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Eu sei exatamente o que estou fazendo!

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A Fuga de Jonas
Eu não planejava virar um fugitivo, mas a vida tem dessas. Meu nome é Jonas, 25 anos, e tô escondido numa pousada nas dunas de Jurerê, em Florianópolis, tentando escapar do meu ex, Murilo, que não me deixa em paz. Ele voltou com tudo, ligando, ameaçando, mesmo com uma ordem de restrição contra ele. Minha cabeça tá uma bagunça, mas aqui, com o Thiago, dono da pousada, sinto um misto de segurança e um fogo que não sei explicar. Meu amigo Rafael quer me levar embora, mas algo me diz que ficar é o certo. Tudo isso eu gravo com uma câmera escondida, porque minhas aventuras viram histórias que posto pra quem curte uma dose de adrenalina.

Acordei com o sol de Floripa queimando minha cara, os raios invadindo o quarto pela cortina mal fechada. Minha cabeça tava um tambor, latejando como se eu tivesse virado a noite na cachaça. Estava jogado na cama, com um lençol fino colado no corpo suado, meio perdido. O cheiro de maresia misturado com café fresco enchia o ar, e por um segundo, achei que tava de boa. Até lembrar do Murilo.
Ele ligou ontem, do nada. Como conseguiu meu número novo, só Deus sabe. A voz dele, rouca e cheia de raiva, exigiu saber onde eu tava. “Jonas, para de brincadeira, onde cê tá escondido?” Foi a mesma ladainha de sempre: ele gritava, eu tentava acalmar; ele xingava, eu implorava; ele ameaçava, e eu, idiota, quase cedia. Falei da ordem de restrição, mas ele riu, com aquele tom que me dava arrepios. “Acha que um papel vai me parar, Jonas?” Desliguei com as mãos tremendo, o coração na boca. Ele ligou de novo, sem parar, até encher minha caixa de mensagens com ódio puro. Apaguei tudo sem ouvir, mas o peso ficou.
Foi aí que Thiago me encontrou, no deque da pousada, quase desmoronando. Eu tava um caco, e ele, com aqueles olhos castanhos que pareciam enxergar tudo, só ficou lá, me olhando, sem dizer nada. Minha cabeça ainda doía, e eu gemi, afundando o rosto no travesseiro com cheiro de lavanda. O que ele devia tá pensando de mim? Um cara de 25 anos, desabando por um ex? Patético. Mas não tinha como fugir. Era enfrentar ou continuar correndo.
Meu estômago roncou alto, lembrando que eu não comia desde a noite passada. Levantei, meio tonto, e decidi que precisava de um café forte antes de encarar qualquer coisa. Desci as escadas de madeira, ouvindo vozes. Thiago tava em casa, o que era raro. Ele vivia na correria, cuidando dos hóspedes ou dando aulas de surfe em Jurerê. Mas ali tava ele, com a voz firme, quase rosnando. “Eu disse que ele tá descansando. Tá precisando, cara. Não vou deixar ninguém incomodar.”
“Beleza, eu espero.” Era Rafael, meu amigo de infância, com aquele tom teimoso que eu conhecia bem.
Parei no último degrau, coração disparado. Rafael? Aqui? Desci devagar, tentando não fazer barulho, e os encontrei no hall. Thiago tava de regata preta e short de surfista, o cabelo bagunçado pelo vento, parecendo um deus bronzeado. Rafael, mais baixo e com cara de quem tava pronto pra briga, segurava uma mochila como se fosse uma arma. A tensão entre eles era tão densa que dava pra cortar.
“Rafael? Que que tu tá fazendo aqui?” Minha voz saiu fraca.
Os dois viraram pra mim. Thiago ficou vermelho, só um tiquinho, mas notei. Rafael veio com tudo, no modo protetor. “Jonas, finalmente! Tô aqui pra te buscar, mano. Tentei ligar, mas teu celular tá morto.”
“Jonas não vai pra lugar nenhum,” Thiago cortou, cruzando os braços. O peitoral dele parecia esculpido, e eu me peguei encarando um segundo a mais.
Rafael bufou, jogando a mochila no ombro. “Cê tá de brincadeira, né? Eu conheço o Jonas desde pivete, sei o que é melhor pra ele. Ele vem comigo.”
“E eu tô dizendo que ele não tá em condições de viajar. Se tentar tirar ele daqui, vai ter que passar por mim.” Thiago deu um passo à frente, e a diferença de altura ficou óbvia. Rafael era corajoso, mas Thiago parecia um titã.
Pulei no meio dos dois. “Calma, gente! Rafael, esse é o Thiago, dono da pousada. Thiago, Rafael, meu amigo de anos.”
Ninguém apertou a mão de ninguém. Surpresa zero.
Forcei um sorriso pro Rafael, mas meu olhar dizia: “Para com isso.” Ele captou, mas não gostou. “Jonas, por que cê não tá na praia, curtindo, ao invés de se esconder aqui?”
“Porque eu te disse que precisava resolver isso do meu jeito,” respondi, tentando manter a calma. “O Murilo ligou de novo. Mesmas ameaças. Desliguei o celular porque não aguentava mais.”
Rafael ficou rígido. “Cê chamou a polícia?”
“Ainda não. Tava sem cabeça. Ele tava... pior, Rafael. Muito pior.”
Thiago se aproximou, a voz baixa, cheia de raiva contida. “Quem é esse Murilo? O que tá acontecendo, Jonas?”
Rafael respondeu antes de mim. “O ex do Jonas. Um babaca que não larga o pé dele. Terminaram há um ano, e ele deu sossego por um tempo, mas agora tá de volta, enchendo o saco com ligações e ameaças.”
Thiago olhou pra mim, os olhos escurecendo. “Então é por isso que cê tava daquele jeito ontem?”
Assenti, com um nó na garganta. “O Murilo mudou. Tá mais cruel. Não sei o que ele quer, mas não é só conversar.”
Thiago respirou fundo, como se segurasse uma bomba. Seus ombros largos se mexeram, e eu senti um calor subindo pelo peito. Meus mamilos formigaram, e eu me odiei por isso. O cara tava preocupado, e eu pensando em como ele ficava sexy com raiva.
Rafael pigarreou, me tirando do transe. “Jonas, vem comigo. Não é seguro ficar aqui. Esse cara pode te encontrar.”
“Não, Rafael. Aqui é isolado. O Murilo não sabe onde eu tô. E se eu for com você, ele vai atrás de você também. Aqui eu me sinto... protegido.” Olhei pro Thiago, que tava com uma cara de quem queria socar uma parede, mas também me proteger com a vida.
“Jonas, por favor,” Rafael insistiu, mas Thiago cortou.
“Eu cuido dele. Vamos falar com a polícia local. Conheço o delegado, e ele vai saber o que fazer pra prender esse idiota. Nada vai acontecer com o Jonas enquanto ele estiver comigo.”
Rafael fez bico, mas não cedeu. “Então eu fico com ele.”
“Não,” Thiago disse, seco. “A pousada tá lotada. Alta temporada.”
“Eu divido o quarto com ele, então. Não vou deixar o Jonas sozinho com esse doido solto por aí.”
“Eu disse não.” Thiago tava firme, mas eu vi um brilho nos olhos dele que me fez estremecer. Era proteção, mas tinha algo mais. Algo quente.
Cansado, desabei no sofá do hall. “Rafael, por favor. Eu te amo por tentar, mas eu fico mais tranquilo se você não estiver por perto quando o Murilo ligar. A polícia vai me ajudar, e ninguém sabe que eu tô aqui. É o esconderijo perfeito. Você pode passar a noite, se o Thiago liberar, mas depois eu preciso que você me deixe resolver isso.”

Thiago foi um cara e tanto. Me levou pra delegacia sem pestanejar, insistindo em ficar do meu lado mesmo quando eu disse que tava de boa. A presença dele era como uma âncora, me segurando enquanto eu tentava não surtar. Rafael, por outro lado, só me deixava mais nervoso com aquela energia agitada dele.
O delegado, Seu Roberto, era um cara de uns 50 anos, com um aperto de mão firme e um sorriso que parecia dizer “tô aqui pra ajudar”. Ele sugeriu que a gente conversasse numa sala mais tranquila, longe da bagunça da delegacia. Era uma salinha com sofás gastos, uma mesa de madeira cheia de marcas e uma máquina de café que parecia mais velha que eu. Tinha um cheiro de café queimado e um silêncio que, por algum motivo, me acalmou.
“Desculpa a bagunça,” ele disse, com um sotaque carregado do interior de Santa Catarina. “Tamo fazendo uma limpa nos arquivos, e tá mais pra bagunça que organização.”
Dei um sorrisinho tímido. “Tá de boa. Como a gente faz isso?”
“Conta tudo desde o começo, Jonas. Eu escuto, e depois te pergunto o que precisar. Vamos conversar como amigos, e a parte oficial a gente resolve depois.”
Comecei a falar, mas Rafael andando de um lado pro outro me desconcentrava. A cada dois minutos, eu olhava pra ele, sentindo a ansiedade subir. O delegado notou e pediu pra ele levar meu celular pra outro policial copiar as mensagens de voz do Murilo como prova. Rafael saiu resmungando, e eu fiquei aliviado. Thiago puxou uma cadeira pra perto de mim, e mesmo sem me tocar, senti ele ali, como um escudo.
Contei tudo sobre o Murilo. Como ele entrou na minha vida há três anos, quando eu tava afogado com o trabalho do meu site de aventuras e as provas da faculdade em Joinville. Ele era meu assistente, cuidava das contas e da papelada. Demorei um mês pra perceber que os toques “sem querer” e as aparições sem camisa eram flerte. Dois meses depois, a gente tava junto.
Eu tinha 22 anos, ainda virgem, e a primeira vez com ele foi um desastre. A dor foi tão forte que eu implorei pra parar, o cu ardendo como se tivesse sido rasgado. Mas ele me convenceu a continuar, dizendo que eu era dele pra sempre. Aquelas palavras me fizeram sorrir, mesmo com lágrimas escorrendo. Ele era tão confiante, tão popular, que eu não entendia por que alguém como ele queria um cara sem graça como eu.
Mudamos pra um apê juntos três meses depois. Eu pagava tudo, mas não ligava. O site tava começando a dar dinheiro, e estar com ele era como viver um sonho. Mas aos poucos, o sonho virou pesadelo. Ele começou a me isolar dos amigos, da família. Meu pai, que já não era muito presente, parou de atender minhas ligações. Só Rafael ficou, teimoso como sempre.
O abuso veio devagar. Primeiro, eram comentários sutis: “Jonas, cê é tão sem graça, como alguém te aguenta?” Eu acreditava, porque nunca fui o cara mais interessante. Não gostava de balada, de bebida, de nada que brilhasse. Eu era só o nerd que escrevia sobre aventuras que vivia com uma câmera escondida. Murilo me fazia sentir que ele me amava apesar dos meus defeitos.
No segundo ano, a coisa piorou. Peguei ele com outro cara, e depois com mais um, e outro. Cada traição era um soco no estômago, mas o medo de ficar sozinho me segurava. Até que, um dia, o ódio que eu sentia por mim mesmo por aguentar aquilo me deu coragem. Terminei tudo, expulsei ele do apê. Mas um ano depois, ele voltou, como se nada tivesse acontecido, com presentinhos e promessas. “Senti tua falta, Jonas.” Quase caí na dele, mas algo me segurou.
Contei pro delegado sobre a noite que mudou tudo. Estava numa balada em Balneário Camboriú com Rafael e uns amigos, tentando relaxar. Murilo apareceu do nada, como se soubesse onde eu tava. Começou educado, pedindo pra conversar num canto. Mas quando recusei, ele surtou. Xingou, ameaçou meus amigos, me deu um soco que fez meu ouvido zumbir. Foi aí que consegui a ordem de restrição.
Thiago se remexia na cadeira, a raiva dele era quase palpável. Eu esperava que ele saísse da sala, enojado com minha história patética, mas ele ficou, me olhando com aqueles olhos que pareciam prometer o mundo. Quando terminei, o delegado confirmou que a ordem de restrição ainda valia por quatro anos e prometeu contato com a polícia de Joinville pra monitorar o Murilo.
“Quanto tempo cê vai ficar aqui, Jonas?” perguntou Seu Roberto.
“Mais uns dias. Tô na pousada do Thiago, mas meu tempo tá acabando.”
Ele franziu a testa, olhando de mim pra Thiago. “Cê não pode tirar um tempo do trabalho? Pelo menos até as festas passarem?”
“Trabalho de casa,” expliquei. “O site de aventuras, a publicidade... Levo meu trabalho comigo.”
“Ótimo. O melhor é cê ficar num lugar seguro por umas semanas. A polícia fica mais ocupada no verão, e não quero arriscar sua segurança. O Murilo violou a lei te ligando. É questão de tempo até a gente pegar ele, mas até lá, fica num lugar que ele não conheça.”
“Ele fica comigo,” Thiago disse, sem hesitar.
Rafael, que tinha voltado, arregalou os olhos. “O quê?”
“Jonas fica comigo pelo tempo que precisar. É o lugar mais seguro.”
Rafael ficou vermelho de raiva, mas eu sabia que ele não tinha como me levar. Murilo conhecia todos os nossos rolês em Joinville, nossos amigos, nossas famílias. Aqui, em Jurerê, eu era um fantasma. Thiago pegou minha mão, me guiando pro carro dele, uma Hilux preta que cheirava a couro e maresia. Sentei no banco do passageiro, exausto, mas aliviado. Enquanto ele dirigia, observei as ruas de Floripa, as palmeiras balançando, o mar brilhando ao longe. Será que eu conseguiria deixar tudo isso pra trás? E Thiago, será que ele seria só um capítulo ou algo mais?

Naquela noite, a pousada tava silenciosa, exceto pelo barulho das ondas lá fora. Rafael ficou pro jantar, e a gente sentou na varanda, com o céu pintado de laranja e roxo. O cheiro de peixe grelhado e batata frita enchia o ar, e Thiago pediu uma sobremesa de sorvete de maracujá que era de lamber os beiços. Enquanto Rafael contava histórias da nossa adolescência, eu tentava ignorar o jeito que Thiago me olhava, como se eu fosse a única pessoa no mundo.
“Ô, Jonas, lembra daquele cara que se declarou pra ti no ensino médio?” Rafael riu, com a boca cheia de sorvete. “O Diego, aquele galã, escreveu um poema e tudo!”
Corei, querendo sumir. “Não foi bem assim, Rafael.”
“Foi sim! O cara te chamou na casa dele, leu o poema, e tu corrigiu a gramática dele!” Rafael caiu na gargalhada, e até Thiago riu, um som grave que fez meu estômago dar um pulo.
“E o que aconteceu?” Thiago perguntou, os olhos brilhando.
“Eu não sabia que era uma declaração,” murmurei, envergonhado. “Achei que ele queria ajuda com o texto.”
Rafael riu mais alto. “Quem escreve poesia pra ganhar aula de português, Jonas?”
Depois do jantar, Thiago foi lavar a louça, e eu me ofereci pra ajudar. Enquanto ele enfiava pratos na lava-louças, abri o freezer pra pegar mais sorvete. O frio gelou meus dedos, mas o calor do corpo dele atrás de mim me pegou desprevenido. “Qual sabor, Jonas?” perguntei, meio sem graça, com metade do corpo dentro do freezer.
“Qualquer um, tu que escolhe,” ele disse, com aquela voz que parecia mel.
Peguei um pote de chocolate com avelã e tentei alcançar as tigelas no armário. Me estiquei todo, mas minha mão não chegava. Thiago riu. “Não vai fugir se tu deixar no balcão, sabia?”
Ele se aproximou, o short dele roçando na minha calça. O cheiro de protetor solar e sal na pele dele me deixou tonto. Pegou as tigelas com facilidade, mas não recuou. A mão livre dele segurou o balcão, me prendendo ali. Meu coração disparou, e um peido escapou, alto e constrangedor. “Caramba, desculpa!” gemi, morrendo de vergonha.
Thiago riu, um som quente e sem julgamento. “Relaxa, Jonas. Coisa normal.” Ele se inclinou mais, o peito quase colado nas minhas costas. “Sabia que tu tem uma pinta na nuca? Parece uma estrela.”
Engoli em seco, a voz dele me arrepiando. “É, minha mãe dizia que parecia um coração.” Minha voz saiu rouca, e quando ele lambeu a pinta, soltei um gemido que não sabia que podia fazer. Meu corpo inteiro pegou fogo, e eu me inclinei pra trás, sentindo ele duro contra mim. Minha bunda pressionou contra ele, e o atrito me fez gemer de novo, imaginando ele me tomando ali, contra o balcão, com uma dor gostosa que eu sabia que ia sentir por dias.
“Tu não faz ideia do que faz comigo,” ele murmurou, a mão deslizando por baixo da minha camisa, traçando meu peito. Quando os dedos dele roçaram meu mamilo, arqueei as costas, o prazer misturado com uma pontada de dor. Queria mais, queria tudo, mesmo sabendo que podia me machucar.
“Ei, ninguém avisou que tinha show junto com o jantar!” Rafael apareceu na porta, e eu me soltei de Thiago, vermelho de vergonha. Ele recuou, com um sorrisinho, enquanto eu corria pra varanda, o coração na garganta.

A noite terminou com um peso no ar. Rafael me encarava enquanto comíamos o sorvete, e eu sabia que ele tava desapontado. “Jonas, o Thiago tá noivo, né? Tô vendo ele te olhando, mas cê tá brincando com fogo, mano.”
Suspirei, cansado. “Eu sei, Rafael. Não precisa me dar sermão.”
Ele subiu pro quarto, resmungando sobre minha escolha. Tomei um banho quente, tentando lavar a confusão da cabeça. A água quente batia no meu corpo, mas os pensamentos sobre Thiago não saíam. No quarto, Rafael tava espalhado na cama, roncando, com o edredom amassado. Peguei meu laptop e desci pra sala, sem vontade de dividir a cama com ele.
Abri a porta e quase gritei quando vi Thiago ali, ocupando o espaço todo. Ele me olhou, o cabelo molhado do banho, o peito largo coberto por uma regata fina. Fechou a porta atrás de mim, sem recuar. O calor dele me envolvia, e eu sentia ele mesmo estando a centímetros de distância. Nossas respirações se misturavam, e eu juro que esperei um elefante roxo aparecer pra provar que era um sonho.
Então ele me beijou. Os lábios dele, macios e quentes, com gosto de hortelã e desejo, me pegaram desprevenido. Meus olhos se arregalaram, mas logo se fecharam, e eu me entreguei. O beijo dele era como uma onda, me puxando pro fundo. Minha língua encontrou a dele, e um gemido escapou, ecoando no silêncio. Ele me puxou pela cintura, e eu senti ele duro contra mim, imaginando como seria se ele me tomasse ali, a dor misturada com prazer, me marcando de um jeito que eu nunca esqueceria.
“Pensei que tu tava na cama com teu namorado,” ele sussurrou, os olhos brilhando.
“Rafael é só amigo,” murmurei, ofegante.
“Tu dorme com todos teus amigos?” Ele sorriu, e antes que eu pudesse responder, me beijou de novo, rápido, e entrou no quarto dele, me deixando no corredor, zonzo e com o coração aos pulos. Desci pro sofá, xingando baixo. “Puta merda.”

No dia seguinte, Thiago me levou pra praia de Jurerê. O sol tava forte, e as ondas eram perfeitas pra iniciantes. Ele dava aula pra um grupo de jovens, e eu observava do calçadão, com um sorvete de coco na mão. Duas meninas de biquíni tentavam chamar a atenção dele, mas Thiago parecia alheio, focado nas ondas. Um cara do grupo, moreno e magro como eu, até me lembrou um pouco de mim mesmo, mas os olhos dele não tinham o mesmo fogo que Thiago parecia ver nos meus.
Quando a aula acabou, Thiago veio até mim, a areia quente colando nos pés dele. Uma das meninas, uma loira insistente, grudou no braço dele, falando sobre suco e sei lá o quê. Ele mal respondia, os olhos fixos em mim, lambendo o sorvete. “Oi, Jonas. Essa é a Larissa, tava na aula de surfe.”
“Sei,” murmurei, sentindo uma pontada de ciúme. “Tu foi foda lá, Thiago.”
“Obrigado.” Ele se soltou da Larissa e veio pra perto. “Tá tudo bem? Aconteceu algo enquanto eu tava na praia?”
“Nada, só vim pegar um sol. Não sabia que te encontraria com...” Parei, mordendo a língua.
Ele tocou minha bochecha, e o ciúme evaporou. “Tô de olho em você, Jonas. Não se preocupa.”
Larissa finalmente captou a deixa e se mandou, resmungando algo sobre “entender o recado”. Thiago riu, e eu não consegui evitar sorrir. Será que ele sentia o mesmo que eu? Ou era só um jogo pra ele?

Na despedida, Rafael tentou me convencer a ir com ele, mas Thiago foi firme. “Eu cuido do Jonas, Edwards.” Rafael foi embora com cara de poucos amigos, e eu senti um aperto no peito. E se eu tivesse errado? E se Murilo me encontrasse? Mas quando Thiago pegou minha mão, me guiando de volta pra pousada, soube que tava no lugar certo.
Na varanda, enquanto o sol se punha, ele perguntou, do nada: “Há quanto tempo tu sabe que é gay?”
Quase engasguei com o suco. “Sempre, acho.”
“Sério? Simples assim?”
Ri, amargo. “Nada simples, Thiago. Foi confuso, assustador. O pior era eu mesmo. Sempre quis agradar todo mundo, e sabia que ser quem eu sou ia machucar as pessoas que eu amava. Mas no fim, escolhi ser eu. Perdi amigos, meu pai não me olha na cara, mas ganhei a mim mesmo.”
Ele me olhou, os olhos brilhando. “Tu é forte, Jonas. Mais do que pensa.”
Naquela noite, sonhei com ele. Nu, me tocando, o cheiro de morango e sal na pele dele. Acordei com os lençóis molhados, o coração disparado. O que tava acontecendo comigo? Será que Thiago seria só uma aventura, ou algo que mudaria minha vida? E Murilo, será que ele me encontraria? Só de pensar, meu estômago embrulhava, mas a ideia de Thiago ao meu lado me dava coragem.
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