#Assédio #Corno

Para o seu prazer gastronômico

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Eu, Marina, uma chef de 29 anos, trabalho como cozinheira particular em uma mansão em Búzios, atendendo um casal de idosos cheios de energia. Minha vida vira de cabeça para baixo com a chegada de Gabriel, o neto deles, um cara de 23 anos, mimado e provocador, que me tira do sério com pedidos absurdos de comida no meio da noite. O que começa como uma relação cheia de faíscas e provocações se transforma em algo mais intenso, com momentos quentes e uma conexão inesperada que deixa um gostinho de quero mais. Tudo isso, claro, registrado com minha câmera escondida, porque eu adoro compartilhar essas aventuras!

Às 2h11 da manhã, o celular berrou como um trio elétrico no Carnaval, arrancando-me de um sono pesado como uma pedra. Por uns 10 segundos, aquele som infernal ecoou, e eu, Marina, resmunguei, apertando os olhos, desejando que o treco calasse a boca ou que a bateria explodisse de uma vez. Mas, óbvio, ele não parou. Joguei a cabeça no travesseiro, soltei um palavrão baixinho e, com raiva, rolei na cama. Meus cabelos pretos, longos e bagunçados, caíram no rosto enquanto eu tateava o criado-mudo, caçando o celular na escuridão.

"Qual é o teu problema agora, caramba?", era o que eu queria gritar ao atender. Mas engoli o veneno, pigarreei e disse, com a voz rouca: "Fala, o que tu quer?"

"Do jeitinho que tu sabe que eu quero", veio a resposta, uma voz grave e arrastada, com aquele sotaque carioca que parecia debochar de mim.

Afundei a cabeça no travesseiro, exausta. "Não tá meio tarde pra essas palhaçadas?", murmurei, mais implorando que perguntando.

"Nunca é tarde pra isso, morena", retrucou a voz, cheia de malícia. "Quero agora, e tu sabe que só tu faz do jeito certo."

Revirei os olhos, bufei alto. "Gabriel, para com essa palhaçada. Me deixa dormir, pelo amor! Tô morta!"

"Quero quente, pegajoso e fresquinho", ele continuou, ignorando meu apelo. "Tu é a única que manda bem, que me deixa louco, que me satisfaz de verdade."

Esfreguei a testa, sentindo a paciência escorrer pelo ralo. Bati a mão no lençol e disse, seca: "Tá, chega. Vou levantar."

"Então tu vai fazer?", Gabriel perguntou, e dava pra sentir o sorrisinho arrogante dele pelo telefone.

"Faço", resmunguei. Como se eu tivesse escolha, né?

Sentei na cama, bocejando tanto que minha mandíbula quase deslocou. "Quer do jeito de sempre?", perguntei, já sabendo a resposta.

"Tu sabe!", ele cortou. "Mas troca o pão de cebola por um ciabatta. E joga umas batatas rústicas com páprica, hein?"

Abri a boca pra retrucar, mas o desgraçado desligou com um clique. A tela do celular piscou "Chamada Encerrada", e eu mostrei a língua pro aparelho, como se ele pudesse me ver. Joguei o celular na cama, arranquei as cobertas e saí tropeçando pelo chalé escuro em Florianópolis, onde eu morava como hóspede. Puxei a regata pra baixo, cobrindo a barriga, enquanto meu corpo gritava de ódio por estar acordado.

Peguei uma calça legging jogada numa cadeira perto da janela e murmurei: "Por que tu não vai buscar teu próprio lanche, seu folgado?"

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Meu trabalho como chef particular em Búzios é o segundo melhor trampo do mundo. O primeiro seria ter meu próprio bistrô, com mesinhas iluminadas por velas e um cardápio que gritasse meu nome. Por enquanto, cozinhar pra um casal de idosos cheios de grana, numa mansão com vista pro mar, pagando uma fortuna, tá de bom tamanho.

Trabalho pros Almeida há 6 meses. Eles são um casalzinho animado, daqueles que parecem dançar valsa na praia mesmo com quase 70 anos. Deve ser a vibe de quem nunca precisou contar trocado pra pagar conta. Ou talvez seja o sangue português, cheio de fogo e histórias. Seja o que for, eles são ligeiros, espertos, e minha missão como chef e nutricionista é manter essa energia toda rodando.

Tenho 29 anos e anos de prática na cozinha, com treinamento em São Paulo, Paris e até um estágio suado em Lisboa. Sou boa no que faço, e os Almeida adoram minha comida e meu jeitão meio debochado. Eles vivem dizendo que sou como a filha que nunca tiveram, mesmo com meus traços asiáticos herdados do meu pai japonês e o sotaque paulistano da minha mãe.

Quando me convidaram pra ser a chef 24 horas durante o verão, com direito a morar no chalé chique dos fundos, com vista pro mar e um jardim que parece pintura, eu nem pestanejei. Aumentaram meu salário e ofereceram o chalé de graça. Na mesma noite, já tava arrumando as malas no meu apê em São Paulo.

Pensei: "Qual é a dificuldade de cozinhar pra dois velhinhos, no máximo um café com pão na chapa às 10 da noite?"

Mas aí veio a bomba. "Nosso neto, Gabriel, vai passar um mês com a gente. Chega do Rio amanhã", disse o Sr. Almeida, com um sorriso de avô orgulhoso.

Assenti, anotando mentalmente. "Beleza, Sr. Almeida. Ele tem alguma dieta específica? É novinho?"

Ele riu, acenando a mão. "Nada disso, Marina! Gabriel tá com 23 anos, acabou o terceiro ano na faculdade no Rio. Ele vai amar tua comida, pode apostar! Mas que tal um jantar especial pra primeira noite dele?"

Sorri, empolgada. "É comigo mesmo."

Dois dias depois, caprichei. Servi um filé mignon com crosta de ervas, acompanhado de risoto de parmesão e uma salada de rúcula com figos caramelizados. Vesti o uniforme completo de chef: touca, dólmã, sapatos brancos, tudo impecável. Enquanto ajustava a roupa, desconfortável, observei os Almeida devorarem a comida.

"Marina, o que tu faz com carne é coisa de outro mundo!", disse a Sra. Almeida, com a boca cheia.

Dei um sorriso educado, mas perguntei: "Que horas o Gabriel chega?"

O Sr. Almeida mastigou e respondeu: "Chegou faz tempo, mas quis passar na casa de uns amigos antes. Não te preocupa, ele tá por aí. E, minha filha, tu se superou!"

Sorri, escondendo a ansiedade por aquele lugar vazio na mesa.

Mais tarde, bem mais tarde, às 3h19, o celular tocou de novo. Abri um olho, vi o relógio e resmunguei. Atendi, com a voz arrastada: "Alô?"

"Ei, tu é a cozinheira, né?", disse uma voz arrogante, com um tom carioca que já me irritou.

"Quem é?", perguntei, tentando limpar o sono da garganta.

"Gabriel. Ouvi dizer que tu fez um filé daqueles. Dá pra fatiar e jogar numa pizza com rodelas de cebola?"

"Pizza?", repeti, incrédula. "Agora?"

"É. No quarto do canto, à esquerda da escada. Último da ala dos meus avós. Em uns 25 minutos, tá bom?"

"25 minutos? Como assim—"

"Beleza, 25 minutos então. Valeu, gata." *Clique.*

Fiquei olhando pro celular, sem acreditar. Ainda grogue, me vi atravessando o jardim às 3h30, de robe e legging, com o cabelo preso num coque bagunçado. Só minha habilidade de chef me salvou. Subi as escadas com uma bandeja de pizza improvisada, bati na porta do quarto e, quando ela abriu, uma luz forte e um som de funk carioca me acertaram em cheio.

"Gabriel?", perguntei, apertando os olhos.

Um cara alto, de regata preta e calça jeans, apareceu na porta. Cabelo castanho cacheado, olhos verdes brilhantes, um sorriso que parecia gritar "sou problema". Ele desligou o celular, dizendo: "Tô indo, chegou a entrega da pizza. Beleza, tchau!"

Não fiquei nem um pouco impressionada.

Ele se encostou na porta, arqueando a sobrancelha. "Demorou mais de 30 minutos. É de graça, então?"

Fervi por dentro, sentindo o vapor subir. Empurrei a bandeja contra o peito dele. "Tua pizza, ô espertinho", rosnei.

Ele segurou a bandeja, rindo. "Calma, chef! Por que tanta raiva num rostinho tão bonito?"

"Porque são 4 da manhã, Gabriel!", explodi. "Eu tô morta, e tu vem com essa palhaçada? Da próxima, chama o iFood!"

Ele inclinou a cabeça. "Tu tem um sotaquezinho paulistano, né?"

Fiquei boquiaberta, um hábito que não consigo largar. "É Marina, tá? Ma-ri-na!", disparei, já me virando pra ir embora.

"Mais parece 'Marinão', se quer saber", ele zombou.

"Boa noite, Gabriel", falei, seca. "Ou melhor, bom dia."

"Boa noite, Leoa", ele gritou enquanto eu descia o corredor.

Na manhã seguinte, exausta, me arrastei até o banheiro do chalé, olhando meu reflexo com o cabelo bagunçado. Ainda me perguntava se tinha sido um sonho. Mas lá estava ele, Gabriel, deslizando pra sala de jantar onde os Almeida tomavam café da manhã. Fresco como se tivesse dormido 12 horas, com o mesmo charme irritante. Seus olhos verdes brilhavam sob o sol, mas eu não tava nem aí pro rostinho bonito.

"Essa é a Marina, nossa chef", apresentou a Sra. Almeida.

"Prazer em conhecê-la", ele disse, com um sorriso falso, como se não tivesse me feito cozinhar às 4 da manhã.

Assenti, olhando pro mar pela janela.

"Prepara o paladar, Gabriel. A Marina é um espetáculo!", disse o Sr. Almeida.

Ele mastigou um pão com um sorrisinho. "Tô louco pra ver isso, vô."

Lancei um olhar gelado pra ele, já prevendo os próximos dias.

Nos 10 dias seguintes, Gabriel testou minha paciência como se fosse um esporte olímpico. Ele tinha gostos totalmente diferentes dos avós. Enquanto eles curtiam pratos refinados, ele queria carne, muita carne, e coisas que pareciam saídas de uma praça de alimentação. Eu tinha que fazer dois cardápios por refeição: um pra ele, outro pros Almeida. E eu, com meu orgulho de chef, não servia qualquer coisa. Eram burgers de picanha com queijo artesanal no pão australiano, acompanhados de batatas rústicas com páprica defumada.

Pior: ele nunca comia na mesma hora que os avós. Saía o dia todo com os amigos e, quando voltava, pedia lanches depois da meia-noite. Minha salvação era que, pelo menos, ele nunca me fez temer encontrá-lo com alguma garota no quarto. Sempre tava sozinho. Quando me convidava pra entrar, eu recusava, mantendo a educação no limite.

Tentei não explodir com ele, lembrando do salário gordo. Mas aquele apelido, "Leoa", que ele insistia em usar, me tirava do sério. Ainda faltavam 20 dias. Será que eu aguentava?

Naquela noite, preparei um sanduíche de pernil desfiado com molho barbecue caseiro, picante, no pão ciabatta. As batatas rústicas, crocantes, tavam numa tigela com papel-manteiga, salpicadas com páprica. Lambi o molho que escorreu no meu dedo, com um sorrisinho sacana. "Ops, escapou", murmurei, limpando a mão.

Três minutos depois, bati na porta dele com o prato.

"Valeu, chef", disse Gabriel, com aquele sorrisinho. Fez um gesto pro quarto. "Quer entrar um pouco?"

"Só se tu tiver uma cesta de jabuticabas", retruquei, seca.

"Dez minutinhos", ele insistiu. "Tô de boa."

Balancei a cabeça. "Tá tarde, Gabriel. Quero voltar pra cama."

"Vamos lá, Marina. Só pra trocar uma ideia. Mal te conheço desde que cheguei."

Ele queria me conhecer às 3 da manhã? Quem tava sempre na rua era ele! "Se quiser papo, café da manhã é às 8, almoço às 12h30, jantar às 18h", disparei, já me virando.

"Desculpa te acordar, Leoa", ele gritou.

"Aproveita teu molho barbecue, seu mala", murmurei, sorrindo enquanto descia o corredor.

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O chalé onde eu morava era um sonho: espaço aberto, cozinha completa, claraboia, cama king size, banheiro com banheira e uma varanda com vista pro mar. Caminhar do chalé pra mansão era um passeio por um jardim que parecia um cartão-postal, com um deque de madeira e uma piscina que era meu refúgio. Sempre que sobrava um tempinho, eu nadava ou relaxava numa espreguiçadeira, com óculos escuros e um som rolando. Geralmente, ficava na sombra pra proteger minha pele clara. Mas naquele dia, resolvi pegar um solzinho em Búzios, deitada de biquíni verde, sentindo a brisa salgada e o barulho das ondas. Era meu spa particular.

Até que não era mais.

Pelo canto do olho, vi Gabriel descendo os degraus da mansão. Não o vi no café nem no almoço, provavelmente por causa daquele sanduíche "especial" da noite anterior. Ele veio com uma sunga preta, camisa aberta e uma toalha no pescoço. O cabelo castanho brilhava no sol. Caminhou até minha espreguiçadeira, com aquele sorrisinho de sempre. Revirei os olhos por trás dos óculos.

"Que tarde delícia, hein?", murmurei, sarcástica.

Ele parou, tirou a camisa e a toalha num movimento suave, jogando tudo numa espreguiçadeira ali perto. Sem dizer nada, caminhou até a piscina e mergulhou, cortando a água como uma faca. Fiquei esperando um respingo, mas nada. O cara nadava como se fosse parte do mar, deslizando com uma graça que eu invejava.

Depois de umas braçadas, ele saiu da água, cabelo molhado e escuro pingando. Levantei meu livro um pouco, fingindo ler, mas o observava. Não queria admitir, mas o corpo dele era de tirar o fôlego: magro, músculos definidos, pele bronzeada reluzindo. Nas costas, uma tatuagem de um cara num cavalo alado, tipo Pégaso. Tinha que ser algo mitológico, né? Típico.

Ele se sentou na espreguiçadeira ao meu lado, me encarando. "Valeu pelo sanduíche de ontem", disse, quebrando o silêncio.

"Que bom que curtiu", respondi, sem tirar os olhos do livro.

"Deu uma geral no sistema, sabe?", ele riu. "Nada como um sanduíche daqueles pra resetar."

O cara não tinha vergonha na cara. Franzi os lábios, fingindo ler.

"Passou protetor nos ombros?", ele perguntou do nada.

"Quê?", retruquei, confusa.

Ele apontou. "Tá ficando vermelho. Tua pele é clara, tem que cuidar."

Olhei de lado e vi um leve tom rosado no ombro. Droga.

"Aqui", ele pegou o protetor na mesinha. "Vira."

Olhei por cima dos óculos. "Tá achando que vou te dar as costas assim, de graça?"

"Relaxa, não vou te acertar um coco na cabeça", ele riu. "Vira logo."

Hesitei, mas deixei o livro de lado e virei, relutante. "Meu cabelo?", ele perguntou, apontando pros meus fios soltos.

Puxei o cabelo pro lado, segurando no pescoço. "E as alças do biquíni? Nem tenta tocar", avisei, seca.

"Relaxa, Leoa", ele riu, esfregando o protetor nas mãos.

Senti as mãos dele, surpreendentemente macias, espalhando o creme frio nos meus ombros. O cheiro de coco do protetor subiu, e eu relaxei um pouco, fechando os olhos. "Qual é a tua história, Marina?", ele perguntou, do nada.

"Quê?", retruquei, abrindo os olhos.

"Teu jeito, traços asiáticos, sotaque paulistano, nome japonês... Qual é o lance?"

Suspirei. Essa pergunta de novo. "Pai japonês, mãe paulistana. Nasci em São Paulo, me mudei pro Japão aos 10 anos, voltei pro Brasil aos 18. Fiz curso de culinária em São Paulo, Paris e Lisboa. Um ex-professor me indicou pros teus avós. É isso."

Minha voz saiu seca, prática. Não tava a fim de abrir minha vida pro cara.

"Tá, tá, não quero teu currículo", ele riu. "Já acabou o protetor. Dez reais."

Peguei meu livro, ignorando. "Relaxa, Leoa", ele insistiu. "Por que tu tá sempre tão na defensiva?"

"Porque eu trabalho, Gabriel. Não tô aqui pra me divertir", retruquei, ríspida.

Ele levantou as mãos. "Tá, tá! Entendi. Tu é chef, leva a sério."

Antes que a coisa virasse briga, os Almeida apareceram, acenando. "Tá passeando, meu neto?", perguntou o Sr. Almeida.

"Só dando uma volta no jardim", ele respondeu, relaxado.

Eles sentaram com a gente e contaram que iam passar o fim de semana em Paraty. Convidaram Gabriel, mas ele recusou. "Vou ficar de boa aqui. Mas, ó, posso chamar uns amigos pra uma festinha?"

Os avós adoraram a ideia. "Chama quem quiser!", disse a Sra. Almeida.

"E, Marina, que tal fazer aqueles burgers incríveis de picanha?", sugeriu Gabriel, com um sorriso provocador.

Fiquei paralisada, sentindo o sangue subir. "Quê?", gaguejei, olhando pros Almeida. "Acho que teus convidados não vão querer só burgers, né?"

"Marina, querida, teus burgers são divinos!", disse a Sra. Almeida, com um sorriso gentil.

"E aquele molho barbecue? Tava uma delícia, Leoa!", Gabriel jogou, com um brilho nos olhos.

Filho da mãe. Ele tava se vingando do sanduíche.

Gaguejei, forçando um sorriso. "Mas, tipo, não sei se fico à vontade cozinhando no meio de tanta gente."

"Usa a churrasqueira do chalé", sugeriu o Sr. Almeida. "E te damos um bônus pelo trabalho extra."

Gabriel sorriu. "E ninguém quer fumaça na festa, né?"

Encarei ele, imaginando esganá-lo. "Sabe, Gabriel, burgers não são tão complicados. Mistura uns temperos, amassa a carne. Tu deve ser expert nisso, né? Aposto que tu sabe *mexer* direitinho na tua carne."

Ele piscou, surpreso. A cara dele era de quem sentiu o golpe. "Só amassa e bate, né?", continuei, com um sorrisinho.

A Sra. Almeida riu. "Gabriel na cozinha? Deus me livre! Ele não sabe nem fritar ovo!"

Ele riu, mas tava vermelho. "É, vovó, mas quem sabe a Marina me ensina a mexer na carne direitinho?"

Os Almeida caíram na gargalhada. Eu senti o sangue fugir do rosto. "Se for pra te ensinar, o bônus vai ter que ser gordo", disse o Sr. Almeida. "Não queremos perder nossa chef tão cedo!"

"É, não podemos deixar a Leoa fugir", Gabriel disse, dando um tapinha no meu ombro. "Preciso de comida pra umas 80 pessoas. Tu dá conta, né?"

Ele se levantou com os avós, me deixando ali, atônita, na espreguiçadeira. Enquanto subiam, ele olhou pra mim, e por um segundo, vi algo além da arrogância. Um brilho estranho, como se ele sentisse algo mais. Meu coração deu um pulo, mas ignorei.

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"Desgraçado!", rosnei, cravando o garfo no bolo de chocolate na cafeteria.

Raquel, minha amiga, riu. "Calma, é só um bolo! Não desconta nele!"

Respirei fundo, tentando me acalmar. "Desculpa, Raquel. Não quero passar o dia resmungando."

Tava aproveitando meu dia de folga em Florianópolis, passeando com Raquel. Consegui segurar a língua enquanto fazíamos compras, mas na cafeteria, desabei. A ideia de fazer 80 burgers pra festa de Gabriel me consumia. "Ele é um mala! Mimado, arrogante, não sabe a diferença entre picanha e tofu!", desabafei.

O celular tocou. Olhei a tela e vi a foto de Gabriel, com aquele sorrisinho. "Que porra é essa?", murmurei.

Raquel arregalou os olhos. "Nossa, que gato!"

Ignorei e atendi, furiosa. "Por que tu mexeu no meu celular?"

"Que cara de mala tá fazendo no meu telefone?", repeti. "Quê? Azeitonas? Como assim, azeitonas?"

Raquel se recostou, vendo minha cara de ódio. "Vocês têm uma despensa cheia de azeitonas, seu carioca metido!", gritei. "Tô de folga! Não vou comprar nada pra ti!"

Ele desligou. Fiquei paralisada, com a cara azeda. "Tô indo comprar azeitonas pra esse idiota", rosnei, levantando.

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Passei a tarde suando na churrasqueira do chalé. Fazer 80 burgers de picanha era um inferno. Imaginei os amigos de Gabriel usando os burgers como frisbee, mas meu orgulho não deixava eu fazer qualquer coisa. Seriam os melhores burgers que Búzios já viu. Cortei pães artesanais, preparei maionese de alho defumado e cebolas caramelizadas. Quando terminei, olhei o resultado no deque. "Nada mal", murmurei, exausta.

A música alta e as risadas vinham da piscina. Olhei o relógio. Cadê os garçons?

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Gabriel desfilava pela festa como o rei do pedaço, todo sorrisos, com uma camisa estampada que gritava "sou rico e sei disso". As mulheres se jogavam, a bebida rolava, e ele tava no paraíso. Até que senti uma cutucada nas costas.

Virei e dei de cara com ele, todo sorridente. "Leoa! O que te trouxe aqui?"

"Cadê os garçons?", disparei, com minha dólmã branca destoando da festa chique.

Ele olhou ao redor, displicente. "Tão por aí. Depois que trouxeram a comida, mandei relaxarem."

Fiquei boquiaberta. "Eles não trouxeram tudo! Tem 100 burgers no chalé! Cem, Gabriel!"

"Ah, verdade", ele disse, calmíssimo. "Vou chamar os caras."

Quase explodi. Ele tava me provocando de propósito. Antes que eu surtasse, um cara alto, de camisa vermelha e perfume forte, se meteu. "Ei, Gabriel, quem é essa belezinha?"

"Raúl, essa é a Marina, nossa chef", disse Gabriel, com a voz menos animada.

Raúl me encarou, com um sorriso predador. "Parabéns, chef. A comida tá um espetáculo."

Gabriel se mexeu, desconfortável. Raúl continuou: "Como tu faz esses pratos? Me ensina na cozinha?"

Sorri, irônica. "Minha comida tá no chalé, esperando alguém servir."

Raúl pôs a mão nas minhas costas. "Deixa eu te ajudar."

Gabriel interveio. "Não precisa. Vou chamar os garçons agora."

Dei um sorrisinho, satisfeita. "Valeu."

Mas Raúl me segurou pelo pulso. "Já terminou o trampo, né? Fica na festa."

"Marina não curte festas", Gabriel cortou, seco. "Ela só gosta de cozinhar."

Encarei ele, com raiva. "Parece divertido, Raúl. Me dá 15 minutos pra trocar de roupa."

Raúl cutucou Gabriel, todo animado. "Essa dólmã é sexy pra caramba. Aposto que tem coisa boa aí embaixo, né?"

Gabriel não disse nada, só me encarou enquanto eu descia pro chalé.

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No caminho, ouvi ele me chamar. "Marina!"

Virei, cruzando os braços. Ele se aproximou, sério. "Tu não precisa vir."

"Quero me divertir um pouco", retruquei. "E o Raúl é até bonitinho."

"Bonitinho?", ele riu, sarcástico. "Aquele cara não quer nada ‘bonitinho’ contigo."

"Melhor ainda", provoquei.

"Qual é a tua, Marina?", ele explodiu. "Tá querendo se jogar pro Raúl só pra me irritar?"

Levantei as mãos, com o sotaque paulistano saindo forte. "Tu que disse pra eu me divertir! Tô só seguindo o conselho!"

Ele passou a mão no cabelo, bufando. "Eu disse pra relaxar, não pra pular na cama com um babaca!"

Minha mão voou no rosto dele, deixando uma marca vermelha. Meu coração disparou. Ficamos nos encarando, em silêncio, até que os garçons apareceram, nervosos. "Vamos pegar os burgers no chalé?"

Gabriel acenou pra eles passarem, sem tirar os olhos de mim. "Tô lá em 15 minutos", falei, seca, e saí.

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Na festa, troquei a dólmã por um vestido justo e fui pra varanda. Não tava curtindo. Provocar Gabriel tinha sido divertido, mas Raúl era um predador. Ele se aproximava cada vez mais, com propostas que já passavam do flerte. "Quero saber como é a buceta de uma chef", sussurrou, com um hálito que misturava uísque e perfume.

Estremeci, tentando me afastar. "Para, Raúl", pedi, firme.

Ele riu, passando a mão na minha cintura, puxando a corrente dourada do meu piercing. "Relaxa, gata."

"Para com isso!", insisti, empurrando ele.

Ele mudou o tom. "Tu é só uma cozinheira, né? Uma empregadinha?"

Escapei dele, furiosa. "Vai se foder!", gritei.

Ele veio atrás, gritando. "Sua vadia provocadora! Tua comida é uma merda!"

Virei, tremendo. "Sou uma chef foda, seu idiota!"

Ele pegou um burger e levantou o braço pra jogar em mim. Antes que eu reagisse, Gabriel apareceu do nada, derrubou Raúl e começou a socá-lo. A multidão gritava enquanto copos e comida voavam. Três caras puxaram Gabriel, que tava vermelho de raiva.

Corri pro chalé, com lágrimas escorrendo. Tranquei a porta e lavei o rosto, transformando a raiva em determinação. Que se dane o que aquele babaca pensava. Eu sabia que minha comida era foda.

Mas, no fundo, senti um calor ao lembrar Gabriel defendendo minha honra. Que merda tava acontecendo comigo?

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Às 3h45, batidas na porta me acordaram. Resmunguei, achando que era sonho, mas as batidas continuaram. Levantei, furiosa, e abri a porta. Gabriel caiu no chão, bêbado, com os olhos vermelhos e um sorriso idiota.

"Marina, Leoa!", ele riu, apontando pra minha calcinha. "Tô vendo tudo!"

"Merda!", corri pra pegar o robe. "Que que tu tá fazendo aqui?"

"Só vim pedir desculpas", ele balbuciou, levantando com dificuldade.

"Gabriel, vai dormir", implorei.

"Não, sério. Sou um babaca mimado", ele disse, cambaleando pro meio do chalé. "Esse lugar é foda, hein?"

Suspirei, fechando a porta. "O que tu quer dizer?"

"Tu não vai ficar por minha causa. Tu me odeia", ele murmurou.

Balancei a cabeça. "Não é bem assim."

"Sou um ingrato", ele continuou. "Tenho tudo e não valorizo."

Minha raiva amoleceu. Segurei o braço dele e o levei pro sofá. "Senta, ‘Pégaso’. Vou pegar uma água."

Voltei com um copo, que ele entornou. "Tenho uma chef foda, linda, e só peço sanduíche", ele disse, me olhando com desejo.

Corei, desviando o olhar. "Não é de se admirar que tu queira ir embora", ele murmurou, desabando no sofá.

Fiquei olhando ele, sem saber o que fazer. Ele se mexeu no escuro. "Qual é teu plano, Marina?"

"Quê?", perguntei, confusa.

"Quando tu sair daqui, qual é o rolê?"

Sentei na cama, puxando o cobertor. "Quero abrir meu bistrô em Florianópolis. Pequeno, 20 clientes por noite. Cardápio meu, com flores brancas e cor de pêssego na decoração. Vai se chamar ‘Pétalas do Sul’. Na entrada, uma estátua de uma mulher jogando pétalas no mar."

Sorri, sonhando acordada. Gabriel assentiu. "Massa. Tu tem um plano."

"E tu?", perguntei. "Herdar a grana da família e pronto?"

Ele riu, amargo. "É. Tu me pegou."

Senti um peso no peito. Talvez tenha sido dura demais. Antes que eu falasse, ele desabou no travesseiro, roncando. Tentei acordá-lo, mas nada. Peguei meu travesseiro e fui pro sofá, resmungando.

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Na manhã seguinte, cruzei o jardim enquanto a equipe de limpeza arrumava a bagunça da festa. "Se quiserem, tem burgers sobrando", brinquei.

Na mansão, chequei a despensa e fiz a lista de compras. Gabriel não apareceu pro café. Voltei pro chalé e o vi vindo pelo jardim, com cara de ressaca, cabelo bagunçado e olhos fundos. Paramos, nos encarando.

"Por que eu tava na tua cama?", ele perguntou, sério.

"Tu tava bêbado, caiu no sono", respondi. "Eu dormi no sofá."

Ele olhou pro lado. "A equipe de limpeza veio?"

"Sim, limpou tua bagunça", retruquei.

Silêncio. "Vou sair hoje", ele disse, passando por mim.

Fiquei ali, sem entender.

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Passei o dia no chalé, evitando a mansão. Almocei uma salada de camarão e tomei vinho, tentando não pensar em Gabriel. Mas ele tava na minha cabeça, mesmo dormindo. À noite, liguei pra mansão. A governanta disse que ele não voltou. "Que se dane", murmurei, jantando sozinha.

Mais tarde, fui pra piscina. O ar tava quente, o céu estrelado. Subi os degraus e vi alguém nadando. Sabia que era Gabriel. Quase voltei, mas pensei: "Por que eu que tenho que sair?"

Então, vi ele sair da água. Nu. Meu coração parou. Me escondi atrás de uma palmeira, mordendo o lábio. O cara tinha um corpo esculpido, bunda firme, sem um pelo. "Seria uma foto e tanto pra Raquel", sussurrei, rindo. Mas quando ele se virou, engasguei. Não era pequeno, não. Fiquei paralisada, imaginando coisas que não devia. Corri pro chalé, com o coração na garganta, tentando apagar aquelas imagens.

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Às 2h41, um sonho me pegou desprevenida. Eu, nua, de joelhos, encarando Gabriel. Ele segurava meu cabelo, puxando com força. "Não sei se consigo, Gabriel", murmurei, tremendo.

"Vamos lá, Leoa", ele riu, com um olhar safado. "Não me ensinou a mexer na carne?"

Ele abriu o zíper, e meu corpo tremeu. Segurei seu pau, quente e pulsante, sentindo ele endurecer. Beijei a ponta, lambi, e logo tava chupando com vontade, ouvindo meus próprios gemidos. Ele comia um sanduíche, me encarando, impassível. Puxou meu cabelo, enfiando mais fundo, e eu tossi, mas continuei, perdida no som dos meus suspiros.

De repente, o toque do celular me arrancou do sonho. Acordei suada, com um travesseiro entre as coxas. Minha garganta doía, e meu corpo ardia. "Alô?", atendi, com a voz trêmula. "Gabriel?"

"Marina, faz um rango pra mim?", ele pediu, com a voz calma.

"Que tipo de comida?", perguntei, tentando me focar.

"Qualquer coisa quente", ele disse.

Suspirei, desliguei e fui pro chalé, de robe, sem legging. Preparei uma frittata de linguiça com queijo minas e pão caseiro. Bati na porta do quarto dele. "Gabriel, abre logo!"

Silêncio. Espiei dentro. Vazio. "Onde esse cara se meteu?", resmunguei, deixando o prato na cama, de cabeça pra baixo.

Voltei pro chalé, furiosa. Ao entrar, senti um cheiro doce. Acendi a luz e vi um buquê de rosas brancas e cor de pêssego no criado-mudo. Gabriel saiu do banheiro, sorrindo. "Cadê meu sanduíche?"

"Que que tu tá fazendo aqui?", gritei.

Ele tirou uma jabuticaba do bolso. "Trouxe isso."

"Parabéns. Agora sai!", retruquei.

"Calma, Leoa", ele disse, apontando pra minha calcinha. "Tô vendo tudo de novo."

Corei, pegando o robe. "Tô sabendo que tu me viu na piscina", ele disse, com um sorrisinho.

Fiquei gelada. "Tá no teu quarto, a frittata. Talvez no travesseiro", murmurei.

Ele se aproximou. "Frittata? Tô querendo algo quente."

"Tu sempre quer algo quente", retruquei, mas meu coração disparou.

"Tu também quer, Leoa", ele disse, ficando a centímetros de mim.

"Vai se—", comecei, mas ele me puxou e me beijou, com força. Tentei empurrá-lo, mas meu corpo cedeu. O robe caiu, e ele tirou meus óculos. Nos beijamos de novo, com uma fome que me fez tremer. Ele me girou, puxando meu cabelo, e suas mãos exploraram meu corpo, uma no meu peito, outra na minha calcinha.

"Ahh!", gemi, sentindo os dedos dele me invadirem. Estava úmida, e ele sabia disso. "Tá gostando, né?", sussurrou, enquanto eu me contorcia.

Ele me levou pra cama, tirando minha calcinha e chupando meus seios. Segurei o cabelo dele, perdida no prazer. Ele desceu, lambendo minha vagina, e eu gritei, arqueando as costas. "Gabriel, porra, não para!"

Ele subiu, segurando minhas pernas, e esfregou o pau na minha entrada. "Porra, Gabriel, faz logo!", gritei.

Ele entrou, e eu gemi alto, sentindo cada centímetro. Ele me fodia com força, e eu o provoquei: "É só isso, garoto carioca?"

"Tu me queria desde o começo, Leoa", ele riu, acelerando.

Nossos corpos se chocavam, a cama rangia, e o calor era insuportável. Virei ele, montei e cavalguei, cravando as unhas no peito dele. "Me mostra, Gabriel!", gemi.

Ele me virou de novo, me colocando de quatro. Senti ele roçar meu ânus, e uma dor aguda me fez gritar. "Devagar!", pedi, mas ele continuou, me fodendo com força. Meu corpo tremia, e eu gozei, gritando, enquanto ele jorrava dentro de mim, com um gemido rouco.

Exaustos, caímos na cama. "Melhor que sanduíche?", perguntei, rindo.

Ele assentiu, sorrindo. Comemos jabuticabas no sofá, nus, rindo como dois idiotas.

Gabriel foi embora, acenando pros avós. Me olhou do carro, e eu acenei, com um brilho nos olhos. No chalé, encontrei uma caixa na cama, com duas rosas e uma estatueta de uma mulher jogando pétalas no mar. O cartão dizia: "Leoa, acho que achei algo pra investir."

Revirei os olhos, sorrindo. "Só 49%, Gabriel. A cozinha é minha."

Quer saber o que vem depois? Será que Gabriel volta pra mais "lanches"? Será que eu abro meu bistrô? Minhas aventuras, gravadas com câmera escondida, tão no www.selmaclub.com, onde posto tudo! Se curtiu essa história quente, deixa 5 estrelas, por favor! É o que me motiva a compartilhar mais, e quero te ver lá, acompanhando cada detalhe picante!

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