#Traições

Terça á tarde - 1

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Domraphaelo

Era uma terça-feira à tarde. Michel estava em casa de bobeira, aproveitando seu dia de folga antes que Clara, sua esposa, chegasse do trabalho. Vestindo apenas um calção de futebol e uma regata, suas roupas destacavam seu corpo atlético na medida certa. De repente, a campainha tocou, e uma voz familiar lhe causou imediata aflição. Ao abrir a porta, deparou-se com Alice.
— Boa tarde, Alice. Vamos entrando — disse ele, forçando um sorriso.
Ela entrou com um rebolado exagerado, vestindo um vestido justo que marcava cada uma de suas curvas.
— Oi, Michel — cumprimentou, com um tom docemente malicioso.
Ele a abraçou como de costume, mas o perfume dela o invadiu, intenso e marcante.
— Olha, não é querendo te expulsar, mas a Clara não está aqui — avisou, tentando soar casual.
Alice sorriu debochadamente, percorrendo seu corpo com um olhar carregado de desejo.
— Eu sei. Por isso mesmo vim te visitar.
Michel afastou-se discretamente, tentando disfarçar o desconforto.
— O que você quer comigo?
Ela aproximou-se, colocando uma mão em seu braço de maneira sugestiva.
— Tenho uma oferta que acho que vai te interessar...
Ele retirou o braço com um movimento sutil, a mente acelerada.
— Antes, vamos para a cozinha. Vou te servir algo.
Michel serviu suco e alguns lanches rápidos enquanto Alice se sentava à mesa, cruzando as pernas com um movimento deliberado, expondo mais pele. Ele sentou-se à frente dela, tentando ignorar o olhar fixo que ela mantinha sobre ele.
— Então, quer saber minha oferta? — perguntou ela, inclinando-se para frente, o decote quase escancarado.
Michel bebeu um gole de suco, os músculos tensos.
— Fale.
— Você sabe que a Clara trabalha muito, não é mesmo?
— Sim.
Ela passou a língua pelos lábios, como se estivesse prestes a revelar um segredo.
— Ela tem trabalhado tanto que mal te dá atenção...
Michel encarou-a, firme.
— Eu sabia que isso aconteceria. Estou de boa com isso.
Alice recostou-se na cadeira, movendo-se com lentidão calculada.
— Eu sei que você é um homem com necessidades, Michel...
Ele manteve o olhar fixo.
— Mas o que você tem a ver com isso?
Ela sorriu, maliciosa.
— Posso dizer por experiência própria que sua mulher não consegue satisfazer você tanto quanto eu poderia...
Michel apertou o copo entre as mãos.
— Por que eu?
Alice inclinou-se novamente, os olhos brilhando.
— Porque você é atraente, Michel. E merece alguém que se preocupe em satisfazer suas necessidades de verdade.
— Deve haver milhares de homens sarados e casados como eu. Isso não responde minha pergunta.
Ela riu baixinho.
— Você tem razão. Mas eles não são você. Não têm seu charme, sua personalidade... — Cruzou as pernas novamente. — Você é especial. Sinto uma atração irresistível por você desde a primeira vez que te vi.
Michel bebeu mais um gole, o ego alimentado pelas palavras dela, mesmo relutante.
— Isso ainda não é suficiente.
Alice sorriu, misteriosa.
— Está bem, vou ser direta. — Deslizou a mão pela mesa, quase tocando a dele. — Eu quero você. Você é atraente, interessante, e estou cansada de ver sua esposa desperdiçando você.
Michel segurou sua mão, firme.
— Vou ser honesto com você, já que está sendo tão direta. Já traí a Clara uma vez, antes de nos casarmos. Foi a última vez. Eu a amo e não quero machucá-la.
Alice ergueu uma sobrancelha, interessada.
— Oh? Isso é novidade... — Recostou-se, mantendo o toque. — Por que fez isso?
Ele soltou sua mão e encarou-a.
— Só conto se você falar a verdade sobre por que se interessa por mim.
Ela suspirou, mas concordou.
— Tudo bem. A verdade é que sempre te achei atraente. Você é charmoso, tem um corpo incrível, é inteligente. Mas o que mais me atrai é sua personalidade. Você é misterioso, impetuoso... tem uma aura de perigo que me fascina. — Sorriu, doce e sedutora. — E, claro, eu adoro homens casados.
…..
Michel coçou a testa. Ele já desconfiava que esse dia chegaria. Percebia os olhares dela nas confraternizações e até mesmo no ensaio do casamento, mas sempre achou que fosse coisa da sua mente egocêntrica.
— Agradeço de verdade os elogios. Você também é uma mulher linda, e o jeito como vive sem se importar com o que os outros pensam… isso me fascina.
Ela sorriu, apreciando as palavras.
— Obrigada. — Deslizou a mão mais para cima, tocando seu braço com leveza. — Mas não mude de assunto. Você ainda não me disse por que traiu a Clara…
Ele afastou a mão dela com um movimento discreto.
— Antes de casar, eu vivia pelo tesão. Se alguma mulher me desse mole e eu sentisse vontade, eu investia e levava pra cama.
Alice inclinou a cabeça, ouvindo com atenção.
— Então você era um mulherengo assumido? — perguntou, com um toque de ironia.
Michel manteve o olhar firme.
— É você quem diz.
Ela riu, divertida com a honestidade dele.
— Touché. — Cruzou as pernas novamente, deixando o vestido subir um pouco mais. — Então, traía a Clara com frequência?
Michel não desviou o olhar.
— Vai me dizer que isso te excita?
Ela sorriu, provocativa.
— Talvez. — Cruzou os braços, acentuando o decote. — Mas você ainda não respondeu minha pergunta…
Ele segurou o copo com mais força.
— No mínimo uma vez por mês.
Alice ergueu uma sobrancelha, surpresa.
— Só uma vez por mês? Não é muito para um mulherengo assumido…
Michel soltou um riso seco.
— Você, como apreciadora de casados, deveria saber que trair não é tão fácil. Tem que ser na encolha, com calma.
Ela riu, claramente apreciando sua resposta.
— É verdade. — Inclinou-se para frente, os olhos brilhando. — Mas mesmo assim, imaginei que um homem como você teria mais… experiências extras, digamos assim.
Michel sentiu o perigo naquela situação. Sabia que, se ela desse o bote, seria difícil resistir. Precisava mudar o foco.
— Então, quando começou esse lance de pegar casados?
Alice sorriu, divertida.
— Há alguns anos. — Cruzou as pernas novamente, deliberadamente lenta. — Descobri que tenho uma certa… atração por homens casados. Eles têm uma aura de proibido que me fascina.
— Não sei não. Me explica.
Ela prendeu seu olhar, intensa.
— Tudo bem. — Recostou-se, mas a voz baixou, quase um sussurro. — Com homens casados, há algo a mais. É a emoção de estar fazendo algo errado, de ser a outra. — Aproximou-se mais, os lábios quase tocando seu ouvido. — É a adrenalina, a excitação de quebrar as regras…
Michel tomou um gole de suco, aliviado por ter escolhido uma bebida leve. Se fosse vinho ou cerveja, talvez já tivesse perdido o controle.
— Entendo você… Mas por que escolheu hoje como o dia D?
Alice sorriu, satisfeita por notar seu interesse crescente.
— Bom, eu percebi que você e a Clara estão um pouco distantes ultimamente… — Deslizou um dedo pela mesa, lentamente. — E você parece frustrado. Por isso decidi que hoje era o dia ideal para oferecer meus… serviços.
Michel franziu a testa.
— De onde tirou essa ideia de que estou frustrado?
Ela inclinou-se para frente, mantendo o contato visual.
— É óbvio. Você está mais quieto, mais solitário… Seu olhar diz tudo. — O dedo dela avançou em direção à mão dele. — Você está carente, Michel. De atenção, de amor… de prazer.
Ele sabia que ela tinha um ponto. Mesmo que ele e Clara se amassem e nunca deixassem faltar carinho ou tesão, a rotina corrida dos dois dificultava as coisas. Quando levantou para encher o copo novamente, seu short acabou marcando o volume semi ereto. Por mais que tentasse se controlar, o corpo traía seu desejo.
Alice percebeu e sorriu, os olhos brilhando. Sabia que ele era vulnerável àquela tentação — e estava determinada a explorá-la. Enquanto ele virava para pegar mais suco, ela apreciou cada linha de seu corpo sob o tecido.
— Então, Michel… — disse quando ele se sentou de novo. — Está mais relaxado agora?
Ele notou a gafe e tentou disfarçar.
— Desculpa, não vi que estava marcando.
Ela riu, baixinho.
— Não precisa se desculpar. — Inclinou-se mais, o olhar provocativo. — Na verdade, gostei da visão.
Michel, já sem paciência, soltou:
— Será que gostaria do cheiro e do gosto também?
Alice ergueu uma sobrancelha, ainda mais interessada.
— Está oferecendo, Michel? — A mão dela deslizou pela mesa, quase tocando a dele.
Foi quando ele decidiu chutar o pau da barraca.
— Quem sabe? Mas tenho certeza de que a Clara faz um oral melhor que você.
Ela riu, sem se ofender.
— Isso é um desafio? — O dedo dela avançou em direção à sua coxa. — Porque eu tenho certeza… — Sussurrou, quente: — Que eu faço melhor.
Michel mudou de postura, a voz grossa e dominante:
— Então ajoelha e faz teu trabalho.
Alice sorriu, satisfeita com a mudança brusca.
— Está ordenando? — Aproximou-se mais, a mão no joelho dele. — Posso ser assim, com autoridade? Ou prefere que eu seja mais… obediente?
Ele fixou nela um olhar que não deixava dúvidas.
— Apenas. Faça.
Ela prendeu o ar por um segundo, então obedeceu. Levantou-se, deslizando as mãos pelas coxas dele enquanto se ajoelhava entre suas pernas.
Michel deslizou a mão para dentro do short, libertando seu membro com um movimento experiente. Antes que Alice pudesse reagir, ele pressionou sua carne quente e pulsante contra seu rosto - nu, insolente, dominador.
- Não era isso que você queria? - provocou, esfregando-se deliberadamente contra seus lábios entreabertos enquanto ela arfava, surpresa mas visivelmente submissa.
Seus olhos escuros se encontraram. Alice parecia chocada com sua atitude dominadora, mas não havia resistência em seu olhar - apenas desejo cru. Aquele lado inesperado de Michel fazia seus sentidos pegarem fogo, cada nervo em seu corpo vibrando de excitação.
- Era o que esperava?
Alice abriu a boca para responder, mas as palavras morreram em sua garganta. Nunca imaginaria que suas provocações despertariam essa ferocidade nele, e agora que ele tomaria o controle, sentia-se completamente tomada por uma luxúria avassaladora.

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