MADRASTA NA PRÓXIMA VEZ QUE VIEREM, diz a mãe de Duda.
- POSSO TENTAR CONVENCER ELES...BEM SE CONVENSER A DOUTORA JULIANA, ELE VEM ATRÁS,LOL.
- MULHER É BICHO DANADO MESMO...O HOMEM PENSA QUE MANDA MAS QUEM MANDA SÃO VOCÊS, diz o pai de Duda rindo.

Na sua casa, Daniel, está dando voltas na cozinha:

- QUE FAÇO, MEU DEUS??'QUE FAÇO DA MINHA VIDA??? SE QUERO QUE ELA FIQUE...OU VOU COM ELA, TANTO ME FAZ...MAS AO MESMO TEMPO, O TEMPO CURA TUDO...

Ele em seguida sai de casa, aparelha seu cavalo e vai embora dali.
Na manhã seguinte, bem cedo, Ana se está despedindo dos pais de Duda:

- AGRADEÇO TANTO SUA HOSPITALIDADE...AMO OS DOIS.

E eles se abraçam num abraço triplo, e a mãe de Ana diz:

- VOLTE SEMPRE...A PORTA DESTA CASA ESTARÁ SEMPRE ABERTA PARA VOCÊ, ANA. AGORA TOME...e lhe deu enrrolado num pano, um pequeno lanche, e diz.. A COMIDA DE AVIÃO NÃO PRESTA...

Ana sorri e agradece, e dá um beijo na mãe de Duda e outro no pai dela, e depois dá um olhar em volta...e lá bem no alto da colina, um vaqueiro, chorando que nem um condenado, está vendo ela indo embora, se maldizendo a ele mesmo por a deixar ir sem lhe dizer que a ama, que ela é...perfeita para ele.
Vê o carro se afastando...e volta seu cavalo na direção contrária e vai chorar as suas mágoas junto do gado.
Nessa noite ele regressa á fazenda, e vai para sua casa, e se deita na cama...e adormece sonhando com Ana nadando na lagoa...ela se lavando...
Ana chega a Portugal, e vai logo para sua cidade, ter com o pai e com a doutora Juliana...ela tem a chave de casa, e quando entra, sem visar que iria naquele dia, apanha a doutora cavalgando o pau de seu pai no chão da cozinha, ambos todos nus...e depois foi um alvoroço, o pai dela e a doutora correndo á procura de roupas e Ana envergonhada mas ao mesmo tempo rindo.
Os meses entretanto passam depressa, Ana do Mar, vai quase todos os dias á falésia, ver o sol nascer ou ele mergulhar no mar antes de ser noite...umas vezes vai ver o Princesa dos Mares chegar ou partir, mas vai sempre pensar num vaqueiro bem longe lá no sertão brasileiro...
As noites desse vaqueiro são passadas olhando as estrelas, e tocando viola, sem cantar, não tem vontade disso...pensa na portuguesa, lá no outro lado do mar...fecha os olhos vê o sorriso dela...sente o seu perfume que o vento trás lá de bem longe... está sozinho no sertão, tocando a sua guitarra e a lua ouvindo o triste cantar da viola.
Mas nessa noite ele sonhando com Ana, sonha que ele corre atrás dela, e nunca a alcança... ela grita pelo nome dele, mas ele não a consegue ajudar...ele acorda assustado...não consegue de maneira nenhuma deixar de pensar nela todo dia...toda a noite...
No dia seguinte, ele diz ao seu patrão:

- SENHOR...PRECISO DE UNS DIAS.
- CONCERTEZA, DANIEL...SEM PROBLEMA.
- EU... POSSO PEDIR QUE CHAME A SUA ESPOSA E A DUDA?
- MAS PORQUE DANIEL?
- POR FAVOR...EU QUERIA FALAR OM OS TRÊS.

Ele chama a esposa e a Duda que trabalha como professora na escola da vila, e já namora com um rapaz, o veterinário da vila.
Elas chegaram, se sentaram, e Daniel diz:

- OBRIGADO POR VIREM...EU VOU-ME AUSENTAR, UNS DIAS...OU SEMANAS. NÃO SEI...PODE SER POUCO OU MAIS TEMPO.
- PASSA-SE ALGUMA COISA CONTIGO, DANIEL??? diz a Duda preocupada.
- SIM...PASSA-SE...EU VOU ATRÁS DA ANA... EU SÓ PENSO NELA, NÃO DÁ PARA CONTINUAR ASSIM...FOI PRECISO ELA IR EMBORA PARA EU ENTENDER QUE ... TENHO MAIS MEDO DE TER ELA LONGE DE MIM DO QUE TER MEDO QUE ELA NÃO GOSTE DE MIM.
- QUE BOM...VOU FALAR COM ELA E...diz a Duda.
- POR FAVOR DUDA...NÃO FAZ ISSO...EU QUERO...RESOLVER ISTO SOZINHO...SÓ PRECISO DO ENDEREÇO DELA, DO RESTO TRATO EU.
- BOA SORTE MEU FILHO, diz a mãe de Duda...E SE ELA...JÁ TIVER...ALGUEM...
- NÃO TEM NÃO, diz a Duda, EU FALO COM ELA TODA A SEMANA E ELA ESTÁ SOZINHA.

Daniel suspira aliviado... e no dia seguinte está num avião voando sobre o Atlântico, olhando...só vê água e ao fim de muitas horas aterra em Lisboa.
Ele leva como bagagem só a sua viola e uma pequena mala de viagem. a Duda disse que havia um autocarro direto para a Nazaré a vila onde Ana mora. Ele vai apanhar esse autocarro, e umas duas horas depois chega á Nazaré...pergunta onde fica a rua onde a Ana mora, é ali perto da praia.
Era domingo de tarde, elechega na rua e procura o número da casa onde ela mora, é bem no meio da rua...uma casa grande, com um jardim, mas com o portão aberto, ele entra...e observa uma janela, e vê a Ana, sentada num sofá, lendo um livro...ela está com um roupão vestido, era Inverno, fazia frio, a lareira estava acesa, e ele sorri e agarra na viola e começa a cantar:

NO RANCHO FUNDO,
BEM PRA LÁ DO FIM DO MUNDO,
ONDE A DOR E A SAUDADE,
CONTAM COISAS DA CIDADE

Ana ouve o Daniel cantar...ela para de ler...deve star a ficar maluca, ouvindo vozes...e Daniel cantando, e vendo ela pela janela olhando para todos os lados, até que olha para a janela com mais atenção e vê ele...ela não quer acreditar, esfrega mesmo os olhos e olha outra vez...e quando acredita que é mesmo ele, ela joga o livro no sofá e corre para a janela, abre ela...e ele cantando...ela chora e ri ao mesmo tempo, e quando ele acaba de cantar, ela diz:

- DANIEL...ENGANSTE-TE NO CAMINHO DA FAZENDA E VIESTE AQUI PARAR?
- SIM...EU MEREÇO...SIM ANDEI ME ENGANANDO DESDE QUE TE VI, ANA...ME ENGANEI TANTO...ME NEGUEI A MIM MESMO QUE TE AMO...COM MEDO DE TI.
- MEDO DE MIM???
- SIM...E TENHO AINDA...É QUE EU...SOFRI MUITO COM A PERDA DA VANDA, JUREI QUE NUNCA MAIS AMARIA NENHUMA MULHER...E TU APARECEU LA´NO SERTÃO...BONITA...SIMPÁTICA, DÓCIL, SEMPRE COM ESSE SORRISO NOS LÁBIOS... E EU...ME APAIXONEI MAL TE VI, MAS SENDO CASMURRO ME NEGUEI A MIM MESMO...MAS NÃO DÁ MAIS PARA NEGAR...PRECISO DESSE SORRISO, PRECISO DE TEU OLHAR...PRECISO DO TEU CHEIRO...PRECISO DE TI, ANA...E VIM CÁ TE FALAR O QUE DEVERIA TER FALADO HÁ MESES ATRÁS...EU TE AMO, PRECISO DE TI.

Ana estava rindo de alegria, salta pela janela, e se joga nos braços de Daniel, beijando ele na boca, dizendo:

- EU TE AMO, PENSEI QUE TINHA QUETE ESQUECER...MAS TU VIESTE...TE AMO, SEU CASMURRO...
- EU SOU CASMURRO...SOU BURRO MESMO...NEM TE MEREÇO...MAS EU TE QUERO ANA...
- DANI... EU SOU SUA, MAL TE VI...SOU SUA.

Depois eles entraram na casa, e o capitão, o pai de Ana chega pouco depois, e pergunta:

- ANA...QUEM É ESTE RAPAZ???
- É O MEU...É O DANIEL...
- AHHHH...ENTÃO ÉS TU O DANIEL DE QUEM A ANA ANDA SEMPRE FALANDO...O MELHOR VAQUEIRO DO MUNDO, DIZ ELA.
- BEM...EU...
. E VIESTE VER A ANA??'
- SIM...EU BEM...EU VIM, SENHOR COM TODO O MEU RESPEITO VIM TENTAR REPARAR MEU ERRO...E TENTAR SER FELIZ.
- POIS...SABES A ANA SÓ FALA EM TI...
- PAI...PARA COM ESSA CONVERSA...ASSIM ENVERGONHAS-ME...
- DANIEL...SÓ TE DIGO UMA COISA...TRATAS MAL A ANA E EU VOU ATRÁS DE TI AO INFERNO TE CAPAR...PERCEBESTE???
- S...CAPAR...SI...SIM SENHOR...
- PAI. ISSO É COSA QUE SE DIGA???
- SIM É... BEM VOU VER A JULIANA, VOU DEIXAR VOCÊS SOZINHOS...JUIZO...E SE LEMBRA DANIEL...
- SIM SENHOR...

Ana do Mar estava radiante...não cabia em si de felicidade, estava entrando na pequena capela lá bem no cimo da falésia, toda vestida de branco, de braço dado com seu pai...no altar esperava-a um vaqueiro tremendo com os nervos, Duda estava de mão dada com o seu amor, com uma barriga já bem grandinha, o seu pai e a sua mãe estavam também sentados na pequena capela, Ana caminha devagar, olhando a cara de Daniel, ela sabe que ele está tremendo...ela mesma está tremendo. Finalmente chega junto dele, o seu pai a entrega a Daniel, e vai-se sentar emocionado ao lado da sua esposa a doutora Juliana, e o Daniel tira o véu da cara de Ana e quase chora quando vê o sorriso dela...e o padre começa a cerimónia, e no fim eles se beijam longamente na boca, a Pescadora e o Vaqueiro.

O tempo passa, e eles vão vivendo entre o sertão e a Nazaré... a Ana deixou a escola, e agora é a capitã do Princesa dos Mares, está esperando o seu 4º filho...do alto da falésia um vaqueiro, toca a sua viola, ao seu lado duas meninas e um menino ouvem o pai cantar...ele canta para seu telemóvel e a capitã Ana ouve a voz dele e dos filhos pelo rádio do navio...alisa a sua barriga...vai atracar o barco e depois irá para o sertão com o seu marido, conduzir o gado debaixo do sol, e ouvir ele cantar o seu amor por ela debaixo das estrelas, sorrindo feliz ela também canta seu amor a ele...e os seus filhos descansam dormindo ao lado deles...as suas pescadoras e o seu pequeno vaqueiro.

Fim