5. Quantos segredos meu tio consegue manter?
Por mais que me esforçasse, nada conseguia substituir a imagem do rosto suado e o corpo em completo estado de satisfação do meu tio quando desabou ao meu lado na sua cama. O cabelo desarrumado, o semblante despretensioso, o cansaço na respiração. Tudo era tão sensual que ficou voltando e voltando e voltando a minha cabeça.
Nem a lembrança do banho eu conseguia desfazer. É difícil me desprender da ideia das mãos enormes percorrendo meu corpo embaixo dos jatos de água, lavando minha pele, limpando o que ele mesmo sujou. Nem é fácil também tirar da cabeça os beijos molhados que trocamos, os elogios ao jeito que empino e consigo aguentar sua rola bonita.
Nessa manhã tomamos café juntos e era impossível não fazer parecer que éramos mais que tio e sobrinho, porque no caminho até a pia ele me encontrou no balcão da cozinha e com uma expressão sedutora conduziu nosso corpo. Me beijou lento e molhado como é de costume beijar, me entregando a língua diligente e as mãos enormes em torno da minha cintura.
Eu deveria perder o dia inteiro me enfiando nesse corpo - sussurrou enquanto atacava meu pescoço com mordidas suaves e me fazia inclinar a cabeça para deixar o caminho livre.
- Já te fiz errar o suficiente, tio. Deixar de trabalhar por minha causa é demais.
- Não é. Não tem nada de errado em querer te beijar mais, te cheirar mais, te comer devagarinho na minha cama.
- Te acordei daquele jeito e você ainda tá com fome?
Ele gargalhou em meu pescoço antes de responder buscou minha boca.
- Eu quero mais disso - respondeu alisando minha bunda por cima da bermuda que vesti após o banho. - Já tô doido pra fazer outra festa dentro de você, sua bunda nasceu pra levar pau. Alguém já te disse isso?
Minha vez de gargalhar.
- Não. Acho que nunca fui elogiado assim - menti.
- Deixa eu te dizer, então. - Foi beijando até minha orelha me fazendo fechar os olhos e falou tão baixo, tão sedutor, que parecia voltar a me comer em instantes. - Eu vou foder sua bunda até virar a minha boceta. Meu pau ainda tá sentindo a mastigada que você deu nele. Vou passar o dia sofrendo com isso na cabeça.
- Vou estar aqui te esperando - declarei.
E foi me declarando assim que nos metemos em tantos outros beijos na cozinha até o momento em que o relógio nos mostrou que Dener estava de fato atrasado. Passamos o dia trocando mensagens de teor sexual, com palavras tão sujas quanto o que tínhamos feito de manhã cedo.
Dener me lembrou da mamada que ganhou no banho depois do nosso sexo e confessou que não via a hora de conseguir me colocar pra mamar de novo preso entre seu corpo enorme e o azulejo frio do banheiro. Me lembrou que precisava agilizar as questões do apartamento e disse outra vez que não era por emoção que me prometia cuidar do aluguel só pra ter posse sobre meu corpo ali dentro. A ideia me excita.
Arrumei o apartamento, limpei a cama que usamos, dei uma volta no parque na hora do almoço porque queria almoçar fora e fazia questão de mandar um foto de cada momento sozinho.
“Que vontade de beijar essa boca doce de açaí” meu tio respondeu para a foto que mandei.
Minha caminhada ganhou outro tom quando ia passando por um quiosque perto da saída e um homem me olhou furtivo. Disfarcei parando pra comprar água de coco e ele se aproximou fingindo uma naturalidade que não combinava com a expressão lasciva em seu rosto. Perto o suficiente para ser notado com clareza, colocou uma das mãos sobre a viriliza e amaçou o volume da calça mirando meus olhos com os seus. Homem bonito e safado o suficiente para ser notado. Se apresentou quase em tom de segredo e não me esperou fazer o mesmo.
- Curte mamada?
- É o quê? - Fingi. Só queria ouvi-lo perguntar novamente.
- O novinho curte mamada? Bora ali no banheiro do parque, dá pra brincar rapidinho.
Tremi. Não daria pra esconder meu pau acordando nem se eu quisesse. Para a minha resposta positiva deu um sorrisão que só homens com elevado nível de devassidão conseguem dar, assustador e sedutor. Foi na frente guiando o caminho e eu acompanhei disfarçadamente, lá dentro abriu uma cabine e se meteu já me fazendo escutar o barulho do zíper sendo descido. Cheguei sendo colocado de joelhos e segurando meu queixo foi esfregando em mim o pau já endurecido. Segurou meus cabelos com força, me fez reclamar por incômodo e me mandou abrir os lábios. Obedeci. Meteu apressado, uma cabeça enorme ocupando toda minha boca. Brinquei com a língua e tinha um gosto bom. Gemia baixinho delirando em meus lábios e com a outra mão ia guiando a rola até socar tudo dentro da minha garganta.
- Viadinho treinado - sussurrou. - Consegue engolir direitinho. Eu gosto assim quando tá sozinho e dá ousadia pra cara estranho.
- Você não é estranho, é gostoso - respondi depois de tirar a boca da armadilha melada.
- Que safado. Curte uma brincadeira sigilosa, né? Tua cara é de puto mesmo, não nega.
- Gosto é disso - respondi com dificuldade tirando a mão dele do meu queixo pra alisar o metal em seu dedo.
O homem não disse nada, apenas sorriu olhando a própria aliança, e excitado em me ter ali de joelhos no chão molhado do banheiro imundo, tirou a pica que eu nervoso engolia para bater com ela meu rosto enquanto iniciava uma punheta que resultaria em porra quente para todo lado. Evitei que gozasse na minha boca e estranhamente fui atendido, mas não consegui impedir que até meus olhos fossem banhados. O homem riu para a sujeira em minha cara, deu dois tapinhas na minha bochecha em agradecimento e foi embora me deixando bagunçado.
Não daria pra mandar uma fofo desse momento para Dener, eu sou ótimo em guardar segredos.
A semana correu sem que víssemos. Descobrimos que no final de semana seguinte já seria possível ocupar o apartamento, então os dias restantes foram de pequenas organizações. Troca de uma torneira simples, mudar um chuveiro, comprar tapetes, roupas de cama, alguns utensílios para a cozinha, o que era básico. Angélica me ajudou no tempo vago a encontrar as melhores coisas e a maioria anunciou como presente quando íamos ao caixa pagar. Seria ridículo não aceitar os agrados.
Pegamos os contratos e as chaves no sábado de manhã e imediatamente iniciamos a minha mudança. Tudo fluiu tão rápido que acabei não tendo o tempo que queria com meu tio. Ou estávamos descendo e subindo coisas com Angélica na nossa cola, ou eu estava sozinho com ela. Tudo estava encaminhado quando o sol se escondeu entre os prédios e a cidade se iluminou outra vez sob os meus pés. Demorei um tempo nas janelas observando o horizonte escurecer e Dener interrompeu meu momento para anunciar que Angélica estava exausta, que precisava descansar.
Os dois sorriam parados no meio da minha sala e tudo o que eu queria poder fazer naquele instante era buscar os braços daquele homem desarrumado de me tanto ajudar na mudança e cheirar seu pescoço suado, cobrir sua cara inteira de muitos beijos e trepar ali mesmo no tapete entre os sofás. Mas foi preciso espalhar os pensamentos e cair na real. Sorri de volta e me lancei em um abraço, primeiro na mulher, depois no meu tio.
- Vocês facilitaram tanto minha vida, de verdade. O que seria de mim aqui sem vocês? - fui sincero. - Não sei como agradecer.
- Ah, você sabe sim - meu tio disparou.
Estranhei imediatamente o tom. Não acreditei que ele estava agindo de forma subjetiva na frente da esposa. Quis rir, posso jurar que cheguei a ficar corado, mas retomei a postura e lancei fora minha vontade de ser provocador.
- Deixa eu adivinhar, pera aí… Já sei, você vai querer um almoço com tudo que tem direito, porque se tem comida, tem um Dener contente. Acertei?
Ele gargalhou ciente de que minha resposta na verdade deveria ser outra, mas tem um sobrinho astuto que também sabe ser subjetivo e sínico.
- Você nunca foi tão certeiro - Angélica concordou. - Mais folgado que esse aqui, impossível.
- Achei bem justo - meu tio se defendeu. - O que seria do meu sobrinho sem mim?
- Não é? O que eu seria sem você? - Debochei.
Disseram com outro abraço que eu sabia onde encontrá-los e o homem lançou sobre mim uma piscadinha junto de um sorriso no canto dos lábios, sedutor e misterioso. Tranquei a porta contente de finalmente estar em meu lugar naquela cidade e ouvi o celular notificar uma mensagem. Não imaginei quem poderia ser.
“Acorde cedo, prepare um café pra mim, deixe a cama com o seu cheiro, tem um short meu nas suas coisas. Você sabe que sabonete uso e que gosto de esponjas macias pro banho. Tenho livre acesso ao prédio e ao seu apartamento, afinal eu pago pra isso. Já conversei com seu pai, ele está ciente de que isso é um presente meu, só não imagina que amanhã mesmo eu vou te acordar pra trepar em todos os cômodos e te fazer gemer alto do jeitinho que um puto merece.”
Fiquei paralisado lendo a mensagem que o meu tio fez questão de mandar. Pelo intervalo da sua saída, era totalmente possível que ainda estivesse na garagem quando me enviou. Todas as palavras me acordaram um tesão imediato, uma vontade absurda de começar ali mesmo e não terminar nunca mais. Estava pronto para responder com a maior das baixarias quando outra notificação surgiu na tela.
“Oi, Tato.
Estou morrendo de saudades. Mamãe ainda mais. Conversei com seu tio sobre o presente, que adorável da parte dele, não é? Dener sempre foi o seu maior admirador, não me estranha que queria cuidar assim tão bem de você. Me enche de orgulho saber que está em boas mãos. Sabendo da mudança, nos organizamos em encaixotar suas coisas que ficaram aqui. Tem livros, coisa de decoração do seu quarto, um bocado de roupa. Não fosse minha noção, sua mãe já estaria na estrada, mas achei prudente sair nas primeiras horas de domingo. Chego cedo. Esperamos ser recebidos com café e um pãozinho fresco.
Com amor, papai.”
Ah, sim! Claro que seria dessa forma. O universo não me daria todas as felicidades de mão beijada.
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Comentários (5)
Mato Grosso 7: Dlç , queria ser o seu tio , você deve ser muito gostoso
Responder↴ • uid:1cnhd7izdg0yPA22: O conto está muito bom, mas não curto esse tipo de relação, onde o parceiro (normalmente o passivo) é tratado como objeto e empregado todo o tempo, o tio se acha o dono do sobrinho. Sei que muitos gostam, isso é só minha opinião.
Responder↴ • uid:2ql4b6xijLuiz: Esses ativistas gay sao foda vc deve chupar muito pica e da muito cu para ficar com essa implicancia , fiquei vc sabendo que viado so gosto de macho ALFA
• uid:3v6otnnr6icLuiz: conto esta legal quero ve a foda de inauguração do apartamento de muito cu a seu tio
• uid:3v6otnnr6icPA23: Literalmente ele está sendo uma putinha, você queria oq ?? O nome já diz, putinha.
• uid:g3jqep0v4