#Bissexual #Lésbica

Tornando-se uma escrava lésbica. Parte 01

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Eu sou a Fernanda, uma carioca de 42 anos que comanda uma loja de vestid os de noiva no coração do Leblon, Rio de Janeiro, há mais de duas décadas. Minha vida sempre girou em torno do meu negócio, um cantinho charmoso que construí com suor e paixão, onde cada noiva encontra o vestido dos sonhos. Mas a crise econômica bateu forte, e as vendas despencaram, me deixando no limite do desespero. Foi aí que, numa conversa despretensiosa com um fornecedor, conheci o nome de Bianca Albuquerque, uma consultora de reestruturação que promete milagres. Contratei ela, e o que veio depois foi uma montanha-russa de emoções, poder e descobertas sensoriais que abalaram meu mundo. Registro tudo com uma câmera escondida, postando minhas aventuras no meu perfil, porque essa história é quente, intensa e cheia de reviravoltas. Acompanhe, porque tem muito mais por vir, e cada detalhe vai te deixar querendo saber o que acontece depois.

Não dava pra acreditar que eu, Fernanda, dona de uma loja de vestidos de noiva no Leblon, tinha chegado ao ponto de pedir socorro pra alguém de fora. Foram 22 anos pilotando esse negócio com unhas e dentes, tomando cada decisão sozinha, e a gente sempre se deu bem. Minha equipe pequena, mas afiada, funcionava como uma família, e eu não contratava ninguém novo há uns sete anos.

Mas aí veio a crise, e as vendas foram pro ralo. Tentei de tudo pra levantar a loja, mas nada colava. Eu tava desesperada, com o coração na mão.

Minha loja, chamada Noiva Encantada, é um charme no meio do agito do Rio. Pequena, mas com uma vibe única, sempre foi o point pras noivas que queriam algo especial. Eu caprichava na experiência: contratava só gente top, tratava todo mundo como rei e rainha, e vendia de tudo – vestidos de noiva, de dama, véus, luvas, sapatos, cinta-liga, o pacote completo. Muitas clientes vinham por indicação, de noivas felizes ou parentes encantados. Tive chances de crescer, mas preferi manter a pegada caseira, fugindo daquela vibe fria de corporação que engole a alma de tanta empresa por aí.

Tudo mudou com uma conversa que parecia inofensiva, mas que virou minha vida de cabeça pra baixo.

Eu tava no telefone com meu fornecedor de véus, o Pedro, quando soltei: “Quem foi que deu aquele gás na tua empresa ano passado?” Ele tinha me contado que a empresa dele tava na lona, mas um gênio da reestruturação tinha salvado o dia.

Pedro respondeu, com a voz meio séria: “Bianca Albuquerque.”

“Valeu a pena?”, perguntei, achando que o nome parecia de dançarina de boate chique, não de uma consultora séria.

“Olha, nossos lucros quadriplicaram, e agora até famosos tão usando nossos produtos”, ele disse, orgulhoso.

“Ela que trouxe os famosos?”, insisti, curiosa.

“Essa mulher é um furacão, Fernanda. Não aceita não como resposta”, explicou Pedro.

Era exatamente o tipo de pessoa que eu precisava pra salvar minha loja, que tava sangrando prejuízo há dois anos, mesmo depois de eu tentar mil mudanças pra estancar a queda. “Ela tá disponível?”, perguntei, já imaginando a virada.

“Não sei, ela saiu daqui há uns meses, mas dá um pulo de vez em quando. Levava 10% dos lucros como parte do contrato”, revelou Pedro.

“Não é meio salgado?”, comentei, achando um absurdo.

“No começo eu também achei, mas, cara, valeu cada centavo. Foi o melhor trimestre em 20 anos.”

“Nossa, parece que ela faz mágica”, murmurei, impressionada.

“Faz mesmo”, ele confirmou, mas alertou: “Só te aviso: ela vai mudar tudo na tua loja e vai querer carta branca enquanto estiver aí.”

“Parece meio radical”, falei, hesitando. Sempre fui eu no comando, e ceder assim não era minha praia.

“É, mas ela entrega resultado”, garantiu Pedro.

“Tu recomenda mesmo?”, perguntei, só pra ter certeza.

“De olhos fechados”, ele disse, firme.

“Beleza, então. Tempos loucos pedem medidas loucas”, brinquei, pegando o contato da tal Bianca antes de desligar.

Será que eu precisava mesmo de alguém pra reestruturar? Achava que não, mas, se ela tava disponível, não custava ouvir o que tinha pra dizer.

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Depois de trocar uns e-mails, ela mandou referências que pareciam saídas de um conto de fadas. Essa mulher tinha salvado várias empresas na lona nos últimos cinco anos. Como sou desconfiada, liguei pra todas as referências, e o detalhe? Todas eram mulheres donas de negócios, num mundo ainda dominado por homens. Cada uma babava pela Bianca, dizendo que ela não só estancou a sangria das vendas, mas transformou os negócios em máquinas de lucro, com cada trimestre superando o anterior. Achei estranho que todas a chamavam de “Sra. Bianca” e não “Sra. Albuquerque”, mas deixei pra lá.

Com as referências checadas e o medo de perder minha loja – que eu construí com tanto carinho – batendo forte, decidi arriscar. Ela tava de férias na Itália, mas topou voltar uns dias antes pra me encontrar numa sexta.

Fiquei aliviada com a decisão, mesmo odiando pedir ajuda. Continuei tocando o dia a dia, mas com a cabeça a mil.

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**A Entrevista**

O começo foi um fiasco. A tal guru chegou com quatro horas de atraso, sem nem um zap pra avisar. Eu já tinha jogado a toalha quando minha secretária, a Clara, entrou no escritório, coisa que ela raramente fazia.

“Teu compromisso das 10h chegou, Fernanda”, disse Clara, com um tom meio apreensivo. Minha equipe me chama pelo nome, porque acho que isso cria uma vibe de igualdade e confiança.

Olhei o relógio, bufei. Eram 14h12.

Ia mandar a Clara fazer a mulher esperar quando uma loira jovem, com uma minissaia xadrez e uma blusa branca com dois botões abertos, deixando o decote gritante, invadiu meu escritório sem ser chamada.

Ela se jogou na cadeira na minha frente, largou a bolsa do lado e mandou na lata: “Então, tua lojinha tá na pior, né?”

Fiquei de queixo caído com a cara de pau e com o fato de ela não parecer ter mais de 25 anos. O rabo de cavalo dava um ar de universitária fútil, não de uma consultora de elite. E chamar minha loja de “lojinha”? Que audácia!

Ela bufou, como se lesse minha mente. “Tenho 27 anos, e minha idade não importa. O que importa é entender como tu deixou teu negócio afundar.”

“Como é que é?”, retruquei, ofendida.

“Não é por isso que eu tô aqui?”, ela rebateu, impaciente.

“É... não. Tu tá aqui pra me ajudar a reposicionar a marca depois da crise”, respondi, jogando a culpa na economia.

“Desculpas, desculpas”, ela disse, revirando os olhos e acenando a mão. “A real é que teu negócio tá desmoronando, e eu vim consertar. Sim ou não?”

“Sim”, admiti, meio abalada por ser tratada com tanta grosseria, ainda mais por uma garota tão nova.

“E tu precisa que eu conserte?”, perguntou a loira, me chocando ao subir os saltos pretos de 13 centímetros na minha mesa, as pernas cobertas por uma meia-calça preta brilhante.

Fiquei pasma com a ousadia, mas engoli a raiva. “Sim, acho que sim”, respondi.

“Tu acha?”, ela zombou, mascando um chiclete com descaso. “Ou tu precisa de mim, ou não.”

Eu odiava admitir, mas tava desesperada. Engoli o orgulho e disse: “Sim, eu preciso de ti.”

“Ótimo. O Pedro te explicou meus termos?”, ela perguntou, estourando uma bola de chiclete.

Não acreditava que tava entregando minha loja pra essa arrogante, mas o medo de falir falou mais alto. “Mais ou menos”, respondi, querendo impor minhas condições.

“Then presta atenção, porque isso não é negociável”, ela disse, com um tom de quem fala com criança, o que me irritou mais ainda.

“Beleza”, respondi, tensa.

“Primeiro, eu levo 10% de todo o lucro, já que teu faturamento vai bombar comigo no comando”, ela explicou, se levantando e andando atrás de mim.

Eu sabia que ela tava jogando com poder, mas 10% parecia roubo. “10% é meio pesado, não acha?”, disse, olhando pra ela, que me obrigava a torcer o pescoço pra manter contato visual.

“É pegar ou largar”, ela retrucou, indiferente. “Mas só ganho se tiver sucesso. Se eu falhar e piorar teus números – o que é praticamente impossível – não levo nada. Então, tu lucra mesmo me pagando.”

Odiava o tom dela, mas a lógica era sólida. Se ela desse certo, minha loja ia lucrar mesmo com a comissão dela. Se flopasse, eu podia queimar o nome dela com meus contatos. “Justo”, concordei, satisfeita com meu raciocínio.

“Boa, tu é mais esperta do que eu pensava”, disse Bianca, colocando a mão no meu ombro.

Fiquei matutando o que ela queria com esse toque, enquanto tentava ignorar mais uma alfinetada.

“Segundo, eu tenho total liberdade pra fazer as mudanças que achar necessárias pra salvar essa lojinha da falência”, ela revelou, apertando meus ombros tensos.

Ela tava se autoproclamando dona do pedaço? Minha loja, que eu construí por 22 anos, nas mãos dela? Nem morta, pensei.

Enquanto eu fervia com essa condição absurda, ela soltou: “Tu tá tensa, hein? Talvez precise de uma semana de folga. Conheço o lugar perfeito pra tu relaxar enquanto eu salvo teu negócio.”

Gaguejei: “O-o quê?”

“Clara, entra aqui agora!”, ela gritou, impaciente, como se a Clara já soubesse que ia ser chamada.

Clara entrou correndo, preocupada. “Tá tudo bem?”

“Rápido, Clara, tu pode até valer a pena”, disse Bianca, com um tom de quem avalia mercadoria.

“Obrigada, senhora”, respondeu Clara, educada como sempre.

“De nada. Pega o número do Paraíso do Descanso pra mim?”, pediu Bianca.

“Sim, senhora”, disse Clara, me lançando um olhar que dizia “o que tá rolando?”.

Eu fiz um sinal sutil com a cabeça, tipo “só faz”. Depois de anos juntas, a gente se entendia só no olhar.

“E Clara”, acrescentou Bianca, parando na porta, “tu vai me chamar de Sra. Bianca, sacou?”

Clara olhou pra mim, mas Bianca cortou: “Clara, agora eu mando aqui, então não precisa ficar olhando pra Fernanda.”

“Essa seria a Sra. Albuquerque, ou pelo menos Fernanda”, retruquei, odiando a arrogância dela e o fato de encurtarem meu nome.

“Tanto faz”, ela dispensou, sem nem me olhar, enquanto mandava MINHA secretária: “Me dá esse número, agora!”

Clara respondeu, desviando o olhar: “Sim, Sra. Bianca.”

“Boa garota”, disse Bianca, como se Clara fosse um cachorrinho.

Fiquei possessa e ia mandar ela pro inferno quando ela virou pra mim com um sorriso pela primeira vez. “Olha, Fê, a chave do sucesso tem três partes.”

“Mal posso esperar pra ouvir”, ironizei.

“Tu é teimosa, né? Isso vai ser bem divertido”, ela disse, com um tom que escondia segundas intenções.

“Me trata com respeito, por favor”, pedi, tentando soar firme, mas o “por favor” amoleceu a coisa.

“Eu trato”, ela disse, fingindo surpresa.

“Não parece”, rebati.

“Desculpa”, ela começou, com um tom que, de repente, soou sincero. “Eu posso parecer arrogante, agressiva e, vamos ser francas, uma vaca completa. Me chamaram de vaca gelada no ensino médio, onde me formei aos 16, e pior ainda na faculdade, que concluí aos 20, com louvor. A verdade é que eu não perco nunca. Se isso me faz parecer vaca, que seja.”

De repente, senti pena. Ela tinha sido julgada por ser inteligente e linda. “Entendo. Também me julgaram por dedicar minha vida à loja e não ter um cara do lado”, confessei, ficando pessoal demais.

As próximas palavras dela me chocaram.

“Tu é lésbica?”, perguntou Bianca, sem filtro.

“Pelo amor, não”, suspirei, rindo. “Só não quero homem dando trabalho. Uso e descarto, é meu lema.”

“Boa filosofia”, ela riu, e a tensão entre a gente pareceu aliviar.

Clara voltou com um papel e entregou pra Bianca.

“Põe eles na linha pra mim?”, pediu Bianca, irritada por Clara não ter feito isso de cara.

“Desculpa, Sra. Bianca, já coloco”, disse Clara, ansiosa.

“Rápido”, mandou Bianca, enquanto Clara saía.

“Tu pode tratar meus funcionários com mais respeito?”, pedi, ainda irritada.

“Pessoas rendem mais quando sabem quem manda”, explicou Bianca.

“Eu trato minha equipe como família”, disse, orgulhosa.

“Aí que tá o erro”, ela retrucou, como se fosse óbvio.

“Como assim?”, perguntei.

“Família que trabalha junto nunca rala tanto quanto pra um chefe de fora. Não é de propósito, mas família se aproveita de família. É assim que funciona”, ela disse.

“Mas eles não são família de verdade”, expliquei.

“Mas tu trata como se fossem. Então, a produtividade cai”, ela insistiu.

“São todos muito trabalhadores”, defendi. “A vibe de família cria comunidade e orgulho no trampo.”

“Quantas semanas de férias eles têm?”, perguntou ela.

“Cinco”, respondi, orgulhosa da minha generosidade.

“Tá de brincadeira? Tu tá jogando produtividade fora ou gastando uma nota com temporários”, acusou ela, com cara de quem viu um crime.

“Acredito que tratar bem a equipe, dando senso de pertencimento, faz eles darem o melhor”, expliquei.

“Que comunista da tua parte”, ela ironizou, quando a voz de Clara interrompeu pelo interfone.

“Sra. Bianca, o Paraíso do Descanso tá na linha dois.”

“Obrigada, Clara”, respondeu Bianca, educada, pela primeira vez. Chegando na minha mesa, perguntou: “Posso usar teu telefone?”

Levantei, por cortesia, e deixei ela sentar na MINHA cadeira. Enquanto eu saía da cadeira, ela se jogou no couro, tirou os saltos e subiu os pés na mesa. Fiquei olhando, chocada, enquanto ela tomava conta do MEU espaço. Pegou o telefone e disse: “Alô, aqui é Bianca Albuquerque.”

Ela riu como adolescente. “Eu sei, faz um tempão.”

Bianca me olhou, confortável na MINHA cadeira, e acenou pra eu sair.

Fiquei firme, sem acreditar que ela queria que eu saísse do MEU escritório.

Ela disse ao telefone, como se fosse uma amiga de infância: “Betty, me dá um minutinho?”

Olhando pra mim, com as pernas longas e os pés com meia-calça distraindo, ela pediu, educada: “Pode me dar uns minutos de privacidade?”

O tom era tão gentil, diferente de toda a entrevista, que me senti obrigada a ceder. Sem dizer nada, virei e saí do MEU escritório, deixando outra pessoa usar MINHA mesa.

Na recepção, Clara tava de volta à mesa dela. Olhei pela janela de vidro pra loja... vazia, sem um cliente, enquanto minhas duas funcionárias, Janaína e Carol, batiam papo. Por mais que odiasse a ideia de deixar uma mulher como Bianca tocar minha loja, não tinha escolha. Sem clientes, eu ia ter que fechar. Determinada a manter a Noiva Encantada viva, suspirei, aceitando que precisava dela.

Olhando a loja deserta, Clara perguntou: “É ela?”

“Não sei”, respondi, ainda encarando o vazio. “Acho que não temos outra opção.”

“Tá bem”, disse Clara, com a mão no meu ombro. “A gente se adapta. Tu pesquisou ela direitinho antes de chamar. Ela é a melhor, mesmo sendo meio... peculiar.”

“Peculiar é modo gentil de dizer”, sorri, olhando pra minha secretária, a pessoa mais doce e leal que conheço.

Ela me abraçou, como fez quando minha mãe morreu e quando meu noivo me trocou por uma mais nova. Por um segundo, tudo pareceu no lugar.

Pelo interfone, a voz de Bianca cortou: “Clara, chama a Sra. Albuquerque, por favor.”

Revirando os olhos, Clara respondeu: “Sim, Sra. Bianca.”

Virando pra mim, perguntou: “Por que Sra. Bianca e não Sra. Albuquerque?”

“Não faço ideia”, dei de ombros. “Mas fica esperta, tudo que ela faz tem um motivo.”

“Concordo”, disse Clara, com um olhar preocupado.

Voltei pro MEU escritório, decidida a retomar o controle desse jogo de poder que Bianca tava jogando. Ela ainda tava lá, na MINHA mesa, com os pés pra cima e os saltos no chão. “Senta, Fernanda”, ofereceu, apontando pra cadeira de visitas.

Fiquei furiosa, mas feliz por ela usar meu nome completo. Olhei a loja vazia mais uma vez e engoli a raiva, sentando na MINHA cadeira de visitas. O sorriso malicioso dela só me deixou mais puta.

“Boas notícias”, ela começou.

“Quais?”, perguntei, segurando o sarcasmo.

“Consegui te encaixar no Paraíso do Descanso”, anunciou.

“Onde?”, franzi a testa, cansada de joguinhos.

“No litoral de Florianópolis, claro”, disse ela. “Uma semana de viagem. Até consegui um voo na primeira classe pra ti.”

“Não posso ir pra Floripa”, respondi, achando a ideia absurda.

“Pode e vai”, ela disse, firme, enquanto calçava os saltos.

Olhei, atônita, e gaguejei: “Não posso...”

Ela se abaixou, colocou a unha vermelha perfeita nos meus lábios. “Sssssshhh, Fê”, disse, usando meu apelido de novo pra me provocar. “A última cláusula do meu contrato é que a dona fique fora por pelo menos uma semana, pra eu poder trabalhar sem interferência.”

“Tu quer que eu suma?”, perguntei, chocada.

“Sim”, disse ela, me puxando da cadeira. “Vai pra casa, faz as malas pro calor de Floripa e me deixa fazer meu trampo.”

“Mas...” Tentei, mas fui cortada.

“Uma pergunta simples”, ela disse, me encarando. “Tu quer que tua loja volte a bombar e pare de parecer um cenário de filme de faroeste abandonado?”

“Sim, mas...” Tentei de novo.

“Então deixa comigo. Já tirei empresas bem maiores que a tua do buraco. Posso fazer o mesmo por ti, se tu me deixar”, disse, sentando na MINHA mesa, bem na minha frente.

Fiquei olhando pras pernas dela, cobertas pela meia-calça preta, que me distraíam, mesmo não achando mulher atraente.

“Ô, Fê, volta pra Terra”, disse ela, com o salto agora roçando meus dedos. “Tu precisa de mim ou não? Tenho outros negócios que me contratariam na hora.”

“Desculpa, sim, preciso de ti”, admiti, saindo do transe.

“Então faz o que eu digo”, mandou ela, deixando o salto cair no chão.

Olhei pros pés dela, com unhas tão perfeitas quanto as das mãos. Tudo nela era impecável, por que minha loja seria diferente? Antes que pudesse me arrepender, levantei e disse: “Tá contratada.”

“Pode pegar meu sapato?”, pediu ela, sem demonstrar emoção.

Instintivamente, peguei o sapato, sabendo que era um teste. Entreguei, e ela foi além: “Pode calçar pra mim, Fê?”

Quase explodi, mas minha loja valia mais que meu orgulho. Peguei o tornozelo dela, chocada com a suavidade da meia-calça.

Como se lesse minha mente, ela disse: “A nova meia da Sedução Pura, invenção minha... sexy, macia e sedosa, não acha?”

“Sim”, concordei, enquanto minha mão, sem permissão, acariciava o tornozelo dela.

“O sapato, Fê, o sapato”, disse ela, divertida com minha fixação.

“Desculpa, Bianca”, murmurei, envergonhada, enquanto calçava o sapato.

“É Sra. Bianca, Fê”, corrigiu ela, se levantando e me encarando. Com 1,78m nos saltos, contra meu 1,60m nos sapatos confortáveis, a diferença de altura era gritante.

Não pedi desculpas, mas perguntei: “E agora?”

Bianca tirou um contrato da bolsa e mandou: “Assina aqui.”

Comecei a ler, porque nunca assino nada sem checar. Ela disse: “É tudo padrão, exceto os itens não negociáveis que já falamos e meus 10%.”

Contra meu instinto, assinei sem ler tudo, algo que me ferraria depois.

Ela pegou os papéis e disse: “É melhor tu ir logo, senão perde o voo.”

Atordoada com tudo – o poder que tava entregando, minha loja nas mãos de uma garota de 27 anos e a ordem de sumir por uma semana – fiquei paralisada.

Bianca me tirou do transe: “Fê, sai agora”, mandou, com tom final.

“Tá”, concordei, com a cabeça embaçada, saindo do escritório e deixando tudo nas mãos de uma estranha que conheci há pouco mais de uma hora.

“Tá bem, Fernanda?”, perguntou Clara, vendo minha cara de perdida.

“Tô, tô”, disse, antes de soltar: “A Sra. Bianca vai mandar na próxima semana.”

“Tu vai pra onde?”, perguntou Clara, chocada.

“Pra umas férias que eu tô precisando”, respondi, enquanto Bianca gritava: “Clara, vem aqui agora!”

“Vai”, disse eu, sem acreditar nas minhas próprias palavras. “Vai ficar tudo bem.”

Desci as escadas, passei pela loja vazia e saí, deixando tudo que construí nas mãos de uma desconhecida.

Foi no voo pra Florianópolis que percebi que ela nunca me contou as três partes do sucesso.

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**Relaxamento e Sensações Intensas**

Minha semana em Floripa foi a mais relaxante da minha vida... depois de um começo tenso. Meu quarto, numa pousada de luxo na Praia dos Ingleses, tinha vista pro mar, com ondas suaves que me davam uma paz que não sentia há anos. Mas não começou assim. Durante o voo, pensei mil vezes em voltar pra casa, repassando o dia bizarro na cabeça, como um filme maluco. Será que eu tinha mesmo entregado minha loja pra uma garota de 27 anos por uma semana?

Quando o avião pousou, decidi ficar uma noite e voltar no dia seguinte, mas tudo mudou.

Na saída do aeroporto, um cara gato, com jeito de surfista, segurava uma placa com meu nome – “Fê Albuquerque”, notei, mas não era culpa dele. Ele pegou minhas malas, me chamou de “senhora” e me levou numa viagem de uma hora até um canto isolado. Na pousada, uma loira jovem, a Betty, me entregou uma agenda.

“Estávamos te esperando, Sra. Albuquerque”, disse ela, com um sorriso caloroso.

“Jura?”, perguntei, surpresa.

“A Sra. Bianca reservou o pacote completo de celebridade pra ti”, explicou Betty.

Notei o “Sra.” de novo e tentei lembrar se esse lugar era um dos que Bianca tinha reestruturado. Deixei a curiosidade de lado e perguntei: “E o que isso inclui?”

“Uma semana de serenidade e autodescoberta”, sorriu ela. “Em resumo, tu vive como estrela, mas sem mídia pra atrapalhar tua paz.”

“Sem mídia?”, perguntei, já que meu celular era meu melhor amigo.

“Nada. Sem sinal, sem internet, nem TV”, repetiu ela.

“Nem sabia que existia um lugar assim”, falei, chocada.

“Aqui tua chave”, disse Betty, com um sorriso doce.

Peguei a chave e perguntei, séria: “O que eu vou fazer aqui por uma semana?”

“Não se preocupa, tua agenda tá toda planejada pela Sra. Bianca”, explicou a loira de rabo de cavalo.

“Claro”, murmurei, antes de perguntar: “Por que tu chama ela de Sra. Bianca?”

“É o nome dela”, respondeu, como se fosse óbvio.

“Sim, mas tu me chamou de Sra. Albuquerque”, apontei.

“Que é teu nome, né?”, disse ela, confusa com minha confusão.

Desisti da discussão e disse: “Valeu, Betty. Agora só quero um copo de espumante e uma boa noite de sono.”

“Vou pedir pro Spencer levar tuas malas e trazer a carta de drinks exóticos”, disse Betty, tocando um sino.

Do nada, apareceu um cara com corpo de deus grego, sem camisa, músculos definidos como lutador.

“Quarto 69, Spencer?”, instruiu Betty.

“Sim, Sra. Betty”, disse o deus, pegando minhas malas.

De novo o “Sra.” com o primeiro nome. Tava me deixando louca. Segui ele, notando que o traseiro era tão perfeito quanto a frente. De repente, me senti safada e com tesão, imaginando se ele curtiria um boquete como gorjeta. Deixei a libido falar mais alto e, ao chegar no quarto – que era mais uma cobertura com biblioteca, velas acesas e música clássica saindo de todos os cantos – tentei a sorte.

“Pode ficar pra um drink?”, perguntei, com meu melhor charme.

“Desculpa, Sra. Albuquerque, funcionários não podem confraternizar com hóspedes”, respondeu ele.

Com a mão no peito dele, insisti: “Tem certeza? Tu parece do tipo que quebra regras.”

“Fico lisonjeado, senhora, mas tenho que recusar”, disse ele.

“Se mudar de ideia, é só bater três vezes”, flertei, deixando claro o que tava oferecendo.

“Tá bom, senhora”, disse ele, educado, mas sem interesse.

“Pode trazer uma garrafa de espumante?”, pedi, tentando salvar a dignidade.

“Claro, Sra. Albuquerque”, disse ele, saindo.

Passei pelo quarto, impressionada com o luxo, e fui pra varanda. Ao abrir a porta, tava na praia, a poucos metros do mar. O ar fresco me revigorou, como se limpasse minha alma.

Uma batida na porta me trouxe de volta. Era o Spencer, com a garrafa de espumante, que colocou na mesa de carvalho. “Precisa de mais alguma coisa, Sra. Albuquerque?”

“Só se tu reconsiderou minha oferta”, sorri, provocante.

“Desculpa, senhora, regras são regras”, disse ele.

Quando ele saiu, servi um copo e voltei pra varanda. Tentei lembrar a última vez que um cara recusou minhas investidas. Nunca casei porque a ideia de cuidar de homem me esgotava. Sempre pulei de rolo em rolo, com caras mais novos, enquanto eu envelhecia. Sem o peso de um relacionamento, construí meu negócio, viajei pra lugares exóticos e curti um monte de luxos.

Quase ninguém acredita quando digo que tenho 42 anos. Igual minha mãe, envelheci bem, graças à genética, academia pesada e dieta saudável. Meus olhos castanhos sempre ganham elogios, o cabelo preto brilha como ébano, e meu sorriso é minha arma secreta – até o Spencer, pelo menos. Minhas pernas firmes ficam um arraso com meia-calça brilhante, meus seios 38D ainda são durinhos, e minha bunda é um destaque quando coloco jeans, o que é raro. Ou seja, nunca tive problema pra arrumar homem quando queria, mas raramente queria.

Com a tecnologia de hoje, não são só os celulares que evoluíram. Os brinquedos também, e eu tava arrependida de não ter trazido um na correria pro voo. Mas, devo dizer, a primeira classe foi outro nível. Não sei se posso bancar sempre, mas, se a loja decolar como Bianca prometeu, vou considerar.

Depois do primeiro copo, misturado com o dia insano, o voo longo e o cansaço, bateu forte. Dei uma última olhada nas ondas suaves, voltei pro quarto, guardei o espumante na geladeira do bar e, depois da rotina noturna, desabei na cama. Tava tão exausta que nem lembro de apagar... mas lembro de acordar.

O sonho que me sacudiu parecia real.

Spencer tava no quarto, mudando de ideia. “Senhora, tu é irresistível”, disse, me pegando no colo e me levando pra praia. A brisa quente e o ar fresco nos envolveram enquanto ele me deitava na areia macia, pertinho das ondas.

Ele se abaixou, me beijando suave. Minha fome de ser satisfeita, de ser fodida com força como gosto, me fez quebrar o beijo e jogá-lo de costas. Tirei a calça e a cueca dele, pegando o pau ainda mole na boca. Sentir um pau crescer na minha boca sempre me excitou – é o poder, saber que sou eu fazendo ele endurecer. Mesmo mole, era promissor, e, duro, tinha uns 18 centímetros e era grosso. Chupei com vontade, saboreando o primeiro pau em meses, até não aguentar mais.

Tirei o pau da boca e mandei: “Me fode, Spencer.”

Ele sorriu, segurando o pau reto: “Não, tu me fode.”

Não hesitei, rasguei minha calcinha, ficando só com a camisola leve. Montei nele, sentindo o pau largo abrir minha boceta molhada, me preenchendo. Cavalguei, me enchendo a cada descida, meu corpo tremendo de prazer enquanto o orgasmo se formava.

De repente, ele me levantou como se eu fosse uma pena e me jogou de costas. Olhando pra mim, o sorriso dele mudou enquanto o pau deslizava de volta. Fechei os olhos, curtindo as estocadas profundas, o orgasmo a ponto de explodir. Ele falou: “Quer gozar, vadia?”

Gemi, surpresa com o xingamento vindo de um cara tão gentil: “Nossa, sim, tô quase lá.”

“Implora”, mandou ele, apertando meus peitos com força.

“Fode, sim, posso gozar, amor? Posso gozar como a vadia suja que sou?”, implorei, o orgasmo iminente, minhas próprias palavras me chocando.

“Goza pra mim, vadia”, mandou ele, e segundos depois gozei, meu corpo sendo arrastado por uma intensidade que não sentia há tempos.

Ele continuou metendo, forte e fundo, como eu queria, enquanto o orgasmo me atravessava. Ao abrir os olhos, gritei, porque não era mais o Spencer me fodendo, mas a Bianca, com um sorriso debochado na cara.

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Acordei corada, com a calcinha encharcada, a mão ainda lá dentro. Sentei, confusa com o ambiente. Aos poucos, o dia anterior voltou. Levantei, com as pernas bambas do orgasmo que tive dormindo. Peguei um copo d’água, tentando entender o sonho. Ainda exausta, achei que era só falta de sono, bebi a água e voltei pra cama. Mas, no fundo, tava abalada com o final estranho do sonho.

**Sábado**

Na manhã seguinte, uma batida na porta me acordou. Cambaleei até lá e perguntei: “Quem é?”

“Serviço de quarto, Sra. Albuquerque”, respondeu uma voz feminina.

“Que horas são?”, perguntei, acordando.

“Oito horas. Teu café tá aqui”, disse ela.

“Beleza”, respondi, surpresa com o café agendado. Abri a porta e uma chinesinha miúda, com um uniforme revelador, tava ali com uma bandeja. As meias brancas deixavam as coxas à mostra, a blusa apertada realçava os peitos grandes, e os saltos de 13 centímetros mostravam as unhas rosa dos pés.

“Bom dia, senhora”, disse ela, fazendo uma reverência antes de entrar e colocar a bandeja na mesa. “Como foi teu sono?”

“Revigorante”, respondi, notando como me sentia bem, algo raro pra uma pessoa que odeia manhãs.

“Excelente”, disse a chinesinha, antes de completar: “Meu nome é Mei, e serei tua anfitriã essa semana.”

“Cadê o Spencer?”, perguntei, querendo mais eye candy.

“Ele tá no turno da noite, senhora”, respondeu ela.

Curiosa com nomes, perguntei: “De onde vem o nome Mei?”

“Significa tesouro precioso, senhora”, respondeu.

“Que massa”, falei.

Ela sorriu e disse: “Senhora, tua massagem corporal tá marcada pras nove.”

“Como sabem que eu quero massagem?”, perguntei, embora a ideia fosse tentadora.

“Tua estadia toda foi planejada pela Sra. Bianca”, respondeu Mei.

“Tu conhece a Sra. Bianca?”, perguntei, cavando.

“Sim, senhora”, disse ela.

“Ela que reformou esse lugar?”

“Sim, senhora. Mudou tudo.”

“Tudo?”, insisti.

“Sim, senhora. Transformou esse canto escondido no point das celebridades.”

“Tipo quem?”, perguntei.

“Não posso dizer, senhora.”

“Entendi”, disse, respeitando a confidencialidade.

“Precisa de mais algo?”, perguntou ela.

“Não, tô de boa”, respondi, não acostumada a ser mimada.

“Volto às 8h45 pra te preparar, senhora”, disse Mei.

“Valeu, Mei”, respondi.

Ela fez outra reverência e saiu. Balancei a cabeça, achando tudo bizarro, mas decidi ficar a semana, já me sentindo renovada.

Mordi os ovos e quase gozei de tão bons. O resto do café foi tão incrível quanto, e comi em paz, algo raro.

Fui pega de surpresa por uma batida na porta. Gritei: “Entra!”, notando que tinha passado 45 minutos comendo.

Mei entrou e perguntou: “Como tava o café, senhora?”

“Quase orgásmico”, brinquei.

Ela respondeu, com um leve sorriso: “Então espera até a massagem.”

“Nossa”, ri, levantando.

Mei foi pro quarto e voltou com um roupão. Colocou em mim e disse: “Me segue.”

Fui atrás, impressionada com a graça dela nos saltos altíssimos.

Chegamos numa sala com dezenas de velas, cheiro doce de frutas e jazz suave ao fundo. Mei disse: “Tira a roupa e fica à vontade na maca. A Luana vem já.”

Mei saiu, e me despi, relaxando com o aroma e a música. Quase dormi quando uma mulher linda entrou. O uniforme era padrão, mas as meias brancas e os saltos de 13 centímetros eram exagerados. Era uma ruiva com olhos azuis exóticos, parecia ter uns 30 e poucos anos.

“Bom dia, Sra. Albuquerque, meu nome é Luana. Tá curtindo a estadia?”, perguntou, pegando o óleo.

“Maravilhosa até agora”, sorri.

“Ótima escolha de palavra”, disse ela, antes de mandar: “Agora relaxa.”

As próximas duas horas foram o paraíso. Ela trabalhou cada músculo do meu corpo, me deixando mole como gelatina.

Quando terminou, disse: “Bebe bastante água hoje. Te vejo na segunda.”

“Vou te ver de novo?”, perguntei.

“Tu me pega três vezes”, disse ela, com uma piscadela.

Quando ela saiu, fiquei deitada uns minutos até Mei voltar, me assustando. Me deu o roupão e sugeriu: “É bom tomar banho pra tirar o óleo.”

Concordei, e ela me levou de volta pro quarto. O banho virou uma banheira, e quase dormi de novo quando bateram na porta. Gritei: “Entra!”, saindo da água. “O almoço tá servido”, chamou Mei.

Me sequei, coloquei um roupão e voltei pra sala, onde uma mesa farta me esperava.

Mei disse: “Teu próximo compromisso é à uma.”

Olhei o relógio, era pouco depois do meio-dia.

“E o que é?”, perguntei.

“Uma sessão com o Dr. Mendes.”

“Quem é ele?”

“Teu consultor emocional”, respondeu Mei.

“E isso significa o quê?”, perguntei, confusa.

“Melhor tu descobrir sozinha”, disse ela.

Almocei, me vesti, e, como esperado, Mei me buscou.

Fui levada pra outra sala surreal, com livros em três paredes, uma mesa, uma cadeira, um sofá e velas por todo canto. Era tão relaxante que comecei a cochilar quando uma voz masculina rouca falou.

“Boa tarde, Sra. Albuquerque”, disse a voz.

Abri os olhos e vi um cara lindo, da minha idade, com barba e olhos verdes raros. “Oi, doutor.”

“Me chama de Rafael”, disse ele, apertando minha mão.

“Me chama de Fernanda”, respondi, entrando no modo flerte.

“Beleza, Fernanda, vamos pro sofá”, disse ele, me puxando.

Flertei, com a libido ainda a mil depois do flerte com Spencer: “Hmmm, tu vem junto?”

Ele riu: “Vamos começar do jeito clássico.”

“Tá bom”, concordei, deitando no sofá, com meus charmes rejeitados de novo.

“Me conta do teu negócio”, começou ele.

“Quer a versão curta ou longa?”, perguntei.

“A longa”, disse ele, com uma prancheta na mão.

Nos 40 minutos seguintes, contei minha vida, desde a abertura da loja até os anos de ouro no começo dos 2000 e a queda recente.

“Então tua loja é a coisa mais importante da tua vida?”, perguntou ele, depois de só fazer “hmmm” o tempo todo.

“Sim, é minha vida”, admiti.

“Algum arrependimento?”, perguntou, do nada.

“Não”, respondi na hora.

“Nenhum?”, insistiu.

“Bem, só que meu negócio tá afundando”, suspirei.

“Interessante”, disse ele.

“Como assim?”, perguntei.

Ele riu, mas ignorou. “A Sra. Bianca me disse que tu não é casada nem tá num relacionamento?”

“Não”, admiti, irritada que Bianca tinha falado da minha vida. Como ela sabia? “Homens dão muito trabalho.”

“Então o sucesso da tua loja é mais importante que um romance?”

“Com certeza”, disse.

“O que te estressa?”, perguntou ele.

Pensei um tempo e percebi que todo meu estresse vinha da loja, 24/7. Falamos sobre os altos e baixos de ter um negócio, o estresse que cresceu com a crise e como isso afetou meu lucro.

Quando o tempo acabou, ele sugeriu: “Acho que tu veio na hora certa, Fernanda. Aproveita tua estadia e reflete sobre o que tu quer de verdade na vida.”

Antes, eu achava que sabia o que queria, mas essa hora me fez questionar minha obsessão com a loja e quanta energia gastei nela.

“Te vejo na segunda”, terminou ele.

Saí, e Mei tava me esperando. Me levou pro quarto e disse: “Troca pra um biquíni, teu próximo tratamento é na hidromassagem.”

“Quando?”, perguntei, querendo tirar um cochilo.

“Daqui a meia hora.”

“Tá”, disse, bocejando. “Tá sendo um dia cansativo.”

“É tua última atividade hoje”, informou Mei.

“Ótimo”, disse, e Mei saiu. Sentei no sofá, pensando na sessão com o Dr. Mendes e como ele, sem dizer, questionou tudo que construí. Quanto mais pensava, mais discordava. Minha loja era quem eu era. Não dava pra separar sem matar uma parte de mim. Não imaginava viver sem ela.

Troquei pro biquíni que comprei pra arrasar em Cancún ano passado. Mei chegou e me levou pra uma hidromassagem interna de luxo. A próxima hora, relaxei na água quente, deixando a mente em branco.

Jantei no quarto e fiquei na praia até bem depois do pôr do sol, curtindo a beleza do lugar.

Exausta, cambaleei pra cama e apaguei na hora.

Comecei a sonhar, e, de novo, parecia real. O Dr. Mendes disse: “Vamos tirar tua loja da cabeça um pouco”, enquanto abria a calça e oferecia o pau.

Sorri: “Isso é parte da sessão?”

“Cada paciente recebe o que precisa”, disse ele, mandando: “Chupa, vadia.”

Nunca curti xingamentos, mas a ordem firme me deixou molhada. Abri a boca e peguei o pau de 15 centímetros, já duro.

Comecei devagar, curtindo o pau na boca, até ele mandar: “Eu disse chupa.”

Obedeci, acelerando na hora.

“Assim, sua chupadora”, grunhiu ele.

De repente, tava louca pelo gozo dele. Comecei a engolir o pau com fome.

“Minha vadia quer meu gozo?”, perguntou ele.

“Pelo amor, sim”, respondi, tirando o pau da boca e voltando rápido.

Chupei mais um minuto até sentir os jatos de porra na boca. Não parei, engolindo cada gota do gozo salgado.

Só parei quando ouvi uma voz feminina dizer: “Boa garota, Fê.”

Olhando pra cima, não era mais o Dr. Mendes, mas a Bianca.

Pela segunda noite seguida, acordei molhada e confusa com a presença da Bianca no sonho.

**Domingo**

O segundo dia foi o oposto do primeiro. Depois do café, me levaram pra um dia no mar, onde nadei com golfinhos, fiz mergulho e um cruzeiro de três horas. Foi um dos dias mais incríveis da minha vida. Quando voltei pro quarto às sete da noite, tava tão exausta que desabei no sofá e só acordei 13 horas depois, com batidas na porta.

**Segunda**

O terceiro dia repetiu o primeiro. A massagem matinal com a Luana foi intensa, com as mãos dela demorando na minha bunda, perigosamente perto da minha boceta, que, mesmo sem tocar, pedia atenção. Não acreditava como o toque dela, tão inocente, me deixava louca. Imaginei o que faria se ela cruzasse a linha e tocasse minha boceta.

A segunda sessão com o Dr. Mendes foi mais pesada. Ele questionou meus objetivos a longo prazo, pessoais e profissionais. Abri mais, contando sobre términos dolorosos na faculdade que me levaram a um estilo de vida de rolos casuais e a focar no trabalho pra preencher o vazio. Ele perguntou por que uma loja de noivas. Expliquei que sempre amei casamentos, desde criança, e queria ter uma loja assim.

Ele perguntou: “Tu já pensou que talvez viva através do teu trabalho?”

“Não”, respondi, sem nem pensar.

“Pensa, Fernanda. Tu tá feliz?”, perguntou, quando o tempo acabou.

De volta ao quarto, a pergunta não saía da cabeça. Ri do clichê “sempre dama de honra, nunca noiva”, tentando justificar minha vida. “Tô feliz?” Três palavras simples, e minha cabeça girava com uma questão que devia ser fácil. Mas não era.

A pergunta me perseguiu na hidromassagem, no jantar e enquanto via o pôr do sol sozinha na praia... sozinha... sozinha.

Enquanto Luana massageava minha bunda, senti minha boceta formigar, pedindo atenção, e soltei um gemido leve.

“Tá tudo bem, Fê?”, perguntou Luana.

“S-s-sim”, gaguejei, envergonhada.

As mãos dela voltaram pra minha bunda, abrindo minhas pernas devagar. Meus olhos arregalaram quando as mãos deslizaram entre minhas coxas, se aproximando da minha umidade. Ela perguntou, com voz carregada: “A Fê quer o tratamento completo?”

“Siiiiim”, gemi, torcendo pra ter entendido direito.

Os dedos dela desceram pelas minhas nádegas até minha boceta faminta. Gemi de novo. Ela brincou com meus lábios por um minuto antes de dizer: “Vira de costas, Fê.”

Obedeci rápido, abrindo as pernas, louca pra ter minha primeira experiência lésbica. Quando ela tirou o uniforme, me surpreendeu subindo na maca, mas, em vez de ir entre minhas pernas, montou no meu rosto, baixando a boceta raspada na minha cara. Mesmo nunca tendo pensado em ficar com mulher, não hesitei, esticando a língua pros lábios dela, que brilhavam. O gosto era único, e, depois de umas lambidas tímidas, fiquei voraz.

Os gemidos dela aumentaram com minha animação, e me surpreendi quando senti um tapa na minha xota. Ardeu, mas de um jeito bom, atiçando o fogo. Gemi na boceta dela enquanto um prazer intenso me atravessava. Continuei lambendo enquanto Luana batia na minha xota. Sabia que meu orgasmo tava chegando.

“Implora pra gozar, vadia”, ouvi.

Gritei: “Pelo amor, sim, me deixa gozar”, enquanto lambia a boceta dela, querendo fazê-la gozar.

“Me chama de Dona Bianca”, mandou a voz.

Não hesitei, meu corpo desesperado: “Dona Bianca, por favor, deixa tua vadiazinha gozar.”

Minha xota foi esfregada com força, e em segundos gozei, enquanto meu rosto era encharcado pelo gozo da boceta acima.

Acordei de novo com um orgasmo de sonho, chocada por gozar sendo chamada de vadia e chamando Bianca de Dona. Por que todos meus sonhos tinham ela? Era frustrante, sem resposta lógica. Não era lésbica, e, se fosse experimentar, não seria com uma vaca como Bianca.

**Terça**

O quarto dia foi mais um de mimos. Passei horas sendo renovada: esfoliação, nutrição e hidratação da pele, que ficou macia como nunca. Depois, um banho de vitalidade, manicure, pedicure, banho de pés e, pra minha surpresa, uma depilação brasileira – sempre fui do estilo natural, então doeu pra caramba. À tarde, jacuzzi, facial e um corte de cabelo com mechas vermelhas que me deixaram mais jovem. Durante tudo, tomei os melhores coquetéis da vida, e no jantar tava mais pra lá do que pra cá.

Sozinha no quarto, minha mão foi pra minha boceta recém-raspada, e comecei a me esfregar. Com tesão a mil, meus dedos não bastavam. Peguei uma garrafa de vinho vazia no frigobar, deitei no sofá, fechei os olhos e comecei a esfregar a garrafa nos meus lábios molhados.

Pensei no Spencer, que ignorava meus flertes, enquanto o gargalo da garrafa deslizava devagar na minha boceta carente. Mas as imagens mudavam. Primeiro, Mei com um consolo de cinta. Depois, o cabeleireiro João, claramente gay. Em seguida, Luana enfiando os dedos em mim. Depois, meu primeiro namorado, Eduardo. E terminou, de novo, com Bianca, metendo um consolo em mim com aquele sorriso debochado.

Gritei enquanto o orgasmo me atravessava, minha mente me traindo. Nunca pensei em mulher sexualmente, mas não podia negar a beleza das mulheres aqui, nem que, apesar de odiar a atitude da Bianca, as pernas longas e a confiança dela me deixavam em choque.

Como todo dia nesse paraíso, apaguei cedo e dormi a noite toda.

**Quarta**

O quinto dia repetiu o primeiro e o terceiro. A massagem com Luana foi uma tortura doce, as mãos dela tão próximas dos meus seios e da minha boceta, me deixando molhada e frustrada.

Encontrei o Dr. Mendes depois do almoço, com apreensão, sem ter respondido a pergunta dele.

Logo que começou, ele perguntou: “Conseguiu responder minha pergunta, Fernanda?”

Uma hora depois, me senti mentalmente fodida. As perguntas dele e minhas respostas giravam na cabeça:

“O que te faz feliz?”, abriu ele.

Pensei muito. “Minha loja sendo um sucesso”, respondi.

“Tu tá feliz agora?”, insistiu.

Pensei no que ele queria com isso. “Claro, tô feliz. Curto minha vida e tenho poucos arrependimentos.”

“Quais arrependimentos?”, pegou uma palavra.

“Claro que fiz sacrifícios pela loja, tipo perder contato com amigos e priorizar a Noiva Encantada acima de qualquer relação.”

“Tu se arrepende desses sacrifícios?”, cavou mais.

“Às vezes penso ‘e se’, mas isso é normal pra todo mundo”, disse, minimizando.

Mudando de assunto, perguntou: “O que tu quer na vida?”

Respondi na hora: “Que minha loja seja um sucesso pra eu viajar mais e, quem sabe, ter tempo pra um relacionamento.”

“Não dá pra ter os dois? Loja de sucesso e um relacionamento feliz?”

“Nunca consegui isso”, admiti.

Depois de questionar minha visão de amor, minha definição de sucesso e meus relacionamentos passados, ele mudou de novo. “O que tu faria se tua loja falisse?”

“Não pode”, respondi.

“Por quê?”, insistiu.

“É tudo que eu tenho”, admiti. Não imaginava a loja falindo, porque minha identidade e a Noiva Encantada eram uma coisa só. Eu era a Noiva Encantada, e ela era eu.

“Tu tem que se perguntar se tá ok com isso”, disse ele, quando o tempo acabou.

Saindo, com a cabeça a mil, ele mandou: “Passa a noite fazendo uma lista de desejos. O que tu quer fazer antes de morrer.”

As perguntas ecoavam enquanto relaxava na hidromassagem, jantava e via o pôr do sol na praia. Fiz minha lista, que fluiu mais fácil do que imaginei:

1. Fazer minha loja bombar de novo.
2. Viajar por toda a Europa.
3. Me apaixonar.
4. Aprender outra língua.
5. Escrever um livro.
6. Ler mais.
7. Ver o show do Skank ao vivo.
8. Ser uma cozinheira melhor.
9. Conhecer (e, quem sabe, transar com) o Rodrigo Santoro.
10. Aprender a fazer meu próprio vinho.
11. Vestir um vestido de noiva.
12. Beijar uma mulher e, talvez, algo mais.

Depois do item 12, parei e reli. Antes dessa semana, nunca pensaria nisso, mas tava ali. Fechei os olhos, imaginando Mei, Luana e Bianca me seduzindo.

Minha mão foi pra minha boceta úmida, e comecei a esfregar o clitóris enquanto outra fantasia surgia. Sem Spencer, só Mei, Luana e Bianca me pegando. Implorava pra Mei lamber minha boceta, pra Luana me foder com um consolo, e pra Bianca me deixar satisfazê-la, lambendo a boceta dela.

Bianca sorriu, na minha mesa, na minha cadeira, e mandou: “Rasteja pra mim, Fê.”

Obedeci, com o rosto queimando de vergonha e excitação. Era MEU escritório.

“Boa garota, Fê”, ronronou ela enquanto eu rastejava.

“Debaixo da mesa, como uma boa cadelinha”, ordenou.

Obedeci, excitada com a ordem, mesmo minha cabeça gritando não. Debaixo da mesa, ela abriu as pernas e perguntou: “A Fê quer chupar minha xota?”

“Quero”, respondi, sem hesitar.

“Quero o quê, vadia?”, perguntou ela.

Embora o “vadia” fosse um tapa na cara, reformulei: “Quero, senhora.”

“É Dona, sua xota burra”, retrucou Bianca, com um olhar que me atravessava.

“D-d-desculpa, sim, Dona Bianca”, gaguejei, envergonhada com minha ânsia de agradar.

“Implora, vadia”, mandou ela, abrindo os lábios da boceta.

Uma fome incontrolável cresceu em mim, e soltei: “Por favor, deixa tua vadia chupar tua xota molhada. Faz de mim tua chupadora.”

O sorriso dela era o mesmo debochado do primeiro dia, enquanto me puxava pelo cabelo pra sua umidade.

Gozei forte na praia enquanto a fantasia bizarra me levava a um prazer intenso. Abrindo os olhos, fiquei vermelha ao notar que algumas pessoas me viam me esfregando. Mesmo com o corpo tremendo, peguei meu caderno e corri pro quarto, mortificada.

Lá dentro, ri alto, achando graça do que fiz. Apesar da vergonha, não conhecia aquelas pessoas, e era libertador ter feito algo tão tabu.

Terminei a lista na banheira e fui pra cama, curiosa com o que me esperava no último dia.

**Quinta**

O sexto dia começou com um susto: gozei dormindo.

No sonho vívido, acordei com uma língua na minha boceta. Sentei rápido, tirei os lençóis e encarei os olhos doces da Mei. “O-o-o que tu tá fazendo?”

Mei olhou pra cima e explicou: “A Sra. Bianca mandou te acordar com um orgasmo.”

“O quê?”, disse, chocada com a atitude e o motivo. “Desculpa, senhora, mas as ordens da Bianca foram claras”, disse Mei, ainda entre minhas pernas. Sem falar mais, voltou pra minha boceta, lambendo suave, me aquecendo devagar. Deitei e curti a delicadeza, surpresa com o quão bom era. A maioria dos caras que peguei eram péssimos em chupar, mas Mei sabia o que fazia.

O prazer cresceu até virar uma onda violenta, e gozei mais forte do que com qualquer homem.

Acordei sozinha, sem acreditar no realismo do sonho e na umidade entre minhas pernas. O sonho era estranho, mas mais ainda era a Bianca estar nele de novo.

Depois do banho e café, não conseguia olhar a Mei sem lembrar do sonho antes de ser surpreendida.

Mei disse: “Hoje a Sra. Bianca planejou um último dia cheio pra ti.”

A menção da Sra. Bianca trouxe o sonho safado de volta. “Sério?”, perguntei.

Mei assentiu: “Sim, me segue.”

Fui atrás até uma sala com uma passarela de desfile, onde conheci Sandra, uma mulher elegante, com saltos de 13 centímetros, claro.

“Olá, Sra. Albuquerque”, cumprimentou a mulher linda.

“Oi”, respondi, antes de perguntar: “E o que tu tem pra mim?”

“Treino de passarela”, disse ela, apontando a pista.

“Sério?”, perguntei.

“Sim, a Sra. Bianca insistiu que tu praticasse umas horas”, explicou Sandra.

“Por quê?”, questionei, achando absurdo.

“Não sei, mas a Sra. Bianca espera que as mulheres se vistam pra impressionar e pratiquem o que pregam”, respondeu, apontando pros saltos. “Com saltos de 13 centímetros.”

“Por que todo mundo usa esses saltos loucos?”, perguntei.

Ela sorriu, como se minha pergunta fosse boba: “A Sra. Bianca exige que todas as funcionárias usem saltos de 13 centímetros.”

“Mas ela é minha funcionária”, apontei.

Sandra deu de ombros: “Não sei da tua situação, mas aqui ela nos treinou pra nos vestirmos profissionalmente, com um toque sexy e saltos de 13 centímetros.”

“Ah”, foi tudo que disse.

“A Sra. Bianca mandou três looks e uns pares de saltos pra tu experimentar e espera que tu use um deles quando voltar”, explicou Sandra.

“Acho que tô de boa com o que uso”, respondi, virando pra sair.

O tom de Sandra mudou pra preocupado: “Sra. Albuquerque, por favor, repensa. Se a Sra. Bianca pediu, tem motivo. Ela transformou nosso spa falido no mais badalado do Brasil. Ela sabe o que faz.”

“Pode ser divertido”, dei de ombros, sem querer ceder, mas notando o medo no tom dela.

Aliviada, ela disse: “Vem por aqui.”

Nos 15 minutos seguintes, experimentei os três looks e os cinco pares de saltos. Cada look era profissional, mas sexy, realçando meus seios. Os saltos, porém, eram mortais, e quase me matei só de experimentar.

Sandra disse: “Agora, caminhada com salto.”

“Não seria homicídio com salto?”, brinquei, levantando nos saltos que me faziam balançar como boia em tempestade.

Ela riu: “Não se preocupa, é só prática.”

“Tenho certeza que não sobra tempo na minha vida pra sobreviver a isso”, retruquei.

“Tu ia se surpreender”, encorajou ela. “Foi como quando visitei uma amiga na Serra Gaúcha no inverno. Achei que não sobrevivia ao frio, mas depois de uns dias meu corpo se acostumou.”

“Só se morre uma vez”, brinquei.

“E pelo menos tu vai ter uma história pro céu”, retrucou ela.

Ri enquanto a seguia, desajeitada, pra passarela.

Não vou detalhar, mas na hora seguinte, desfilei, me acostumando aos saltos e ganhando confiança com os elogios e dicas da Sandra. Era estranhamente empolgante, mesmo com ninguém olhando além dela.

Quando Sandra anunciou: “O tempo acabou”, fiquei até decepcionada, surpresa que uma hora e meia voou.

“Ah, tá”, disse, disfarçando.

Sandra explicou: “A Sra. Bianca deixou claro que tu deve usar os saltos e um dos looks que ela escolheu quando voltar pra loja amanhã e no voo.”

“Por quê?”, perguntei, achando inconveniente.

“A Sra. Bianca sempre tem um propósito”, respondeu Sandra, como se Bianca fosse um oráculo.

“Veremos”, disse, sem planejar obedecer.

“Por favor, faz isso”, pediu Sandra. “Tu não quer ficar na lista negra da Sra. Bianca.”

O tom dela me alarmou, e me perguntei o que Bianca tinha contra ela. Pra acalmá-la, concordei: “Tá, vou usar um dos looks.”

“E os saltos?”, questionou ela.

“E os saltos”, concordei.

“Maravilha”, disse Sandra, voltando a ser animada. Me abraçou e disse: “Agora, a melhor parte da tua semana.”

“Não imagino o que sobrou”, falei, sendo sincera.

Ela sorriu: “Tu não viu nada ainda.”

E ela tava certa. Um voo particular de três horas sobre Florianópolis foi o momento mais incrível da minha vida. Nunca vi tanta beleza como nessas três horas, uma chance de me maravilhar com a natureza.

Não queria que acabasse, mas tudo que é bom termina. Passei a noite arrumando as malas e vendo o pôr do sol na praia, refletindo sobre minha lista de desejos e o que queria da vida. Decidi que ia trabalhar com Bianca pra fazer minha loja bombar, mas sem ser a workaholic de antes. Era hora de curtir os pequenos prazeres, e essa semana de isolamento me mudou pra sempre.

Na última noite, tive outro sonho sexual intenso, o mais forte até então.

Eu desfilava na passarela, já pegando o jeito dos saltos, quando Bianca entrou.

“De joelhos”, mandou ela.

Sandra caiu na hora.

Bianca me fuzilou com o olhar e repetiu, gélida: “Tu também, Fê.”

Não queria obedecer, mas senti meu corpo se abaixando.

“Boa garota”, ronronou ela, tirando a saia e revelando um consolo enorme. Fiquei hipnotizada pelo pau enquanto ela dizia: “Hmmm, minha vadiazinha quer meu pau?”

Não respondi, mas minha boceta molhada falava por mim.

“Rasteja pra mim, minha vadia”, instruiu ela, subindo na passarela.

Queria parar, mas meu corpo rastejava pra ela.

“Boa garota”, ronronou, sorrindo. “Quer que eu te foda?”

Admiti, ao chegar aos pés dela: “Quero.”

“Quero o quê?”, perguntou, batendo o consolo de borracha na minha cabeça, aumentando a humilhação que, de algum jeito, me deixava mais molhada.

“Quero, Dona”, reformulei, cedendo a ela.

“Chupa meu pau, prepara ele pra tua xota”, exigiu ela.

Ela enfiou o consolo na minha boca, fodendo devagar. Chupei como se fosse um pau de verdade. Depois de uns minutos, ela tirou e mandou: “Vira, vadia.”

Não hesitei, virando. Ela levantou minha saia, puxou minha calcinha pro lado e enfiou o consolo sem avisar.

Me fodeu como homem, forte e rápido, do jeito que gosto. Gemi: “Foooode, sim.”

“Gosta de ser minha vadia?”, perguntou ela, batendo na minha bunda.

“Sim, Dona, amo ser tua vadia”, gemi, enquanto ela metia.

“Goza, vadia, goza no meu pau como a sapatão suja que tu é”, exigiu Bianca.

“Sim, sim, sim, porra, tô gozaaaaando”, gritei, enquanto o orgasmo humilhante me atravessava.

Acordei com os dedos na boceta e os sucos escorrendo. Balancei a cabeça, frustrada com a obsessão da minha mente com Bianca. Decidi que ia enfrentá-la quando voltasse; mas não fazia ideia do que me esperava no mundo real depois dessa tranquilidade.

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**Meu Retorno**

Meu voo saiu às 6h, então levantei às 3h30, vestida como Bianca mandou, pra evitar briga.

Dormi no voo, algo raro, e cheguei ao Rio relativamente descansada (valeu, primeira classe).

Enquanto esperava a bagagem, vi a CNN na TV da área de desembarque. A apresentadora anunciou que Larissa Menezes, a estrela de novela, ia casar. Não ligo pra fofoca de famoso, mas, quando vi Larissa num vestido de noiva na MINHA loja, gelei.

De repente, Bianca apareceu sendo entrevistada, mas o som tava mudo. Vi duas garotas lindas atendendo clientes, que não eram minhas funcionárias. A loja tava lotada, e na tela dizia: “Bianca Albuquerque, CEO da Noiva Encantada”. CEO? Minha loja era pequena demais pra isso. Larissa também foi entrevistada, babando pelo vestido.

Peguei minha bagagem e fui pro táxi. Impaciente, peguei o celular, que agora funcionava, e liguei pro escritório.

Clara atendeu.

Interrompi o protocolo dela: “Oi, Clara, sou eu, Fernanda.”

“Oi, Fê”, respondeu ela.

Fiquei surpresa com o “Fê”, que ela sabia que eu odiava e nunca usou em anos de trabalho. Ignorei e perguntei: “Como foi a semana sem mim?”

“Mudou minha vida”, disse Clara, sem sarcasmo.

“Vi a Bianca na TV enquanto esperava a bagagem”, comentei.

“Sim, a Sra. Bianca e a Sra. Menezes deram uma coletiva ontem pra anunciar o casamento”, disse Clara.

“Na minha loja?”, perguntei, mesmo sabendo a resposta.

“Sim, Fê”, disse ela, de novo.

“Por que tu tá me chamando de Fê?”, perguntei, irritada, enquanto o taxista pegava minha mala.

“É como a Sra. Bianca mandou te chamar agora”, explicou minha melhor amiga.

“Mas por que tu topou?”, perguntei, entrando no táxi.

“Só tem que obedecer a Sra. Bianca”, disse Clara, como se isso explicasse tudo.

“Para com isso, por favor”, pedi.

De fundo, ouvi a voz da Bianca: “Vem aqui, Clara.”

“Tenho que ir”, disse Clara, desligando na hora.

Fiquei furiosa. Bianca claramente intimidou Clara e tava tratando ela com desrespeito. Não era assim que eu tocava minha loja, mesmo que significasse sucesso.

No táxi, pesquisei sobre Larissa Menezes e Noiva Encantada, mas achei pouco.

Mandei o taxista me levar direto pra loja, curiosa pra ver o que a “milagreira” fez em uma semana, mas focada em colocar a Bianca no lugar dela. Ninguém tratava meus funcionários assim. Mas, ao entrar na loja, vi que ela era mesmo milagreira. Tava lotada, mais cheia que nunca, até nos melhores tempos. Tinha funcionárias novas, todas lindas, com looks elegantes que destacavam os seios e pernas longas. Não surpreendia: todas com saltos de 13 centímetros. A loja tava reformada: paredes pintadas, layout aberto, até o caixa era novo. Parecia uma loja novinha, não a que construí com sangue, suor e lágrimas.

Passei pela loja, impressionada com o movimento. Subi pro escritório e estranhei que Clara não tava na mesa dela.

Entrei no MEU escritório, e Bianca tava na MINHA mesa, ao telefone, enquanto Clara, de joelhos no chão, massageava o pé dela coberto por meia-calça. Bianca levantou a mão, mandando eu esperar ela terminar.

Olhei pra Clara, que não me encarou, continuando a massagem.

“Clara, o que tu...”, comecei, mas Bianca me calou.

Tapando o fone, ela me fuzilou: “Tô no telefone.”

Minha calma tava indo embora, enquanto via Clara massageando o pé da Bianca sem me olhar. Esperei, impaciente, notando que o escritório, diferente da loja reformada, tava igual a quando saí.

Bianca desligou depois de uns minutos e perguntou, como se fosse normal: “Bem-vinda, Fê. Como foi tua estadia?”

“Surpreendentemente relaxante”, respondi, entrando no jogo, antes de perguntar: “O que tá rolando aqui?”

“Clara tá me fazendo uma massagem no pé”, disse, como se explicasse tudo.

“Eu vi. Por que ela tá fazendo isso?”, perguntei, frustrada.

“Porque eu mandei”, respondeu, como se fosse óbvio.

Bufei, percebendo que ela tava jogando. Reformulei: “Por que a Clara não tá na mesa dela?”

Ignorando, ela perguntou: “Gostou do novo visual da nossa loja?”

O “nossa” me irritou, mas mantive a calma, graças à semana em Floripa. “Tenho que admitir, tá impressionante. Chocante, na verdade.”

“Sou uma maga”, disse ela, antes de completar: “Vi que tu usou um dos looks que escolhi pra ti.”

Sabia que ela tava me manipulando. Dei de ombros: “Os saltos foram meio exagerados.”

“Não, os saltos são a parte mais importante”, sorriu ela. “É a primeira parte da minha teoria de sucesso, que comecei a te contar outro dia.”

Lembrei da atitude debochada dela no primeiro dia e da teoria que ela mencionou, mas não revelou. Fingi curiosidade: “Lembro que tu falou algo sobre três chaves pro sucesso.”

“Quer ouvir?”, perguntou, trocando as pernas dramaticamente, dando o outro pé pra Clara.

“Por que não?”, dei de ombros, curiosa e distraída com o tratamento da Clara.

“A primeira chave é simples: se veste pro sucesso. Como mulher, temos que usar todos os nossos trunfos”, explicou ela.

Retrquei: “Acho que me dei bem sem ficar exibindo meu corpo.”

“Deu mesmo?”, perguntou ela. “Última vez que vi, tu tava quase falida.”

“A crise me pegou”, defendi.

“Desculpas, desculpas. Desculpas são pra perdedores”, disse ela, acenando a mão.

“Tu tá me chamando de perdedora?”, perguntei, a raiva subindo.

“Não disse isso”, respondeu, suave, antes de completar: “Mas tu disse.”

“Não vou aceitar insulto no meu escritório”, disse, a raiva fervendo.

Ela deu de ombros, olhando o relógio: “A lição de liderança fica pra depois. Tô indo pra Paris no fim de semana. Nos encontramos segunda, às 9h, pra discutir meu plano pro nosso negócio.”

“Mas eu...”, comecei.

“Coloquei a Nicole no comando enquanto tô fora”, disse Bianca, levantando.

“Nicole?”, repeti.

“Sim, já trabalhei com ela em outras transformações e ela sabe exatamente o que espero”, disse Bianca, levantando o pé.

Fiquei chocada enquanto Clara calçava a bota de couro dela. “Acho que posso tocar a loja enquanto tu tá fora”, disse.

“Tu pode trabalhar lá embaixo, precisamos de mais uma vendedora, tá um caos. Mas a Nicole manda”, disse Bianca.

“Mas...”, comecei, enquanto ela trocava de pé e Clara calçava a outra bota.

“Fê, querida, confia em mim. Tu colocou teu negócio em mãos capazes. Deixa eu fazer o que faço”, disse ela.

Bufei, percebendo que dei um trabalho pra ela e, apesar de odiar o estilo e a grosseria, os resultados eram inegáveis. “Tá, mas quero ver teu plano completo na segunda”, disse, firme.

Com as botas calçadas, ela sorriu: “Claro, Fê.”

Clara levantou e seguiu Bianca em silêncio até a porta. Bianca parou, virou e disse: “Fê, vamos começar TEU treinamento na segunda.”

Antes que eu processasse a frase estranha, ela saiu, e Clara foi atrás. Um minuto depois, tava no meu escritório, tentando entender o que rolou, quando uma ruiva jovem entrou.

Ela veio até mim e se apresentou: “Oi, sou Nicole Ferreira.”

“Sou Fernanda Albuquerque”, sorri, saindo do transe.

“Prazer em te conhecer”, disse ela, com um sorriso caloroso, diferente da Bianca.

“Prazer meu”, retornei.

De repente, o telefone tocou. Nicole foi pra MINHA mesa e disse: “Pode atender, Sra. Albuquerque?”

Achei que Clara atenderia, mas, como continuou tocando, fui pra mesa e atendi. Enquanto falava com um cliente sobre o endereço da loja, Nicole tava no MEU computador.

Desliguei e perguntei: “Como tu conhece a Bianca?”

“Irmãs de irmandade”, respondeu Nicole.

“Nunca fiz parte de uma”, disse, um dos meus arrependimentos.

“Foi uma época louca”, sorriu Nicole, como se lembrasse.

“Imagino”, respondi, sentindo uma conexão com ela.

Conversamos uns minutos sobre coisas triviais, como o tempo e meu voo. Ela revelou que Bianca conseguiu a Larissa Menezes como cliente por conexões da irmandade e que as novas funcionárias eram contratos temporários, com pagamento por comissão – algo que eu nunca curti, preferindo tratar a equipe como família. Mas, quando Nicole mostrou o relatório de vendas da semana que estive fora, quase caguei de susto. Os números eram 20 vezes maiores que o último mês, e Nicole disse que eram baixos, porque as vendas só começaram na terça.

Por mais que odiasse as maneiras da Bianca, tinha que admitir que ela fez o impossível em uma semana.

Nicole sugeriu: “Odeio ser direta, sei que a loja é tua, mas as meninas lá embaixo tão na correria. Pode ajudar no salão?”

“Claro”, respondi, gostando de estar com os clientes. Ia sair, mas lembrei de perguntar: “Cadê a Janaína e a Carol?”
Gente, se essa aventura te prendeu, te fez rir, sentir um calorzinho ou até imaginar o que vem depois, não esquece de dar 5 estrelas pro conto! É com esse carinho que eu sigo compartilhando essas histórias quentes e cheias de reviravoltas. Cada estrelinha é um gás pra eu continuar escrevendo e postando mais no meu perfil no **www.selmaclub.com**, onde tu pode mergulhar em todas as minhas aventuras. Tem muito mais por vir, e tu não vai querer perder o que a Bianca e a Fernanda vão aprontar! Então, deixa teu apoio e vem comigo nessa jornada safada e emocionante.
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Comentários (1)

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  • Moreno safado: que bom essas experiências eu sou casado com uma linda mulher eu tenho vontade de ver uma mulher fudendo ela e até o cuzinho dela também porque ela nunca deu o cú mais ela não faz isso porque achar nojento mais seria bom eu ver ela sendo penetrada por uma mulher que empurrar a pica de borracha em outra mulher.

    Responder↴ • uid:1epa9i4a6pw6