#Lésbica #Traições

Alice e Helen - Final

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Domraphaelo

Nuas e entrelaçadas na cama, o silêncio que se seguiu ao clímax foi preenchido pelo turbilhão de seus pensamentos.

Os pensamentos de Alice giravam freneticamente, seu coração disparado enquanto tentava compreender o que havia acontecido. Ela tentava lembrar o momento exato em que sua amizade com Helen havia se transformado em algo mais, mas era difícil apontar exatamente um evento. Talvez tivesse sido durante uma noite de filmes, quando os olhos de Helen brilharam sob a luz da tela. Ou talvez nos encontros diários, onde cada gesto e cada palavra pareciam carregados de uma carga emocional que ultrapassava a amizade.

Lembrava cada vez que Helen havia sorrido, quando as mãos deles tinham se tocado acidentalmente, ou quando seus olhares se cruzaram por mais tempo do que o necessário. Havia sinais, pequenos e sutis, que só agora ela percebia o verdadeiro significado. Seu coração estava batendo mais forte a cada memória que surgia, como se cada gesto que ela considerava inocente agora carregasse uma intenção latente.

Os pensamentos de Helen eram uma mistura de confusão e surpresa. Ela se lembrava de momentos aparentemente inocentes que agora pareciam carregados de um novo sentido. Cada risada, cada conversa longa, cada momento compartilhado com Alice lhe ocorriam à mente, agora tingidos de um sentimento diferente. Ela se perguntava se sempre havia havia algo em seu comportamento que Alice havia notado, antes que ela própria tivesse se dado conta daquilo.

Mas mesmo enquanto a confusão se instalava, Helen não podia negar a sensação de profunda satisfação que tomava conta de seu corpo. As memórias da tarde ainda estavam frescas, e a intensidade do encontro ainda pulsava em cada fibra de seu ser. Ela poderia sentir o rosto ruborizando quando lembrava da maneira como seus corpos se encontraram, movendo-se em perfeita harmonia, como se sempre soubessem exatamente o que o outro precisava.

E então, como se um fio invisível ligasse suas mentes, o mesmo pensamento ecoou simultaneamente dentro de ambas, cortando a respiração:

E agora?

A pergunta pairou no ar, pesada e doce como o aroma do sexo. Para Alice, ela vinha carregada de esperança e medo — o fim de um desejo secreto era também o início de uma incerteza avassaladora.

Para Helen, a questão soava como um despertar. Não era mais sobre o que ela havia perdido, mas sobre o que havia encontrado — uma versão de si mesma que desconhecia, e que agora exigia um espaço no mundo.

A pergunta pairou no ar como uma neblina, turvando o mundo além da bolha que haviam criado com seus corpos. Alice podia sentir seu coração bater com mais força a cada segundo, a incerteza e o desespero quase sufocando-a. Mas ao mesmo tempo, havia uma ponta de esperança, uma faísca de possibilidades que brilhava apesar da situação complicada. Ela continuava a olhar para Helen, esperando por qualquer indicação do que viria em seguida.

Um pesado suspiro escapou dos lábios de Helen, enquanto se ajeitava na cama, apoiando-se no travesseiro. Suas mãos se agitavam sem propósito algum, querendo manter-se ocupadas para afastar a confusão de pensamentos que tomavam conta de sua mente.

Ao olhar para Alice, ela encontrou nos olhos de sua companheira um reflexo dos próprios pensamentos: incerteza, expectativa, uma chama de deseja que ainda parecia viva.

Num movimento quase involuntário, Helen quebrou o silêncio. Seus dedos traçaram um caminho suave pelo

O toque inesperado trouxe um arrepio a Alice. Ela fechou os olhos apenas por um momento,o toque inesperado trouxe um arrepio a Alice. Ela fechou os olhos apenas por um momento, deixando que as palavras de Helen reverberassem em seus ouvidos como um eco. "Tentar". E aquela era a questão que pairava sobre suas cabeças: tentar que? Um relacionamento? Um segredo? A possibilidade parecia assustadora e emocionante, tudo ao mesmo tempo.
Alice abriu os olhos novamente, seu olhar preso ao de Helen.

— Eu não ligo de ser a outra — confessou Alice, as palavras um misto de oferenda e resignação. — Não ligo de esconder meu amor por você, o meu tesão por você... Apenas me deixe ser a sua outra. Deixe-me ter este pedaço de você que for possível

As palavras de Alice foram como um soco no peito de Helen, seu coração apertado com a intensidade daquilo tudo. Ela podia sentir a amargura e o desejo se fundirem em um sentimento complexo. Mas a oferta parecia tão sincera, tão desesperada, que Helen se viu hesitando antes de respondê-la.

— Você... realmente não se importa? Mesmo sabendo que você sempre vai estar em segundo lugar? Sua voz estava carregada de incerteza.

— Eu não me importo — respondeu Alice, com um suspiro trêmulo. — Prefiro ser seu segredo a não ter nada. Posso suportar as sombras se for isso que você pode me oferecer.

Não havia autocomiseração em sua voz — apenas a clara aceitação daquilo que era impossível mudar. Enquanto falava, as pontas dos seus dedos exploravam o rosto de Helen, como se quisesse memorizar a textura de sua pele.

Um beijo molhado e ardente selou o pacto entre elas.

Naquele instante, não havia mais marido, dúvidas ou medos — apenas o sabor compartilhado, o calor das bocas que se encontravam com uma fome repentina e a promessa não dita de um segredo que, dali em diante, habitariam juntas.

Era um começo. Um começo proibido, escondido nas sombras de um quarto alheio, mas que, para Alice e Helen, significava a única verdade que importava: estavam uma da outra, mesmo que o mundo jamais soubesse.

O namoro delas começava ali, naquele silêncio quebrado por respirações ofegantes, selado não por palavras, mas pela linguagem antiga e universal dos corpos que se escolhem.

Espero que tenham gostado, estou começando agora a escrever, haverá um capítulo extra com alguns causos delas.

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