O doce sabor de Danone 6
O encontro estava prestes a começar. Clara já havia cumprido todas as suas obrigações e agora revisava rapidamente um artigo para uma das disciplinas, mas era difícil se concentrar. A ansiedade dançava em seu peito — fazia meses que ela não se sentia assim por causa de um simples encontro. Diferente de Dani, ela tivera mais oportunidades de se relacionar ao longo da juventude, mas poucas pessoas haviam despertado essa euforia, essa vontade de que o tempo acelerasse.
Pouco antes do combinado, ela se dirigiu ao Sigilo, o local do encontro.
Chegaram quase ao mesmo tempo. Um sorriso largo estampou o rosto de ambas ao se avistarem. O cumprimento foi um abraço rápido e um “oi” tímido, mas os olhos brilhantes e os sorrisos presos entre os lábios diziam muito mais. O coração de cada uma batia tão forte que parecia querer escapar do peito.
— Vem, vamos entrar — disse Dani, estendendo a mão e puxando Clara com suavidade.
Clara aceitou de imediato, deixando-se guiar. Aquele toque, por mais simples que fosse, já era uma promessa do que estava por vir.
O Sigilo era um bar que entendia a necessidade de discrição sem abrir mão do acolhimento. Localizado em um ponto estratégico do bairro, sua fachada discreta escondia um ambiente pensado para encontros que precisavam — ou preferiam — acontecer longe de olhares curiosos.
Dentro, a iluminação era suave, quase íntima, criando bolhas de privacidade ao redor de cada mesa. Várias delas, especialmente as próximas às paredes, eram equipadas com cortinas de tecido leve, que podiam ser fechadas por quem desejasse um pouco mais de isolamento. Apesar do clima reservado, uma regra era clara e respeitada por todos: não eram permitidos atos sexuais ou libidinosos. O Sigilo valorizava a conexão, não a exposição.
O espaço era totalmente fechado, com uma única porta de vidro fumê que mantinha o exterior do lado de fora. Uma trilha sonora ambiente, composta por jazz suave e bossas instrumentais, preenchia o ar sem incomodar, incentivando a conversa e a descontração.
Era, acima de tudo, um lugar para ver e ser visto só por quem importava — e, ainda assim, com preços que não pesavam no bolso.
Dani conduziu Clara suavemente até uma mesa encostada na parede, uma daquelas com cortina, oferecendo um cantinho ainda mais reservado. Assim que se sentaram, uma atendente surgiu. Dani pediu um drink de frutas, Clara optou por uma cerveja e, combinando com o clima, escolheram alguns petiscos para acompanhar.
Mal a garçonete saiu, Dani soltou o que estava no peito:
— Obrigada por ter vindo.
— Eu que agradeço o convite — respondeu Clara, sem desviar o olhar.
— Fiquei com receio de você achar estranho, já que nos conhecemos ontem… enquanto eu fazia programa. — Sua mão repousava sobre a mesa, um convite silencioso.
— Não liguei pra isso. Na verdade, eu pensei que eu seria a primeira a te procurar. — Clara deu uma risada baixa enquanto deslizava a mão até encontrar a de Dani.
O toque foi como fechar um circuito. Os corações aceleraram, batendo num ritmo que lembrava a batida intensa do Olodum ou a energia caótica do Slipknot. Elas se olhavam, sorriam em silêncio, e o mundo ao redor pareceu desfocar. Foi então que o beijo veio — natural, doce, e cheio de significado. Era mais do que a confirmação da química sexual da noite anterior; era a descoberta de uma conexão que ambas ansiavam.
Nesse exato momento, a garçonete surgiu com os pedidos, rompendo o feitiço.
— Peço desculpas pela interrupção — disse ela, percebendo a intimidade do momento e se retirando rapidamente.
Com um sorriso ainda preso aos lábios, Dani encarou Clara e, com a voz um pouco mais baixa, arriscou:
— Olha, então… você também quer isso?
— Sim — respondeu Clara, sem hesitar. — Sei que foi ontem que nos conhecemos, e isso pode ser um fogo que queima rápido… Mas eu quero ver até onde vai.
Dani esbanjou um sorriso, mas a encarou com seriedade:
— Você não liga de eu fazer programa? — perguntou, enquanto bebericava seu drink.
— É o seu único emprego? — devolveu Clara, mantendo o tom aberto.
— Não. Atualmente é um bico que faço às vezes. Trabalho com serviços gerais numa terceirizada, mas quando o dinheiro aperta, acabo indo pra esquina.
Clara sentiu o clima ficar mais denso, mas não permitiu que isso se tornasse um obstáculo.
— Olha, eu te conheci assim. Seria injusto cobrar que você mude da noite pro dia. A única coisa que vou pedir… — ela fez uma pausa dramática, com um sorriso nos lábios — …é que eu seja a única a ser sem camisinha.
Dani riu, aliviada e divertida.
— Pode deixar.
— E você, o que faz da vida? — Dani inclinou-se para frente, interessada.
— Atualmente recebo uma bolsa e faço mestrado na federal.
— É difícil?
— É um esgotamento mental. Para não perder a bolsa, tenho que cumprir funções que vão muito além das matérias.
Passaram a noite trocando histórias e descobrindo gostos: Clara com seus animes, Dani com filmes de terror; Dani no love metal, Clara no R&B e soul. Foi uma noite leve, cheia de risos e cumplicidade.
— Quer conhecer a minha casa, já que fui na sua ontem? — propôs Clara, ao final.
Dani riu e aceitou na hora. Saíram de mãos dadas, atentas ao caminho, protegendo o momento que construíam.
O kitnet de Clara era menor que o de Dani: um cômodo único que servia de quarto e sala, um banheiro compacto, fogão de duas bocas e um armário. O espaço tinha um ar de abandono, com livros e papéis espalhados.
— Desculpa, eu basicamente só venho pra cá pra dormir — disse Clara, com um sorriso sem jeito.
— Acontece. — Dani puxou Clara pela cintura e a apoiou contra a parede, olhando em seus olhos. — O que importa está aqui comigo.
Dani avançou com calma sobre o corpo e os lábios de Clara, como se o tempo tivesse parado só para elas. Cada beijo era mais profundo que o anterior, e as mãos de Clara se entrelaçavam na nuca de Dani, puxando-a para perto, como se temesse que aquele momento fosse acabar.
— Amanhã posso chegar tarde — sussurrou Dani entre um beijo e outro, ofegante.
— Acho que também posso — respondeu Clara, com um sorriso nos lábios antes de mergulhar novamente no beijo.
Foi então que as mãos de Clara desceram, encontrando o volume que se formava na calça de Dani. Sem hesitar, ajoelhou-se, desabotoou a calça com movimentos ágeis e libertou aquele membro já semicereto.
— Não usa calcinha? — perguntou Clara, com um tom de surpresa e provocação.
— Uso, mas tirei antes de vir. Queria dar um pouco de liberdade para esse momento.
Clara não perdeu tempo. Inclinou-se para a frente e envolveu o membro de Dani com a boca, sugando com vontade, enquanto Dani soltava gemidos abafados. Sua mão apoiou-se na nuca morena de Clara, guiando o ritmo com suavidade e desejo.
E aquilo era apenas o começo da noite.
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Comentários (2)
Nathalia (NATY): Clara , esse nome deixou saudades , meu grande amor se chama Clara , ou melhor , Clarinha , minha eterna paixão !
Responder↴ • uid:830xy01pv1Domraphaelo: 🥰🥰🥰🥰 fico feliz que te recordei de um amor
• uid:16zwdhghfia