Transformada em mulher – Parte 2 de 3 – Capítulo: Aceitação
Essa é uma história de feminilização, envolvendo fetiches e tabus. Goze gostoso e imagine o que desejar.
Eu não acordava tão bem desde a primeira vez que tinha usado uma calcinha. No dia seguinte ao que eu tinha revelado tudo para Gabriel, eu acordei como a pessoa mais leve do mundo, pela primeira vez na vida eu tinha alguém para desabafar, alguém de quem eu não precisava me esconder. Um amigo de verdade, um confidente. Mas ainda assim, eu ainda tinha vergonha desse meu lado feminino.
Ao levantar da cama, coloquei uma calcinha e minha roupa normal e fui para a cozinha preparar o café da manhã. Como disse anteriormente, Gabriel tinha muitos talentos, mas cuidar da casa não era um deles. Logo Gabriel estava de pé, eu ainda estava com vergonha por tudo o que tinha acontecido, apesar dele agora saber um pouco da minha história nós dois só conversamos sobre isso no whastapp.
Porém para Gabriel era como se nada tivesse acontecido, ele me deu bom dia normalmente, pegou seu café e foi pra sala assistir alguma coisa. No almoço fiz algo mais básico para comermos, e depois fui para o meu quarto. E assim aquele dia foi passando aos poucos, eu tinha o costume de ficar no quarto a maior parte do tempo estudando, e saia apenas para fazer alguma coisa a noite, seja para jogar ou assistir algum filme na sala.
Mas mesmo que não parecesse, algo tinha mudado. Lá pelas 17h daquele dia Gabriel bate na porta do meu quarto. Em quase 45 dias morando ali Gabriel nunca tinha me chamado durante o dia. Então respondi dizendo para ele entrar, já que a porta estava apenas encostada.
– Oi. Viu? Eu aprendi a bater kkk – Ele disse rindo.
– Oi. Sem problemas. Quer alguma coisa?
– To querendo assistir a um filme na Netflix, quer assistir comigo não?
– Estou terminando de estudar. Assim que terminar tomo um banho e vejo com você, pode ser? – Respondo com um pequeno sorriso no rosto.
– Beleza! Você faz a pipoca!
– Eu sabia que você queria alguma coisa kkkkk – respondo rindo.
Assim que paro de estudar, guardo minhas coisas e pego uma roupa para tomar banho. Terminando o banho, faço uma pipoca, e vou para a sala ver o filme com Gabriel. Ficamos assistindo alguns episódios de uma série que gostávamos, chamada Jessica Jones. Trocamos poucas palavras, mas parecia que tudo estava “normal”. Até chegar em uma cena picante onde a heroína começa a transar com um outro herói chamado Luke Cage. E eu não sabia onde enfiar a cara de vergonha.
Gabriel percebeu isso de alguma forma e rapidamente desligou a televisão. E virou pra mim me perguntando.
– Você ainda está com vergonha pela noite passada? Sobre as coisas que me contou…
Eu estava com vergonha realmente, mas eu tinha que responder aquela pergunta. Sem conseguir falar, eu apenas acenei positivamente com a cabeça. E ele vendo isso respondeu com a boa e velha educação carioca.
– Vai tomar no cu! Eu sou seu amigo, você não precisa ficar com vergonha de mim não caralho!
– Eu sei que não mas…
– Mas é o cacete, eu realmente não me importo que você goste de usar calcinha ou qualquer outro tipo de roupa. Na verdade, eu até prefiro morar com uma garota do que com um cara.
Quando ele fala isso, fico extremamente surpresa e confusa. Foi a primeira vez que alguém se referiu a mim no feminino, tirando as vezes que eu brincava com a minha irmã. Então respondo meio sem graça.
– Mas eu não sou uma garota. Você sabe disso…
– Mas você quer ser uma, ou eu estou errado? Aliás você sempre foi uma garota fingindo ser um garoto. A única diferença é que você nasceu igual a mim, mas, na verdade, até seu corpo é meio feminino.
Eu sabia de tudo aquilo que ele estava falando. Mas você saber e você ouvir alguém falar são duas coisas bem distantes. Ele estava certo. Eu queria ser uma garota. Eu gostava de me sentir feminina. E eu sempre cuidei do meu corpo para parecer o mais feminino o possível. Então ele continua falando.
– Luiz. Eu já sei o seu segredo, você não precisa mais se esconder. Não aqui no apartamento pelo menos - Ele diz essa ultima frase rindo - Deixa eu te fazer uma pergunta. Você esta usando calcinha agora?
– Sim. – Eu respondo com vergonha.
– E você gosta de usar outras roupas de mulher não gosta?
– Sim…
– Então você pode usar. De verdade mesmo. Eu sei que a Natália deixou as coisas dela aqui. Então você pode usar sem medo. Eu vou guardar seu segredo.
Eu não sabia o que responder. Era como se pela primeira vez na minha vida alguém estivesse me dando a autorização para existir. Para ser quem eu sempre fui as escondidas. E aquilo mexeu comigo de uma forma que eu comecei a chorar de felicidade na frente dele.
– Po, que isso não precisa chorar. Desculpa se te falei algo que não gostou. – ele fala.
– Você não falou nada demais. Juro. Só é bom não precisar se esconder de alguém. – Respondo com a voz chorosa.
– Só uma última pergunta então. Já que você é uma mulher, em vez de ter chamar de Luiz, eu posso te chamar de Luiza?
E foi assim que eu ganhei meu nome feminino, não fui eu que escolhi. Foi Gabriel com seu jeito acolhedor que acabou escolhendo pra mim. No futuro eu ganharia outros apelidos com base nesse nome, Liz para alguns ou Iza para outros. Mas o nome Luiz, morreria naquele dia.
Eu ainda não estava acostumada com aquilo, porém logo no dia seguinte, minhas roupas foram mudando aos poucos. Eu ainda não usaria saias e vestidos, mas deixei minhas roupas masculinas de lado. E comecei a usar algumas roupas do guarda-roupa de Natália. Calças. Algumas blusas. E calcinhas é claro.
Ainda naquele mês, minha amizade com Gabriel ficou ainda mais forte. Ele foi se tornando o meu melhor amigo. Assim com o passar dos dias eu ia me sentindo cada dia mais confortável e confiante com sua presença. Porém no final do mês, antes do aluguel vencer. Natália mandou mensagem pra mim e pro Gabriel, avisando que não pagaria mais esse mês de aluguel.
Eu sabia que aquilo era justo, afinal não tinha mais como ela vir para o Rio de Janeiro com a pandemia em seu auge, e não tinha como ela ficar pagando para outra pessoa morar em um lugar. Mas eu também não tinha 1600 Reais para pagar todo mês e continuar morando ali. Porém aqui veio a surpresa. Quando expliquei a situação para Gabriel ele me contou toda a verdade.
A verdade era que quem pagava o aluguel era o pai dele, que era dono de uma pequena construtora que era especializada na reforma de fachadas de prédios e sua mãe que era cirurgiã plástica. Então sua família tinha ainda mais condição do que a minha. E que ele cobrava esse aluguel da Natália, para ter dinheiro, mas que seu pai nem sabia que ele dividia o apartamento com alguém. Dessa forma, ele não iria me cobrar nada, já que ao contrário de Natália, eu era sua amiga e fazia todas as tarefas do apartamento.
E foi assim que o problema foi resolvido por Gabriel. A partir daquele momento, eu comecei a morar de graça junto com ele. E o melhor de tudo, Natália se desfez das roupas que tinha deixado ali, já que eram apenas uma pequena parte do seu guarda-roupa, então eu pude ficar com tudo que ela tinha para mim. Matando totalmente minha vontade de me vestir como mulher. Eu ainda não tinha usado muitas daquelas roupas, só usava o básico já que era de outra pessoa, mas agora a dona de todo aquele quarto era eu.
No guarda-roupa dela tinha muitas calcinhas e sutiãs, algumas calças, muitos shorts e leggings, blusas e casacos. Mas o que mais me interessou foi as duas lingeries que ela havia deixado para trás e suas camisolas de dormir.
E quanto a minha família? Bom, com a pandemia eu continuava falando com eles por telefone. O que facilitava bastante esconder meu novo estilo de vida. Minha irmã, Fernanda, teve que voltar para casa, por supostamente ter progredido no programa antidrogas e estarem reduzindo a quantidade de pessoas na clínica para evitar o COVID. Então tudo estava indo bem na minha vida.
E assim cheguei no mês de junho de 2020, morando no Rio de Janeiro a 2 meses com Gabriel. Eu ainda mantinha minhas roupas bem-comportadas, mesmo que agora só usasse roupas femininas. Mas foi na virada daquele mês que comecei a usar sutiã no apartamento. Lembro de Gabriel ter percebido quando eu com calor tirei o casaco que estava usando e o sutiã ficou com a alça aparecendo.
Eu fiquei com vergonha, mas lembro que aqui foi o início de uma conversa que mudaria minha vida no próximo ano.
– Ta usando sutiã agora? – ele pergunta – Bom ver que você está perdendo a vergonha de ser você.
– É… Eu já usei algumas vezes, só não tinha usado ainda aqui no apartamento. – Respondo.
– Sei que é uma pergunta chata, mas você já pensou em tomar hormônios?
Aquela foi a primeira vez que comecei a pensar nisso. Claro que eu já tinha estudado sobre. Já tinha pesquisado as consequências e mudanças que acontecem quando uma pessoa entra na transição de gênero. Mas aquela foi a primeira vez que pensei em realmente começas a tomar. Mas o que mais me chamou atenção naquela conversa foi saber que Gabriel de alguma forma prestava atenção em mim.
Mas naquela época eu pensava que era apenas um cuidado de amigo. Eu não imaginava que um homem como Gabriel, que era bonito, forte, inteligente, com família rica… Alguém que poderia ser definido como um GOSTOSO. Fosse se interessar por mim. E sem ter essa maldade nos interesses de Gabriel, eu fui me sentindo cada vez mais confortável perto dele.
Aos poucos essa confiança foi se transformando em liberdade, e algumas brincadeiras foram surgindo. Sempre que eu vestia alguma roupa nova ele vinha me chamando de gostosa ou delicia, e algumas vezes vinha me chamando com alguns nomes mais “ofensivos” como ninfetinha. E eu chamava ele de idiota e playbozinho. Essas brincadeiras, aos poucos viraram brincadeiras de lutinha e uma vez ou outra ele após implicar comigo com algo dava um tapa na minha bunda e saia correndo.
Lembro ainda da primeira vez que isso aconteceu. Eu tinha terminado de fazer alguns exercícios físicos no meu quarto, estava com um short legging e uma blusa branca, e fui a cozinha lavar a louça antes de ir dormir. Ele veio até a cozinha, e enquanto eu lavava a louça começamos a conversar sobre um jogo que jogávamos e eu sempre perdia pra ele. Ai ele passou por trás de mim, e deu um tapinha jogando minha bunda pra cima me chamando de “noobzinha”, que era um termo que se refere a alguém ruim em algum jogo.
Aquele tampinha me arrepiou por inteiro. Lembro de ter ficado sem graça e dele ter desaparecido da cozinha após fazer isso. Deixando-me sozinha com meus pensamentos. E naquela noite, lembro do primeiro sonho erótico que eu tive com ele. No sonho ele me colocava contra a parede e me fodia com força até eu assumir que era a sua putinha. Depois me colocava de joelhos e me fazia engasgar com sua pica.
E assim fomos ficando cada vez mais íntimos, entrando em alguns assuntos sobre nossas intimidades sexuais, eu falando que nunca havia ficado com nenhuma outra pessoa e era virgem e ele falando que já tinha transado com umas 12 garotas diferentes, mas que tinha namorado apenas uma vez quando ainda tinha seus 16 anos de idade. E dessa conversa surgiu outro apelido que ele ficava me irritando, eu era a “virgenzinha”.
Ainda naquele mês eu tomei a decisão de começar a tomar hormônios, a minha vontade de ser mulher se tornava cada vez mais forte. Como eu era da graduação em farmácia acabei conhecendo muita gente que trabalhava com manipulação, e por conta disso comecei a tomar pequenas porções todos os dias, meu objetivo inicial era afinar a minha voz e quem sabe conseguir alguns pequenos seios. Assim comecei minha terapia hormonal.
Eu sabia que aquilo só faria efeito real em 2 ou 3 meses, mas em algum momento eu tinha que tomar aquela decisão. Eu não sabia como contar aquilo a minha família, mas em um primeiro momento eu preferi ficar em segredo sobre isso, já que as mudanças não seriam tão evidentes.
Então no mês de julho mais uma coisa viria a acontecer, eu já estava tão confortável perto de Gabriel que comecei a não ter maldade nenhuma com ele. Então algumas vezes, antes de dormir eu usava apenas alguma roupa confortável. E já não me importava de fingir, e cada vez demonstrava meu lado feminino para ele, roupas femininas, sutiãs, alguns vestidos conservadores, eu usava de tudo dentro do apartamento.
Naquela noite eu já estava no meu quarto preparada para dormir, estava usando um suéter bege de lã, uma calcinha simples e um par de meias, sem nenhum short ou calça, pois não conseguia dormir usando parte de baixo. Então Gabriel me mandou mensagem para assistir Karate Kid com ele, ele estava nessa vibe de assistir filmes antigos. Como já estava vestida para dormir, e o casaco era grande o suficiente para tampar minha calcinha e coxas eu apenas fui pra sala daquele jeito assistir o filme.
Chegando na sala, fiz uma pipoca enquanto ele pegava algumas cervejas, e assim começamos a assistir ao filme. Eu e Gabriel conversávamos e riamos de algumas cenas foi quando no final surge o golpe da garça, o golpe mais idiota de todo o cinema, basicamente um pulinho com braços abertos chutando pra frente. Eu e Gabriel caímos na gargalhada e brincando começamos a imitar o famoso Daniel San.
Ficamos brincando de lutinha, então em um momento fui imitar o golpe da garça, quando pulei para dar um chute, Gabriel segurou a minha perna me deixando quase cair, fui caindo com ele me zoando de saci do karatê, quando tentando ficar de pé acabei ficando de costas pra ele e tocando o chão enquanto ele ainda segurava minha perna. Meu casaco acabou subindo, deixando minha calcinha visível pra ele.
Só quando ele viu minha calcinha ele acabou me soltando, quando fiquei em pé e me recompus percebi que ele estava sem graça, afinal eu também estava com vergonha. Então arrumamos a bagunça que tenhamos feito, e um pouco mais tarde daquele dia fui dormir, onde tive mais um sonho com Gabriel me fodendo contra a parede. Eu tinha que parar com aqueles pensamentos, e Gabriel era meu amigo, e alguém como ele nunca se interessaria em alguém como eu.
Com isso mais um mês se passou, chegamos em agosto, e eu e Gabriel não tocamos no assunto. Mas eu percebi que aos poucos as coisas iam mudando, Gabriel parecia mais discreto, como se evitasse contato comigo a todo instante. As vezes ainda assistíamos filmes e jogávamos juntos, mas parecia que aquilo tinha diminuído. Então em uma tarde eu acabei cometendo um erro.
Gabriel havia saído para ir ao mercado, comprar algumas coisas que estavam faltando. E eu fui arrumar a casa, quando terminei, coloquei um pouco de feijão na panela de pressão e fui tomar banho, enquanto estava no banheiro tirei minhas roupas e acabei me distraindo arrumando meu cabelo, quando começo a sentir o cheiro de queimado, sim acabei esquecendo que tinha colocado a comida para cozinhar.
Sem pensar duas vezes sai correndo do banheiro para desligar o fogo, fiquei com medo da panela explodir devido a pressão. Só quando desliguei que percebi que eu estava pelada no meio da cozinha. Quando vou voltar para o banheiro, escuto a porta do apartamento abrindo, Gabriel havia voltado do mercado. Sem saber o que fazer tento ficar em silêncio, mas Gabriel logo entra na cozinha para guardas as compras. A única coisa que consigo fazer é virar de costas para tentar esconder alguma pequena dignidade.
Escuto Gabriel soltando as compras e um suspiro ofegante, então dou uma olhada para trás e vejo ele me observando, completamente nua. Quando ele percebe que eu estava olhando pra ele, ele rapidamente vira de costas e sai da cozinha pedindo desculpas. E eu sem falar nada apenas morro de vergonha. Ao escutar a porta do quarto dele fechar, volto para o banheiro buscando terminar meu banho.
Eu não sabia o que era pior, ser vista completamente nua ou ser vista de calcinha, apenas sei que aquela situação era embaraçosa o suficiente sem eu ter que pensar nessas coisas. Mas eu não conseguia parar de pensar no Gabriel, e no volume na sua calça que percebi quando olhei pra trás, aquilo podia ser verdade? Gabriel de alguma forma tinha ficado excitado me vendo de nua e de costas.
Lembro de me sentir culpada pelo que tinha acontecido, apesar de ter sido um acidente. Então tentei fingir que aquilo não tinha acontecido. Enquanto eu parecia estar mais confortável sendo uma mulher, Gabriel parecia cada dia mais tímido na minha presença. E eu sabia que aquilo abalaria a nossa amizade de alguma forma.
E tentando fingir que aquilo não tinha acontecido acabou passando mais uma semana. Eu começava a perceber as diferenças que os hormônios começavam a fazer no meu corpo. Eu sentia meus mamilos mais sensíveis, assim como minha pele se tornava mais delicada. Minha voz aos poucos mudava, e os meus músculos pareciam atrofiar. Mas a mudança mais visível era o meu pintinho, que era pequeno e que devido ao tempo de gaiola já não ficava duro como antes, mas com os hormônios parecia que minha bolas diminuíram mais, e ele se tornou praticamente inexistente.
Nas ligações com minha família eu tive uma notícia triste, eu tentava disfarças a minha voz nas ligações, mas no momento que recebi a informação que minha irmã havia fugido de casa durante a pandemia, eu não sabia o que fazer. Eu não tinha o que fazer estando no Rio de Janeiro. E aquela foi uma das últimas vezes que tive notícia dela.
Continuando, no apartamento eu e Gabriel, praticamente tínhamos parado de se falar depois do último incidente. E as informações que eu recebia dos meus pais sobre minha irmã não ajudavam em nada. Então Gabriel percebendo minha tristeza, uma noite, me chamou para beber com ele. Ficamos bebendo uma garrafa de vodca pura, enquanto eu desabafa dos problemas que estavam acontecendo em casa.
Estando bêbada, eu comecei a contar tudo da minha vida. Inclusive das vezes que minhã irmã, Fernanda, me punia e me batia. E que mesmo assim tinha saudades dela e me preocupava a cada nova noticia que chegava. Que eu sabia que as coisas que ela fazia não era pensando em me ferir, mas sim que toda criança não tem filtro e acaba sendo meio cruel. Enquanto desabafa, contando as histórias de infância, acabei caindo, quebrando um copo de vidro e cortando um pouco a mão.
Me levantando do chão da sala e vou para a cozinha onde coloco minha mão em baixo da torneira aberta da pia, deixo a agua escorrer no corte tirando o sangue. Logo Gabriel entra na cozinha com os restos do copo que agora eram apenas um resto de cacos de vidro em uma mão e a garrafa de vodca na outra. Estando bêbados, Gabriel joga o copo no lixo mais ficamos ali conversando e continuando a beber.
Eu estava ainda parada em frente a pia com a água escorrendo na ferida, vestia um vestidinho preto na linha das coxas. E Gabriel estava ao meu lado, de short e blusa, dividindo o resto da garrafa comigo. Como eu lavava a ferida, Gabriel começou a levar a garrafa de vodca até a minha boca e me fazia beber, e logo em seguida ele também dava um gole. A cada gole cada vez ficávamos mais bêbados.
Quando dou o último gole na garrafa e Gabriel termina de esvaziá-la na minha garganta, estávamos completamente bêbados. Gabriel tem a atitude mais ousada que tinha tido em quase 3 meses morando juntos. Ele levanta meu vestido me deixando com a calcinha que estava enfiada na minha bunda a mostra, aperta minha nádega direita e dá um tapa falando:
– Parabéns minha putinha. Bebeu tudo direitinho.
Eu não sabia como reagir. Aquele não tinha sido um tapa brincando, era um tapa de dominância. Que praticamente me falava que ele era meu dono. No susto eu tive a pior reação possível. Virei dando um tapa na cara do Gabriel. O tapa não fez praticamente nada com ele, apenas o som do tapa foi o resultado. E com ele em silêncio comecei a brigar com ele. Falei que aquilo não poderia mais acontecer. Que ele era meu amigo. Que eu era um homem, e ele também. Que nada daquilo estava certo.
Parece que aquele momento tinha me assutado de tal forma que eu preferi fingir que nada do que estava vivendo nos últimos meses era real. Que tudo era apenas coisa da minha cabeça. Me transformar em mulher, e gostar daquilo era o que mais me assustava. Ter ganhado um tapa na bunda de Gabriel, e querer mais foi o que mais me assustou em todos aqueles anos. E assim, sai da cozinha correndo para o banheiro.
❤️ Contos Eróticos Ilustrados e Coloridos ❤️👉🏽 Quadrinhos Eroticos 👈🏽
Comentários (4)
Grisalho: Aceitação é o tempo mais dificil
Responder↴ • uid:1e4pqe657txpIIIIIIIIII: Quando começamos a nos entender é o momento que tudo começa a mudar. Obrigado pelo comentário.
• uid:1dld08gbwlpoMichelleCdzinha: Nossa eu tô amando essa história demais, fiquei esses dias todos ansiosa e louca pra ver a continuação, por favor, continua e faça mais, tá lindooo
Responder↴ • uid:gqatubp8lpuneteiro tarado: gostou do conto viadinho
• uid:1ejolx50b700