Vontade de ser corno

Minha esposa e eu estamos juntos há 14 anos.

Começamos a namorar ainda na escola, ela tinha 13 anos e eu, 17. Antes dela, eu já tinha tido alguns relacionamentos, experiências típicas da adolescência. Ela, por outro lado, era completamente inexperiente quando nos conhecemos, ainda era virgem. Até hoje fui o primeiro e o único homem com quem ela teve relações sexuais.

No início, tudo era intenso. Havia descoberta, cumplicidade e curiosidade.

Eu já tinha uma certa vivência, e foi bonito acompanhar o crescimento dela também nesse aspecto construir algo novo a dois. Com o tempo, casamos e formamos uma família. Temos três filhos e uma vida estável, mas, como em muitos casamentos longos, começamos a sentir diferenças no desejo e nas fantasias.

Desde sempre percebi que o meu apetite sexual era maior, e que eu tinha vontade de explorar experiências novas.

Ela, mais reservada, nunca demonstrou o mesmo interesse.

Acreditei que isso mudaria com o tempo que a intimidade traria abertura para conversarmos sobre o assunto com mais liberdade.

Há cerca de oito anos venho tentando partilhar com ela algumas fantasias, inclusive a ideia de vivermos experiências com outras pessoas. Poderia ser outra mulher, outro casal, ou outro homem. O meu desejo é vê-la sentindo prazer.

Chegamos até a visitar algumas casas de swing, mas ela nunca se sentiu à vontade.Tentou me acompanhar, mais para me agradar do que por desejo próprio. Uma vez transamos em uma daquelas salas onde as pessoas que estão fora consegues assistir. Foi incrível pegar ela de quatro ouvindo as pessoas falarem sacanagem enquanto nos assistiam. Mas no caminho de casa, ela disse que não se sentiu bem com aquilo e deixou claro que não queria repetir.

Em certos momentos, tentei insistir. Criei perfis em sites voltados a casais liberais, usei nossas fotos reais, e às vezes conversava com as pessoas fingindo ser ela, só para ver os homens falando sacanagem para ela. Na esperança de despertar sua curiosidade, mostrei alguns comentários em suas fotos, mas isso só a afastou mais.

Em uma dessas tentativas, contei a situação para um single, que sugeriu que ele próprio poderia "ajudá-la" a se abrir para a ideia. Disse que toda mulher tem seu lado safada, que todas tem a fantasia de transar com dois homens ao mesmo tempo, e eu não estava sabendo convencê-la. Eu passei o contato dela para esse "comedor", ele mandou solicitação de amizade para ela nas redes sociais, mas ela não aceitou. Ele mandou mensagens, ela ignorou, e quando respondeu, pediu para parar e que era uma mulher casada.

Ele insistiu, começou a ligar... Ela registou uma queixa na polícia.

Então esse "comedor" me ligou, pedindo para eu esclarecer tudo, pq a delegada da delegacia da mulher ligou para ele. Então eu tive que ir à delegacia, junto com minha esposa, para explicar tudo à delegada.

Foi um momento humilhante para mim, e muito doloroso para ela.

Desde então, ela joga esse episódio na minha cara. Sempre que o assunto volta, ela recorda o que aconteceu.

Durante o sexo, ela fala besteiras. Diz que quer dar para outro homem, ou que deu para outro homem e pediu para ele gozar dentro da sua buceta, para depois o marido corno foder gostoso a buceta dela cheia de porra. Temos uns brinquedos, um em particular que é um pénis realista, que dá para grudar na parede para ela chupar enquanto pego ela de quatro, ou colocamos no chão e ela senta gostoso, quicando enquanto chupa o meu pau. Eu vou à loucura com isso. É uma sensação incrível, eu gozo tão gostoso.

Mas quando tento falar sobre isso, ela deixa claro que faz isso apenas para me agradar e que não deseja transformar isso em realidade, e que se eu continuar a insistir, ela vai parar de falar e fazer essas coisas na hora do sexo.

Hoje vivemos um impasse. Eu a amo muito, mas também reconheço que há uma parte de mim que se sente frustrada e não sabe como lidar com esse desejo não correspondido.

Ela, por sua vez, sente-se pressionada e incompreendida.

Às vezes penso que talvez o amor não seja suficiente para sustentar um relacionamento quando dois mundos internos caminham em direções tão diferentes.

Não porque falte afeto, mas porque é difícil renunciar a partes de quem somos por tempo indefinido.

Queria tanto que ela fosse uma esposa safada, e que me fizesse de corno.