#Sado

Helen e o Psicólogo - sessão 2

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Domraphaelo

O Dr. Maldonado ajustou os óculos sobre a mesa de carvalho quando ouviu a batida discreta na porta.

— Pode entrar — disse, erguendo o olhar.

A porta abriu-se suavemente, e Helen adentrou o ambiente silencioso.

— Boa tarde, minha querida — cumprimentou ele, com um aceno tranquilo em direção à poltrona de veludo azul. — Sente-se, por favor

Ela obedeceu, acomodando-se na poltrona e cruzando as pernas, tentando manter um ar descontraído.

— Boa tarde — respondeu, com um leve sorriso.

O Dr Maldonado se levantou, encheu 2 copos com água do filtro e colocou sobre a sua mesa.

- como está?

Ela pegou o copo, segurando-o com cuidado entre as mãos.

— Bem, tentando lidar com esses... pensamentos. Tem sido difícil, mas estou tentando seguir seus conselhos. — Tomou um pequeno gole de água. — Anotei tudo como pediu.

- ótimo, mas preciso saber de uma coisa, esses pensamentos são apenas com estupro ou saem desse espectro?

Ela baixou o olhar, um pouco desconfortável.

— Bem, às vezes... não apenas isso. São pensamentos violentos em geral. Agressões, coisas que me causarão dor ou sofrimento. Eu... sei que não é normal, mas é como se eu sentisse prazer nisso. É algo que me perturba muito.

- já lhe disse, há pessoas que gostam dessa fantasia, desse fetiche, o problema é quando interferem na sua vida.

Ela assentiu, concordando.
— Sim, entendo. E eles estão interferindo. Não consigo me concentrar em mais nada, é como se esses pensamentos tomassem conta de mim, 24 horas por dia. É exaustivo.

- posso ler?- disse estendendo a mão para pegar a caderneta

- Claro. — Ela entregou a caderneta, um pouco nervosa. — Aqui estão registrados todos os pensamentos intrusivos que tive desde a última sessão.

(Quarta-feira)
“Voltava da casa de uma amiga à noite e precisei cortar um beco escuro. Havia um homem parado lá. Senti meu corpo responder… um calor úmido, um desejo perverso. Queria que acontecesse. Quando me aproximei, porém, ele apenas entrou em casa e fechou a porta.”

(Quinta-feira)
“Estava no quarto da minha amiga travesti — morena linda, corpo escultural. Ela começou a se trocar na minha frente. Nunca a tinha visto nua. Surpreendeu-me o volume entre suas pernas… Fiquei imaginando aquela rocha morena, de cabeça avermelhada e veias salientes, enfiando-se na minha garganta com força. Encarei tanto que ela notou e ficou sem graça.”

(Sábado)
“Deu vontade de sair de vestido, sem calcinha, e andar por ruas perigosas. Só de imaginar, excitei-me tanto que gozei três vezes seguidas pensando na possibilidade.”

- interessante, você está tem algum ou alguma ficante? Como está a relação com ela?

Ela hesitou por um momento, um pouco desconcertada pela pergunta pessoal.

— Não, não tenho um relacionamento sério no momento. Tive um namoro que acabou há alguns meses, mas desde então, nada sério.

Helen desviou o olhar, sentindo-se um pouco vulnerável.

- como se sentiu quando estava com sua amiga?

Ela se lembrou da sensação, as imagens claras em sua mente.

- Bem, confesso que fiquei surpresa pelo volume. Nunca tinha pensado nela desse jeito, mas meu corpo reagiu de uma maneira intensa. Foi difícil controlar os movimentos.

- Bem, eu... senti uma necessidade intensa de me aproximar dela, de tocá-la. Fiquei desorientada com a força dos meus desejos, e foi difícil controlar o impulso de agir. No final, apenas fiz menção de ir embora, falando qualquer coisa sobre um compromisso, para escapar daquela situação.

Ela se mexeu desconfortável na cadeira, evitando o olhar do Dr.

Dr Maldonado a encarava sem julgamentos
-então você teve vontade de abusar de sua amiga travesti?

Ela sentiu um arrepio percorrer seu corpo ao ouvir as palavras.

- Sim… Sim, é verdade. Eu não queria, mas aquele desejo tomou conta de mim. Eu me sentia fora de controle.

-devo deduzir que cada situação dessas culminou em masturbação que levaram ao orgasmo né?

Ela corou, sentindo-se completamente sem jeito.
— Sim, isso mesmo. Cada pensamento ou situação levou a isso. Sinto vergonha em admitir, mas é verdade.

-nos últimos tempos, teve fantasias mais "normais", digamos assim?

Ela pensou por um momento, procurando em sua memória por algo diferente daquela necessidade intensa de sofrimento.

- Não, não que eu me lembre. Até mesmo em momentos de normalidade, meus pensamentos tendem a se inclinar em direção a algo mais... dominante. É como se não conseguisse evitar - explicou, com um pouco de frustração.

-Então você não liga pra hierarquia, seja você a dominante ou dominada, você gosta desse jogo?

Ela assentiu, finalmente se sentindo mais à vontade para falar sobre aquilo.
- É, sim. Gosto quando alguém assume o controle, mas também sinto prazer em dominar. É uma mistura de poder e vulnerabilidade que me excita.

- você prefere que seja não consensual?

Helen, com a voz firme, mas os olhos fixos nas próprias mãos
-Eu sei que o não consensual é apenas violência. Sei que o prazer verdadeiro nasce do acordo, do respeito. Mas essa violência… essa força bruta… é o que me incendeia por dentro. Quero ser dominada até não restar vontade, ou dominar até não sobrar resistência. E não quero pensar nas consequências.

Helen olhou para o chão, lágrimas começaram a descer por seu rosto.
- Eu sei o quanto tudo isso é errado, eu não queria ser assim, eu tentei lutar contra, mais é mais forte do que eu.
Ela tentou limpar as lágrimas com as mãos tremulas, mas não adiantava

O Dr Maldonado pegou mais um pacote de lenços de papel da gaveta e a entregou
- quero que faça 2 experimentos, saia com 2 pessoas, independente do sexo. Com um tenha um sexo mais "normal" e com outro tenha uma fantasia de violência. Te digo que tem pessoas que curtem isso que gosta. Preciso que faça isso e não pare de escrever na cardeneta

Helen tentou se controlar, enxugou as lágrimas e acenou, determinada.

- Entendi. Vou fazer o que disse e manter um registro detalhado de cada experiência. Prometo.

O Dr Maldonado a olhou e disse
- olhe , você não é única tá? Como te disse, mas vou te explicar. No BDSM existe uma corrente chamada CNC(consensual não conseusal) onde fantasias como essa ganham vida entre companheiros que já combinaram tudo, inclusive existe o rapeplay, indico que pesquise sobre

Helen sorriu em meio às lágrimas, finalmente sentindo-se um pouco mais esperançosa.

- Certo, vou pesquisar. Prometo que vou fazer esses experimentos e registrar tudo para nosso próximo encontro.

Ele estendeu a mão
- espero você na próxima semana

Ela apertou-lhe a mão, determinada.

- Até a próxima semana. Prometo que vou fazer todo esforço possível.

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Comentários (1)

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  • Sandro: Uma pessoa na vida real que tenha esse problema. Elbta ferrada

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