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Lorenzo: Ecos de uma vida perdida parte 1

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touglhooo

Seu corpo não seguia o curso natural dos outros rapazes: não havia barba, nem traço de virilidade. Tinha a voz de um anjo e a solidão de um exilado.

Era uma tarde qualquer.
O tipo de tarde em que a luz entra pela janela sem pedir licença, cortando o ar em faixas douradas.
Eu não procurava nada em especial — talvez apenas distração — quando decidi revirar o velho baú que ficava no canto do sótão da casa da minha mãe.
Entre cartas amareladas, medalhas enferrujadas e retratos quase apagados, encontrei uma pequena caixa de madeira escura, com um símbolo gravado em baixo relevo: duas asas cruzadas sobre um olho fechado.

Dentro, havia um rosário, uma pena de escrever, e um pergaminho enrolado com fitas gastas.
O papel estava frágil, o cheiro de antiguidade impregnado.
O nome escrito no topo me fez hesitar:
Lorenzo di Rossi — 1682.

Nunca tinha ouvido falar desse nome na família.
Mas havia uma nota anexada, escrita por um parente distante, dizendo que Lorenzo fora um “músico da corte papal” e que sua história “não devia ser contada em voz alta”.
Foi aí que a curiosidade me dominou.
Quem era esse homem que o tempo tentou silenciar?
E por que havia vergonha em dizer seu nome?

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Passei dias pesquisando.
Encontrei registros fragmentados em arquivos digitais, livros sobre música sacra e alguns diários esquecidos em bibliotecas virtuais italianas.
Aos poucos, a figura de Lorenzo começou a ganhar forma diante de mim — um jovem prodígio, nascido no interior da Itália, enviado para um reformatório de música em Roma, onde jovens aprendiam a servir a Deus através do canto.

Mas entre os textos havia algo inquietante:
expressões como “os escolhidos do coral branco”, “os pueri angelici” — meninos de voz eterna, que jamais conheceriam as mudanças da juventude.
Havia também menções veladas a “procedimentos”, “purificações”, “preparos” que soavam mais como rituais do que como simples educação musical.

Lorenzo fora um desses meninos.
E quanto mais eu lia, mais percebia que sob o brilho do talento e da devoção havia uma história feita de silêncio e dor — um segredo que atravessou séculos.

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As descrições falavam de um jovem de pele pálida, voz límpida, e olhar sereno.
Diziam que quando cantava, as pessoas choravam.
Mas também havia relatos de que, fora do coro, ele era reservado, evitava espelhos e raramente sorria.
Seu corpo não seguia o curso natural dos outros rapazes: não havia barba, nem traço de virilidade.
Tinha a voz de um anjo e a solidão de um exilado.

Os textos nunca explicavam claramente o que lhe aconteceu, mas deixavam pistas.
Mencionavam médicos, monges e algo chamado “cerimônia do silêncio”, um ato que marcava os jovens escolhidos para o canto eterno.
Depois disso, Lorenzo nunca mais voltou para casa.

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Eu lia e sentia um nó no peito.
A ideia de ter um antepassado que viveu sob tanto controle e sofrimento me perturbava, mas também me atraía.
Como se, de alguma forma, a sua voz ainda ecoasse em mim — um chamado antigo, pedindo para ser ouvido.
Decidi seguir os rastros.
Se Lorenzo existiu, sua história não deveria mais ficar trancada dentro de uma caixa.

Decidi procurar mais detalhes, ir fundo nessa história, nesses relatos, decidir viajar até a Itália, procurar saber, mais fontes, mais registros, realmente a história me intrigou, muitos jovens, sofreram diversos abusos, físicos e psicológicos e as vezes até sexuais, Lorenzo guardava muito segredos, entre eles, as insanidades que ocorriam a noite, em uma espécie de quarto isolado, obrigado a fazer imoralidades com seus mestres.

Os relatos eram vagos, mas carregavam um peso impossível de ignorar.
Havia menções a procedimentos, purificações, preparos — palavras que soavam mais como rituais do que como simples educação musical.
Os textos nunca descreviam detalhadamente, apenas insinuavam que cada escolha, cada passo, cada treinamento tinha um propósito quase sagrado e implacável.
Os jovens eram preparados, modelados e observados, como se cada respiração pudesse alterar o destino de sua voz — e talvez de suas vidas.

O tom dos documentos me gelava a espinha.
Não era apenas disciplina ou música.
Havia uma aura de segredo absoluto, de algo que devia permanecer oculto.
E entre as linhas, sentia-se a presença de quem sabia demais — Lorenzo, meu tio distante, que havia vivido tudo isso, mas que carregava silenciosamente os segredos daquele mundo.

Mesmo sem compreender cada palavra, era impossível ignorar o clima de mistério e rigidez que pairava sobre esses jovens.
Eles não eram apenas aprendizes ou estudantes; eram escolhidos para algo maior, e mais cruel, do que qualquer um fora capaz de imaginar.

Os textos antigos falavam de uma rotina quase sagrada, mas implacável.
Os meninos do coral branco acordavam.me chama.notelegram nomedo autoro arroba antes do amanhecer, cada um em seu leito estreito, cercados pelo frio das paredes de pedra.
Não havia risos, apenas passos leves e o som distante de vozes ensaiando notas perfeitas.

Cada movimento era observado.
Os professores e monges percorriam os corredores com olhares que pesavam mais que qualquer castigo físico, punindo não apenas erros de canto, mas falhas na postura, na obediência ou mesmo no silêncio necessário.
Os castigos eram sutis e cruéis: um olhar desaprovador podia significar horas em posições desconfortáveis, ensaios intermináveis, ou o frio do dormitório amplificado pelo isolamento.
Era uma preparação contínua, como se cada gesto moldasse não só a voz, mas a própria essência do jovem.

Entre os textos, havia relatos breves de como alguns jovens desapareciam misteriosamente.
Os novatos aprendiam rapidamente que perguntar demais era perigoso; o silêncio era a única forma de sobreviver.
Mesmo assim, Lorenzo e seus amigos conseguiam pequenos momentos de alívio — sussurros entre cortinas, notas improvisadas, olhares cúmplices que desafiavam a rigidez do reformatório.
Mas esses momentos eram raros, e rapidamente substituídos pela vigilância silenciosa dos monges.

Os termos “procedimentos”, “purificações” e “preparos” apareciam repetidamente.
Nunca explicados, sempre sugeridos.
Pareciam rituais antigos, feitos para garantir que cada menino permanecesse dentro de um ideal impossível: a voz eterna, a pureza absoluta, a obediência total.
A cada página que eu lia, sentia o peso desses segredos.
Era um mundo onde a perfeição exigia sacrifícios que iam além da carne — tocava a alma, moldava a vida inteira e deixava marcas invisíveis, eternas.

E ali, entre palavras velhas e cheiros de pergaminho, eu percebia que Lorenzo não era apenas um talento extraordinário.
Ele era um sobrevivente silencioso de um ritual que transformava jovens em lendas.

Após algumas semanas pesquisando, encontrei um resto de diário, usado pelo próprio Lorenzo, não estava completo, mais nele contava, os diversos abusos que aqueles jovens sofreram.
Lorenzo foi claramente obrigado a ter relação sexual com seus superiores, sempre que saia para cantar para algum rei ou alguém importante da época, ele era meio que leiloado pelos ricos que o viam cantar, ele teve inúmeros casos de estrupos
Por ser um jovem castrati, ele nao tinha a estrutura de um homem, sua voz era angelical e nao havia pelos em seu corpo, sua pele era macia, era um jovem belo e encantador.

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Comentários (1)

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  • @grilexp: Era normal a alguns anos,meninos destinados a cantar alguns tons, tinham sua hombreria arrancadas para numa ser completamente homens,assim cantavam e serviam a muitos homens.

    Responder↴ • uid:gsue15pv1